sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sites de Amizades

Passei os últimos dois meses fazendo algumas entrevistas bastante informais com pessoas que conheço pela internet. Sabe aqueles 400 mil amigos que você tem na sua página de relacionamentos e que de vez em quando te mandam um alô? Pois é, eles mesmos!
Procurei conversar com duas ou tres pessoas de cada país, afim de entender como pensam essas pessoas. Também procurei conversar com gerações diferentes, desde 15 anos de idade até 60 anos ou mais. Escolhi como método a troca de mensagens, já que não tenho paciência para o tal do messenger.
Os ingleses, por mais moderninhos que sejam, continuam preservando uma certa formalidade nos relacionamentos, mesmo que virtuais. São educadinhos, escrevem corretamente e sempre muito gentis, porém reservados. Quase nunca se referem à assuntos pessoais e quando pergunto, as respostas são monissilábicas ou reticentes. Um ou outro são bem louquinhos e querem colocar uma mochila nas costas e vir conhecer o Brasil.
Os franceses são secos. Os mais novos tentam ser engraçados, mas o humor é muito ácido. Falam exatamente o que você quer ouvir, mas pouco do que falam chega perto da verdade. São gentis, apesar de terem pouco interesse por outras culturas.
Os espanhois são desinteressados. Falam o trivial e nada mais. Os italianos são quentes e fazem de tudo para chamar a atenção, até promessas que nunca vão cumprir.
Os gregos são hilários. Engraçados, sorridentes, fanfarrões, parecem muito com o jeitinho dos cariocas. Os autralianos vão direto ao ponto. Querem saber o que você quer e se você está interessado(a) neles ou apenas está curtindo, já que não tem mais nada para fazer. Mas são disponíveis, se você mostrar sinceridade.
Os turcos se subdividem em duas categorias: os que te cantam e os que não o fazem porque não conseguem se expressar em inglês. Mas no final, o objetivo é sempre a cantada.
Os alemães se apaixonam simplesmente porque você disse olá. Eles sempre acham que você os contatou porque está interessado(a) em um novo relacionamento. Até explicar que é só amizade, lá se vão 500 palavras trocadas.
Os árabes são um capítulo à parte. Como são 22 países árabes, é preciso dividi-los por região. Os árabes norte-africanos são parecidos com os gregos. Brincalhões, mas com pouca criatividade, porque sempre usam os mesmos textos para enviar mensagens ao sexo oposto. Os que pertencem aos países do Oriente Médio são mais formais e menos atrevidos, mesmo que estejam interessados na amizade ou em algo mais. Os que pertencem aos países do Golfo Arábico ou Pérsico, como queiram, são arrogantes e acham que se você os contatou, é porque tem algo mais que você ainda não disse. Poucos se dispõem a fazer amizade sem pensar em algo mais.
Os latino-americanos são desligados. Talvez por excesso de oferta.
Os americanos sempre acham que você está tentando se aproximar para obter o green card. Poucos pensam que existe vida fora dos Estados Unidos da América.
Os brasileiros são frios. Não se interessam por amizades virtuais, tampouco querem saber quem é você. No máximo, te mandam um mensagem daquelas cheias de glitter no dia do seu aniversário.
Os indianos são desesperados. Topam qualquer coisa para conseguir te convencer de que eles são perfeitos para você, desde que você garanta à eles um visto permanente em seu país.
Quando comecei minha pesquisa, meu objetivo era saber o que pensam estas pessoas de uma forma geral, como por exemplo o cotidiano, a cultura, os hábitos, etc. Mas o que descobri é que 99,9% delas estão à procura de alguém e que só entram nestes sites de relacionamentos para achar o "grande amor de suas vida".
É engraçado porque a maioria escreve que está no site à procura de novas amizades, mas esta é só uma máscara para não confessar que estão à procura do grande amor.
Como se vê, vão tempos, vêm tempos e o ser humano continua na busca incansável pelo amor. Ainda bem que agora estamos mais globalizados, portanto a possibilidade de se encontrar o grande amor da vida pela internet se tornou mais concreta. Segundo a universidade de Michigan, esta possibilidade gira em torno de 30% entre jovens de 20 a 30 anos de idade, porém sobe para 47% entre os adultos de 35 a 55 anos. Legal né?

2 comentários:

  1. bom mesmo é gente que está perto... mas o guia é bom, rsrsrs.
    bjs globalizados,
    A.

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  2. Drica meu amor!

    Verdade, bom mesmo é gente de carne e osso!
    Mas os que estão do outro lado da câmera também são de carne e osso, só estão longe!
    Bjs

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