Se os israelenses não param de construir ilegalmente nas terras palestinas, nós vamos negociar o que? Não é a terra que estamos negociando? Então de que valem as negociações se os judeus estão tomando o que restou das terras palestinas?
Obrigado Isabel pela matéria esclarecedora.
Colonos judeus iniciam construção de 550 casas na Cisjordânia
Correio Brasiliense
Isabel Fleck
Publicação: 22/10/2010
Enquanto o governo de Benjamin Netanyahu resiste às pressões externas para retomar a moratória na colonização judaica, as construções nos territórios palestinos ocupados evoluem em ritmo acelerado. Um levantamento divulgado ontem pela Associated Press mostra que, nas três semanas desde o fim do congelamento, quase 550 residências começaram a ser erguidas, muitas em áreas que fariam parte do Estado palestino, no âmbito de qualquer acordo de paz viável. Com base nesses números, a velocidade das construções hoje seria quatro vezes maior que nos últimos dois anos. Diante dos dados, a Autoridade Palestina (AP) pediu que os Estados Unidos reajam e ameaçou, mais uma vez, deixar as negociações diretas com Israel.
Operário palestino trabalha na expansão do assentamento judaico de Kiriat Arba, perto de Hebron: para representante das colônias, apenas "um jogo de números"
“Esse desafio flagrante aos palestinos, aos árabes e à administração americana exige uma réplica árabe e internacional, em particular americana”, afirmou o porta-voz da AP, Nabil Abu Rudeina. Outro assessor do governo palestino, Ghassan Khatib, disse que os números são “mais uma indicação de que Israel não está sendo sério a respeito do processo de paz, que deveria tratar do fim da ocupação”. De acordo com dados do governo israelense, 1.900 casas começaram a ser construídas em 2009 e 2.100 em 2008. As 544 obras iniciadas nas três últimas semanas equivalem a 4,7 vezes a média de 115 casas em período semelhante nos dois anos anteriores. O movimento israelense Paz Agora vai mais longe e aponta que 600 novas residências começaram a ser erguidas desde o último dia 26.
A Associated Press credita os números listados em cada assentamento aos líderes de cada colônia, citando-os nominalmente. A porta-voz do Conselho Yesha, que representa os colonos na Cisjordânia, Aliza Herbst, contestou a informação. “Prefiro não entrar nesse jogo de números, porque eles são enganosos”, disse. Segundo ela, cerca de dois terços das construções pós-congelamento estão em estado “preliminar” e podem ser suspensas, se a moratória for renovada. Segundo o levantamento, o maior canteiro de obras está na região de Binyamin, que concentra um terço dos mais de 120 assentamentos judaicos: lá, serão 200 novas residências.
Alarmante
O enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Robert Serry, classificou de “alarmante” a rápida expansão dos assentamentos. Ele ainda destacou que as construções são “ilegais segundo a lei internacional” e só servem para “minar a confiança” no processo de paz. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou o impacto das novas casas. “Isso não tem efeito real sobre o mapa de um possível acordo de paz”, defendeu.
O governo americano, que tenta evitar o tema por conta das eleições legislativas de novembro, não se pronunciou. Na noite anterior, a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmara que não há uma “fórmula mágica” para resolver o conflito e admitiu que as negociações não têm sido fáceis. “Eu posso dizer a vocês que estamos trabalhando todos os dias, algumas vezes todas as horas, para criar as condições para que as negociações continuem e tenham sucesso”, disse. Hillary anunciou que o enviado especial George Mitchell voltará “em breve” para a região para novas conversas com os dois lados.
No último dia 8, os palestinos, com apoio da Liga Árabe, deram prazo de um mês para que os EUA convençam Israel a congelar novamente as construções na Cisjordânia. O período, contudo, equivale justamente às semanas que antecedem as eleições para o Congresso americano. O peso do eleitorado judaico, que votou em grande maioria (75%) em Barack Obama na última eleição, tem refreado o governo em sua pressão sobre Israel.
Quase uma fábula
No assentamento de Kiriat Arba, próximo a Hebron, um colono judeu toca violão enquanto assiste a um empregado palestino colhendo azeitonas. Diferentemente da fábula da cigarra e da formiga, no entanto, as oliveiras pertencem ao músico. Desde a ocupação israelense, após a guerra de 1967, a relação entre os colonos e os palestinos foi sempre marcada pela ambiguidade: rejeitados como ocupantes ou mesmo usurpadores da terra, os israelenses são os empregadores de quem os árabes precisam para a subsistência imediata.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Taysir Khaled
Este embaixador de Israel não se cansa de ser cínico. Como são os próprios judeus que pregam o "olho por olho, dente por dente", então que tal os palestinos pararem de reconhecer Israel e dizerem que não estão entendendo por que os israelenses estão se retirando das negociações? Pimenta no olho dos outros é refresco, né excelentíssimo senhor cínico?
Palestinos ameaçam recorrer à ONU caso Israel siga ampliando suas colônias
Isabel Fleck
Publicação: 21/10/2010
De passagem pelo Brasil, um integrante do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) afirmou que, se os Estados Unidos não conseguirem convencer Israel a parar com as construções nos assentamentos até 8 de novembro, os palestinos pedirão às Nações Unidas que reconheçam o Estado palestino, com Jerusalém como capital. Segundo o chefe do Departamento de Refugiados, Tayseer Khaled, que disputou em 2005 a presidência da Autoridade Palestina (AP) com Mahmud Abbas, o completo congelamento das atividades nas colônias judaicas não é uma condição, mas uma “exigência” para continuar o processo de paz. Ele ainda disse que o reconhecimento de Israel como Estado judaico, como quer o governo de Benjamin Netanyahu, ameaçaria a minoria árabe que vive no país.
O ex-presidente americano Jimmy Carter (E) é o novo trunfo de Washington pata tentar resgatar diálogo entre israelenses e palestinos
No último dia 8, o lado palestino e a Liga Árabe deram prazo de um mês para que Washington consiga um compromisso de Israel para cessar as construções nos assentamentos. Se o governo americano não tiver sucesso, Khaled diz que os palestinos não apenas abandonarão o diálogo direto, mas também pedirão ao Conselho de Segurança da ONU que reconheça seu Estado “nos limites de 14 de junho de 1967, tendo Jerusalém como capital”. “Se os Estados Unidos recorrerem ao direito de veto, nós recorreremos à Assembleia Geral. E pediremos para sermos reconhecidos como membros integrais, com todos os direitos, nas Nações Unidas”, disse ao Correio.
Para o embaixador de Israel em Brasília, Giora Becher, a opção de recorrer às Nações Unidas “não trará nenhum resultado positivo”. “A ideia de que alguém no mundo possa forçar Israel a aceitar uma solução que não se dê por meio de negociações é absurda”, disse o representante. “Nossa posição é que a única maneira de chegar à paz no Oriente Médio é por meio de negociações diretas entre Israel e os palestinos. Não temos outro caminho”, completou.
Os palestinos, no entanto, não consideram possível manter as conversas enquanto os colonos judeus continuarem construindo nos territórios ocupados. “Nós insistimos que a colonização seja paralisada imediatamente, antes de darmos qualquer outro passo. Se essa atividade continuar, o que poderá ser negociado? A terra vai se perder”, pontuou Khaled. Ele argumentou que os assentamentos são “ilegais” e devem ser tratados como tal pela comunidade internacional. “A Carta de Roma (do Tribunal Penal Internacional da ONU) prevê que, se um país ocupante transferir seus cidadãos para a área ocupada, estará cometendo um crime de guerra e deverá ser condenado por isso”, afirmou.
Na última semana, o governo de Netanyanu anunciou a intenção de construir mais casas em duas áreas ocupadas por judeus em uma parte da Cisjordânia que foi anexada por Israel a Jerusalém Oriental. A posição israelense de não retomar a moratória — que vigorou por 10 meses — sobre as construções já foi criticada por diversos países, inclusive os Estados Unidos, aliados de Israel. Na última terça-feira, entretanto, o novo embaixador israelense da ONU, Meron Reuben, deu indicações que seu governo pode ceder. “Não estou dizendo que não possa haver outra continuação ou outro prolongamento da moratória. O governo está examinando as possibilidades e as diferentes formas de ver para onde levar o processo de paz”, disse o diplomata israelense à agência Reuters.
Estado judaico
Sobre a proposta feita por Netanyahu na última semana — de que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu, em troca da moratória nos assentamentos —, Khaled classificou-a como “manipulação política, pois o reconhecimento mútuo já ocorreu”. Segundo o dirigente da OLP, “em 1993 foi assinado um acordo de reconhecimento do Estado de Israel e do Estado palestino, e nós estamos comprometidos com isso. Quando há um reconhecimento entre dois países, ele só é feito uma vez. O nome do país é Israel, e nós reconhecemos isso”, justificou. Para ele, a intenção do governo de Netanyahu pode ser considerada até “racista”, por ameaçar os cerca de 20% de cidadãos árabes israelenses e “eliminar o direito dos refugiados (palestinos) ao retorno”.
O embaixador israelense rebate a afirmação de Khaled: “Israel é um Estado democrático, e por isso a minoria árabe tem todos os direitos de cidadania, de votar”. Segundo Becher, contudo, Israel “tem todo o direito de dizer que é um Estado de judeus”. “A decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1947, foi de criar dois países independentes, um árabe e um país judeu. Está escrito lá, não é algo que inventamos agora”, afirma o diplomata, destacando que “há 22 países árabes no mundo”.
Palestinos ameaçam recorrer à ONU caso Israel siga ampliando suas colônias
Isabel Fleck
Publicação: 21/10/2010
De passagem pelo Brasil, um integrante do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) afirmou que, se os Estados Unidos não conseguirem convencer Israel a parar com as construções nos assentamentos até 8 de novembro, os palestinos pedirão às Nações Unidas que reconheçam o Estado palestino, com Jerusalém como capital. Segundo o chefe do Departamento de Refugiados, Tayseer Khaled, que disputou em 2005 a presidência da Autoridade Palestina (AP) com Mahmud Abbas, o completo congelamento das atividades nas colônias judaicas não é uma condição, mas uma “exigência” para continuar o processo de paz. Ele ainda disse que o reconhecimento de Israel como Estado judaico, como quer o governo de Benjamin Netanyahu, ameaçaria a minoria árabe que vive no país.
O ex-presidente americano Jimmy Carter (E) é o novo trunfo de Washington pata tentar resgatar diálogo entre israelenses e palestinos
No último dia 8, o lado palestino e a Liga Árabe deram prazo de um mês para que Washington consiga um compromisso de Israel para cessar as construções nos assentamentos. Se o governo americano não tiver sucesso, Khaled diz que os palestinos não apenas abandonarão o diálogo direto, mas também pedirão ao Conselho de Segurança da ONU que reconheça seu Estado “nos limites de 14 de junho de 1967, tendo Jerusalém como capital”. “Se os Estados Unidos recorrerem ao direito de veto, nós recorreremos à Assembleia Geral. E pediremos para sermos reconhecidos como membros integrais, com todos os direitos, nas Nações Unidas”, disse ao Correio.
Para o embaixador de Israel em Brasília, Giora Becher, a opção de recorrer às Nações Unidas “não trará nenhum resultado positivo”. “A ideia de que alguém no mundo possa forçar Israel a aceitar uma solução que não se dê por meio de negociações é absurda”, disse o representante. “Nossa posição é que a única maneira de chegar à paz no Oriente Médio é por meio de negociações diretas entre Israel e os palestinos. Não temos outro caminho”, completou.
Os palestinos, no entanto, não consideram possível manter as conversas enquanto os colonos judeus continuarem construindo nos territórios ocupados. “Nós insistimos que a colonização seja paralisada imediatamente, antes de darmos qualquer outro passo. Se essa atividade continuar, o que poderá ser negociado? A terra vai se perder”, pontuou Khaled. Ele argumentou que os assentamentos são “ilegais” e devem ser tratados como tal pela comunidade internacional. “A Carta de Roma (do Tribunal Penal Internacional da ONU) prevê que, se um país ocupante transferir seus cidadãos para a área ocupada, estará cometendo um crime de guerra e deverá ser condenado por isso”, afirmou.
Na última semana, o governo de Netanyanu anunciou a intenção de construir mais casas em duas áreas ocupadas por judeus em uma parte da Cisjordânia que foi anexada por Israel a Jerusalém Oriental. A posição israelense de não retomar a moratória — que vigorou por 10 meses — sobre as construções já foi criticada por diversos países, inclusive os Estados Unidos, aliados de Israel. Na última terça-feira, entretanto, o novo embaixador israelense da ONU, Meron Reuben, deu indicações que seu governo pode ceder. “Não estou dizendo que não possa haver outra continuação ou outro prolongamento da moratória. O governo está examinando as possibilidades e as diferentes formas de ver para onde levar o processo de paz”, disse o diplomata israelense à agência Reuters.
Estado judaico
Sobre a proposta feita por Netanyahu na última semana — de que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu, em troca da moratória nos assentamentos —, Khaled classificou-a como “manipulação política, pois o reconhecimento mútuo já ocorreu”. Segundo o dirigente da OLP, “em 1993 foi assinado um acordo de reconhecimento do Estado de Israel e do Estado palestino, e nós estamos comprometidos com isso. Quando há um reconhecimento entre dois países, ele só é feito uma vez. O nome do país é Israel, e nós reconhecemos isso”, justificou. Para ele, a intenção do governo de Netanyahu pode ser considerada até “racista”, por ameaçar os cerca de 20% de cidadãos árabes israelenses e “eliminar o direito dos refugiados (palestinos) ao retorno”.
O embaixador israelense rebate a afirmação de Khaled: “Israel é um Estado democrático, e por isso a minoria árabe tem todos os direitos de cidadania, de votar”. Segundo Becher, contudo, Israel “tem todo o direito de dizer que é um Estado de judeus”. “A decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1947, foi de criar dois países independentes, um árabe e um país judeu. Está escrito lá, não é algo que inventamos agora”, afirma o diplomata, destacando que “há 22 países árabes no mundo”.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Occupation 101 - A Voz da Maioria Silenciada
Procurem no youtube pelo título acima ou baixem o filme atraves do link abaixo e assistam ao documentário mais realista que já ví sobre os efeitos da ocupação na vida dos palestinos e as atrocidades cometidas diariamente pelos israelenses, que a imprensa nunca publica.
http://www.praxis.ufsc.br:8080/xmlui/handle/praxis/326
http://www.praxis.ufsc.br:8080/xmlui/handle/praxis/326
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Socorro
Como? 238 casas em Jerusalém Oriental? Que espécie de disposição é esta que os israelenses estão alegando ter para um acordo de paz, se não param um só minuto de sabotar o processo de paz? Me desculpem, mas não consigo escrever mais nada sobre isso, porque meu estômago está se revirando de nojo destes crápulas, inescrupulosos e mais um monte de adjetivos que não cabe mencionar aqui.
Gente, por favor, ajudem a divulgar esta insanidade! Temos que nos unir para dar um basta a tanta injustiça! Por favor, me ajudem!
Folha de São Paulo
Israel autoriza construção de novas residências em Jerusalém Oriental
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira a construção de 238 novas residências em Jerusalém Oriental, medida que pode comprometer de vez as negociações de paz com os palestinos iniciadas no início de setembro após quase dois anos congeladas.
As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.
Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.
As negociações encontram-se atualmente em um impasse, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) exigindo a extensão da moratória e ameaçando deixar as conversas em caso contrário.
Já o governo do premiê Binyamin Netanyahu se vê pressionado, de um lado, pelos EUA, que defendem novo congelamento, e, por outro, por setores ultradireitistas contrários a concessões que integram seu gabinete.
Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA, que mediam as atuais negociações com os palestinos.
Em março, o anúncio de novas construções em Jerusalém Oriental durante visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país provocaram séria crise entre os aliados, levando Israel a se desculpar com o governo dos EUA.
PALESTINOS
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou o governo Netanyahu de buscar "liquidar toda possibilidade de reinício das negociações" e cobrou intervenção dos EUA.
"Condenamos firmemente essa decisão e exortamos os EUA a considerar o governo israelense responsável pelo fracasso das negociações e do processo de paz", afirmou.
"Esse anúncio é uma indicação muito clara da escolha de Netanyahu pelos assentamentos, não pela paz."
Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.
No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.
Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", os palestinos exigem a porção oriental da cidade como capital de um eventual Estado palestino e o recuo israelense aos territórios pré-1967.
Gente, por favor, ajudem a divulgar esta insanidade! Temos que nos unir para dar um basta a tanta injustiça! Por favor, me ajudem!
Folha de São Paulo
Israel autoriza construção de novas residências em Jerusalém Oriental
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira a construção de 238 novas residências em Jerusalém Oriental, medida que pode comprometer de vez as negociações de paz com os palestinos iniciadas no início de setembro após quase dois anos congeladas.
As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.
Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.
As negociações encontram-se atualmente em um impasse, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) exigindo a extensão da moratória e ameaçando deixar as conversas em caso contrário.
Já o governo do premiê Binyamin Netanyahu se vê pressionado, de um lado, pelos EUA, que defendem novo congelamento, e, por outro, por setores ultradireitistas contrários a concessões que integram seu gabinete.
Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA, que mediam as atuais negociações com os palestinos.
Em março, o anúncio de novas construções em Jerusalém Oriental durante visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país provocaram séria crise entre os aliados, levando Israel a se desculpar com o governo dos EUA.
PALESTINOS
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou o governo Netanyahu de buscar "liquidar toda possibilidade de reinício das negociações" e cobrou intervenção dos EUA.
"Condenamos firmemente essa decisão e exortamos os EUA a considerar o governo israelense responsável pelo fracasso das negociações e do processo de paz", afirmou.
"Esse anúncio é uma indicação muito clara da escolha de Netanyahu pelos assentamentos, não pela paz."
Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.
No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.
Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", os palestinos exigem a porção oriental da cidade como capital de um eventual Estado palestino e o recuo israelense aos territórios pré-1967.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Cinico
O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou de seu típico cinismo judeu para provocar os palestinos neste final de semana. Perguntou à eles por que estão dando as costas para as negociações de paz diretas, sob mediação dos Estados Unidos da America? Como se ele não tivesse provocado a situação e nem tivesse absolutamente nada a ver com a reação palestina.
Segundo as leis da física, toda a ação provoca uma reação. Se os palestinos saíram da mesa de negociações, é porque houve uma ação por parte dos israelenses. E houve. Eles descongelaram a construção de assentamentos israelenses ilegais nas terras palestinas. Ou seja, continuam invadindo as terras e construindo casas para os israelenses nas terras onde deve ser estabelecido o Estado Palestino.
E ainda perguntam por que os palestinos saíram da mesa de negociações? Ué, então que parem de sabotar as negociações, oras! Mas sabotar as negociações é o esporte preferido do governo israelense desde sempre. Primeiro, eles se dizem dispostos a negociar, os palestinos acreditam, sentam-se à mesa e quando acham que a coisa vai andar, os israelenses enfiam alfinetes em suas inflamadas feridas. Dói demais. Dói ver sua terra, sua vida, seus sonhos e todas as suas ambições indo por água abaixo, por conta de vermes que não tinham intenção nenhuma em conversar. Eles apenas estavam justificando os esforços do governo americano, para garantir as remessas de dinheiro que recebem mensalmente. Enquanto isso, o povo palestino tem sua vida roubada, a cada minuto, por vermes que nunca pertenceram à aquele lugar.
Quanto aos assentamentos, leiam, por favor, os posts anteriores para entender a situação.
Segundo as leis da física, toda a ação provoca uma reação. Se os palestinos saíram da mesa de negociações, é porque houve uma ação por parte dos israelenses. E houve. Eles descongelaram a construção de assentamentos israelenses ilegais nas terras palestinas. Ou seja, continuam invadindo as terras e construindo casas para os israelenses nas terras onde deve ser estabelecido o Estado Palestino.
E ainda perguntam por que os palestinos saíram da mesa de negociações? Ué, então que parem de sabotar as negociações, oras! Mas sabotar as negociações é o esporte preferido do governo israelense desde sempre. Primeiro, eles se dizem dispostos a negociar, os palestinos acreditam, sentam-se à mesa e quando acham que a coisa vai andar, os israelenses enfiam alfinetes em suas inflamadas feridas. Dói demais. Dói ver sua terra, sua vida, seus sonhos e todas as suas ambições indo por água abaixo, por conta de vermes que não tinham intenção nenhuma em conversar. Eles apenas estavam justificando os esforços do governo americano, para garantir as remessas de dinheiro que recebem mensalmente. Enquanto isso, o povo palestino tem sua vida roubada, a cada minuto, por vermes que nunca pertenceram à aquele lugar.
Quanto aos assentamentos, leiam, por favor, os posts anteriores para entender a situação.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Rachel Corrie
Rachel Corrie era uma militante pacifista, que num impulso para salvar famílias palestinas, parou diante das escavadeiras israelenses para impedi-las de derrubarem casas na cidade de Rafah, onde posteriormente seriam construídos assentamentos ilegais para parasitas judeus.
Diante da resistência da mocinha em não sair do lugar, os soldados israelenses passaram por cima dela, com seu poderoso tanque de guerra, indo e voltando ate terem certeza de te-la esmagado e para que servisse de exemplo para quem se atrevesse a parar a invasão israelense em Rafah.
A família de Rachel abriu um processo contra o governo israelense, na tentativa de fazer justiça a memória de sua filha, assassinada no auge da juventude. Ontem, foi realizada a primeira audiência, mas para preservar seus queridos soldadinhos assassinos, o exercito israelense pediu que o depoimento dos mesmos fosse feito por detrás de uma cortina. Ou seja, os assassinos estavam sendo protegidos.
Sabe qual foi o resultado da audiência? Nenhum! Os soldados alegaram que Rachel estava dentro de uma área estritamente militar. Desde quando residências palestinas são área estritamente militar de judeus? O juiz, de extrema direita, considerou apenas as alegações dos soldados e não deu ouvido a defesa.
Resultado: Nenhum crime judeu contra palestinos, ou quem quer que seja, será punido, porque sempre vai prevalecer a palavra do judeu num julgamento.
Em todo caso, o juiz decidiu por adiar o julgamento ate uma data posterior, não definida ainda. Mais um macete para que a morte de Rachel caia no esquecimento.
Diante da resistência da mocinha em não sair do lugar, os soldados israelenses passaram por cima dela, com seu poderoso tanque de guerra, indo e voltando ate terem certeza de te-la esmagado e para que servisse de exemplo para quem se atrevesse a parar a invasão israelense em Rafah.
A família de Rachel abriu um processo contra o governo israelense, na tentativa de fazer justiça a memória de sua filha, assassinada no auge da juventude. Ontem, foi realizada a primeira audiência, mas para preservar seus queridos soldadinhos assassinos, o exercito israelense pediu que o depoimento dos mesmos fosse feito por detrás de uma cortina. Ou seja, os assassinos estavam sendo protegidos.
Sabe qual foi o resultado da audiência? Nenhum! Os soldados alegaram que Rachel estava dentro de uma área estritamente militar. Desde quando residências palestinas são área estritamente militar de judeus? O juiz, de extrema direita, considerou apenas as alegações dos soldados e não deu ouvido a defesa.
Resultado: Nenhum crime judeu contra palestinos, ou quem quer que seja, será punido, porque sempre vai prevalecer a palavra do judeu num julgamento.
Em todo caso, o juiz decidiu por adiar o julgamento ate uma data posterior, não definida ainda. Mais um macete para que a morte de Rachel caia no esquecimento.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Desrespeito
É impressionante como não faltam exemplos de arbitrariedade, tirania, crueldade e outros adjetivos feios, quando se trata de Israel. Os colonos israelenses, que ocupam ilegalmente as terras palestinas dentro de assentamentos construídos pelo governo israelense, não passam de uma corja de bandidos que roubam e queimam as plantações dos palestinos, destroem casas, roubam pertences pessoais, agridem fisica e verbalmente qualquer palestino que atravessa o seu caminho e como se não bastasse tudo isso, agora desrespeitam a religião muçulmana. Vejam só a matéria abaixo, publicada pelo O Estado de São Paulo, que prova tudo isso que estou escrevendo.
Os colonos judeus atearam fogo numa mesquita que fica num vilarejo, nos arredores de Ramallah, queimaram o alcorão sagrado e picharam ofensas ao Profeta Maomé. Sabe-se muito bem que estes colonos não passam de um bando de parasitas, que foram trazidos por Israel de vários lugares do mundo, só para fazer numero e aumentar as estatísticas sobre a população. Enquanto eles mamam nas tetas do governo, ainda se dão ao luxo de agredir, gratuitamente, os palestinos dentro de suas próprias terras. Quanto à investigação das autoridades israelenses, quer apostar quanto que vai dar em pizza?
O Estado de S. Paulo
Supostos colonos incendeiam mesquita
05/10/2010
Internacional
AP, AFP e EFE
RAMALLAH - Uma mesquita na aldeia de Beit Fayar, na Cisjordânia, foi incendiada e depredada ontem por supostos colonos judeus, que também teriam queimado exemplares do Alcorão.
De acordo com testemunhas, seis homens armados - dos quais um usava uma máscara e outro uma quipá - chegaram ao local de madrugada e fizeram pichações com mensagens pejorativas e insultos ao Profeta Maomé. Depois, o grupo - que teria passado cerca de 20 minutos no local - ateou fogo na mesquita.
Dezenas de moradores se reuniram ao redor do lugar, enquanto policiais e soldados israelenses tentavam manter a ordem. "Somente alguém que não teme a Deus faria isso", disse Ayman Taqatqa, um morador da aldeia. "Não permitiremos que as pessoas ofendam nossa religião. Nós a defenderemos com nossas vidas."
Taqatqa e outros moradores disseram ter visto um automóvel que estacionou perto da mesquita antes do amanhecer, com um grupo de homens.
Ele afirmou ter visto um pequeno fogo e chamou os vizinhos, mas eles decidiram esperar a saída do grupo para apagar as chamas, temendo que os homens estivessem armados.
Investigações. A tenente-coronel Avital Leibovitch, porta-voz do Exército de Israel, afirmou que a ocorrência foi "muito grave" e disse que uma investigação para esclarecer os fatos já foi aberta. "Temos uma equipe liderada pela polícia que conta com a cooperação palestina com o objetivo de localizar os responsáveis por estes incidentes."
O principal representante da Autoridade Palestina nas negociações de paz com Israel disse que o incêndio mostra o papel central que têm os assentamentos judaicos na Cisjordânia no conflito entre israelenses e palestinos. As suspeitas pelo incêndio recaem sobre uma minoria de judeus extremistas que já destruiu no passado propriedades de palestinos, em represália pelo congelamento das construções.
Os colonos judeus atearam fogo numa mesquita que fica num vilarejo, nos arredores de Ramallah, queimaram o alcorão sagrado e picharam ofensas ao Profeta Maomé. Sabe-se muito bem que estes colonos não passam de um bando de parasitas, que foram trazidos por Israel de vários lugares do mundo, só para fazer numero e aumentar as estatísticas sobre a população. Enquanto eles mamam nas tetas do governo, ainda se dão ao luxo de agredir, gratuitamente, os palestinos dentro de suas próprias terras. Quanto à investigação das autoridades israelenses, quer apostar quanto que vai dar em pizza?
O Estado de S. Paulo
Supostos colonos incendeiam mesquita
05/10/2010
Internacional
AP, AFP e EFE
RAMALLAH - Uma mesquita na aldeia de Beit Fayar, na Cisjordânia, foi incendiada e depredada ontem por supostos colonos judeus, que também teriam queimado exemplares do Alcorão.
De acordo com testemunhas, seis homens armados - dos quais um usava uma máscara e outro uma quipá - chegaram ao local de madrugada e fizeram pichações com mensagens pejorativas e insultos ao Profeta Maomé. Depois, o grupo - que teria passado cerca de 20 minutos no local - ateou fogo na mesquita.
Dezenas de moradores se reuniram ao redor do lugar, enquanto policiais e soldados israelenses tentavam manter a ordem. "Somente alguém que não teme a Deus faria isso", disse Ayman Taqatqa, um morador da aldeia. "Não permitiremos que as pessoas ofendam nossa religião. Nós a defenderemos com nossas vidas."
Taqatqa e outros moradores disseram ter visto um automóvel que estacionou perto da mesquita antes do amanhecer, com um grupo de homens.
Ele afirmou ter visto um pequeno fogo e chamou os vizinhos, mas eles decidiram esperar a saída do grupo para apagar as chamas, temendo que os homens estivessem armados.
Investigações. A tenente-coronel Avital Leibovitch, porta-voz do Exército de Israel, afirmou que a ocorrência foi "muito grave" e disse que uma investigação para esclarecer os fatos já foi aberta. "Temos uma equipe liderada pela polícia que conta com a cooperação palestina com o objetivo de localizar os responsáveis por estes incidentes."
O principal representante da Autoridade Palestina nas negociações de paz com Israel disse que o incêndio mostra o papel central que têm os assentamentos judaicos na Cisjordânia no conflito entre israelenses e palestinos. As suspeitas pelo incêndio recaem sobre uma minoria de judeus extremistas que já destruiu no passado propriedades de palestinos, em represália pelo congelamento das construções.
Promessas Generosas
Olha só que interessante! Os Estados Unidos da América e, mais especificamente, o governo de Barack Obama, estão interessados na continuidade das negociações diretas entre judeus e palestinos. Para tanto, fazem um milhão de propostas generosas, dentre as quais a transferência de um sistema de mísseis de longo alcance, ligação direta, via satélite com o sistema de monitoramento americano, para um eventual ataque iraniano, um sistema de troca inteligente de informações, para o caso de contrabando de armamentos na Cisjordânia e Faixa de Gaza, a promessa de vetar toda e qualquer resolução do Conselho de Seguranca da ONU contraria a Israel e, por fim e não menos importante, a promessa de não pedir a Israel, nunca mais, nunquinha mesmo, que congele a construção de assentamentos (ilegais) nas terras palestinas ocupadas.
Quanta generosidade! Mas perai, não está faltando nada? O que eles prometeram aos palestinos? Nada? Nadinha mesmo? Por que? Ou será que os americanos tratam os palestinos como sub-raça, tal qual os judeus? Será?
O mais impressionante, é o Estado de São Paulo dizer, conforme a matéria abaixo, que alguns dos colonos judeus, que vivem nestas colônias ilegais, estão lá por ideologia. Ah é? Quer dizer agora que a ideologia justifica a invasão e posse ilegal de terra alheia?
Se é assim, o Roriz deveria estar bem na fita aqui no Distrito Federal, assim como outros invasores de terras alheias pelo mundo afora.
O Estado de S. Paulo
Israel discute novo gelo nos assentamentos
05/10/2010
Densise Chrispim Marin, correspondente, Washington
Pedido dos EUA faz 'Bibi' levar a seu gabinete plano de moratória de 2 meses na Cisjordânia
Sob pressão da Casa Branca, o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, tentará conquistar o apoio dos seus sete mais poderosos ministros a um congelamento - desta vez, por apenas dois meses - dos assentamentos na Cisjordânia. A medida é crucial para a continuidade do diálogo entre Israel e a Autoridade Palestina, lançada há apenas 32 dias pelo governo de Barack Obama.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que a renovação do congelamento das construções israelenses é condição para a continuidade do diálogo. Como pressão, o governo da Arábia Saudita alertou que o próprio processo de paz acabará "congelado" se Israel não aceitar o recuo na Cisjordânia.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, se conseguir a aprovação de seus sete ministros mais poderosos, Netanyahu deverá submeter ainda hoje o plano à votação de seu gabinete de segurança. Seu maior desafio será convencer o chanceler, Avigdor Lieberman, e outros três membros de seu gabinete.
Netanyahu esperaria aprovar a extensão do congelamento, que vigorou por 10 meses até o último dia 26, antes do encontro da Liga Árabe que tratará do futuro das negociações de paz. A reunião foi agendada para o próximo dia 8 na Líbia.
Oferta generosa. Ontem, Netanyahu não chegou a admitir a existência de um novo compromisso dos EUA. Tampouco negou ter recebido uma carta de Obama. O governo americano insistia na inexistência da missiva.
De acordo com o jornal árabe publicado na Grã-Bretanha Asharq Al-Awsat, a correspondência detalha um pacote de incentivos para que Israel, em troca, proíba novas construções em território palestino até o fim do ano. Entre eles, as promessas de veto a qualquer resolução contra Israel no Conselho de Segurança em 2011 e de não pedir novos congelamentos no futuro.
Na carta de Obama, constaria uma espécie de garantia americana de combater o contrabando de armas para territórios palestinos, o aval a uma lenta transição na ocupação do Vale do Rio Jordão e um pacto contra o Irã. Os EUA aumentariam sua ajuda financeira, hoje em US$ 3 bilhões ao ano, para a segurança do país.
O esforço de manter viva a negociação de paz é uma das prioridades do presidente Obama. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com Netanyahu."Reconhecemos que é difícil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip J. Crowley. "Nós sabemos que haverá outros na medida em que avançarmos. Mas vamos manter um diálogo intenso nos próximos dias", afirmou.
Ontem, o Departamento de Estado enviou ao Oriente Médio seu subsecretário para Assuntos Políticos, William Burns, para um roteiro que inclui uma conversa com o rei da Jordânia, Abdullah 2.º. Desde o final da semana, o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, trabalha nos bastidores pela manutenção da negociação de paz.
PARA ENTENDER
A colonização da Cisjordânia foi inicialmente incentivada por militares israelenses pouco após o território ser ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Eles acreditavam que a povoação judaica, sobretudo do Vale do Rio Jordão, reduziria possíveis ameaças ao território israelense.
Pouco a pouco, porém, religiosos viram nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel.
Hoje, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos estão no território palestino por "ideologia".
Quanta generosidade! Mas perai, não está faltando nada? O que eles prometeram aos palestinos? Nada? Nadinha mesmo? Por que? Ou será que os americanos tratam os palestinos como sub-raça, tal qual os judeus? Será?
O mais impressionante, é o Estado de São Paulo dizer, conforme a matéria abaixo, que alguns dos colonos judeus, que vivem nestas colônias ilegais, estão lá por ideologia. Ah é? Quer dizer agora que a ideologia justifica a invasão e posse ilegal de terra alheia?
Se é assim, o Roriz deveria estar bem na fita aqui no Distrito Federal, assim como outros invasores de terras alheias pelo mundo afora.
O Estado de S. Paulo
Israel discute novo gelo nos assentamentos
05/10/2010
Densise Chrispim Marin, correspondente, Washington
Pedido dos EUA faz 'Bibi' levar a seu gabinete plano de moratória de 2 meses na Cisjordânia
Sob pressão da Casa Branca, o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, tentará conquistar o apoio dos seus sete mais poderosos ministros a um congelamento - desta vez, por apenas dois meses - dos assentamentos na Cisjordânia. A medida é crucial para a continuidade do diálogo entre Israel e a Autoridade Palestina, lançada há apenas 32 dias pelo governo de Barack Obama.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que a renovação do congelamento das construções israelenses é condição para a continuidade do diálogo. Como pressão, o governo da Arábia Saudita alertou que o próprio processo de paz acabará "congelado" se Israel não aceitar o recuo na Cisjordânia.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, se conseguir a aprovação de seus sete ministros mais poderosos, Netanyahu deverá submeter ainda hoje o plano à votação de seu gabinete de segurança. Seu maior desafio será convencer o chanceler, Avigdor Lieberman, e outros três membros de seu gabinete.
Netanyahu esperaria aprovar a extensão do congelamento, que vigorou por 10 meses até o último dia 26, antes do encontro da Liga Árabe que tratará do futuro das negociações de paz. A reunião foi agendada para o próximo dia 8 na Líbia.
Oferta generosa. Ontem, Netanyahu não chegou a admitir a existência de um novo compromisso dos EUA. Tampouco negou ter recebido uma carta de Obama. O governo americano insistia na inexistência da missiva.
De acordo com o jornal árabe publicado na Grã-Bretanha Asharq Al-Awsat, a correspondência detalha um pacote de incentivos para que Israel, em troca, proíba novas construções em território palestino até o fim do ano. Entre eles, as promessas de veto a qualquer resolução contra Israel no Conselho de Segurança em 2011 e de não pedir novos congelamentos no futuro.
Na carta de Obama, constaria uma espécie de garantia americana de combater o contrabando de armas para territórios palestinos, o aval a uma lenta transição na ocupação do Vale do Rio Jordão e um pacto contra o Irã. Os EUA aumentariam sua ajuda financeira, hoje em US$ 3 bilhões ao ano, para a segurança do país.
O esforço de manter viva a negociação de paz é uma das prioridades do presidente Obama. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com Netanyahu."Reconhecemos que é difícil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip J. Crowley. "Nós sabemos que haverá outros na medida em que avançarmos. Mas vamos manter um diálogo intenso nos próximos dias", afirmou.
Ontem, o Departamento de Estado enviou ao Oriente Médio seu subsecretário para Assuntos Políticos, William Burns, para um roteiro que inclui uma conversa com o rei da Jordânia, Abdullah 2.º. Desde o final da semana, o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, trabalha nos bastidores pela manutenção da negociação de paz.
PARA ENTENDER
A colonização da Cisjordânia foi inicialmente incentivada por militares israelenses pouco após o território ser ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Eles acreditavam que a povoação judaica, sobretudo do Vale do Rio Jordão, reduziria possíveis ameaças ao território israelense.
Pouco a pouco, porém, religiosos viram nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel.
Hoje, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos estão no território palestino por "ideologia".
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