segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quero falar de amor (2)

Acho que eu estou ficando velha!
É verdade! A minha mãe me disse que a gente só pára para analisar a vida, de fato, quando a gente vai ficando velho. Então estou ficando velha, porque ando analisando demais a minha vida. Não só a minha vida, como a de  outras pessoas que estão à minha volta e tentando entender o que cada um fez da sua vida durante todos estes anos.
Alguns dos meus amigos passaram a vida toda correndo atrás de dinheiro. Hoje estão bem financeiramente, mas não posso dizer o mesmo de suas vidas pessoais. São tantas frustrações pessoais, que chegam a me encher o saco com seus dilemas. O que adiantou correr tanto atrás da estabilidade material, se deixaram para trás o essencial? O que eu considero essencial? Nós mesmos, ora! O dinheiro é parte fundamental do nosso crescimento, mas é só uma parte. Nosso crescimento, ou nossa evolução como seres humanos depende, necessariamente, do nosso aprendizado, como forma de nos tornarmos pessoas melhores, do nosso convívio com aqueles que amamos e da valorização dos sentimentos, tanto nossos quanto os dos que nos cercam e são importantes para nós. Acho que esta parte passou chapada para alguns de nós.
Outros amigos deram valor demais à suas vontades, hobbies e sonhos e deixaram de lado outra parte fundamental: A realidade. É, vivemos num mundo onde o dinheiro é necessário, um emprego, uma casa, um carro, roupas boas e bens materiais são a base para que possamos nos dar ao luxo de sonhar e ter hobbies. Infelizmente, alguns destes amigos ainda teimam em acreditar que isso é possível e que um dia eles serão artistas famosos e reconhecidos. Tudo bem! Pelo menos eu tentei avisar!
Mas tem uma coisa que todos nós buscamos incessantemente: O AMOR! Este sim, é perseguido por todos nós, diariamente, constantemente, incansavelmente. Encontramos pessoas pelo caminho que souberam nos cativar, outras nem tanto. Nos esforçamos para cativar algumas pessoas, outras nem tanto assim. Endeusamos algumas destas pessoas e quebramos a cara. Outras tratamos como pessoas normais, tanto quanto nós mesmos e estas eram especiais, mas não soubemos enxergar isso no momento oportuno. Nos relacionamos com pessoas que eram de Marte e nós de Vênus. Outras eram tão parecidas conosco que acabaram virando grandes amigos.
E a busca continua, porque no fundo, todos nós acreditamos no amor e sabemos que aquela pessoinha está escondida em algum lugar por aí e mais hora, menos hora, vamos topar com ela, seja num elevador, no guichê do aeroporto ou numa padaria, às oito da manhã. E esta pessoa não vai se importar com a nossa cara amassada ou com os quilinhos à mais que adquirimos ao longo da vida, mas sim com o nosso sorriso, com o nosso modo desajeitado de falar e vai nos achar legais, independente da nossa imagem. E nós vamos nos sentir bem, porque esta pessoa está nos enxergando e vamos gostar disso.
É esta pessoa que eu estou procurando, incansável e incorrigivelmente! Só que agora eu tenho idade suficiente para identificar esta pessoa e podem ter certeza que, desta vez, não vai passar chapado!

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