Admitir a Palestina como um Estado membro na Unesco pode não parecer grande coisa para muitos, mas é um grande passo para todos nós palestinos, que estamos presenciando um marco histórico na nossa luta pelo nosso reconhecimento como estado.
Pode parecer bobagem, já que esta Organização das Nações Unidas trata de educação e cultura e nada tem a ver com o processo pelo reconhecimento do Estado da Palestina e todas as questões espinhosas ligadas à ele. Mas como disse o renomado jornalista Gustavo Chacra, não existem motivos para que Israel e Estados Unidos da América se oponham à este reconhecimento. É claro que tem aí uma certa ingenuidade do amigo Gustavo, mas é uma questão de retórica.
Qualquer tipo de reconhecimento que se refira aos palestinos é um passo adiante para a Causa Palestina. Isso, é claro, não interessa aos israelenses e americanos que trabalharam arduamente durante seis décadas em prol da estagnação das negociações. A verdade é esta: Nós nunca conseguimos sair do lugar porque acreditávamos nas intenções dos israelenses e americanos. Agora que os palestinos resolveram parar de acreditar na mentira das negociações de paz e dar um passo adiante, no âmbito das Nações Unidas, veremos o lado sórdido da tramóia israelo-americana, que inclui o corte de verbas, as sabotagens e as chantagens inerentes aos posicionamentos mais firmes.
Enquanto temos o apoio de mais de 120 países para o nosso reconhecimento como estado, temos por outro lado os países que são vitimas da chantagem dos americanos e dependentes do dinheiro deles para manterem suas economias e suas engrenagens em pleno funcionamento. Por mais que se fale em autonomia dos países, está aí um exemplo claro que de não existe autonomia quando se depende financeiramente de outros. É um joguinho sórdido, muito bem explorado pelos americanos e israelenses.
Mas, em contrapartida, temos o lado bom da evolução na nova ordem mundial à nosso favor. Isso mesmo! Temos o Brasil, uma verdadeira autoridade no que se refere à energias renováveis, temos a China, o monstro da indústria mundial, temos a Índia com seu novo modelo de economia moderna e temos a nossa tradicional Russia, que nunca deixou de ser uma potência, liderando este processo de reconhecimento do Estado da Palestina. Quanto aos americanos, estes já tem problemas econômicos demais e estão em queda livre rumo à falência.
Então vou fazer uma perguntinha para Israel: Quem vai financiar os seus desmandos quando os americanos falirem?
Cuidado, hein! É bom começar a pensar nisso!