segunda-feira, 30 de novembro de 2009

1000 X 1

Quanto vale a vida de um palestino? Se os judeus querem trocar quase mil prisioneiros por um judeu, então quanto vale um palestino? Pela primeira vez, os judeus anunciaram um número de presos palestinos (leia-se adolescentes que jogaram pedras em tanques e foram presas sem direito de defesa) e ainda determinaram com quantos palestinos se troca um judeu. Até Hitler foi mais piedoso!

Correio Braziliense

980 palestinos livres
Data: 30/11/2009

O governo de Israel está disposto a libertar 980 prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, capturado há mais de três anos na Faixa de Gaza. Em uma audiência ante a Suprema Corte de Israel, o procurador de Estado mencionou pela primeira vez o número de detidos palestinos que poderão ser libertados dentro de um eventual acordo com o movimento islamita Hamas. O procurador disse que 450 presos serão escolhidos pelo Hamas, em cujo poder se encontra o soldado Shalit, enquanto Israel determinará a lista dos outros 530 prisioneiros.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Márua

Já fazia um tempo que ela planejava visitar Jerusalém, porém não surgia a oportunidade. Seu vilarejo localizava-se nas proximidades da capital da Palestina, mas os tempos eram de muita dificuldade. Neste dia, tudo tinha dado certo, tanto que seu vestido bordado e seu véu estavam à postos, prontinhos para serem usados, assim que o ônibus chegasse ao vilarejo. Sua mãe, Khadija, não estava lá muito animada, pois as dores do reumatismo estavam piorando. Porém, seu pai, Jamal, estava empolgado com a viagem, já que venderia na capital toda a sua produção de ervas aromáticas à um comerciante de sua confiança.
O ônibus buzinou anunciando sua chegada e Márua apressou-se a trajar seu vestido e cobrir os negros e lisos cabelos com o véu branco. Jamal prometeu à filha leva-la para o mercado de Jerusalém, para comprar uma nova peça de tecido, linhas e agulhas para costurar e bordar um novo Thoub, o vestido palestino. Khadija bem que gostaria de compartilhar do ânimo de sua família, mas sentia-se particularmente cansada naquele dia.
Pouco antes de partir, Khadija desistiu da viagem enquanto Jamal e Márua corriam para alcançar o ônibus. Deixaram para trás uma núvem de poeira e o vulto de Khadija acenando da janela.
Márua nem se lembrava mais que as ruas de Jerusalém eram cobertas de paralelepípedos irregulares, mas que formavam um desenho psicodélico, do qual era difícil desviar os olhos. Andou assim, de olhar baixo, até chegar à loja do comerciante, amigo de seu pai. Lá eles venderam quatro cestas de ervas, o que rendeu à Jamal um bom dinheiro. Alegre com o bom negócio, Jamal disse à  Márua que cumpriria com a promessa de comprar-lhe uma peça de tecido e as linhas. Dirigiram-se  ao mercado, na parte antiga de Jerusalém, pelas ruas onde Jesus Cristo andou. Logo na entrada no mercado havia um tanque de guerra, verde musgo, assustador. Márua parou e seu pai colocou a mão no bolso para tirar o documento de identidade que deveria apresentar ao soldado judeu que deles se aproximava. Jamal e Márua não entenderam nada quando o soldado raivoso apontou-lhes a arma e atirou, antes mesmo que pudessem reagir. Sentiram o peito queimar com as balas que o atravessam, enquanto o soldado raivoso concluía que não havia arma alguma, mas sim um documento de identidade. Sem remorsos, o soldado judeu mandou que todos se afastassem, enquanto os outros soldados aproximavam-se apontando mais armas para Jamal e Márua.
O céu escureceu.. Márua caiu sobre o  peito de Jamal, que dava seu último suspiro, enquanto o sangue dos dois regava o chão de paralelepípedos psicodélicos. Este mesmo sangue que manchava a entrada da velha Jerusalém, levou consigo  o sonho de Jamal de dar à Khadija uma nova pulseira de ouro e à Márua, o seu tão sonhado vestido. As balas do judeu raivoso abreviaram a vida de Márua e de Jamal, enquanto Khadija agonizava de uma dor repentina no peito. Foi assim que acabou mais uma família palestina.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Recadinho

Ah, esqueci de comentar que o Deputado Marcelo Itagiba, judeu declarado, estava carregando um cartazinho na frente do Congresso Nacional, em protesto contra a visita do presidente do Irã. Meu recadinho para este deputado: Você já foi mais perigoso...que decepção!

Reencontro

O Oswaldo Montenegro tem razão, quando manda fazer uma lista dos grandes amigos, para saber quantos deles deixamos para trás. Eu não cheguei a fazer a lista escrita, mas a fiz mentalmente e busquei para o agora, pessoas que um dia foram imprescindíveis para o meu bem estar.
Vanessa, Hernane, Walter, Vitor, Rose, Alessandra, Ana e muitos muitos outros amigos que compartilharam comigo momentos importantes.
Acontece que cansei de mentalizar estas pessoas e procurei juntar todas as que ainda me eram acessíveis. Sueli, Léo, Magda e eu organizamos um almoço na minha casa, para trazer de volta e juntar no mesmo lugar a maioria dos grandes amigos. Lá estavam Zé Cuspi (Zeca) e sua Cris, Rodrigo Paranhos e sua Michelle, Gaffa e sua Eliane, Mana e seu altíssimo astral, Magda e sua mania de cuidar de todo mundo, Geraldo que é nossa referência, Mário Pacheco e sua Rosângela, Leandro e sua moto, Yannis e sua Andrea, e muitos muitos outros amigos queridos. Sentimos falta do nosso Ed Zed (Edson Salazar), do Tex, do Wagner Luis e sua Ana, do Alberto Sales e sua Marie, do Hernane, do Vitor, da Vanessa que foi lembrada por quase todos que ali estavam, da Marly, da Andreia, do Junior, da Drica, do Marlon, do Marcelo, do Julio, do Macaé, do Elivanelson, da Tânia, da Neide Nobre e sua prole e muitos outros queridíssimos amigos.
Naquela tarde, parecia que o tempo não tinha passado. Sueli estava radiante, Léo monopolizando o som como sempre, Gaffa criticando o Léo, Geraldo pegando no pé do Rodrigo, Mana dançando muito e dando beijos e abraços em todos, Meg feliz e cozinhando macarrão com bacalhau, Leandro dando em cima de todas, Mário, doidão, que não dizia nada com nada, Zé Cuspi curtindo todos os sons do Léo e eu, inebriada com aquela atmosfera de felicidade com o retorno dos meus.
Deveria existir uma lei que proibisse o distanciamento entre amigos. Só assim estaríamos sempre juntos fisicamente, porque nossas almas nunca se separaram.

Isenção e Imparcialidade

Ufa! Cansei de ler notícias sobre as visitas dos presidentes da Palestina e do Irã ao Brasil! Desde Sexta Feira passada, estou analisando a forma como a imprensa está transmitindo as notícias sobre as duas visitas. A revolta contida está, para mim, bastante clara nas entrelinhas de cada matéria publicada ou lida. Mas peraí, até onde a minha memória consegue alcançar, nós estamos no Brasil, país da tolerância e da diversidade racial, não é mesmo? Ou será que estou delirando?
É claro que o Presidente Lula vai se declarar contra os assentamentos judeus em terras palestinas. É claro que vai declarar seu apoio ao programa nuclear iraniano. Ameaça por ameaça, Israel é muito mais perigosa e ameaçadora que o Irã...todo bicho acuado é perigoso! A própria Agência Internacional de Energia Atômica já constatou que o enriquecimento de urânio está sendo usado para geração de energia elétrica no Irã. Em compensação, a mesma agência constatou que Israel desenvolve armas nucleares de destruição em massa. Sabe aquelas que foram jogadas em Hiroshima e Nagazaki? Pois é! Devastadoras e modernas. Mas então por que condenar o Irã? Ah, a imprensa diz que o Irã financia o terrorismo islâmico. Tá, mas os Estados Unidos da América também financiaram o Osama Bin Laden para combater o exército russo no Afeganistão, e nem por isso são chamados de terroristas.
Todos sabem que os judeus comandam a imprensa mundial, mas quem trabalha para eles não é judeu. Sempre há um modo de driblar comandos e dizer o que se pensa. Taí o Samy Adghirni e o Dr. Paulo Farah que não me deixam mentir. Não esquecendo, é claro, do Dr. Emir Sader. Ah tá, esqueci! São todos de origem árabe. É mesmo! Mas são tão inteligentes que até os judeus sucumbem às suas opiniões. Felizmente, eles não são os únicos. Temos jornalistas sensacionais no Brasil, mas que aceitam os rabiscos dos editores chefes. Estes, por sua vez,  maculam toda e qualquer opinião à favor do mundo árabe e islâmico.
As palavras "isenção" e "imparcialidade" tão pregadas e repetidas à exaustão nas faculdades de jornalismo, ficam esquecidas nas gavetas empoeiradas da realidade jornalística.
É uma pena que uma cultura tão rica e milenar como a cultura árabe, seja condenada à ponto de confundir a opinião pública. Mas esta é a mensagem do ideal judaico: Confundir para manipular; enfraquecer para dominar.
Ah, tem mais! Eu ví a manifestação em Brasília contra a visita do presidente iraniano. O tema central do protesto era o não reconhecimento do holocausto por parte do Irã. Mas e o holocausto contra os palestinos? Por que ninguém protestou contra ele? Cadê a imprensa nesta hora?
Esta minha memória! Esqueci que a imprensa é judia! É claro que os crimes cometidos pelos judeus contra os palestinos são jogados debaixo do tapete, afinal as vidas dos palestinos não tem valor, mas as vidas dos judeus tem.
Ainda bem que o Bill Gates universalizou e democratizou a internet, senão ninguém saberia a minha opinião, exceto os poucos amigos que me cercam, mas se fosse através da imprensa, minhas palavras seriam trocadas para um tom mais ameno a mais amigável com os judeus. Ainda bem que inventaram o blog.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Desculpas

Quero formalizar um pedido de desculpas à todos os meus amigos, reais e virtuais, pela minha falta de tempo para abrir o messenger e conversar sobre tudo e qualquer coisa. Estou com saudades de verdade, mas está muito difícil parar o meu ritmo.
Vou fazer uma promessa para o ano novo: Prometo desacelerar para poder dar o devido tempo à todos que fazem parte da minha vida e que são preciosos para mim.

Seu bobo!

Seria cômico se não fosse trágico. Sabe o que me pareceu a notícia abaixo relacionada? Parece aquele pai frouxo, que quando o filho fura o olho do primo, ele ameaça com castigo, mas nunca cumpre, transformando o filho num monstro letal. É assim que Obama está agindo diante dos disparates de Israel. Dá uma palmadinha na mão e depois assopra. Enquanto isso, os Palestinos pagam o preço pelos desmandos de Israel com a própria vida.

O Estado de São Paulo
Data: 19/11/2009
Casa Branca critica Israel por colônias


O presidente americano, Barack Obama, classificou ontem como "muito perigosa" a decisão israelense de aprovar a construção de 900 novas casas em assentamentos israelenses na Cisjordânia (foto). A decisão, segundo ele, "não contribui para a segurança de Israel, aumenta o ressentimento dos palestinos e dificulta um acordo de paz".

Tá certíssimo!

É claro que um anúncio unilateral não funciona e vai desencadear uma nova onda de construções ilegais de colônias judaicas na Palestina.
Mas o que eu acho surpreendente mesmo, é o poder dos judeus de desviar a atenção do mundo para outros fatos, enquanto se apoderam das terras palestinas, como um câncer se apodera de um corpo.

Folha de S. Paulo
Brasil vê plano palestino com ceticismo
Data: 19/11/2009
Crédito: Samy Adghirni, da reportagem local
Presidente Abbas, que chega hoje a Salvador, ouvirá de Lula reservas brasileiras sobre projeto de independência unilateral
Para Itamaraty, prioridade do encontro é tentativa de convencer líder palestino a reverter sua decisão de não concorrer à reeleição.

O governo brasileiro dirá ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que não vê com bons olhos a declaração unilateral de independência de Cisjordânia, faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, contrariando a meta da liderança palestina, de obter apoio do Brasil.
No encontro que terá amanhã em Salvador com o colega Luiz Inácio Lula da Silva, Abbas tentará justificar seu controverso plano alegando que duas décadas de negociação com Israel não tiveram nenhum resultado positivo para os palestinos e que um plano de independência deve ser levado à ONU.
O governo brasileiro, que tem merecido cada vez mais atenção dos países do Oriente Médio e que assumirá em janeiro 1 das 10 cadeiras rotativas do Conselho de Segurança da ONU, diz oficialmente que só se pronunciará após ouvir de Abbas os detalhes da proposta.
Mas a Folha apurou que o Brasil, a exemplo dos Estados Unidos e da União Europeia, não vê a ideia com bons olhos. Segundo um alto diplomata, o Brasil teme que uma declaração unilateral de independência provoque um novo ciclo de violência e que Israel passe a ocupar mais terras palestinas.
Israel deixou claro que responderá com "atos unilaterais" caso seja proclamada a criação da Palestina -que até agora só teve promessa de apoio de alguns países árabes.
O Itamaraty também considera que a proposta fere a tradição brasileira de buscar soluções multilaterais e negociadas. O Brasil não reconheceu a independência unilateral de Kosovo, no ano passado.
Mesmo cético em relação a uma declaração de independência palestina, o Brasil usa em documentos oficiais o termo "Palestina" -que carece de valor legal, já que a Cisjordânia e a faixa de Gaza não são reconhecidas pela ONU como país.
Segundo um diplomata brasileiro, a nomenclatura reflete um "wishful thinking" (pensamento com vocação a ser concretizado) do Itamaraty.
Para o Brasil, a prioridade é tentar convencer Abbas a recuar da decisão de não concorrer à reeleição no pleito de janeiro. O presidente da ANP anunciou há duas semanas que não será candidato em protesto contra a recusa israelense em congelar os assentamentos judaicos na Cisjordânia. O Itamaraty avalia que a saída de cena de Abbas pode deixar um vácuo de poder perigoso.
Israel alega que não se pode impedir o "crescimento natural" das colônias, enquanto os palestinos consideram que a multiplicação das residências judaicas inviabiliza a criação de um estado palestino.
A visita de Abbas ocorre em meio à intensificação dos contatos entre o Brasil e países do Oriente Médio. Na semana passada, o presidente de Israel, Shimon Peres, apresentou em Brasília, São Paulo e Rio as posições do Estado judaico sobre as colônias judaicas e a suposta ameaça iraniana. Na segunda, Lula receberá o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Israel, Estado Terrorista!

Vem cá! Quem é mesmo que queria a paz e se dizia o lado bonzinho do processo? Eu faço questão de publicar esta matéria, para mostrar, mais uma vez, as arbitrariedades dos judeus contra os palestinos. Não os chamo de israelenses, chamo de judeus mesmo, porque judeu não é religião, é raça! Uma raça vil e manipuladora, que não poupa vidas e não dá a mínima para a paz!
Correio Braziliense
Tensão em Jerusalém: Israel anuncia mais 900 construções
Data: 18/11/2009
Numa iniciativa que arrancou forte reação dos Estados Unidos e da comunidade internacional, Israel aprovou ontem a construção de 900 novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental, região capturada na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Autorizados pelo Ministério do Interior, os assentamentos judeus em territórios ocupados são considerados ilegais pela lei internacional. A expansão será realizada no bairro de Gilo, localizado além da Linha Verde, fronteira imaginária que determinava a divisão entre bairros judeus e árabes antes da guerra. Cerca de 200 mil israelenses dividem a região com 270 mil palestinos.
Em comunicado, o Departamento de Estado dos EUA afirmou estar “consternado” com a decisão “desanimadora” de Telavive e acusou os israelenses de atrapalhar as negociações de paz. “Em um momento em que trabalhamos para relançar as negociações, essas ações dificultam o sucesso dos nossos esforços.” O chefe negociador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, disse que não há como negociar enquanto Israel continuar expandindo bairros judeus.
Segundo o jornal israelense Yedioth Aharonot, o enviado especial norte-americano para o Oriente Médio, George Mitchell, teria pedido ao primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, para interromper as obras em Gilo durante um encontro em Londres, no último domingo. Netanyahu respondeu que o projeto não precisava de seu aval, mas do ministro do Interior, Eli Yishai.
Ontem, o porta-voz do premiê não fez comentários sobre as moradias, mas reforçou que as áreas anexadas de Jerusalém não fazem parte dos congelamentos requisitados pelo presidente Barack Obama. “O primeiro-ministro Netanyahu está disposto a adotar a política de maior controle possível do crescimento (dos assentamentos) na Cisjordânia, mas isso se aplica à Cisjordânia. Jerusalém é a capital de Israel e continuará sendo.”

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ai ai!!!!

À algum tempo atrás, durante a reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas, o líder líbio Moammar Al Kaddafi questionou a autoridade e a isenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Disse, na oportunidade, que este conselho, formado de cinco membros permanentes que gozam do direito de veto, não poderiam decidir o destino de todos os países do mundo, cabendo este papel à Assembléia Geral, que por sua vez, ao invés de reprimir os desmandos do Conselho de Segurança, sucumbe à eles.
Fazem parte do Conselho de Segurança, como membros permanentes, os Estados Unidos da América, a Russia, a Grã-Bretanha, a França e a China. Qualquer um destes cinco membros pode vetar uma resolução e anula-la. É o que fazem os Estados Unidos da América à mais de meio século, quando se trata de Israel, seu aliado e protegido dentro do Oriente Médio.
Eu acho esta iniciativa da Autoridade Palestina, de levar a decisão de proclamação do Estado Palestino para o Conselho de Segurança, uma ingenuídade incompatível com a experiência dos negociadores, à exemplo de Saeb Erekat.
É claro que esta iniciativa será vetada pelos Estados Unidos da América, porque sua queridinha Israel pode continuar cometendo todas as arbitrariedades, crueldades, assassinatos, abusos e todas as outras práticas que continuamos a assistir diariamente contra os palestinos, as mesmas praticadas pelos alemães nazistas, sob o manto do Tio Sam e sob o argumento fajuto de defesa do estado.

Correio Braziliense

Palestina apela á ONU
Data: 17/11/2009
INDEPENDÊNCIA
A Autoridade Palestina apresentou ontem uma demanda oficial perante a União Europeia (UE) pedindo que o bloco apoie sua solicitação de reconhecimento de um Estado Palestino independente pelo Conselho de Segurança da ONU. No domingo, os palestinos anunciaram que pediriam a ONU que reconheça sua independência para acabar com o impasse nas negociações do processo de paz. “Israel está solapando a solução de dois Estados (um israelense e outro palestino) com sua política de expansão de assentamentos, de cerco a Gaza e de confiscos”, disse o chefe negociador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat. O pedido foi recebido com hostilidade pelo premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que reagiu advertindo que um acordo de paz é a única solução para o conflito e que “qualquer ação unilateral dos palestinos terá como consequência ações unilaterais de Israel”. O ministro de Meio Ambiente israelense, Gilad Erian, ameaçou criar mais postos de controle militares na Cisjordânia.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Holocausto Judeu e Holocausto Palestino



As cercas.







O muro.








As tentativas de ultrapassar as barreiras.











Os soldados.







Os prisioneiros.







A separação.







As maiores vítimas.








O isolamento.







Famílias separadas.







As barreiras de revista.









A humilhação.








O abuso.








Mais abuso.







A crueldade.







A diáspora.













As fileiras da morte.








As crianças.







 A ameaça.
Agência de Notícias Brasil-Árabe


Palestinos querem negócios diretos com Brasil
Data: 16/11/2009
Crédito: Alexandre Rocha, enviado especial
Alexandre Rocha, enviado especial

O presidente da Câmara Árabe, Salim Schahin, conversou sobre o tema com o vice-ministro do Turismo da ANP, o vice-prefeito de Belém e o presidente da Câmara de Comércio da cidade.
Belém, Palestina – Os palestinos querem fazer negócios diretamente com os empresários brasileiros, sem intermediários de Israel. O tema foi discutido nesta sexta-feira (13) em reuniões que o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Salim Taufic Schahin, teve, em Belém, com o vice-ministro do Turismo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Marwan Toubassi, o vice-prefeito de Belém, George Sa'adeh, e o presidente da Câmara de Comércio e Indústria da cidade, Samir Hazboun.
Entre as ações propostas estão a realização de uma missão de operadores de turismo e empresários brasileiros à Palestina e a divulgação de produtos do Brasil no país. "Vemos o Brasil como um mercado importante para o turismo", disse Toubassi, acrescentando que há cinco anos o governo palestino participa da feira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), no Rio de Janeiro.
Schahin ressaltou que os sítios históricos e religiosos da região são bastante atrativos para os brasileiros e afirmou que vai acionar o recém criado Comitê de Turismo da Câmara Árabe para auxiliar nas iniciativas de promoção.
"Precisamos de um turismo focado nas cidades palestinas", declarou o vice-ministro. Segundo ele, muitos visitantes só ficam em Belém tempo suficiente para ver a Igreja da Natividade, construída no local onde os cristãos acreditam que Jesus Cristo Nasceu, e depois retornam a Israel, sem gastar dinheiro nos hotéis, restaurantes e lojas locais. "Não queremos que o lucro do turismo fique só com Israel", acrescentou.
Sa'adeh disse, em reunião na Prefeitura de Belém, que a cidade é a “capital cristã do mundo” e “a cooperação com o Brasil é bem-vinda”. Apesar da ocupação israelense e das conseqüentes dificuldades econômicas e de deslocamento dos palestinos, Belém é uma cidade bonita e limpa. Ônibus lotados de turistas cruzam todos os dias o muro e os postos de controle que separam Israel da Cisjordânia em busca das atrações do local.
A embaixadora Ligia Maria Scherer, chefe do escritório de representação do Brasil, destacou que o povo e o governo brasileiro sempre apoiaram a causa palestina e que pretende ajudar no que for possível para facilitar o trânsito de brasileiros nos territórios ocupados. "Nós apreciamos o papel do governo brasileiro", disse Toubassi. Além do apoio diplomático, o Brasil já fez doações em dinheiro e produtos e ofereceu cooperação técnica à Palestina em diferentes áreas.
Acordo
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Belém disse, em reunião na sede da entidade, que o turismo é a principal atividade econômica da região, seguido da produção de mármore e outras pedras, de indústrias leves e do setor de serviços, especialmente bancos. Belém tem uma polução de 190 mil pessoas e um banco para cada 10 habitantes.
Ele lembrou de um acordo de cooperação assinado com a Câmara Árabe Brasileira em 2003 que precisa ser executado. "Precisamos por em ação esse acordo, vou dar uma atenção especial à Palestina", destacou Schahin.
Hazboun disse que um bom começo é promover "o dia dos catálogos brasileiros" em cidades importantes como Belém, Nablus e Ramallah. Ele pediu que as empresas brasileiras mandem material para o escritório de representação do Brasil que a Câmara de Belém se encarregará de organizar os eventos.
Segundo Hazboun, a Palestina já importa grandes quantidades de alguns produtos brasileiros, como US$ 10 milhões anuais em granitos, US$ 2 milhões em balas e doces, além de portas de madeira. Os palestinos defenderam, porém, que as empresas dos dois países promovam negociações diretas para que os lucros beneficiem a economia local.
O executivo acrescentou que a Palestina gostaria também de atrair investimentos brasileiros e destacou que os investimentos estrangeiros têm uma "garantia especial", respaldada por instituições como o Banco Mundial, que é uma espécie de seguro contra instabilidade política. Assim, segundo ele, o investidor pode ser compensado caso a instabilidade da região impeça a continuidade do negócio.
Ele ainda mostrou a Schahin um bem organizado showroom, na sede da Câmara, com mercadorias produzidas na Palestina, como roupas, artesanato, medicamentos, artefatos de pedra, produtos de alumínio, entre outras.
Participaram das reuniões também o diretor da Câmara Árabe, Mustapha Abdouni, o conselheiro do escritório de representação do Brasil, Ricardo José Leal, e o conselheiro responsável pela América Latina do Ministério dos Assuntos Estrangeiros da ANP, Munjed Saleh.

Parabéns!

Agência de Notícias Brasil-Árabe
Assunto: Diplomacia

Embaixador recebe homenagem em Brasília

Data: 16/11/2009

Crédito: Marina Sarruf

Marina Sarruf

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, recebeu Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados pelo trabalho que vem desenvolvendo no país de aproximação entre os povos.

São Paulo – O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, recebeu na quarta-feira (11), em Brasília, a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados. A homenagem é pelo trabalho que o diplomata vem desenvolvendo no país para a aproximação dos povos. "Fiquei muito feliz por receber essa homenagem. Foram entregues 35 medalhas e eu fui o único estrangeiro", afirmou à ANBA o diplomata.
A Medalha Mérito Legislativo existe desde 1983 e homenageia cidadãos, instituições ou entidades que ajudaram a promover no plano social, econômico, cultural ou político o desenvolvimento do país. O embaixador foi indicado pelo líder do PT, Cândido Vaccarezza.
Mais de 700 pessoas, entre diplomatas, parlamentares e empresários participaram da homenagem. Alzeben recebeu a medalha das mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. "Foi muita satisfação. Dediquei este reconhecimento ao povo palestino e ao líder palestino Yasser Arafat", disse o embaixador, que lembrou que o dia da homenagem foi o mesmo dia do aniversário da morte de Arafat (11 de novembro).
Alzeben assumiu o cargo de embaixador da Palestina em Brasília em julho de 2008. Antes de chegar no país, exerceu o cargo em Cuba, Peru, Bolívia, Nicarágua, Colômbia e Venezuela. Atualmente, o diplomata, que já fala português fluente, está promovendo a vinda do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, ao Brasil. Segundo ele, a autoridade terá encontros oficiais nos estados da Bahia e Rio Grande do Sul, nos dias 21 e 22 deste mês.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hidaya

Ela abriu os olhos e viu que ainda estava escuro. Tentou dormir novamente, mas seus pensamentos não lhe davam sossego. Levantou então a cabeça para ver as horas. 05:25 da madrugada. Estava quase na hora de rezar. Finalmente conseguiu acordar antes da mãe. Para mostrar sua disposição, correu para a cozinha e acendeu o fogareiro para preparar o chá.
Era um dia especial. Receberiam visitas. Logo ouviu-se o chamado do "Imam", vindo da única mesquita da cidade. Apressaram-se todos para o ritual de purificação e em seguida para a oração do fajr, o alvorecer.
Hidaya não conseguia se concentrar e pulou, sem querer, alguns versos do Alcorão, tendo que repetir a oração. Lá fora, os raios de sol começaram a se espalhar por todo lado. Para Hidaya os segundos pareciam horas infinitas. Seu pai, Ibrahim, sentou-se no tapete que ficava no centro da sala e sua mãe foi preparar o café da manhã. Assou o pão no forno de barro, serviu o chá, arrumou o Homos numa travessa, enquanto Hidaya cortava os tomates e pepinos.
Seu irmão mais velho, Kamel, percebeu que Hidaya estava inquieta. Sabia o porquê. Era o dia em que receberiam a visita do tio Saleh e família. Sabia também que Hidaya nutria um amor secreto pelo seu primo Bassam. Logo, começou a atormenta-la com aqueles olhares insinuantes e perguntar por que alisara o cabelo na noite anterior.
Por nada, respondeu Hidaya, com o coração aos pulos. Temia que seu irmão revelasse o que ela tanto lutava para esconder.
Era Sexta Feira, dia de feriado e seu pai chamou Kamel para dar uma volta pela cidade, antes da oração sagrada. Hidaya sentiu um imenso alívio ao se livrar dos olhares sarcásticos do irmão. Enquanto isso, ela e a mãe prepararam a casa e a comida para receber a tão esperada visita.
Onze horas. Estava ansiosa. Correu para se enfeitar. A mãe, Mariam, sabia o que se passava no coração da filha, mas evitava tocar no assunto. Doce e terna, Mariam assumia muito bem o seu papel de guardiã da família. Por outro lado, sabia que Bassam era um excelente rapaz, que terminou seus estudos e estava bem empregado em Jaffa, no litoral norte da Palestina. Porém, angustiava-se com a idéia de não ter mais a filha por perto, caso o pedido de casamento fosse feito e aceito.
Meio dia. As visitas chegaram. Mariam recebe-os como de costume. Cumprimenta a todos e informa ao tio Saleh e a Bassam que seu marido e seu filho foram para a mesquita. Os dois então despedem-se e dirigem-se à mesquita. Tia Anissa, mãe de Bassam, era uma mulher sorridente, agradável porém misteriosa. Por mais que Hidaya se esforçasse, nunca conseguia ler seus olhos.
Mariam sentou-se com tia Anissa, enquanto Hidaya servia o chá. Tia Anissa não tirava os olhos de Hidaya e fez comentários elogiosos sobre sua beleza e juventude. Hidaya mal conseguia disfarçar sua ansiedade. O chamado do "Imam" ecoou pela casa e as tres mulheres prepararam-se para rezar. Formaram uma fileira e oraram com uma simetria quase ensaiada.
Meia hora depois, os homens estavam de volta. Kamel entrou falando alto e dando as boas vindas ao tio Saleh e à Bassam, enquando Ibrahim falava baixinho com tio Saleh.
Almoçaram makloube, um tipo de galinhada à moda palestina, e salada.
Hidaya manteve o olhar baixo durante todo o almoço, temendo que lessem sua mente através de seus olhos. Bassam também. Assim que terminaram, Ibrahim ordenou que Hidaya fosse preparar um café. Era a senha pela qual tanto esperava.
Na Palestina, quando um pai manda a filha preparar o café e servir para as visitas, significa que ela será pedida em casamento.
Hidaya tentara esconder suas mãos trêmulas e seu rosto enrubescido, mas em vão. Tio Saleh levantou-se e fez ao pai de Hidaya o pedido formal de casamento. Ibrahim sorriu, expressou sua satisfação e disse que tudo dependia da vontade de Hidaya, sua única e preciosa filha. Hidaya entra na sala e todos ficam em silêncio. Ela serve o café em meio à um suspense quase letal para o seu frágil coração. Ibrahim recebe um sinal positivo de Mariam e conta à filha sobre o pedido feito pelo tio Saleh. Hidaya responde que a vontade de seu pai é a sua vontade também. Ibrahim sorri, aperta a mão de tio Saleh e o compromisso está selado.
Anissa abraça Hidaya, enquanto Mariam chora de emoção. Hidaya e Bassam não se olharam.
Tres meses depois, aconteceu o tão esperado casamento. Hidaya estava no auge de sua felicidade. Seu noivo era o seu escolhido, seu vestido branco era lindo, o salão estava repleto de flores brancas e vermelhas e todas as mulheres à sua volta cantavam e dançavam, enquanto outras tatuavam suas mãos e pés com henna.
De longe, ouviram-se os gritos dos homens, que entoavam cantigas de casamento. Traziam o noivo nos ombros, revezando-se durante o percurso. Não era longe, mas para Bassam, foi o caminho mais longo de sua vida.
Ao entrarem na casa, Ibrahim e tio Saleh leram a Fatiha, os versos do alcorão que selam o casamento. Bassam tirou de seu bolso uma aliança bem larga e reluzente e colocou no dedo de Hidaya. Ela fez o mesmo. Bassam levantou o véu para ver o rosto de Hidaya e entregar-lhe as jóias que seriam seu dote. Pela primeira vez, Hidaya olhou nos olhos de Bassam e foi tomada por um medo imcompreensível. Nunca tinha percebido aquele olhar. Havia nele algo de assustador, quase diabólico. Bassam tinha o mesmo olhar de tia Anissa, porém com um brilho perverso.
Hidaya desmaia. Alguns minutos depois, quando recobra a consciência, pede para falar à sós com a mãe. Hidaya diz à Mariam que não quer mais se casar. Mariam tenta acalmar a filha, mas Hidaya estava irredutível. Mariam chama Ibrahim e conta, aos prantos, o pedido da filha.
Ibrahim não permite e ordena que a filha volte ao salão imediatamente. Era a honra de sua filha e sua própria honra que estavam em jogo.
Hidaya obedece ao pai e volta para o salão com a desesperança de um condenado à morte. Bassam segura-lhe a mão e a chama para partir. Hidaya levanta-se lentamente, olha para sua casa pela última vez e sai, sem dirigir o olhar para a sua família. Mariam se desespera, mas cala seu sofrimento. Ela pressentia que algo estava errado. Conhecia a filha como ninguém e sabia que Hidaya tinha alguma razão para rechaçar o noivo. Porém, a honra de Ibrahim não poderia ser manchada.
Assim que entou na casa de tio Saleh, Hidaya pediu para sentar-se, mas tia Anissa não deixou. Mandou que trocasse seu vestido de noiva e a ajudasse a preparar o jantar. Tio Saleh manteve-se calado, apesar dos olhares de súplica da sobrinha. Bassam estava do lado de fora, falando com um homem desconhecido.
Terminado o jantar, chegou a hora que Hidaya mais temia. Ficaria à sós com Bassam. Seu coração gelou enquanto sentia as mãos de Bassam arrancarem suas vestes. Tentou resistir, mas Bassam era robusto, violento e irredutível. Hidaya se entregou à força bruta do marido, enquanto suas lágrimas escorriam quentes pela face, quase cortando sua pele.
Quando Bassam finalmente dormiu, Hidaya levantou-se devagar e sem se preocupar com sua nudez, saiu do quarto, seguiu em direção à cozinha, derramou querosene sobre o próprio corpo e ateou o fogo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Brasil, muito obrigado!

Folha de S. Paulo
Lula recebe israelense e prega diálogo com Irã
Data: 12/11/2009
Crédito: Samy Adghirni, enviado especial a Brasília

Brasileiro sustenta que negociações sobre paz no Oriente Médio não devem isolar nenhuma força política ou religiosa Shimon Peres incentiva Lula a visitar Israel e os territórios palestinos e a intensificar relações com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou ontem pressões de Israel para isolar o Irã e defendeu o convite feito ao controverso líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para visitar Brasília no dia 23.Lula detalhou a posição brasileira sobre Teerã em discurso no Itamaraty ao lado do colega Shimon Peres, que viajou ao Brasil antes de Ahmadinejad para tentar frear o que os israelenses chamam de "infiltração iraniana" na América Latina."Você não constrói a paz necessária no Oriente Médio se não conversar com todas as forças políticas e religiosas que querem paz e [com as] que se opõem à paz. Se não, transforma o processo num clube de amigos [em] que todos concordam com algo e quem discorda fica de fora, tornando a paz impossível", disse Lula.Foi a resposta do presidente a uma jornalista israelense que perguntara como era possível o Brasil se dizer amigo de Israel ao mesmo tempo em que se dispunha a receber Ahmadinejad, hostil ao Estado judaico.Apesar do tom amigável nos dois dias de visita de Peres a Brasília, as conversas entre as delegações escancararam divergências em relação a Teerã.Israel acusa o Irã de fomentar o terrorismo e, apesar da vantagem estratégica de ser a única potência nuclear do Oriente Médio, encara o programa nuclear iraniano como ameaça existencial. Teerã diz produzir energia, não bombas.Israel teme que o Irã use suas crescentes relações políticas e comerciais com países latino-americanos para se fortalecer.Anteontem, o Irã foi qualificado de "perigo mundial" por Peres, que é chefe de Estado -o país é governado pelo premiê Binyamin Netanhayu. O Brasil defende o direito de o Irã enriquecer urânio com fins civis e vê Teerã como potência incontornável no Oriente Médio.Também ficou claro o descompasso em relação ao processo de paz israelo-palestino.Num afago à ambição de transformar o Brasil num protagonista global, Peres elogiou a disposição do Itamaraty de participar das conversas de paz no Oriente Médio. Ele incentivou Lula a visitar Israel e os territórios palestinos e a intensificar relações com o presidente da Autoridade Nacional Palestina , Mahmoud Abbas, que visitará o Brasil no dia 20.Peres fez um apelo ao papel diplomático de Lula usando uma metáfora que acabou soando como gafe: "[Lula] introduziu [o programa] Luz Para Todos. Senhor presidente, venha e acenda as luzes no Oriente Médio".Lula cobrou de Peres, ganhador do Nobel da Paz (pelas conversas com os palestinos que culminaram no Tratado de Oslo, em 1993), que Israel faça maiores "concessões políticas". O brasileiro se referia à recusa de Netanyahu em congelar os assentamentos na Cisjordânia, principal obstáculo à retomada das conversas de paz.Peres, que chega hoje a São Paulo, alegou que não se pode impedir seu "crescimento natural", já que os colonos se casam e criam famílias.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Boa Opinião

Valor Econômico
A calmaria que precede a tempestade no Oriente Médio
Data: 11/11/2009
Crédito: Editorial
Com o avanço político dos extremistas palestinos e da ultradireita israelense, instalou-se na região a calmaria que antecede novas tempestades. A chance imediata de reinício das negociações entre Israel e a Autoridade Palestina surgiu com as esperanças criadas pelo presidente Barack Obama, mas ela desapareceu. A secretária de Estado, Hillary Clinton, seguiu seus instintos, e em uma estranha guinada, praticamente sancionou a política provocadora e expansionista do premiê Benyamin Netanyahu. Netanyahu representa o mais completo retrocesso na posição de Israel em relação a seus vizinhos. Os assentamentos em terras palestinas voltaram com força na Cisjordânia e o governo israelense simplesmente ignorou que seu fim era uma das condições para negociações de boa-fé. Mais uma vez, o governo israelense se escuda na tibieza americana para obter vantagens. Os EUA são vitais para incentivar um acordo de paz e Obama aparentemente retirou a prioridade inicial da questão palestina de sua agenda externa. Netanyahu não teve constrangimentos de dizer alto e bom som, antes de encontrar-se com Obama, que nunca um governo israelense mostrou-se tão disposto a conter os assentamentos israelenses na Cisjordânia. Ao usar a demagogia com que cativa fanáticos dos partidos de ultradireita que apoiam seu governo, Netanyahu passa por cima dos fatos. Ele sepultou a política corajosa de outro falcão, Ariel Sharon, que desmantelou assentamentos na Cisjordânia, retirou-se de Gaza, construiu um novo partido para se desvencilhar do radicalismo sem futuro do Likud, o Kadima, e tentou negociar com a Autoridade Palestina.Sem a mediação americana, o jogo político regional beneficiou os extremos. A agressiva política israelense, que culminou na sangrenta invasão da Faixa de Gaza, reduziu momentaneamente o poder militar do Hamas, mas não abalou sua força política. Vencedor das últimas eleições, o Hamas enfrentou o Fatah, esteio da Autoridade Palestina, em uma luta sem precedentes. O Fatah foi expulso de Gaza e Abbas enfraqueceu-se ainda mais, enquanto o governo israelense, sob o comando de Ehud Olmert, antecessor de Netanyahu, desqualificou politicamente, por palavras e atos, os moderados do lado palestino.Entre os palestinos, Abbas é hoje um líder desmoralizado. Ele prometeu retirar-se das eleições, marcadas para 24 de janeiro, mas a situação política é tensa. O Hamas não deixará o pleito ser realizado em Gaza e, sem um acordo, será praticamente institucionalizada a divisão entre uma Cisjordânia governada pelo Fatah e a Faixa de Gaza na mão dos radicais. Hoje, cinco anos exatos após a morte de Iasser Arafat, não há um líder capaz de reunir as diversas facções palestinas. Com Abbas fora da disputa, talvez um novo líder seja ungido pelas urnas, e ele pode não ser moderado como o sucessor de Arafat. A combinação do expansionismo triunfalista de Netanyahu com a desmoralização dos moderados palestinos é uma receita certa para novos desastres. É só uma questão de tempo, a menos que os EUA pressionem Israel a negociar seriamente, não no tom farsesco atual. Em outro plano, o governo israelense tenta acabar com as chances de entendimentos entre EUA, europeus e o Irã sobre a questão nuclear, defendendo o isolamento do incendiário e irresponsável presidente Mahmoud Ahmadinejad. Israel está em ofensiva diplomática mundo afora e quer convencer também o presidente Lula a não receber o presidente iraniano. É a mesma política. Ao bombardear as lideranças moderadas palestinas, o governo israelense deixou o terreno livre aos radicais para, dessa forma, ficar com as mãos livres para o uso da força bélica, na qual é claramente superior, quando lhe for conveniente. Isolar o Irã agora seria a melhor forma de preparar o terreno para um ataque próprio, e irresponsável, contra o Irã. Uma diplomacia sensata, distante dos fanatismos, levaria em conta que Ahmadinejad saiu chamuscado das eleições, que a perda de apoio político demonstrada nas urnas obrigou-o a abrir negociações e que seria um absurdo deixar de explorar essas oportunidades e as divisões no regime iraniano, como quer Barack Obama. Parece claro que Israel não tem uma política de defesa, só de ataque - cada vez mais tem apenas a exibir a força como argumento.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Visita de Peres ao Brasil

Quando Yasser Arafat estendeu a mão para Shimon Peres, após assinar o Acordo de Paz na Casa Branca, o primeiro ficou reticente antes de estender a mão também. Ao ver esta postura, fiquei em dúvidas sobre a sinceridade de tal disposição para a paz. Um ano depois, os mesmos personagens dividiram o Prêmio Nobel de Paz. Ainda assim, continuei achando as posturas duvidosas.
Eu estava certa. Dezesseis anos depois deste ato, muita coisa mudou, para pior. Os assentamentos judeus continuaram avançando sobre as terras palestinas, foi contruído um muro que divide a Palestina em dois, tal qual o muro de Berlin, Gaza foi sitiada, sufocada e incendiada inúmeras vezes, os palestinos estão cada vez mais doentes, pobres e sem perspectivas e o que é pior, o mundo continua inerte diante de toda esta crueldade.
O que os dois fizeram naquele dia, foi assinar uma sentença de morte para o que restou da Causa Palestina. As provas estão aí: O que sobrou das nossas terras palestinas foi dividido em dois pedaços, um bem distante do outro, com Israel no meio dos dois, ditando as regras e plantando a discórdia entre palestinos de Gaza e da Cisjordânia.
Hoje, o Câmara Distrital vai oferecer o título de Cidadão Honorário à Shimon Peres, aquele cara que ficou reticente em estender a mão à Yasser Arafat. Será que vale à pena mesmo? Será que o Brasil não vê que este cara travestido de bonzinho, também tem as mãos manchadas de sangue de inocentes? Será que uma pessoa que comanda exércitos assassinos merece tal título?

Holocausto? Apartheid? Limpeza Racial? Ou tudo junto?

O Globo
Derrubada também na Cisjordânia
Data: 10/11/2009
Crédito: Renata Malkes
Ativistas palestinos aproveitam a data para escalar e destruir trecho do muro erguido por IsraelRenata Malkes Aproveitando as celebrações dos 20 anos da queda do muro de Berlim, ativistas palestinos destruíram ontem uma parte do muro de segurança erguido por Israel para separar seu território da Cisjordânia. Num dos mais ousados protestos contra a barreira, pelo menos 100 jovens encapuzados usaram um caminhão para derrubar a pesada estrutura de concreto, de oito metros de altura, no campo de refugiados de Qalandia, junto ao principal posto de controle que dá acesso a Ramallah. Dezenas de manifestantes passaram para o lado israelense da fronteira empunhando bandeiras palestinas e incendiaram pneus. Eles foram contidos pelo Exército israelense com bombas de efeito moral e reagiram, atirando pedras contra as tropas. Pelo menos dois palestinos foram detidos.Os manifestantes usavam camisetas com o slogan “Jerusalém, estamos chegando”. A ação foi um dos pontos altos da campanha “Unidos Contra o Apartheid”, lançada na última sexta-feira pela ONG palestina Stop the Wall para defender a derrubada da muralha israelense. Nos próximos dias serão realizados protestos em diversas cidades do mundo para denunciar a barreira e convocar sanções internacionais e boicotes a Israel, até que o governo do país concorde em demolir o muro, já considerado ilegal pelo Tribunal Internacional de Haia desde 2004.— Vinte países participam da mobilização. Não queremos entrar no século XXI diante de um muro construído não sobre fronteiras, mas sobre discriminação e limpeza étnica — disse ao GLOBO o coordenador da ONG, Abdullah Abu Rahma.Na última sexta-feira, ativistas já haviam conseguido derrubar uma parte da barreira no vilarejo de Ni’ilin, palco de violentos confrontos entre o Exército e ativistas palestinos. Segundo a ONU, o muro já tem hoje 413 dos 709 quilômetros previstos de extensão.Estudos mostram que, após concluída, a obra vai anexar 9,5% de terras palestinas na Cisjordânia

Que bom!

O Globo
Noruega financia
Data: 10/11/2009

Os governos da Noruega e da Guiana assinaram ontem um acordo em que se comprometem a lutar juntos pela preservação da floresta amazônica — e, por extensão, contra o aquecimento global. A nação europeia deve repassar, até 2015, cerca de US$ 250 milhões para o parceiro sul-americano. Um dos motivos para a escolha da Guiana foi o tamanho de sua área verde: 75% do país ainda é coberto por florestas.— Salvar o que resta das florestas tropicais é uma ação crucial na batalha contra as mudanças climáticas — afirmou o ministro norueguês do Meio Ambiente, Erik Solheim.A iniciativa norueguesa vai na contramão da maioria dos acordos internacionais firmados até agora. Países com grande percentual de floresta preservada têm recebido menos incentivos financeiros do que outros mais desmatados, que se declaram compromissados a reduzir seus índices da devastação.Segundo a ONU, o desmatamento é responsável pela emissão de 20% dos gases responsáveis pelo efeito estufa.

Cinema Brasileiro

Folha de S. Paulo
Cinema em Debate
Ilustrada
Data: 10/11/2009
Crédito: Sílvia Corrêa
O Canal Brasil estreia à meia noite a série "Abre as Asas Sobre Nós"- seis episódios sobre a política cultural do cinema brasileiro. O ministro Celso Amorim compara a presidência da Embrafilme a uma namorada rebelde. "Dá muito trabalho, mas é dela que você se lembra."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Skrotinhos

Roubei a definição do meu amigo e escritor Mário Pacheco. Foi assim que ele definiu a volta de alguns amigos à cena, entre os quais estavam Sueli, Léo e esta que vos escreve. Foi numa festa de puro Rock'n'Roll onde o cenário principal era dedicado aos que voltariam à cena. Mas seria injusto não mencionar os cartazes estratégica e aleatóriamente pendurados nas paredes, por todos lados, que traziam à tona lembranças de shows memoráveis realizados em Brasília e fora dela, posteres do John Lennon, outros sui generis que compunham um momento de busca ao passado bom.
Mário Pacheco foi o perfeito anfitrião, proporcionando aos amigos momentos inesquecíveis de puro Rock tocado ao vivo pelas bandas Barbarellas e Guariroba Blues, a canjinha eletrizante do Gaffa na batera e as batidas perfeitas do DJ Léo.
Qual é a do título? Ah, é que num momento de desespero por uma coca-cola, sentamos Sueli, Léo e eu perto do balcão e pedimos ao Mário doses de whisky e beijo de lingua. Acabamos saíndo da festa com o título de: "A volta dos Skrotinhos" do velho e sempre bom Angeli.
É sempre bom rever os amigos. Imagina quando isso ocorre vinte anos depois??!! Todos, sem excessão, querem saber em que criatura você se transformou e você idem. Tirando algumas gordurinhas na barriga e alguns fios de cabelo branco, até que a turma está muito bem. Exceto o Podrão....aí seria hipocrisia!
Valeu Mário!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Perguntinha

Por que os Estados Unidos da América só designam embaixadores judeus para o Brasil?

Pode ser

Samy, concordo em parte com o que você disse, mas quando se trata de Israel, tudo é possível. Estou falando de um recuo estratégico para manter o enfraquecido Abbas na corrida eleitoral.

Folha de S. Paulo
Decisão é grito de desespero diante de cenário adverso
Data: 06/11/2009
Crédito: Samy Adghirni
Samy AdghirniDa reportagem localA desistência de Mahmoud Abbas em concorrer a uma eleição que ele mesmo convocou há 15 dias apenas é um grito de desespero com duas motivações possíveis.Abbas pode estar blefando, numa tentativa de forçar o governo de Barack Obama a fazer o que ele até agora não fez: pressionar seriamente Israel a fazer concessões.A Casa Branca passou meses exigindo o congelamento imediato e incondicional dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, antes de recuar nas últimas semanas, passando a pedir uma "restrição" nas novas construções israelenses.Para Abbas, as colônias representam a mais sólida e eficiente ferramenta usada pelo governo israelense para invalidar de vez a ideia de um Estado palestino -o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, já rejeitou abertamente a solução de dois Estados.Críticos dizem que Obama não deveria ter cobrado algo que ele sabia impossível. O governo Netanyahu é um apanhado de siglas direitistas, nacionalistas e religiosas, que colocaria sua própria existência em risco se tentasse frear o que boa parte dos israelenses chamam de "crescimento natural" das colônias na Cisjordânia.A desistência de Abbas é reversível, desde que Israel acene com alguma abertura ao diálogo. Por saber que isso dificilmente ocorrerá, o atual presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que herdou de Iasser Arafat a missão de formar um Estado-nação soberano, pode então ter formalizado ontem uma morte política anunciada há tempos.Abbas não tem a seu favor nenhum ganho político relevante em seus quase cinco anos à frente da ANP. Em 2006, ele perdeu as eleições legislativas para o rival islâmico Hamas. No ano seguinte ele ficou sem o controle da faixa de Gaza, tomada pelo Hamas em meio a disputas sobre o controle das instituições palestinas.Quanto menos concessões Abbas obtiver de Israel, mais forte fica o incendiário Hamas.No mês passado, Abbas aprovou e depois recuou do apoio ao relatório Goldstone sobre a última guerra de Gaza, enfurecendo os palestinos.Ao ameaçar jogar a toalha, Abbas coloca sobre os inimigos -com alguma razão- a culpa pelo próprio fracasso.

As falsas acusações de Israel

À tempo: O título usado pelo Correio Brasiliense não corresponde à notícia. Não são versões e sim acusações feitas por Israel contra o Hizbollah e o Irã. Graves por sinal. E mentirosas como sempre.

Correio Braziliense
Guerra de versões
Nota
Data: 06/11/2009
O grupo islâmico libanês Hezbollah negou ontem qualquer ligação com o carregamento de armas interceptado por comandos navais de Israel. Segundo autoridades israelenses, o navio continha centenas de toneladas de armas fornecidas pelo Irã, incluindo foguetes. “O Hezbollah nega qualquer ligação com as armas que o inimigo sionista afirma ter removido do navio Francop”, esclareceu o grupo. “Ao mesmo tempo, condenamos a pirataria israelense em águas internacionais.” O oficial da Marinha israelense Ran Ben-Yehuda afirmou que o total de armas era suficiente para travar um mês de guerra contra Israel. Em 2006, o Hezbollah disparou cerca de 4 mil foguetes contra Israel numa guerra que durou 34 dias. Segundo ele, o carregamento foi pego pelo Francop, de bandeira da Antígua, no porto egípcio de Damietta e chegaria ao Hezbollah pela Síria que, assim como o Irã, já negou as acusações.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mais armas

Mais uma vez Israel se apodera do que não lhe pertence, inventa uma desculpa esfarrapada, acusa os árabes e não aprensenta provas.... e o mundo assiste calado!

Folha de São Paulo
Ação no mar: Israel diz ter tomado armas que iriam ao Hizbollah
Data: 05/11/2009

Israel anunciou ontem que suas forças navais interceptaram no litoral de Chipre, a 180 km da costa israelense, um navio de cargas sob bandeira de Antígua e Barbuda contendo "centenas de toneladas de armamentos", entre os quais mísseis Katyusha, granadas e obuses de morteiro. Sem apresentar provas, Israel disse que o carregamento saiu do Irã e era destinado ao movimento xiita libanês Hizbollah, misto de partido e milícia armada. O Hizbollah e o governo iraniano negaram as alegações.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Terrorista?


Meu Deus! O que faz esta menina terrorista?
Até quando estas crianças palestinas serão uma ameaça ao poderio de Israel?
Eles dizem que as pedras machucam.
E este tanque que aí está faz o que?

JERUSALÉM



JERUSALÉM SAGRADA

CAPITAL DA PALESTINA

Tristes Trópicos

Folha de S. Paulo
Antropólogo Lévi-Strauss morre aos 100
Data: 04/11/2009
Crédito: Cíntia Cardoso, colaboração para a Folha, em Paris

"Tristes Trópicos"Filho de franceses, o antropólogo nasceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1908. Tímido, era apaixonado por música clássica, especialmente óperas.Lévi-Strauss lançou as bases da antropologia moderna. É considerado o pai do estruturalismo, cujas primeiras grandes linhas já podem ser entrevistas no seu trabalho mais célebre, "Tristes Trópicos", de 1955.O antropólogo completaria 101 anos no próximo dia 28. A Academia Francesa fará homenagem amanhã.

Pirou o cabeçote!

Correio Braziliense
Arsenal reforçado
Data: 04/11/2009

A Coreia do Norte anunciou ontem que reprocessou 8 mil barras de combustível nuclear e extraiu plutônio suficiente para reforçar seu estoque atômico. A estimativa é que Pyongyang já tenha plutônio suficiente para seis armas nucleares. A declaração busca, teoricamente, pressionar os Estados Unidos a negociarem diretamente com o país. Na segunda-feira, Pyongyang advertiu os EUA de que iria aumentar seu estoque nuclear caso os norte-americanos se recusassem a participar de negociações bilaterais para resolver o impasse em torno do programa do regime comunista. Washington defende a retomada das negociações com a participação da China, Japão, Coreia do Sul e Rússia.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Criança Palestina


SEM COMENTÁRIOS!

Legal!

O Estado de S. Paulo
'Brasileira' ajuda prefeito de NY
Data: 03/11/2009
Crédito: Gustavo Chacra, Nova York
Fátima é secretária de Imigração
A imprensa árabe celebrou quando Fátima Shama se tornou o braço direito do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, na área da educação e, posteriormente, na de imigração. Muçulmana, filha de um palestino, havia sido escolhida para cuidar das escolas e, atualmente, dos imigrantes da cidade.O que ninguém comentou foi a origem do lado materno de Fátima e onde seus pais se conheceram. Jocélia, a mãe brasileira, casou-se com Mousa (Moisés, em árabe), em Teresópolis (RJ). Depois de morarem anos no Brasil, mudaram-se para Nova York. A filha nasceu no Bronx, em 1973, mas passa as suas férias com a família no Rio. "Sempre falamos português em casa. Até meu marido, que é sírio, fala conosco em nossa língua. Também quero que meus filhos aprendam. Já comecei a falar com eles", disse Fátima, em entrevista ao Estado, falando português.Fátima também é fluente em inglês, francês, espanhol, português, italiano e árabe, que aprendeu na universidade palestina Bir Zeit, perto de Ramallah, perto da cidade onde seu pai nasceu na Cisjordânia. Ele imigrou para o Brasil no fim dos anos 1940, durante a guerra de Israel contra os palestinos."Ele entrou num navio em Beirute e nem sabia que havia chegado no Brasil. Ao desembarcar, colocaram-no na fila dos turcos", afirma Fátima, referindo-se à forma como os imigrantes árabes eram chamados ao chegar ao território brasileiro. Nos anos 60, ele imigrou de novo. Desta vez, casado com Jocélia, escolheu Nova York.Com diplomas das universidades Columbia, Binghamton e Baruch, a carreira de Fátima decolou de maneira inesperada quando ela trabalhava com comunidades da cidade na área de saúde pública. Na prefeitura, ela foi sendo promovida e conquistou a admiração de Bloomberg, favorito para se reeleger novamente hoje.A admiração de Bloomberg por Fátima é conhecida em Nova York e se deve, acima de tudo, a sua origem. Segundo ela, Bloomberg, que é judeu, tem enorme curiosidade pela cultura muçulmana. Fátima se lembra que o prefeito ficou surpreso ao saber que nem todos os árabes e palestinos são muçulmanos. "Expliquei para ele que os árabes podem ser cristãos e mesmo judeus.

É Hillary?

O que é "não aceita a legitimidade da continuidade dos assentamentos israelenses"?
Desculpem a minha ignorância, mas é que eu estava lendo a notícia sobre a reunião da Hillary Clinton com os chanceleres dos países árabes, sobre a questão do avanço dos assentamentos judaicos na Palestina e a chanceler americana deu esta declaração como resposta.
Quer dizer que os Estados Unidos da América consideram todos os outros assentamentos como "legítimos", mas a continuidade não? Pelo menos é isso que dá para entender. Ou será que estou ficando débil mental?
Ela também negou que seu país tenha mudado de posição, mas a posição americana era de apoio ao condicionamento das negociações de paz ao congelamento dos assentamentos. Agora eles disseram que não. Isso não é uma mudança de posição? Então é o que?
É um descaramento que não tenho como qualificar. Não achei nenhuma palavra pronunciável para esta obcenidade.