sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mensagem do Embaixador da Síria

Nota à imprensa do Embaixador da República Árabe da Síria no Brasil.

Desde que começaram os acontecimentos na Síria, as forças de segurança e os membros do exército têm enfrentado os grupos terroristas armados, que têm protagonizado uma matança contra os cidadãos sírios, usando armas e plantando minas terrestres nas estradas e locais densamente habitados. Têm interditado ruas, cometido seqüestros, estupros e bombardeios contra os prédios públicos e privados, com o uso de metralhadoras do tipo  RPG e atirando aleatoriamente.
Apesar de todos estes atos, os mentores deste complô tentam enganar a opinião pública e distorcer os fatos, utilizando-se dos mais diferentes meios, incitam as matanças e o terrorismo e ignoram estes grupos terroristas.
Há alguns dias, o mundo ouviu as declarações de algumas autoridades libanesas, confirmando a existência de grupos pertencentes à organização Al Qaeda, que entraram na Síria através da cidade fronteiriça de Arsal.
Na última sexta-feira, 23/12/2011, estes grupos terroristas executaram dois atos suicidas, através da explosão de dois carros-bomba, que continham mais de 200 quilos de explosivos, em frente ao Departamento de Segurança do Estado e de uma delegacia local, vitimando dezenas de pessoas entre militares e civis, além da imensa destruição dos prédios vizinhos e de um grande número de carros que passavam pelo local.
Estes dois atos terroristas configuram uma nova espiral e confirmam o envolvimento da organização Al Qaeda nos acontecimentos na Síria.
Atenciosamente,
                        Embaixador da República Árabe da Síria no Brasil
                                           Mohammed Khaddour
Brasília, em 29/12/2011

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ou o que sobrou da Palestina....

estadao.com.br
Gustavo Chacra

Durante as minhas férias, pré-candidato republicano afirmou que os palestinos são um povo inventado. Ele foi corretamente criticado por uma série de pessoas com conhecimento mínimo da realidade. Afinal, o que são aqueles 3,5 milhões de pessoas que habitam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, sem falar nos cerca de 1 milhão de refugiados nos países vizinhos?
Podem chamá-los do que quiserem, mas as pessoas que vivem em Gaza, Nablus, Ramallah, Belém, Jericó e Hebron precisam ser alguma coisa. Se a Palestina não existe e aquele território é de Israel, logo eles precisam receber imediatamente a cidadania israelense. Não existe outra alternativa, a não ser o Apartheid. Se, por outro lado, forem chamados de palestinos, devem ter o direito de ter um Estado.
Alguns dizem que a nação deles seria a Jordânia. Mesmo que estejam corretos (não estão), como transferir 3,5 milhões de pessoas de suas casas onde vivem há dezenas de gerações? Isso seria limpeza étnica, um crime contra a humanidade.
A melhor solução para o conflito no Oriente Médio ainda é a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os principais blocos de assentamentos próximos da fronteira ficariam com Israel em troca de terras em outras áreas. Jerusalém seria uma municipalidade unificada, mas capital dos dois países. Os refugiados poderiam retornar para o que seria a Palestina, mas não Israel.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reinvenção

Ok, eu concordo que a comida árabe é deliciosa e merece ser aprendida, copiada e apreciada por todos, mas trocar o nome das nossas comidas? Aí já é demais!
Já não basta que os israelenses roubaram nosso país, nossas terras, nossas riquezas, nossas casas, nossas oliveiras, nosso mar e tudo mais que a Palestina tem de maravilhoso, agora querem também se apropriar da nossa identidade, nossa cultura, nossos trajes, nossa culinária e nossas tradições.
Já não bastava transformar o nosso falafel (bolinho de grão de bico) em hamburguer israelense? Já não bastava adotar o nosso hábito de comer lentilhas? Agora estão vendendo nossos bordados palestinos como se fossem bordados israelenses, já estão vendendo os nossos artesanatos em madeira, principalmente os presépios, como se fossem deles, estão adotando nossas receitas nas ceias de festas religiosas judias e forjando mil e um documentos para comprovar que a origem de tudo. Eu disse "forjando".
Quer saber? Não adianta! Nós somos a origem de toda esta cultura e vocês, israelenses, não passam de uns imitões que nunca vão capturar a alma do que é ser PALESTINO.
Sinto muito por vocês!
A propósito, minhas filhas já sabem tudo sobre a nossa cultura e vão passar para os meus netos tudo o que eu ensinei sobre ser palestino. Portanto, desistam de querer apagar a nossa identidade. Nós sempre daremos um jeito de nos reinventar.