sexta-feira, 12 de março de 2010

Duas Caras

Eu tenho que reconhecer a impressionante capacidade que os judeus têm de brincar com as palavras, ao ponto de confundir até as mentes mais esclarecidas, utilizando-se do escuso método de manipular a informação.
Que tal destrinchar esta notícia para vermos onde estão as manipulações? Ok, vamos lá!
- Lula, que sempre defendeu o diálogo e a causa palestina, está indo visitar os israelenses. Leva na bagagem uma proposta de retomada do díalogo entre israelenses e palestinos, de forma justa e equilibrada.
 - A imprensa judia, que se diz bem intencionada, o chama de "O profeta do diálogo", numa alusão à uma missão impossível do ponto de vista judeu, mas interpretada como um sinal de esperança para os leigos e desavisados de plantão.
- Os israelenses mostram boa vontade com a visita, mas..... dizem que não vão negociar com o Hamas e ainda colocam a relação do Brasil com o Irã como um impecílho, ou um defeito grave, para levar à sério a proposta brasileira.
- Como sempre, os judeus falam que estão dispostos à retomada do diálogo, mas já boicotaram a proposta brasileira antes mesmo de a visita se realizar.
Eu pergunto: Que tipo de disposição é esta, quando se coloca a figura do Presidente Lula como o palhaço da vez à tentar (em vão) um novo acordo?
Sabe o que parece? Parece aquela pessoa maliciosa, que te recebe em casa, ouve tudo o que você tem a dizer, depois usa suas palavras contra você e ainda rí da sua cara. É exatamente desta forma que os judeus estão tratando a visita do Presidente Lula.

Portal G1
Data: 12/03/2010
Jornal israelense vê Lula como 'profeta do diálogo'

Reportagem do 'Haaretz' fala da expectativa sobre a visita de Lula ao Oriente Médio.
Da BBC


Uma reportagem publicada pelo diário israelense "Haaretz" nesta sexta-feira (12) classifica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega no domingo a Israel para um giro de quatro dias pelo Oriente Médio, de "profeta do diálogo", por sua defesa das negociações diplomáticas em busca da paz na região.

"Imparcialidade é o nome do jogo. Lula tem que ser amado por todos. Sua visita ao Oriente Médio na próxima semana começará em Israel, mas também o levará para os territórios palestinos e para a Jordânia", comenta o texto do jornal.
O autor da reportagem, Adar Primor, participou de uma entrevista concedida pelo presidente brasileiro a dois jornalistas israelenses e um árabe, e diz que essa característica de Lula transpareceu até mesmo na hora de escolher quem faria a primeira pergunta: numa disputa de par ou ímpar.
Apesar disso, o jornal questiona a capacidade de Lula de ganhar a confiança dos israelenses ao manter a cordialidade com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
A reportagem observa que Lula foi um dos primeiros líderes mundiais a receber Ahmadinejad após as contestadas eleições iranianas de junho do ano passado e um dos cinco países que se abstiveram em uma votação na Agência Internacional de Energia Atômica pela condenação do Irã.
Questionado sobre isso na entrevista, Lula disse ter colocado "claramente" a Ahmadinejad que "ele não pode continuar dizendo que quer a liquidação de Israel, assim como é indefensável sua negação do Holocausto, que é um legado de toda a humanidade".
"Acrescentei que o fato de que ele tem diferenças com Israel não permite a ele ignorar a história", disse o presidente.
Negociador
Para o "Haaretz", as autoridades israelenses ficarão perturbadas pela associação que Lula faz entre a falta de avanço no processo de paz israelo-palestino e sua visita a Teerã programada para maio, entre a necessidade de garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares e a necessidade de resolver o conflito na região, e entre as fracassadas tentativas de mediação do diálogo, principalmente dos Estados Unidos, e a necessidade de se incorporar novos mediadores, como o Brasil.
A reportagem comenta que Lula se descreve como "um negociador, não um ideólogo", capaz de se relacionar ao mesmo tempo com Hugo Chávez e com George W. Bush, com o presidente israelense, Shimon Peres, e com Ahmadinejad.
"Ele diz nunca ter lido um livro em sua vida, embora todos admirem sua 'sabedoria suprema' e sua 'mente criativa'. Como presidente do sindicato de trabalhadores durante os anos de regime militar no Brasil, ele encontrou e resolveu muitos conflitos difíceis", afirma o texto.
Para a reportagem, Lula está ciente de que pode soar ingênuo diante dos seus interlocutores israelenses, mas crítica a posição do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, de comparar Ahmadinejad com Hitler e o Irã atual com o regime nazista do pré-guerra.
"Qualquer um que siga essa linha não está contribuindo em nada para o processo de paz que queremos criar", disse Lula na entrevista. "Você não pode fazer política com ódio e ressentimento. Ninguém pode administrar um país com o fígado. Você tem que administrar um país com sua cabeça e com seu coração. Se não for assim, é melhor ficar fora da política", afirmou.

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