Esse aí mesmo!
Eu sei que não se parece em nada com os vestidos de noiva tradicionais e nem tem todo aquele glamour e impacto causado por um vestido branco esvoaçante. Mas este tem a minha identidade, a minha origem, a minha história e desperta em mim a ternura de tempos em que via a minha mãe se esmerar em bordar, por meses a fio, vestidos para a minha avó, que os usava com muito orgulho nas ocasiões especiais.
Também fizeram parte da minha infância na Jordânia, nos casamentos, quando as mulheres se orgulhavam de mostrar o bordado maior e mais largo em seus vestidos para provar que eram prendadas e legítimas bordadeiras palestinas. Quanto mais largo é o bordado, mais prendada é a mulher. E quanto mais cores tiver, mais caprichosa ela é.
Minhas filhas quase enlouqueceram com a minha sugestão de usar um vestido assim. Querem ver a mãe num vestido tradicional de noiva. Nada de invenções! Minha filha Laura disse: "Será que daria para você esquecer a Palestina, pelo menos no dia do seu casamento?". Esquecer a Palestina? Como? A Palestina sou eu! A Palestina está em mim! Em cada um dos meus sentidos. Não há como esquecer a Palestina. Taí um pedido impossível de ser atendido.
Posso até usar um vestido tradicional, mas ninguém tira a Palestina de mim. Ninguém! Amo a minha origem, o meu sangue, a minha história e a minha identidade. Não abro mão de nada que se refira à Palestina. Esta sou eu!
Eu apoio meu amor. Miralha
ResponderExcluirQuantas novidades, fazia tempo que não via novos posts, gostei !!!
ResponderExcluirMinha opinião pode ser irrelevante, mas acho que vc deveria sim, casar com o vestido palestino, é lindo e bem mais original. um dia, quando as meninas estiverem mais maduras, vão compreender a tua decisão.
Bjs :)