terça-feira, 5 de outubro de 2010

Promessas Generosas

Olha só que interessante! Os Estados Unidos da América e, mais especificamente, o governo de Barack Obama, estão interessados na continuidade das negociações diretas entre judeus e palestinos. Para tanto, fazem um milhão de propostas generosas, dentre as quais a transferência de um sistema de mísseis de longo alcance, ligação direta, via satélite com o sistema de monitoramento americano, para um eventual ataque iraniano, um sistema de troca inteligente de informações, para o caso de contrabando de armamentos na Cisjordânia e Faixa de Gaza, a promessa de vetar toda e qualquer resolução do Conselho de Seguranca da ONU contraria a Israel e, por fim e não menos importante, a promessa de não pedir a Israel, nunca mais, nunquinha mesmo, que congele a construção de assentamentos (ilegais) nas terras palestinas ocupadas.


Quanta generosidade! Mas perai, não está faltando nada? O que eles prometeram aos palestinos? Nada? Nadinha mesmo? Por que? Ou será que os americanos tratam os palestinos como sub-raça, tal qual os judeus? Será?

O mais impressionante, é o Estado de São Paulo dizer, conforme a matéria abaixo, que alguns dos colonos judeus, que vivem nestas colônias ilegais, estão lá por ideologia. Ah é? Quer dizer agora que a ideologia justifica a invasão e posse ilegal de terra alheia?

Se é assim, o Roriz deveria estar bem na fita aqui no Distrito Federal, assim como outros invasores de terras alheias pelo mundo afora.

O Estado de S. Paulo 
Israel discute novo gelo nos assentamentos

05/10/2010
Densise Chrispim Marin, correspondente, Washington
Pedido dos EUA faz 'Bibi' levar a seu gabinete plano de moratória de 2 meses na Cisjordânia
Sob pressão da Casa Branca, o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, tentará conquistar o apoio dos seus sete mais poderosos ministros a um congelamento - desta vez, por apenas dois meses - dos assentamentos na Cisjordânia. A medida é crucial para a continuidade do diálogo entre Israel e a Autoridade Palestina, lançada há apenas 32 dias pelo governo de Barack Obama.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que a renovação do congelamento das construções israelenses é condição para a continuidade do diálogo. Como pressão, o governo da Arábia Saudita alertou que o próprio processo de paz acabará "congelado" se Israel não aceitar o recuo na Cisjordânia.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, se conseguir a aprovação de seus sete ministros mais poderosos, Netanyahu deverá submeter ainda hoje o plano à votação de seu gabinete de segurança. Seu maior desafio será convencer o chanceler, Avigdor Lieberman, e outros três membros de seu gabinete.
Netanyahu esperaria aprovar a extensão do congelamento, que vigorou por 10 meses até o último dia 26, antes do encontro da Liga Árabe que tratará do futuro das negociações de paz. A reunião foi agendada para o próximo dia 8 na Líbia.
Oferta generosa. Ontem, Netanyahu não chegou a admitir a existência de um novo compromisso dos EUA. Tampouco negou ter recebido uma carta de Obama. O governo americano insistia na inexistência da missiva.
De acordo com o jornal árabe publicado na Grã-Bretanha Asharq Al-Awsat, a correspondência detalha um pacote de incentivos para que Israel, em troca, proíba novas construções em território palestino até o fim do ano. Entre eles, as promessas de veto a qualquer resolução contra Israel no Conselho de Segurança em 2011 e de não pedir novos congelamentos no futuro.
Na carta de Obama, constaria uma espécie de garantia americana de combater o contrabando de armas para territórios palestinos, o aval a uma lenta transição na ocupação do Vale do Rio Jordão e um pacto contra o Irã. Os EUA aumentariam sua ajuda financeira, hoje em US$ 3 bilhões ao ano, para a segurança do país.
O esforço de manter viva a negociação de paz é uma das prioridades do presidente Obama. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com Netanyahu."Reconhecemos que é difícil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip J. Crowley. "Nós sabemos que haverá outros na medida em que avançarmos. Mas vamos manter um diálogo intenso nos próximos dias", afirmou.
Ontem, o Departamento de Estado enviou ao Oriente Médio seu subsecretário para Assuntos Políticos, William Burns, para um roteiro que inclui uma conversa com o rei da Jordânia, Abdullah 2.º. Desde o final da semana, o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, trabalha nos bastidores pela manutenção da negociação de paz.


PARA ENTENDER
A colonização da Cisjordânia foi inicialmente incentivada por militares israelenses pouco após o território ser ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Eles acreditavam que a povoação judaica, sobretudo do Vale do Rio Jordão, reduziria possíveis ameaças ao território israelense.
Pouco a pouco, porém, religiosos viram nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel.
Hoje, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos estão no território palestino por "ideologia".

2 comentários:

  1. Minha gente, q é isso ?! Eu tb fiquei atônita... todo um aparato e arsenal de guerrilha em troca de os judeus pararem os assentamentos única e exclusivamente numa pequena faixa da Cisjordânia...
    O_O

    ResponderExcluir

Obrigado pela sua visita e contribuição.