terça-feira, 10 de novembro de 2009

Holocausto? Apartheid? Limpeza Racial? Ou tudo junto?

O Globo
Derrubada também na Cisjordânia
Data: 10/11/2009
Crédito: Renata Malkes
Ativistas palestinos aproveitam a data para escalar e destruir trecho do muro erguido por IsraelRenata Malkes Aproveitando as celebrações dos 20 anos da queda do muro de Berlim, ativistas palestinos destruíram ontem uma parte do muro de segurança erguido por Israel para separar seu território da Cisjordânia. Num dos mais ousados protestos contra a barreira, pelo menos 100 jovens encapuzados usaram um caminhão para derrubar a pesada estrutura de concreto, de oito metros de altura, no campo de refugiados de Qalandia, junto ao principal posto de controle que dá acesso a Ramallah. Dezenas de manifestantes passaram para o lado israelense da fronteira empunhando bandeiras palestinas e incendiaram pneus. Eles foram contidos pelo Exército israelense com bombas de efeito moral e reagiram, atirando pedras contra as tropas. Pelo menos dois palestinos foram detidos.Os manifestantes usavam camisetas com o slogan “Jerusalém, estamos chegando”. A ação foi um dos pontos altos da campanha “Unidos Contra o Apartheid”, lançada na última sexta-feira pela ONG palestina Stop the Wall para defender a derrubada da muralha israelense. Nos próximos dias serão realizados protestos em diversas cidades do mundo para denunciar a barreira e convocar sanções internacionais e boicotes a Israel, até que o governo do país concorde em demolir o muro, já considerado ilegal pelo Tribunal Internacional de Haia desde 2004.— Vinte países participam da mobilização. Não queremos entrar no século XXI diante de um muro construído não sobre fronteiras, mas sobre discriminação e limpeza étnica — disse ao GLOBO o coordenador da ONG, Abdullah Abu Rahma.Na última sexta-feira, ativistas já haviam conseguido derrubar uma parte da barreira no vilarejo de Ni’ilin, palco de violentos confrontos entre o Exército e ativistas palestinos. Segundo a ONU, o muro já tem hoje 413 dos 709 quilômetros previstos de extensão.Estudos mostram que, após concluída, a obra vai anexar 9,5% de terras palestinas na Cisjordânia

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