quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Resistir é preciso!


Palestina cresce 9,3%, mas não se desenvolve

24/08/2011

Apesar do avanço do PIB em 2010 ter sido aparentemente 'chinês', o país não consegue se desenvolver de maneira sustentável e ampliar a qualidade de vida da população. O cerco israelense é a razão.

Da redação - São Paulo – A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) divulgou nesta terça-feira (23) um relatório que mostra que a economia dos territórios palestinos ocupados por Israel cresceu 9,3% em 2010, mas que não houve redução dos gargalos que impedem o desenvolvimento sustentável da região.

O levantamento informa que o Produto Interno Bruto (PIB) da Palestina já havia crescido 7,4% em 2009, no entanto, a taxa de desemprego permaneceu estável em 30% no ano passado e no anterior. “O crescimento foi impulsionado pelo apoio de doadores e reflete uma economia se recuperando de uma base pequena [de comparação]”, diz o estudo.

Segundo a Unctad, o crescimento observado nos últimos dois anos não alterou as perspectivas ruins de desenvolvimento no longo prazo. Isso porque os palestinos continuam a perder terras e recursos naturais, estão isolados do mercado internacional e estão divididos tanto fisicamente como politicamente.

“O desemprego, a pobreza e a insegurança alimentar, especialmente em Gaza, continuam alarmantes”, afirma o relatório. A Unctad responsabiliza o cerco israelense pela situação. “Frente ao cenário de forte declínio econômico ocorrido desde 2000, a continuidade da política israelense de isolamento e o confisco de terras e recursos naturais palestinos levantam dúvidas sobe a sustentabilidade do crescimento visto em 2010 e sobre as perspectiva para a economia palestina”, acrescenta.

Na seara tributária, o levantamento destaca que dois terços das receitas da Autoridade Nacional Palestina (ANP) vêm de repasses controlados por Israel e, por consequência, sujeitos à instabilidade dos humores políticos. Fora isso, os bloqueios israelenses restringem e tornam mais caro o comércio exterior palestino, o que representa um problema significativo, dado o pequeno tamanho do mercado local.

“O acesso estável aos mercados globais a custos normais não é apenas de importância crítica para o desenvolvimento econômico palestino, mas uma verdadeira pré-condição para que esse desenvolvimento ocorra”, destaca o estudo. “O reduzido tamanho do mercado dos territórios palestinos faz com que o aumento da qualidade de vida não possa ser atingido sem que seja constituído um setor exportador dinâmico”, acrescenta.

As exportações palestinas, segundo a Unctad, caíram de US$ 960 milhões em 2008 para US$ 919 milhões em 2009, depois subiram para US$ 992 milhões em 2010. Na outra mão, as importações somaram US$ 4,4 bilhões em 2009 e US$ 5 bilhões no ano passado, ou seja, 65% do PIB.

Cerca de 90% das exportações vão para Israel e 80% das importações passam por lá. Do que os israelenses enviam aos territórios palestinos, apenas 42% é composto por produtos legitimamente israelenses, os 58% restantes são transbordos de mercadorias de outros países. Com isso, a ANP ainda deixa de receber recursos importantes em tarifas aduaneiras.

O setor mais atingido pelo cerco é a indústria, que teve uma retração de 6% em 2010, ao passo que as áreas de hotéis e restaurantes, construção, administração pública e agricultura cresceram, respectivamente, 46%, 36%, 6% e 22%. No caso da agricultura, o relatório ressalta que o avanço do ano passado ocorreu após declínio contínuo durante uma década.

De acordo com a Unctad, se a produtividade da economia da região tivesse continuado nos mesmos patamares desde os acordos de Oslo, de 1994, hoje o PIB per capita da Palestina seria 88% maior. O relatório ressalta que 26% da população palestina vive abaixo da faixa de pobreza, sendo que em Gaza chega a 38%. Os indicadores da Cisjordânia são sempre mais positivos.

A insegurança alimentar atinge 50% dos domicílios nos territórios palestinos, segundo o levantamento, e em Gaza o percentual chega a 65%. Isso se deve ao fato de que é proibido o acesso dos agricultores a 33% da terra arável de Gaza e dos pescadores a 85% das águas territoriais.

Na ONU

O documento da Unctad foi divulgado no mesmo dia em que o Comitê Ministerial para a Iniciativa de Paz Árabe, criado pela Liga Árabe, se reuniu em Doha, no Catar, para discutir a ocupação israelense, entre outros temas.

Segundo a Qatar News Agency, o comitê reiterou o compromisso de defender o reconhecimento do Estado Palestino na Organização das Nações Unidas (ONU). A ANP pretende apresentar tal proposta na próxima reunião da Assembleia Geral da ONU, em setembro. O secretário-geral da Liga, Nabil Al-Arabi, ficou encarregado de continuar na busca por apoio internacional.

Participaram representantes do Catar, Egito, Arábia Saudita, Argélia, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Síria, Jordânia, Tunísia, Marrocos, Omã, Sudão, além do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Provoca, vai!


Mais uma provocação, bem ao estilo de Israel, que grita aos quatro cantos do mundo que quer a paz com os palestinos, se faz de coitadinha, mas sabota diariamente qualquer tentativa de paz, tomando decisões como esta de construir 4.300 casas em Jerusalém Oriental. Para quem não sabe, Jerusalém Oriental é a Capital do Estado Palestino, ou seja, não é e nem nunca será de Israel.

11/08/2011 - 04h27 Folha de São Paulo

Israel aprova construção de 4.300 casas em colônias de Jerusalém Oriental



Israel aprovou a edificação de 4.300 casas no território palestino ocupado de Jerusalém Oriental, apesar da reprovação internacional pelo anúncio de novas construções em uma colônia da Cisjordânia na semana passada, informou a imprensa local nesta quinta-feira.
O ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, assinou a aprovação de três projetos de construção em Jerusalém, que serão realizados na parte da cidade ocupada aos palestinos desde 1967, indicou o serviço de notícias israelense Ynet.
Deste total, 1.600 casas ampliarão o assentamento judaico de Ramat Shlomo, 700 serão construídas na colônia de Pisgat Ze'ev e outras duas mil na de Givat Hamatos.
Há uma semana, o Comitê de Planejamento do Ministério do Interior de Israel também deu sinal verde para a edificação de 930 casas em Har Homa, uma colônia judaica na Cisjordânia, próxima a Belém.
Yishai vinculou a aprovação do plano aos protestos sociais no país pelo preço da moradia e o alto custo de vida.
Estados Unidos, União Europeia e outros membros da comunidade internacional condenaram a decisão israelense, que consideraram contrária aos esforços para retomar as negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos, estagnadas desde setembro de 2010.
Frustrados perante a contínua expansão dos assentamentos judaicos em território ocupado e a detenção brusca das negociações, os palestinos tentarão no próximo mês obter o reconhecimento internacional como Estado independente na ONU, ação que Israel considera um ato unilateral contrário aos acordos de paz de Oslo (1993).

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quero falar de amor (2)

Acho que eu estou ficando velha!
É verdade! A minha mãe me disse que a gente só pára para analisar a vida, de fato, quando a gente vai ficando velho. Então estou ficando velha, porque ando analisando demais a minha vida. Não só a minha vida, como a de  outras pessoas que estão à minha volta e tentando entender o que cada um fez da sua vida durante todos estes anos.
Alguns dos meus amigos passaram a vida toda correndo atrás de dinheiro. Hoje estão bem financeiramente, mas não posso dizer o mesmo de suas vidas pessoais. São tantas frustrações pessoais, que chegam a me encher o saco com seus dilemas. O que adiantou correr tanto atrás da estabilidade material, se deixaram para trás o essencial? O que eu considero essencial? Nós mesmos, ora! O dinheiro é parte fundamental do nosso crescimento, mas é só uma parte. Nosso crescimento, ou nossa evolução como seres humanos depende, necessariamente, do nosso aprendizado, como forma de nos tornarmos pessoas melhores, do nosso convívio com aqueles que amamos e da valorização dos sentimentos, tanto nossos quanto os dos que nos cercam e são importantes para nós. Acho que esta parte passou chapada para alguns de nós.
Outros amigos deram valor demais à suas vontades, hobbies e sonhos e deixaram de lado outra parte fundamental: A realidade. É, vivemos num mundo onde o dinheiro é necessário, um emprego, uma casa, um carro, roupas boas e bens materiais são a base para que possamos nos dar ao luxo de sonhar e ter hobbies. Infelizmente, alguns destes amigos ainda teimam em acreditar que isso é possível e que um dia eles serão artistas famosos e reconhecidos. Tudo bem! Pelo menos eu tentei avisar!
Mas tem uma coisa que todos nós buscamos incessantemente: O AMOR! Este sim, é perseguido por todos nós, diariamente, constantemente, incansavelmente. Encontramos pessoas pelo caminho que souberam nos cativar, outras nem tanto. Nos esforçamos para cativar algumas pessoas, outras nem tanto assim. Endeusamos algumas destas pessoas e quebramos a cara. Outras tratamos como pessoas normais, tanto quanto nós mesmos e estas eram especiais, mas não soubemos enxergar isso no momento oportuno. Nos relacionamos com pessoas que eram de Marte e nós de Vênus. Outras eram tão parecidas conosco que acabaram virando grandes amigos.
E a busca continua, porque no fundo, todos nós acreditamos no amor e sabemos que aquela pessoinha está escondida em algum lugar por aí e mais hora, menos hora, vamos topar com ela, seja num elevador, no guichê do aeroporto ou numa padaria, às oito da manhã. E esta pessoa não vai se importar com a nossa cara amassada ou com os quilinhos à mais que adquirimos ao longo da vida, mas sim com o nosso sorriso, com o nosso modo desajeitado de falar e vai nos achar legais, independente da nossa imagem. E nós vamos nos sentir bem, porque esta pessoa está nos enxergando e vamos gostar disso.
É esta pessoa que eu estou procurando, incansável e incorrigivelmente! Só que agora eu tenho idade suficiente para identificar esta pessoa e podem ter certeza que, desta vez, não vai passar chapado!