terça-feira, 29 de junho de 2010
Armas para Civís
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Agência Estado
Corte dos EUA confirma direito a posse de armas
29/06/2010
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu pela primeira vez que a posse de armas é fundamental para a liberdade do país. O tribunal afirmou hoje que a possibilidade prevista na Segunda Emenda da Constituição de se manter e portar armas é um direito fundamental, que deve ser respeitado pelos Estados da federação.
"Autodefesa é um direito básico, reconhecido por muitos sistemas legais em épocas antigas", escreveu o magistrado Samuel Alito. Após a decisão, os juízes federais poderão derrubar leis estaduais e municipais sobre o tema porque a Segunda Emenda foi elevada à categoria de direito fundamental. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado
Corte dos EUA confirma direito a posse de armas
29/06/2010
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu pela primeira vez que a posse de armas é fundamental para a liberdade do país. O tribunal afirmou hoje que a possibilidade prevista na Segunda Emenda da Constituição de se manter e portar armas é um direito fundamental, que deve ser respeitado pelos Estados da federação.
"Autodefesa é um direito básico, reconhecido por muitos sistemas legais em épocas antigas", escreveu o magistrado Samuel Alito. Após a decisão, os juízes federais poderão derrubar leis estaduais e municipais sobre o tema porque a Segunda Emenda foi elevada à categoria de direito fundamental. As informações são da Dow Jones.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Mais Lorota
Ok, eu tenho algumas perguntas a fazer a Jacob Dolinger.
1a. O fato de os judeus terem sido vitimas do holocausto dá à eles o direito de promover um segundo holocausto contra o povo palestino?
2a. A invasão e consequente ocupação da Palestina não configura um crime gravíssimo, na sua opinião?
3a. O Sr. Dolinger deve ter faltado às aulas de matemática, pois foram 62 anos de ocupação da Palestina e não é um "conflito centenário". Centenário significa cem.
4a. O fato da Turquia ter cometido um crime contra os armênos no século passado dá à Israel o direito de cometer crimes contra os turcos?
5a. O Sr. Dolinger considera o povo palestino um povo terrorista?
6a. Israel tem o direito de manter um cerco de tres anos contra a população de Gaza, impedindo-a do acesso aos direitos humanos fundamentais, como o direito à vida?
7a. Quem é o terrorista na questão palestina, Israel, o estado ocupacionista, ou a Palestina, o estado ocupado?
8a. Como os palestinos podem medir forças com Israel se não possuem armas, enquanto Israel é considerada uma potência bélica e nuclear no Oriente Médio?
9a. Crime por crime, o Sr. Dolinger não acha que a Turquia ainda está aquém de Israel, já que esta última mantêm o povo palestino sob um segundo holocausto a mais de 62 anos?
10a. O Sr. Dolinger chamou a politica de Israel de "defensiva". O certo não seria "OFENSIVA"?
Sr. Jacob Dolinger, à quem acha que está enganando com este seu artigo cheio de informações denegridas e contraditórias? Para escrever um artigo, é necessário ter responsabilidade com as informações e um pouco de consciência, se é que o senhor sabe o que é isso.
O Globo
Bloqueios e genocídios
24/06/2010
Opinião
JACOB DOLINGER
A Turquia assumiu a defesa dos “navegantes da paz” e entornou sua bile sobre Israel, com o qual vinha mantendo relações de mútua colaboração em vários setores. Outra manifestação crítica à política israelense com relação ao mar territorial de Gaza veio de uma das mais ilustres personalidades da Grã-Bretanha, Tonny Blair, participante do esquema internacional que pretende, surda e cegamente, solucionar o centenário conflito entre judeus e árabes.
Sem entrar na análise da ocorrência que estremeceu o mundo de maneira gritantemente desproporcional à sua reação para com as magnas violências que vêm ocorrendo em diversos pontos do planeta, com sacrifício de milhares de vidas, cabe analisar a autoridade de turcos e ingleses para criticar o bloqueio marítimo que Israel impõe à costa de Gaza. Na Turquia ocorreu em 1915 a primeira grande tragédia do século XX — o genocídio de um 1,5 milhão de armênios cristãos, retirados de suas casas, levados para o mar e afogados, arrastados para as estradas e torturados até a morte — homens, mulheres, velhos, crianças, em um morticínio inenarrável, comandado pelas autoridades governamentais, tragédia desconhecida pela maior parte da humanidade.
Hitler, quando advertido por assessores sobre o risco de executar a liquidação de milhões de judeus, respondeu que não havia problema, exclamando: “Quem se lembra dos armênios?” Sabia ele que ninguém viria em socorro dos judeus, como ninguém acudiu os armênios. Depois da guerra de 14/18, a Liga das Nações e as grandes potencias comportaram-se cinicamente, deixando de dar qualquer apoio aos sobreviventes e premiando os turcos com ampliação de seu território, em detrimento do povo armênio, que se viu exilado de sua terra. O Tratado de Lausanne, de 1923, entre as grandes potências e a nova república turca, ignorou por completo os sobreviventes do genocídio.
O satânico crime dos turcos contra os armênios levou ao diabólico crime dos alemães contra os judeus. E atualmente impera a hipocrisia dos países ocidentais e das organizações internacionais com suas críticas candentes a Israel sem atentar para a política terrorista das lideranças palestinas, apoiadas por governos muçulmanos. Plus ça change, plus c’est la même chause.
Os sucessivos governos turcos se negaram a reconhecer o genocídio praticado contra sua minoria cristã, os armênios.
O atual governo mantém a mesma política.
E nada os demove desta cruel indiferença que, como disse ilustre jus-internacionalista, representa matar as vítimas pela segunda vez. Os ingleses colaboraram com a Alemanha fechando as portas da Palestina para os judeus que pretendiam fugir do nazismo. A Carta Branca de maio de 1939 — justamente quando a guerra se iniciava — impôs uma cota imigratória para a Palestina de 15.000 judeus por ano. Ao mesmo tempo estimularam a vinda de árabes de diversas regiões para o território sob seu mandato.
A potência mandatária deu todo apoio à agressividade árabe, mantendo-se inerte diante dos pogroms perpetrados contra a população judaica e impedindo a defesa armada por parte das vítimas. No Oriente Médio, como em todas as regiões colonizadas pelo Império Britânico, este deixou bem plantadas as envenenadas sementes de futuras crises internas e lutas armadas. A crueldade britânica nos anos da guerra, impedindo a salvação de centenas de milhares de judeus que tinham como escapar da Europa para a Palestina, culminou com a manutenção da mesma política no pós-guerra, quando, nos anos 1945-1948, bloqueou o porto de Haifa a todas as vítimas da perseguição nazista, criaturas reduzidas à mais abjeta miséria física e moral, que tentavam recuperar suas vidas na Terra Santa.
As embarcações que se aproximavam do porto eram recambiadas para a Europa.
Algumas foram conduzidas a Chipre, forçados os passageiros para dentro de campos de internação. Lembremos o filme “Exodus”. O bloqueio mantido pelo governo de S. Majestade britânica antes e durante a guerra levou à morte de centenas de milhares e à mais profunda humilhação de milhares de sobreviventes do Holocausto.
Turcos e ingleses deveriam lembrar seu passado criminoso antes de agir contra um país que bloqueia a entrada de armas e mísseis para um grupo terrorista que estabelece em sua Carta o objetivo de destruir o Estado de Israel e aniquilar sua população, operacionalizando seu desiderato mediante ações terroristas e milhares de mísseis lançados sobre a população israelense.
De bloqueios e genocídios têm eles — ingleses e turcos — sabida experiência e fariam melhor calando-se sobre a política defensiva do Estado de Israel.
JACOB DOLINGER é professor da Uerj
1a. O fato de os judeus terem sido vitimas do holocausto dá à eles o direito de promover um segundo holocausto contra o povo palestino?
2a. A invasão e consequente ocupação da Palestina não configura um crime gravíssimo, na sua opinião?
3a. O Sr. Dolinger deve ter faltado às aulas de matemática, pois foram 62 anos de ocupação da Palestina e não é um "conflito centenário". Centenário significa cem.
4a. O fato da Turquia ter cometido um crime contra os armênos no século passado dá à Israel o direito de cometer crimes contra os turcos?
5a. O Sr. Dolinger considera o povo palestino um povo terrorista?
6a. Israel tem o direito de manter um cerco de tres anos contra a população de Gaza, impedindo-a do acesso aos direitos humanos fundamentais, como o direito à vida?
7a. Quem é o terrorista na questão palestina, Israel, o estado ocupacionista, ou a Palestina, o estado ocupado?
8a. Como os palestinos podem medir forças com Israel se não possuem armas, enquanto Israel é considerada uma potência bélica e nuclear no Oriente Médio?
9a. Crime por crime, o Sr. Dolinger não acha que a Turquia ainda está aquém de Israel, já que esta última mantêm o povo palestino sob um segundo holocausto a mais de 62 anos?
10a. O Sr. Dolinger chamou a politica de Israel de "defensiva". O certo não seria "OFENSIVA"?
Sr. Jacob Dolinger, à quem acha que está enganando com este seu artigo cheio de informações denegridas e contraditórias? Para escrever um artigo, é necessário ter responsabilidade com as informações e um pouco de consciência, se é que o senhor sabe o que é isso.
O Globo
Bloqueios e genocídios
24/06/2010
Opinião
JACOB DOLINGER
A Turquia assumiu a defesa dos “navegantes da paz” e entornou sua bile sobre Israel, com o qual vinha mantendo relações de mútua colaboração em vários setores. Outra manifestação crítica à política israelense com relação ao mar territorial de Gaza veio de uma das mais ilustres personalidades da Grã-Bretanha, Tonny Blair, participante do esquema internacional que pretende, surda e cegamente, solucionar o centenário conflito entre judeus e árabes.
Sem entrar na análise da ocorrência que estremeceu o mundo de maneira gritantemente desproporcional à sua reação para com as magnas violências que vêm ocorrendo em diversos pontos do planeta, com sacrifício de milhares de vidas, cabe analisar a autoridade de turcos e ingleses para criticar o bloqueio marítimo que Israel impõe à costa de Gaza. Na Turquia ocorreu em 1915 a primeira grande tragédia do século XX — o genocídio de um 1,5 milhão de armênios cristãos, retirados de suas casas, levados para o mar e afogados, arrastados para as estradas e torturados até a morte — homens, mulheres, velhos, crianças, em um morticínio inenarrável, comandado pelas autoridades governamentais, tragédia desconhecida pela maior parte da humanidade.
Hitler, quando advertido por assessores sobre o risco de executar a liquidação de milhões de judeus, respondeu que não havia problema, exclamando: “Quem se lembra dos armênios?” Sabia ele que ninguém viria em socorro dos judeus, como ninguém acudiu os armênios. Depois da guerra de 14/18, a Liga das Nações e as grandes potencias comportaram-se cinicamente, deixando de dar qualquer apoio aos sobreviventes e premiando os turcos com ampliação de seu território, em detrimento do povo armênio, que se viu exilado de sua terra. O Tratado de Lausanne, de 1923, entre as grandes potências e a nova república turca, ignorou por completo os sobreviventes do genocídio.
O satânico crime dos turcos contra os armênios levou ao diabólico crime dos alemães contra os judeus. E atualmente impera a hipocrisia dos países ocidentais e das organizações internacionais com suas críticas candentes a Israel sem atentar para a política terrorista das lideranças palestinas, apoiadas por governos muçulmanos. Plus ça change, plus c’est la même chause.
Os sucessivos governos turcos se negaram a reconhecer o genocídio praticado contra sua minoria cristã, os armênios.
O atual governo mantém a mesma política.
E nada os demove desta cruel indiferença que, como disse ilustre jus-internacionalista, representa matar as vítimas pela segunda vez. Os ingleses colaboraram com a Alemanha fechando as portas da Palestina para os judeus que pretendiam fugir do nazismo. A Carta Branca de maio de 1939 — justamente quando a guerra se iniciava — impôs uma cota imigratória para a Palestina de 15.000 judeus por ano. Ao mesmo tempo estimularam a vinda de árabes de diversas regiões para o território sob seu mandato.
A potência mandatária deu todo apoio à agressividade árabe, mantendo-se inerte diante dos pogroms perpetrados contra a população judaica e impedindo a defesa armada por parte das vítimas. No Oriente Médio, como em todas as regiões colonizadas pelo Império Britânico, este deixou bem plantadas as envenenadas sementes de futuras crises internas e lutas armadas. A crueldade britânica nos anos da guerra, impedindo a salvação de centenas de milhares de judeus que tinham como escapar da Europa para a Palestina, culminou com a manutenção da mesma política no pós-guerra, quando, nos anos 1945-1948, bloqueou o porto de Haifa a todas as vítimas da perseguição nazista, criaturas reduzidas à mais abjeta miséria física e moral, que tentavam recuperar suas vidas na Terra Santa.
As embarcações que se aproximavam do porto eram recambiadas para a Europa.
Algumas foram conduzidas a Chipre, forçados os passageiros para dentro de campos de internação. Lembremos o filme “Exodus”. O bloqueio mantido pelo governo de S. Majestade britânica antes e durante a guerra levou à morte de centenas de milhares e à mais profunda humilhação de milhares de sobreviventes do Holocausto.
Turcos e ingleses deveriam lembrar seu passado criminoso antes de agir contra um país que bloqueia a entrada de armas e mísseis para um grupo terrorista que estabelece em sua Carta o objetivo de destruir o Estado de Israel e aniquilar sua população, operacionalizando seu desiderato mediante ações terroristas e milhares de mísseis lançados sobre a população israelense.
De bloqueios e genocídios têm eles — ingleses e turcos — sabida experiência e fariam melhor calando-se sobre a política defensiva do Estado de Israel.
JACOB DOLINGER é professor da Uerj
Ban Ki-moon
Eu não posso acreditar do que lí! Ban Ki-moon criticou a demolição de casas palestinas em Jerusalém oriental? Pôxa! Que atitude exemplar! Pena que não é isso que os palestinos esperam da ONU e sim uma condenação veemente à todos os desmandos e barbaries de Israel e a intervenção de forças internacionais.
Alguém pode me dizer aonde vai nos levar a crítica do Sr. Ban Ki-moon? Eu digo: A nada. Nunca levou à nada! É só uma forma de tapear os palestinos e deixar Israel cometer os crimes que bem entender! Bela atitude!
Jornal do Brasil
Israel: ONU critica plano de demolição
24/06/2010
Internacional/Notas
Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, criticou as autoridades municipais de Jerusalém pelo plano de demolição de casas palestinas para a construção de um centro turístico na parte oriental da cidade. Para ele, as medidas são contraproducentes e “contrárias ao direito internacional e aos desejos dos residentes palestinos”.
Alguém pode me dizer aonde vai nos levar a crítica do Sr. Ban Ki-moon? Eu digo: A nada. Nunca levou à nada! É só uma forma de tapear os palestinos e deixar Israel cometer os crimes que bem entender! Bela atitude!
Jornal do Brasil
Israel: ONU critica plano de demolição
24/06/2010
Internacional/Notas
Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, criticou as autoridades municipais de Jerusalém pelo plano de demolição de casas palestinas para a construção de um centro turístico na parte oriental da cidade. Para ele, as medidas são contraproducentes e “contrárias ao direito internacional e aos desejos dos residentes palestinos”.
Burka
Existe uma diferença flagrante entre islamismo e extremismo. A burka nunca esteve prevista no Islã. É uma atitude extremada na forma de se seguir a religião islâmica. Até pouco tempo atrás, era usada apenas na Arábia Saudita e no Irã, onde o Islã passou a ser usado como forma de politicagem e controle social. O Alcorão Sagrado diz que a mulher deve cobrir os cabelos e o corpo de forma a não mostrar seus dotes, já que é uma criatura atraente por natureza, porém pode mostrar o rosto e as mãos em público. Não há nenhuma menção ao fato de cobrir o rosto e usar roupas em formato de barraca. A burka é uma invenção de mentes doentias e sujas, que usam o Islã como argumento para justificar todos os seus desmandos. Assim pensam extremistas como Osama bin Laden, mas não a ampla maioria dos muçulmanos.
Com o passar dos anos, algumas mulheres adotaram a burka, que cobre apenas o rosto e não aquela no estilo afegão dos Talebans, em alguns países do Golfo, tais como o Iêmen, Omã, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar e mais tarde, na era do Hisbollah, em algumas regiões do Líbano. Porém nunca foi obrigatória e sim uma tendência cultural.
Mas proibir a burka utilizando-se de mecanismos legais, como está sendo feito nos países da União Européia, é uma atitude tão extremada quanto à dos extremistas muçulmanos. É, no mínimo, uma ignomínia. Neste caso, o hábito das freiras deveria ser, também, questionado. Ou respeitamos todas as religiões e as opções pessoais na forma de segui-las, ou banimos todas as religiões e criamos uma nova ideologia para a humanidade. Talvez uma única ideologia: a de não respeitar credo algum. Quem sabe os europeus fiquem satisfeitos assim. Talvez sim, mas o mundo não é feito só de europeus.
Jornal do Brasil
Proibição da burka é polêmica
24/06/2010
Europa
O Senado espanhol aprovou ontem uma moção que pede ao governo a proibição nos espaços públicos do véu islâmico integral (burka ou niqab). Mas ontem também, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou uma resolução que se opõe à proibição do véu e sustenta que o lenço "poderia representar uma ameaça à dignidade e a liberdade". A resolução do relatório considera indispensável proteger as mulheres contra toda exclusão da vida pública.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Lorota
Ehud Barak, Ministro de Defesa israelense foi para Nova Iorque pedir à Ban Ki-Moon, Secretário Geral das Nações Unidos, para que as investigações sobre o ataque israelense à Flotilha da Liberdade sejam paralisadas por enquanto, já que existe um outro navio libanês sendo preparado para furar o cerco à Gaza e Israel "pode" agir com violência e ainda responsabilizar o governo do Líbano pelas consequências. Disse, ainda, que Israel está conduzindo as investigações sobre o "incidente" que matou nove ativistas turcos e feriu dezenas de outros ativistas, de forma independente, séria e digna.
Eu sei, parece mais um vômito de asneiras, mas vamos desmontar esta notícia juntos.
Primeiro: Ehud Barak, para quem não sabe, é um sionista da ultra-direita israelense, que assassinou com as próprias mãos dezenas de palestinos, durante o massacre de Deir Yassin, massacre este que foi feito de madrugada contra uma pacata cidade do interior da Palestina e que transformou a cidade num rio de sangue. Ehud Barak é conhecido por se vangloriar dos seus assassinatos, que incluíram crianças e mulheres grávidas. Hoje, ele é o ministro da defesa de Israel, ou seja, foi ele mesmo quem ordenou o ataque à Flotilha da Liberdade.
Segundo: Ban ki-Moon é o bunda-mole das Nações Unidas que obedece a todas as ordens do Conselho de Segurança, quando deveria ser o contrário, já que este conselho é só um dos orgãos que compoem a Organização das Nações Unidas e deveria ser subordinado à Secretaria Geral.
Eu sei, parece mais um vômito de asneiras, mas vamos desmontar esta notícia juntos.
Primeiro: Ehud Barak, para quem não sabe, é um sionista da ultra-direita israelense, que assassinou com as próprias mãos dezenas de palestinos, durante o massacre de Deir Yassin, massacre este que foi feito de madrugada contra uma pacata cidade do interior da Palestina e que transformou a cidade num rio de sangue. Ehud Barak é conhecido por se vangloriar dos seus assassinatos, que incluíram crianças e mulheres grávidas. Hoje, ele é o ministro da defesa de Israel, ou seja, foi ele mesmo quem ordenou o ataque à Flotilha da Liberdade.
Segundo: Ban ki-Moon é o bunda-mole das Nações Unidas que obedece a todas as ordens do Conselho de Segurança, quando deveria ser o contrário, já que este conselho é só um dos orgãos que compoem a Organização das Nações Unidas e deveria ser subordinado à Secretaria Geral.
Terceiro: Ehud Barak pede para paralisar as investigações, que nunca começaram, sobre o ataque israelense à Flotilha da Liberdade, argumentando que Israel esta conduzindo as investigações. É, no mínimo, uma piada de mal gosto. Quer dizer que o próprio assassino vai à ONU dizer que ele mesmo está investigando o seu próprio crime e, ainda, de forma séria, independente e digna? Deixa eu adivinhar: Ele mesmo vai se inocentar.
Quarto: Ehud Barak diz que tem um navio sendo preparado no Líbano, com ajuda humanitária destinada à população de Gaza e já anuncia que vai atacar o navio e ainda responsabilizar o Líbano pelo ataque. Ele quis dizer: eu mato, mas a responsabilidade não é minha, quem mandou me provocar?
Quinto: Ehud Barak se referiu ao ataque à Flotilha da Liberdade como "incidente". Fui buscar no dicionário o que significa a palavrinha que ele usou: Circunstância acidental, segundo o mestre Aurélio. Não houve nada de acidental no ataque. Os fuzileiros navais receberam uma ordem de seu alto comando (o próprio Barak) para atacar a flotilha em águas internacionais. Então não foi incidente, foi um ataque.
Sexto: As Nações Unidas estão usando da conivência com um governo ocupacionista e assassino, quando deveriam condena-lo pelos crimes diários contra a população palestina e, mais especificamente, contra a população de Gaza.
Sétimo: A comunidade internacional está assistindo à todas as arbitrariedades de Israel sem tomar uma única atitude, como enviar forças internacionais à Gaza.
Oitavo: O famoso comando da Otan, do qual a Turquia é membro, nem se manifestou até agora, mesmo que o ataque tenha atingido em cheio um de seus membros. Em outros tempos, teria resposta imediata na certa.
Eu pergunto: Então, qual é o jogo? Por que Israel continua agindo impunemente? Por que a protegem tanto?
terça-feira, 22 de junho de 2010
Peles de cachorros vivos
POR FAVOR, ASSINEM E ENCAMINHEM!
ABAIXO EXPLICO O PROCESSO.
Com uma câmera escondida filmaram animais sendo retirada a pele todos ainda vivos, dizem que é para permitir um corte limpo, depois as carcaças são jogadas em pilhas ainda vivos e por mais ou menos 10 minutos o coração bate e olhos piscam e as patas dos cães tremem, teve um que levantou a cabeça e fixou OS olhos ensanguentados direto para câmera. Se não quiserem ver o vídeo ao menos assinem a petição, precisamos agir.
O vídeo que se segue é de uma violência dolorosa. Os seus silêncios atingem o fundo de cada um de nós. Protegendo OS animais tornamo-nos maiores. O planeta não é nosso, apenas o dividimos entre todos...
Por favor, ganha uns minutos do teu tempo e assina esta petição!
Faça também chegar esta mensagem a quem você considera poder ser sensível a esta causa.
Cuidado ao ver o vídeo, é mesmo muito violento.
Não é necessário ver o vídeo para assinar esta petição. Escreve o teu Nome e sobrenome, cidade e país no fim da lista e envia para os teus Contatos, mas se quiser ver o vídeo, abra este link abaixo:
http://www.petatv.com/swf/video.swf?v=fur_farm_high
Quando a lista chegar às 1000 assinaturas, por favor enviar para: PETA2@peta.org
ABAIXO EXPLICO O PROCESSO.
Com uma câmera escondida filmaram animais sendo retirada a pele todos ainda vivos, dizem que é para permitir um corte limpo, depois as carcaças são jogadas em pilhas ainda vivos e por mais ou menos 10 minutos o coração bate e olhos piscam e as patas dos cães tremem, teve um que levantou a cabeça e fixou OS olhos ensanguentados direto para câmera. Se não quiserem ver o vídeo ao menos assinem a petição, precisamos agir.
O vídeo que se segue é de uma violência dolorosa. Os seus silêncios atingem o fundo de cada um de nós. Protegendo OS animais tornamo-nos maiores. O planeta não é nosso, apenas o dividimos entre todos...
Por favor, ganha uns minutos do teu tempo e assina esta petição!
Faça também chegar esta mensagem a quem você considera poder ser sensível a esta causa.
Cuidado ao ver o vídeo, é mesmo muito violento.
Não é necessário ver o vídeo para assinar esta petição. Escreve o teu Nome e sobrenome, cidade e país no fim da lista e envia para os teus Contatos, mas se quiser ver o vídeo, abra este link abaixo:
http://www.petatv.com/swf/video.swf?v=fur_farm_high
Quando a lista chegar às 1000 assinaturas, por favor enviar para: PETA2@peta.org
Torpes
O Jornal do Brasil publicou hoje uma notícia de que Israel decidiu derrubar 22 casas palestinas no bairro de Silwan, em Jerusalém oriental, para construir um parque arqueológico chamado "Os jardins do rei", em referência ao Rei Salomão.
Falou das críticas de Ehud Barak ao projeto, mas nem por um momento a notícia se referiu às famílias palestinas que serão expulsas de suas casas e que não terão para onde ir, quando tudo o que possuem for tomado pelos judeus.
Se eu fosse alguma leiga, também não pensaria nos palestinos e suas casas, até porque a notícia só se refere ao timing do anúncio do projeto, que considerou incoveniente, por se tratar de um momento sensível para Israel no cenário internacional.
Que estranho este conceito da mídia. A notícia de que 22 famílias terão suas casas derrubadas não abalou nem um pouco os jornalistas, mas sim o timing do anúncio do projeto israelense? É como se só o interesse de Israel é que contasse para os jornalistas e não a violação de um dos direitos humanos fundamentais.
Quando se trata dos palestinos é assim: são apenas números de criaturas à serem descartadas, mas se um passarinho é atingido do lado judeu, aí é motivo para a imprensa cair matando em cima dos palestinos, chamando-os de terroristas, mesmo que quem tenha atingido o passarinho seja um menino de 6 anos de idade, brincando de estilingue.
Quando é que a imprensa vai criar vergonha? Sim, porque o que falta aos jornalistas é vergonha na cara. E como ficam as 22 famílias palestinas? E que direito tem Israel sobre Jerusalém? E quem disse que alguém na face da terra tem o direito de tomar, à força, o que não lhe pertence? Isso é crime, visto de todos os ângulos. Mas timing é timing, fazer o que?
Falou das críticas de Ehud Barak ao projeto, mas nem por um momento a notícia se referiu às famílias palestinas que serão expulsas de suas casas e que não terão para onde ir, quando tudo o que possuem for tomado pelos judeus.
Se eu fosse alguma leiga, também não pensaria nos palestinos e suas casas, até porque a notícia só se refere ao timing do anúncio do projeto, que considerou incoveniente, por se tratar de um momento sensível para Israel no cenário internacional.
Que estranho este conceito da mídia. A notícia de que 22 famílias terão suas casas derrubadas não abalou nem um pouco os jornalistas, mas sim o timing do anúncio do projeto israelense? É como se só o interesse de Israel é que contasse para os jornalistas e não a violação de um dos direitos humanos fundamentais.
Quando se trata dos palestinos é assim: são apenas números de criaturas à serem descartadas, mas se um passarinho é atingido do lado judeu, aí é motivo para a imprensa cair matando em cima dos palestinos, chamando-os de terroristas, mesmo que quem tenha atingido o passarinho seja um menino de 6 anos de idade, brincando de estilingue.
Quando é que a imprensa vai criar vergonha? Sim, porque o que falta aos jornalistas é vergonha na cara. E como ficam as 22 famílias palestinas? E que direito tem Israel sobre Jerusalém? E quem disse que alguém na face da terra tem o direito de tomar, à força, o que não lhe pertence? Isso é crime, visto de todos os ângulos. Mas timing é timing, fazer o que?
Israel e os seus derivados
Por José Saramago
O processo de extorsão violenta dos direitos básicos do povo palestino e do seu território por parte de Israel tem prosseguido imparável perante a cumplicidade ou a indiferença da mal chamada comunidade internacional. O escritor israelita David Grossmann, cujas críticas, em todo o caso sempre cautelosas, ao governo do seu país têm vindo a subir de tom, escreveu num artigo publicado há algum tempo que Israel não conhece a compaixão. Já o sabíamos. Com a Tora como pano de fundo, ganha pleno significado aquela terrível e inesquecível imagem de um militar judeu partindo à martelada os ossos da mão a um jovem palestino capturado na primeira intifada por atirar pedras aos tanques israelitas. Menos mal que não a cortou. Nada nem ninguém, nem sequer organizações internacionais que teriam essa obrigação, como é o caso da ONU, conseguiram, até hoje, travar as acções mais do que repressivas, criminosas, dos sucessivos governos de Israel e das suas forças armadas contra o povo palestino. Visto o que se passou em Gaza, não parece que a situação tenda a melhorar. Pelo contrário. Enfrentados à heróica resistência palestina.
O processo de extorsão violenta dos direitos básicos do povo palestino e do seu território por parte de Israel tem prosseguido imparável perante a cumplicidade ou a indiferença da mal chamada comunidade internacional. O escritor israelita David Grossmann, cujas críticas, em todo o caso sempre cautelosas, ao governo do seu país têm vindo a subir de tom, escreveu num artigo publicado há algum tempo que Israel não conhece a compaixão. Já o sabíamos. Com a Tora como pano de fundo, ganha pleno significado aquela terrível e inesquecível imagem de um militar judeu partindo à martelada os ossos da mão a um jovem palestino capturado na primeira intifada por atirar pedras aos tanques israelitas. Menos mal que não a cortou. Nada nem ninguém, nem sequer organizações internacionais que teriam essa obrigação, como é o caso da ONU, conseguiram, até hoje, travar as acções mais do que repressivas, criminosas, dos sucessivos governos de Israel e das suas forças armadas contra o povo palestino. Visto o que se passou em Gaza, não parece que a situação tenda a melhorar. Pelo contrário. Enfrentados à heróica resistência palestina.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Alívio?
Sinceramente, não canso de ficar surpresa com as palavras que os judeus inventam para descrever as decisões de seu governo. O que significa "alívio do cerco à Gaza"? Até hoje, "alívio", para mim, era uma palavra relacionada à dor. Alívio da dor de cabeça, alívio dos sintomas, alívio da doença, mas alívio do cerco? Essa é nova!
O que é aliviar um cerco militar de 3 anos? Deixar passar lápis e cadernos pela fronteira? Isso é algum tipo de piada? Será que os judeus pensam que estão sendo bonzinhos ou é só mais uma jogada de mídia?
Sim, porque até agora a população de Gaza continua morrendo de fome e doenças. Não existiu uma atitude concreta para amenizar o sofrimento das vitimas da selvageria israelense. E até os que tentam ajudar, acabam mortos, como aconteceu com a Flotilha da Liberdade.
Então o que eles quizeram dizer com alívio? Não existe alívio, quando se está sob ocupação. Não existe conforto quando se tem que resistir, durante 24 horas por dia, sete dias por semana, trinta dias por mes, 365 dias por ano aos ataques de um exército bárbaro, selvagem, que não tem um pingo de respeito pela vida humana.
Como disse um líder do Hamas, se não existisse ocupação, não existiria resistência. Se os judeus não tivessem invadido a Palestina, não existiria a guerra, então à quem eles pensam que estão enganando?
O que é aliviar um cerco militar de 3 anos? Deixar passar lápis e cadernos pela fronteira? Isso é algum tipo de piada? Será que os judeus pensam que estão sendo bonzinhos ou é só mais uma jogada de mídia?
Sim, porque até agora a população de Gaza continua morrendo de fome e doenças. Não existiu uma atitude concreta para amenizar o sofrimento das vitimas da selvageria israelense. E até os que tentam ajudar, acabam mortos, como aconteceu com a Flotilha da Liberdade.
Então o que eles quizeram dizer com alívio? Não existe alívio, quando se está sob ocupação. Não existe conforto quando se tem que resistir, durante 24 horas por dia, sete dias por semana, trinta dias por mes, 365 dias por ano aos ataques de um exército bárbaro, selvagem, que não tem um pingo de respeito pela vida humana.
Como disse um líder do Hamas, se não existisse ocupação, não existiria resistência. Se os judeus não tivessem invadido a Palestina, não existiria a guerra, então à quem eles pensam que estão enganando?
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Jornalismo Selvagem
William Bonner: Irã desafia as grandes potências e anuncia a construção de um novo reator nuclear.
Pela forma como ele arregalou os olhos, aumentou o timbre e tornou a voz mais grave, parecia que ele estava anunciando a terceira guerra mundial. Francamente, levei um susto. Eu não sofro do coração, mas se ele aumentasse o timbre mais um oitavo que seja, eu teria desmaiado.
Agora, voltemos à notícia anunciada pelo âncora do Jornal Nacional ontem à noite. Quer dizer que se o Irã anuncia a construção de um reator nuclear para geração de energia elétrica, ele está desafiando as grandes potências? Por que? Só porque é o Irã? E se fosse a Russia? Ou os Estados Unidos da América? Ou a França? Ou Israel? Qual seria o tom usado pelo William Bonner? Imagina se o Irã tivesse anunciado a construção de uma bomba atômica, como fazem as grandes potências? Qual seria o tom do William Bonner?
Outro dia, faz algum tempo, ele anunciava uma descoberta de um pergaminho por um cientista israelense. A satisfação estava expressa no olhar, na voz e no sorriso. Parecia um trunfo pessoal. Pena que ele não anunciou, tres dias depois, que a comunidade científica internacional contestou a autenticidade do pergaminho e colocou em dúvida se não foi só mais uma provinha implantada pelos judeus na Palestina. Esta notícia ele guardou na caixinha de sapatos.
A questão é o impacto que estas notícias causam na opinião pública. William Bonner e todos os jornalistas do mundo sabem muito bem que as pessoas não correm atrás das notícias para saber o que é verdade e o que fabricado pela imprensa. Elas não se dão ao trabalho de investigar a notícia, acomodando-se em digerir a informação dada pela imprensa e fazendo seus julgamentos baseado no que esta escreve. A grande massa está preocupada com as contas a pagar no final do mês, com a doença do filho, com o carro que deu problema e não tem tempo de parar para pensar se o que estes veículos de comunicação publicam é fato ou não. Quando muito, chamam os árabes de terroristas, generalizando toda uma nação que foi um dos principais berços da civilização humana.
E tem mais: não há limite para este tipo de jornalismo. Não existe uma lei específica que questione o uso da informação. Ou seja, estamos numa selva cheinha de leões famintos e sem armas para nos proteger das feras.
Pela forma como ele arregalou os olhos, aumentou o timbre e tornou a voz mais grave, parecia que ele estava anunciando a terceira guerra mundial. Francamente, levei um susto. Eu não sofro do coração, mas se ele aumentasse o timbre mais um oitavo que seja, eu teria desmaiado.
Agora, voltemos à notícia anunciada pelo âncora do Jornal Nacional ontem à noite. Quer dizer que se o Irã anuncia a construção de um reator nuclear para geração de energia elétrica, ele está desafiando as grandes potências? Por que? Só porque é o Irã? E se fosse a Russia? Ou os Estados Unidos da América? Ou a França? Ou Israel? Qual seria o tom usado pelo William Bonner? Imagina se o Irã tivesse anunciado a construção de uma bomba atômica, como fazem as grandes potências? Qual seria o tom do William Bonner?
Outro dia, faz algum tempo, ele anunciava uma descoberta de um pergaminho por um cientista israelense. A satisfação estava expressa no olhar, na voz e no sorriso. Parecia um trunfo pessoal. Pena que ele não anunciou, tres dias depois, que a comunidade científica internacional contestou a autenticidade do pergaminho e colocou em dúvida se não foi só mais uma provinha implantada pelos judeus na Palestina. Esta notícia ele guardou na caixinha de sapatos.
A questão é o impacto que estas notícias causam na opinião pública. William Bonner e todos os jornalistas do mundo sabem muito bem que as pessoas não correm atrás das notícias para saber o que é verdade e o que fabricado pela imprensa. Elas não se dão ao trabalho de investigar a notícia, acomodando-se em digerir a informação dada pela imprensa e fazendo seus julgamentos baseado no que esta escreve. A grande massa está preocupada com as contas a pagar no final do mês, com a doença do filho, com o carro que deu problema e não tem tempo de parar para pensar se o que estes veículos de comunicação publicam é fato ou não. Quando muito, chamam os árabes de terroristas, generalizando toda uma nação que foi um dos principais berços da civilização humana.
E tem mais: não há limite para este tipo de jornalismo. Não existe uma lei específica que questione o uso da informação. Ou seja, estamos numa selva cheinha de leões famintos e sem armas para nos proteger das feras.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Lógica?
Ué, mas baseado neste argumento francês, o certo seria tirar todas as tvs to mundo do ar, já que todas as outras incitam o ódio contra os palestinos e os taxam de terroristas despudoradamente. Quer dizer que incitar o ódio aos palestinos pode e aos judeus não? Onde está a lógica?
O Estado de São Paulo
TV do Hamas será tirada do ar na Europa
16/06/2010
Internacional/Notas
A operadora de satélite Eutelsat vai interromper a transmissão do canal palestino Al-Aqsa para a Europa e parte do Oriente Médio a pedido da agência de fiscalização das transmissões da França. A União Europeia acusa a emissora de incitar o ódio contra os judeus. A Eutelsat tem até o dia 26 para desligar o sinal da TV do Hamas, movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e não reconhece a existência de Israel.
O Estado de São Paulo
TV do Hamas será tirada do ar na Europa
16/06/2010
Internacional/Notas
A operadora de satélite Eutelsat vai interromper a transmissão do canal palestino Al-Aqsa para a Europa e parte do Oriente Médio a pedido da agência de fiscalização das transmissões da França. A União Europeia acusa a emissora de incitar o ódio contra os judeus. A Eutelsat tem até o dia 26 para desligar o sinal da TV do Hamas, movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e não reconhece a existência de Israel.
Vergonha
Sinto-me envergonhada. Não por mim, mas pela humanidade como um todo. Desde o ataque selvagem israelense à Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009 e o cerco que manteve sobreviventes e feridos à míngua, sem água nem luz, sem medicamentos ou médicos, sem alimentos e sem um mínimo de condições humanas dignas, ficamos à espera de que um grupo de humanistas ocidentais e turcos tomassem coragem de enfrentar super-bélico governo de Israel para levar ajuda àquelas pessoas. Enquanto isso, durante todo aquele tempo, ninguém se preocupou com a situação das pessoas que ali tentavam sobreviver, atendo-se apenas a acreditar no que os mentirosos veículos de comunicação diziam e ouvir os repetidos argumentos torpes dos judeus israelenses e sionistas propagados por aí.
Já se passaram duas semanas e parece que o ataque à Flotilha da Liberdade aconteceu à anos, pois como sempre, os judeus usaram da mesma estratégia de cansar as pessoas de ouvir a mesma notícia, à ponto de banalizarem a informação.
O fato é que nada foi feito em nível internacional contra Israel, que mesmo matando pessoas inocentes diariamente, continua invicta devido à proteção dos seus queridinhos e ignorantes americanos.
É revoltante saber que crianças, jovens, idosos e mulheres morrem à cada segundo na Palestina sob ataques maciços do assassino exército judeu e as pessoas assistem como a um filme de guerra antigo e batido.
O que dizer então dos que se dizem responsáveis pela segurança internacional, que nada fazem além de se preocupar com seus interesses econômicos e de mantêr a mesma estratégia de desestabilização da região do Oriente Médio por conta de um único e vital interesse para a sua subsistência: o petróleo.
Maldito petróleo! Foi devido à sua descoberta na região que a cobiça das grandes potências nunca cessou. Por conta dele, até a história da humanidade foi profanada, denegrida, dilacerada. Nem Jesus Cristo escapou!
Enquanto isso, o mundo assiste aos noticiários andróides que só repetem frases feitas e precisamente planejadas pela imprensa sionista.
E eu fico aqui, neste meu humilde espaço, tentando usar a única arma que possuo para abrir mentes e conscientizar pessoas da necessidade de se adotar uma atitude mais humana e mais solidária com as vítimas desta guerra suja, que nunca levou em conta as vidas humanas, mas sim os interesses econômicos e estratégicos das grandes potências.
Já se passaram duas semanas e parece que o ataque à Flotilha da Liberdade aconteceu à anos, pois como sempre, os judeus usaram da mesma estratégia de cansar as pessoas de ouvir a mesma notícia, à ponto de banalizarem a informação.
O fato é que nada foi feito em nível internacional contra Israel, que mesmo matando pessoas inocentes diariamente, continua invicta devido à proteção dos seus queridinhos e ignorantes americanos.
É revoltante saber que crianças, jovens, idosos e mulheres morrem à cada segundo na Palestina sob ataques maciços do assassino exército judeu e as pessoas assistem como a um filme de guerra antigo e batido.
O que dizer então dos que se dizem responsáveis pela segurança internacional, que nada fazem além de se preocupar com seus interesses econômicos e de mantêr a mesma estratégia de desestabilização da região do Oriente Médio por conta de um único e vital interesse para a sua subsistência: o petróleo.
Maldito petróleo! Foi devido à sua descoberta na região que a cobiça das grandes potências nunca cessou. Por conta dele, até a história da humanidade foi profanada, denegrida, dilacerada. Nem Jesus Cristo escapou!
Enquanto isso, o mundo assiste aos noticiários andróides que só repetem frases feitas e precisamente planejadas pela imprensa sionista.
E eu fico aqui, neste meu humilde espaço, tentando usar a única arma que possuo para abrir mentes e conscientizar pessoas da necessidade de se adotar uma atitude mais humana e mais solidária com as vítimas desta guerra suja, que nunca levou em conta as vidas humanas, mas sim os interesses econômicos e estratégicos das grandes potências.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Mais uma do Conselho de Segurança
O Chanceler Celso Amorim disse a coisa certa: A atual condição do Conselho de Segurança da ONU é uma coisa escandalosa. E é! Cinco potências econômicas que também são cinco potências nucleares decidem o destino do mundo. Mandam e desmandam (mais desmandam) ao seu bel prazer.
Basta observar as sanções impostas ao Irã ontem. O que foi aquilo? Quer dizer que a quem desenvolve energia nuclear para fins pacíficos, que é o caso do Irã, se impoem sanções e quem possui armas nucleares de fato, que é o caso de Israel, não?
Qual foi a lógica? O Irã nunca representou uma ameaça à segurança do Oriente Médio, ao contrário de Israel. O Irã não possui armas nucleares, ao contrário de Israel. O Irã nunca jogou bombas atômicas em ninguém, ao contrário dos Estado Unidos da América.
Quem é a ameaça de fato? Os americanos e seus aliados, ou o Irã?
Está certo que o Irã tem problemas em sua política interna e no que concerne ao respeito aos direitos humanos, mas que atire a primeira pedra o país que não enfrenta problemas internos de maior ou menor proporção. Isto não justifica uma ação arbitrária do Conselho de Segurança, que já deixou de primar pela segurança internacional a muito tempo, preocupando-se apenas com interesses dos próprios países membros.
Quando o Presidente Lula reivindicou a reforma imediata do Conselho de Segurança para que possa ser mais representativo, foi tachado de louco e leviano, porém, agora estamos vendo o que significa deixar o destino da segurança mundial na mão de poucos, que estão se lixando para o mundo.
Basta ver que, na semana passada, este mesmo Conselho se recusou à condenar Israel pelo ataque à Flotilha da Liberdade, abstendo-se apenas a condenar o ataque em sí. Por que? Quem ordenou o ataque não foi o próprio governo israelense? A ordem não veio de cima? Ou por acaso os fuzileiros israelenses tomam decisões aleatórias e resolvem, sem consultar seu comando, atacar um flotilha humanitária em águas internacionais, assim sem mais nem menos?
Eu sei que minhas perguntas parecem patéticas, mas a situação em sí é para lá de patética. Todos os argumentos apresentados pela Sra. Hillary Clinton na ONU foram absolutamente falhos. Me levaram a compara-la às celebridades fabricadas, aqueles cantores e atores que estouram de uma hora para a outra e depois desaparecem. Todos os argumentos apresentados ontem foram fabricados. Não há base real para nenhum deles. Foi assim na época da guerra de golfo e a história está se repetindo.
Ou seja, estamos vivendo num mundo onde as verdadeiros ameaçadores são os que ditam as regras e os ameaçados são obrigados a engolir a sentença de culpa.
É como aquela vítima de estupro que vai à delegacia registrar uma queixa e transforma-se, na visão de alguns trogloditas que a atendem, de vítima a algoz à ponto de envergonhar-se de sua própria condição.
Basta observar as sanções impostas ao Irã ontem. O que foi aquilo? Quer dizer que a quem desenvolve energia nuclear para fins pacíficos, que é o caso do Irã, se impoem sanções e quem possui armas nucleares de fato, que é o caso de Israel, não?
Qual foi a lógica? O Irã nunca representou uma ameaça à segurança do Oriente Médio, ao contrário de Israel. O Irã não possui armas nucleares, ao contrário de Israel. O Irã nunca jogou bombas atômicas em ninguém, ao contrário dos Estado Unidos da América.
Quem é a ameaça de fato? Os americanos e seus aliados, ou o Irã?
Está certo que o Irã tem problemas em sua política interna e no que concerne ao respeito aos direitos humanos, mas que atire a primeira pedra o país que não enfrenta problemas internos de maior ou menor proporção. Isto não justifica uma ação arbitrária do Conselho de Segurança, que já deixou de primar pela segurança internacional a muito tempo, preocupando-se apenas com interesses dos próprios países membros.
Quando o Presidente Lula reivindicou a reforma imediata do Conselho de Segurança para que possa ser mais representativo, foi tachado de louco e leviano, porém, agora estamos vendo o que significa deixar o destino da segurança mundial na mão de poucos, que estão se lixando para o mundo.
Basta ver que, na semana passada, este mesmo Conselho se recusou à condenar Israel pelo ataque à Flotilha da Liberdade, abstendo-se apenas a condenar o ataque em sí. Por que? Quem ordenou o ataque não foi o próprio governo israelense? A ordem não veio de cima? Ou por acaso os fuzileiros israelenses tomam decisões aleatórias e resolvem, sem consultar seu comando, atacar um flotilha humanitária em águas internacionais, assim sem mais nem menos?
Eu sei que minhas perguntas parecem patéticas, mas a situação em sí é para lá de patética. Todos os argumentos apresentados pela Sra. Hillary Clinton na ONU foram absolutamente falhos. Me levaram a compara-la às celebridades fabricadas, aqueles cantores e atores que estouram de uma hora para a outra e depois desaparecem. Todos os argumentos apresentados ontem foram fabricados. Não há base real para nenhum deles. Foi assim na época da guerra de golfo e a história está se repetindo.
Ou seja, estamos vivendo num mundo onde as verdadeiros ameaçadores são os que ditam as regras e os ameaçados são obrigados a engolir a sentença de culpa.
É como aquela vítima de estupro que vai à delegacia registrar uma queixa e transforma-se, na visão de alguns trogloditas que a atendem, de vítima a algoz à ponto de envergonhar-se de sua própria condição.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Cachorrada
Aos amantes do rock e do mundo underground da música, visitem o site "dopropriobolso" do meu querido amigo Mário Pachedo e mantenham-se inteirados das novidades deste mundo musical. É show! Vale à pena conferir.
http://www.dopropriobolso.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=740:cachorrada-vale-o-que-esta-escrito&catid=54:artes-plasticas&Itemid=54
http://www.dopropriobolso.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=740:cachorrada-vale-o-que-esta-escrito&catid=54:artes-plasticas&Itemid=54
Operação tiro no pé
Concordo com o artigo, exceto pelo último parágrafo, pois nosso caro amigo Antonio Luiz C. Costa esqueceu-se de um detalhe importante: o financiamento dado pelo governo americado à indústria bélica israelense tem como fonte os multimilionários judeus-americanos e não o governo americano em si. Como financiadores diretos do governo americano, deixam os presidentes daquele país sempre de mãos amarradas, mesmo que queiram adotar posturas mais moderadas em relação à Israel. Basta verificar os discursos de Obama antes e depois de assumir o governo.
Carta Capital
Operação tiro no pé
07/06/2010
Antonio Luiz M. C. Costa
Nosso Mundo
O ataque à Flotilha da Paz foi o maior revés que Tel-Aviv já causou a si mesma.
O GOVERNO de Israel está se tornando o inimigo número l do futuro de seu povo. Em julho de 2006, o ataque ao Líbano, que visava humilhar o Hezbollah e induzir o povo libanês a repudiá-lo, prestigiou o movimento xiita à custa da imagem de Israel como país responsável e equilibrado e de seu exército como competente e infalível. O ataque a Gaza em 2008-2009, apelidado Operação Chumbo Fundido, com o pretexto de responder a pequenos mísseis vindos do território palestino, quis minar o apoio popular aos fundamentalistas do Hamas, mas teve o efeito contrário e multiplicou as críticas a Israel em todo o mundo.
Mas o ataque à Flotilha da Paz de 31 de maio foi o mais espetacular dos tiros no pé de Tel-Aviv. Até os maiores paladinos ao sionismo, incluindo a maior parte da imprensa de Israel e muitos dos grandes jornais dos EUA, criticaram o governo de Benjamin Netanyahu em seus editoriais - se não por sua desumanidade, ao menos por sua estupidez e incompetência.
Para Israel, tratava-se de mostrar que não toleraria desafios ao bloqueio à Faixa de Gaza. imposto desde janeiro de 2009 para quebrar a moral da população palestina e voltá-la contra o Hamas, que controla o território. Israel exigiu que a frota humanitária se dirigisse ao porto israelense de Ashdod, de onde seria encaminhado a Gaza o que Tel-Aviv permitisse. Os ativístas recusaram a proposta. A maior necessidade da região são materiais de construção, principalmente aço e cimento, proibidos por Israel com o pretexto de que serviriam à fabricação de armamento e construção de túneis e fortificações pelo Hamas. Obviamente. não havia armas: os navios foram vistoriados em portos gregos e turcos.
Mesmo assim, fuzileiros israelenses abordaram os seis navios em águas internacionais, mataram a tiros nove ativistas (oito turcos, um turco-americano) e feriram dezenas, às 4h30 da madrugada. Segundo Israel, os comandos foram agredidos e reagiram a bala. Como se não bastasse o contrassenso de forças especiais armadas até os dentes alegarem "legítima defesa" ao atacarem um navio desarmado em águas internacionais, sua chancelaria enviou a órgãos da imprensa de todo o mundo fotos das "armas" dos ativistas: bastões de madeira, facas de cozinha, ferramentas e estilingues.
Segundo o testemunho da deputada árabe-israelense Hanin Zoabi. que cuidou dos feridos, e da cineasta brasileira Iara Lee, também presente no navio, os fuzileiros jogaram bombas de gás e atiraram antes de descer ao convés. "Esperávamos que atirassem nas pernas ou para o alto, mas foram direto à cabeca dos passageiros", contou a brasileira. Outros testemunham que um ativista foi morto depois de se render e um jornalista abatido à queima-roupa ao fotografar a acão. Mais tarde, ao tentar dar seu testemunho no Parlamento israelense. Zoabi foi agredida e impedida pelos deputados da direita de falar.
Os sobreviventes não hospitalizados ou imediatamente expulsos foram presos e pressionados a assinar uma confissão de entrar ilegalmente em território israelense, quando foram capturados em águas internacionais e forcados a desembarcar no país, ao qual não pretendiam se dirigir. Mas a pressão internacional e a ameaça de ruptura de relações com Ancara acabou por forçar Israel a deportar os ativistas para a Turquia sem mais exigências.
As 10 mil toneladas de carga, no valor de 20 milhões de dólares, incluíam alimentos, cimento, vigas de aço, casas pré-fabricadas, material escolar, brinquedos, cadeiras de rodas e camas hospitalares. Acompanhavam-na cerca de 680 pessoas de 37 países, inclusive a norte-irlandesa Máiread Corrigan (Nobel da Paz de 1976), o escritor sueco Henning Mankell e parlamentares europeus e árabe-israelenses, inclusive Raed Salah, ferido pelos fuzileiros. A iniciativa foi apoiada por personalidades e organizações insuspeitas, inclusive o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Nobel da Paz.
Três navios eram da ONG turca IHH, dois de organizações gregas e um do estadunidense Free Gaza Movement. Cinco outros deveriam tê-los acompanhado, mas foram sabotados por agentes do Mossad, inclusive o que deveria ter sido o primeiro a chegar a Gaza: o irlandês Rachel Corne, cujo nome homenageia uma jovem estadunidense que morreu ao tentar defender uma casa palestina de uma escavadeira israelense.
Israel defiberadamente deixou partir os navios da IHH, que considera "simpatizante do terrorismo", para servir de exemplo. A organização foi banida de Israel, que a acusa de dar ajuda ao Hamas, à Al-Qaeda e à insurgência sunita no Iraque, mesmo se tem apoio do governo turco, liderado pelos islamistas moderados do Partido da Justiça e Desenvolvimento. E mesmo se, desde sua ação na Bósnia em meados dos anos 90, são reconhecidos os seus serviços em várias partes do mundo, que lhe valeram um assento no conselho consultivo da Unesco. Atua em países dos Bálcãs e no Paquistão. Líbano, Indonésia, Iraque e várias nações da África, onde oferece cirurgias de catarata, cuidados de saúde e construção de poços.
Não dá para escapar da analogia com o Exodus, o navio de imigrantes judeus sobreviventes do genocídio nazista que, em 1947, partiu da França para a Palestina então britânica e foi detido pela Royal Navy em águas internacionais. Também naquela ocasião, os fuzileiros encontraram resistência e a reprimiram com violência, deixando três mortos e dezenas de feridos. Ao deter e deportar os judeus, os britânicos mostravam que não tolerariam desafios à sua política de restringir a imigração judaica. Mas viram a opinião pública mundial voltar-se contra eles, à medida que a epopeia se desenrolava diariamente nos jornais.
A viagem fora organizada pela terrorista Haganah, organização paramilitar judaica responsável por atentados contra britânicos (bombas e reides contra ferrovias, bases e delegacias de polícia) e palestinos (inclusive o atentado contra o Hotel Semiramis de 1948, no qual morreram 26 pessoas) e que veio a ser o núcleo do exército de Israel Os passageiros, desembarcados à força em Hamburgo, agrediram os soldados e deixaram atrás de si uma bomba, antes de serem levados a campos de concentração. Nem por isso deixaram de ser respeitados e admirados e os britânicos de serem comparados aos nazistas.
A odisseia de 1947 conseguiu tocar sentimentos que os milhões de mortos do Holocausto haviam embotado. Foi um fator importante da antecipação do fim do mandato britânico e do reconhecimento de Israel pela ONU. O drama naval de 2010, da mesma maneira, criou uma comoção mundial que os 1,2 mil civis mortos na ofensiva no Líbano, os quase mil da Chumbo Fundido e a catástrofe humanitária que desde então se abate sobre a Faixa de Gaza não conseguiram. E como se as grandes tragédias precisassem ser reencenadas em pequena escala para serem compreendidas. As vítimas deixam de ser estatísticas para serem pessoas com rostos, nomes e biografias e a desproporção da agressão fica mais óbvia.
É impressionante como o governo de Israel se recusa a tirar lições da história do seu próprio país. Enfrentou o que era obviamente um problema de imagem e de relações internacionais como mais uma ação militar. Para um governo com tantos recursos militares e de inteligência à disposição, havia opções.
Não se culpem os fuzileiros, instrumentos treinados para matar e enviados com a ordem de tomar os navios a qualquer custo, sem consideração para a possibilidade de resistência. O responsável é quem os enviou: o ministro da Defesa Ehud Barak, trabalhista que em outras ocasiões pareceu ser uma voz moderada dentro desse gabinete belicoso, a ponto de criticar colegas por provocarem desnecessariamente os palestinos com novas construções em Jerusalém Oriental. Para o editorial do Valor Económico de 3 de junho, suas ações são a maior evidência da "decomposição moral e política de Israel".
A decomposição mostra-se principalmente na incapacidade de considerar qualquer ângulo que não seja o próprio - nem sequer o dos interesses reais do país, mas os das vantagens políticas imediatas. Escalam a brutalidade para satisfazer um eleitorado convencido de que o mundo é antissemita e só o terror os fará respeitados. Ao agir como se a opinião mundial fosse desprezível, fazem seu país ser desprezado. Tornam cada vez mais real a fantasia de isolamento, sem perceber que seu pressuposto não se sustenta: por mais que recorra ao terrorismo de Estado, Israel não tem como sobreviver isolada.
Se até os EUA tiveram de aprender com Bush júnior, que não podem impor unilateralmente sua vontade ao mundo, que dizer de um pequeno país que depende da verba de Washington para sustentar suas Forças Armadas? O cineasta brasileiro Sílvio Tendler diz-se "judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura" em carta aberta ao governo israelense e atribui a todos os seus integrantes, sem excecão, o "Prémio Jim Jones por estarem conduzindo todo um país para o suicídio coletivo".
Não se trata apenas de riscos para a sobrevivência a longo prazo, mas de questões bastante concretas e imediatas. A ação de Israel prejudicou irremediavelmente o relacionamento com a Turquia, país-chave da região, ponte indispensável entre os interesses do Ocidente e do Oriente Médio, escala obrigatória de grande parte das importações de Israel (inclusive quase todo o petróleo) e, até recentemente, seu único aliado no mundo muçulmano.
Segundo o chanceler turco Ahrnet Davutogiu, o ataque de Israel teve em seu país efeito comparável aos atentados de l1 de setembro nos Estados Unidos: cidadãos turcos foram mortos e feridos não por terroristas, mas por decisão política dos líderes de um Estado com o qual tinham relações razoavelmente amistosas (fora as reclamações israelenses contra um seriado sobre Gaza que os pintou como vilões na tevê turca). O embaixador turco em Tel-Aviv foi chamado de volta e exercícios militares conjuntos, cancelados. Mais de 10 mil pessoas saíram em passeata contra Israel em Istambul e Ancara e os ativistas deportados de Israel foram recebidos como heróis por uma multidão de 20 mil.
Além dos países muçulmanos, União Europeia, Rússia e a maioria dos países da Ásia, África e América Latina (inclusive Brasil e Japão) condenaram sem meias palavras a ação de Israel. A Nicarágua rompeu relações diplomáticas com Tel-Aviv, e Equador e África do Sul retiraram seus embaixadores. O Egito, sob pressão do mundo árabe e de seu próprio povo, reabriu a fronteira com Gaza, enfraquecendo o bloqueio. A Irlanda ameaçou com ruptura caso Israel ataque o Rachel Corrie que, a caminho para Gaza, deve levar uma sobrevivente do Holocausto: Hedy Epstein, de 85 anos, que apoia a causa palestina desde os massacres de Sabra e Chatila em 1982.
Os EUA e o Canadá tiveram que ceder a turcos e europeus na Otan, que tomou posição em relação ao que foi, sem dúvida, um ataque a cidadãos de um de seus integrantes por um país de fora da aliança militar do Ocidente: condenou a ação de Israel e exigiu a libertação imediata dos prisioneiros. Os ELA enfrentarão mais dificuldades para aprovar resoluções contra o Irã na ONU. Hillary Clinton juntou-se ao consenso da ONU por uma resolução pelo fim do bloqueio de Gaza, mas isso não será suficiente. Cada vez mais, é Israel, não o Irã, que se mostra irresponsável demais para ter armas nucleares.
E Tel-Aviv acabava de sofrer uma derrota diplomática. Os 189 integrantes do Tratado de Não-Proliferacão Nuclear (TNP) - incluindo o Ira - aprovaram uma resolução para tornar o Oriente Médio uma "zona, desnuclearizada, a ser referendada em 2012. De nada valerá sem a adesão de Israel, que repudia o TNP, mas o vexame só foi possível com a anuência dos EUA. Que provavelmente poderiam ter impedido, se quisessem, a publicação das provas da cooperação nuclear do governo de Yitzhak Rabin, incluindo o atual presidente Shimon Peres, com o apartheid dos anos 70. Podem ser as primeiras advertências de que seu apoio pode não continuar incondicional.
A sobrevivência de Israel já ficará bem mais difícil sem o apoio da Turquia. Se, Washington, além disso, concluir que apoiar Tel-Aviv lhe custa mais do que vale, o país se verá numa situação insustentável.
Carta Capital
Operação tiro no pé
07/06/2010
Antonio Luiz M. C. Costa
Nosso Mundo
O ataque à Flotilha da Paz foi o maior revés que Tel-Aviv já causou a si mesma.
O GOVERNO de Israel está se tornando o inimigo número l do futuro de seu povo. Em julho de 2006, o ataque ao Líbano, que visava humilhar o Hezbollah e induzir o povo libanês a repudiá-lo, prestigiou o movimento xiita à custa da imagem de Israel como país responsável e equilibrado e de seu exército como competente e infalível. O ataque a Gaza em 2008-2009, apelidado Operação Chumbo Fundido, com o pretexto de responder a pequenos mísseis vindos do território palestino, quis minar o apoio popular aos fundamentalistas do Hamas, mas teve o efeito contrário e multiplicou as críticas a Israel em todo o mundo.
Mas o ataque à Flotilha da Paz de 31 de maio foi o mais espetacular dos tiros no pé de Tel-Aviv. Até os maiores paladinos ao sionismo, incluindo a maior parte da imprensa de Israel e muitos dos grandes jornais dos EUA, criticaram o governo de Benjamin Netanyahu em seus editoriais - se não por sua desumanidade, ao menos por sua estupidez e incompetência.
Para Israel, tratava-se de mostrar que não toleraria desafios ao bloqueio à Faixa de Gaza. imposto desde janeiro de 2009 para quebrar a moral da população palestina e voltá-la contra o Hamas, que controla o território. Israel exigiu que a frota humanitária se dirigisse ao porto israelense de Ashdod, de onde seria encaminhado a Gaza o que Tel-Aviv permitisse. Os ativístas recusaram a proposta. A maior necessidade da região são materiais de construção, principalmente aço e cimento, proibidos por Israel com o pretexto de que serviriam à fabricação de armamento e construção de túneis e fortificações pelo Hamas. Obviamente. não havia armas: os navios foram vistoriados em portos gregos e turcos.
Mesmo assim, fuzileiros israelenses abordaram os seis navios em águas internacionais, mataram a tiros nove ativistas (oito turcos, um turco-americano) e feriram dezenas, às 4h30 da madrugada. Segundo Israel, os comandos foram agredidos e reagiram a bala. Como se não bastasse o contrassenso de forças especiais armadas até os dentes alegarem "legítima defesa" ao atacarem um navio desarmado em águas internacionais, sua chancelaria enviou a órgãos da imprensa de todo o mundo fotos das "armas" dos ativistas: bastões de madeira, facas de cozinha, ferramentas e estilingues.
Segundo o testemunho da deputada árabe-israelense Hanin Zoabi. que cuidou dos feridos, e da cineasta brasileira Iara Lee, também presente no navio, os fuzileiros jogaram bombas de gás e atiraram antes de descer ao convés. "Esperávamos que atirassem nas pernas ou para o alto, mas foram direto à cabeca dos passageiros", contou a brasileira. Outros testemunham que um ativista foi morto depois de se render e um jornalista abatido à queima-roupa ao fotografar a acão. Mais tarde, ao tentar dar seu testemunho no Parlamento israelense. Zoabi foi agredida e impedida pelos deputados da direita de falar.
Os sobreviventes não hospitalizados ou imediatamente expulsos foram presos e pressionados a assinar uma confissão de entrar ilegalmente em território israelense, quando foram capturados em águas internacionais e forcados a desembarcar no país, ao qual não pretendiam se dirigir. Mas a pressão internacional e a ameaça de ruptura de relações com Ancara acabou por forçar Israel a deportar os ativistas para a Turquia sem mais exigências.
As 10 mil toneladas de carga, no valor de 20 milhões de dólares, incluíam alimentos, cimento, vigas de aço, casas pré-fabricadas, material escolar, brinquedos, cadeiras de rodas e camas hospitalares. Acompanhavam-na cerca de 680 pessoas de 37 países, inclusive a norte-irlandesa Máiread Corrigan (Nobel da Paz de 1976), o escritor sueco Henning Mankell e parlamentares europeus e árabe-israelenses, inclusive Raed Salah, ferido pelos fuzileiros. A iniciativa foi apoiada por personalidades e organizações insuspeitas, inclusive o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Nobel da Paz.
Três navios eram da ONG turca IHH, dois de organizações gregas e um do estadunidense Free Gaza Movement. Cinco outros deveriam tê-los acompanhado, mas foram sabotados por agentes do Mossad, inclusive o que deveria ter sido o primeiro a chegar a Gaza: o irlandês Rachel Corne, cujo nome homenageia uma jovem estadunidense que morreu ao tentar defender uma casa palestina de uma escavadeira israelense.
Israel defiberadamente deixou partir os navios da IHH, que considera "simpatizante do terrorismo", para servir de exemplo. A organização foi banida de Israel, que a acusa de dar ajuda ao Hamas, à Al-Qaeda e à insurgência sunita no Iraque, mesmo se tem apoio do governo turco, liderado pelos islamistas moderados do Partido da Justiça e Desenvolvimento. E mesmo se, desde sua ação na Bósnia em meados dos anos 90, são reconhecidos os seus serviços em várias partes do mundo, que lhe valeram um assento no conselho consultivo da Unesco. Atua em países dos Bálcãs e no Paquistão. Líbano, Indonésia, Iraque e várias nações da África, onde oferece cirurgias de catarata, cuidados de saúde e construção de poços.
Não dá para escapar da analogia com o Exodus, o navio de imigrantes judeus sobreviventes do genocídio nazista que, em 1947, partiu da França para a Palestina então britânica e foi detido pela Royal Navy em águas internacionais. Também naquela ocasião, os fuzileiros encontraram resistência e a reprimiram com violência, deixando três mortos e dezenas de feridos. Ao deter e deportar os judeus, os britânicos mostravam que não tolerariam desafios à sua política de restringir a imigração judaica. Mas viram a opinião pública mundial voltar-se contra eles, à medida que a epopeia se desenrolava diariamente nos jornais.
A viagem fora organizada pela terrorista Haganah, organização paramilitar judaica responsável por atentados contra britânicos (bombas e reides contra ferrovias, bases e delegacias de polícia) e palestinos (inclusive o atentado contra o Hotel Semiramis de 1948, no qual morreram 26 pessoas) e que veio a ser o núcleo do exército de Israel Os passageiros, desembarcados à força em Hamburgo, agrediram os soldados e deixaram atrás de si uma bomba, antes de serem levados a campos de concentração. Nem por isso deixaram de ser respeitados e admirados e os britânicos de serem comparados aos nazistas.
A odisseia de 1947 conseguiu tocar sentimentos que os milhões de mortos do Holocausto haviam embotado. Foi um fator importante da antecipação do fim do mandato britânico e do reconhecimento de Israel pela ONU. O drama naval de 2010, da mesma maneira, criou uma comoção mundial que os 1,2 mil civis mortos na ofensiva no Líbano, os quase mil da Chumbo Fundido e a catástrofe humanitária que desde então se abate sobre a Faixa de Gaza não conseguiram. E como se as grandes tragédias precisassem ser reencenadas em pequena escala para serem compreendidas. As vítimas deixam de ser estatísticas para serem pessoas com rostos, nomes e biografias e a desproporção da agressão fica mais óbvia.
É impressionante como o governo de Israel se recusa a tirar lições da história do seu próprio país. Enfrentou o que era obviamente um problema de imagem e de relações internacionais como mais uma ação militar. Para um governo com tantos recursos militares e de inteligência à disposição, havia opções.
Não se culpem os fuzileiros, instrumentos treinados para matar e enviados com a ordem de tomar os navios a qualquer custo, sem consideração para a possibilidade de resistência. O responsável é quem os enviou: o ministro da Defesa Ehud Barak, trabalhista que em outras ocasiões pareceu ser uma voz moderada dentro desse gabinete belicoso, a ponto de criticar colegas por provocarem desnecessariamente os palestinos com novas construções em Jerusalém Oriental. Para o editorial do Valor Económico de 3 de junho, suas ações são a maior evidência da "decomposição moral e política de Israel".
A decomposição mostra-se principalmente na incapacidade de considerar qualquer ângulo que não seja o próprio - nem sequer o dos interesses reais do país, mas os das vantagens políticas imediatas. Escalam a brutalidade para satisfazer um eleitorado convencido de que o mundo é antissemita e só o terror os fará respeitados. Ao agir como se a opinião mundial fosse desprezível, fazem seu país ser desprezado. Tornam cada vez mais real a fantasia de isolamento, sem perceber que seu pressuposto não se sustenta: por mais que recorra ao terrorismo de Estado, Israel não tem como sobreviver isolada.
Se até os EUA tiveram de aprender com Bush júnior, que não podem impor unilateralmente sua vontade ao mundo, que dizer de um pequeno país que depende da verba de Washington para sustentar suas Forças Armadas? O cineasta brasileiro Sílvio Tendler diz-se "judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura" em carta aberta ao governo israelense e atribui a todos os seus integrantes, sem excecão, o "Prémio Jim Jones por estarem conduzindo todo um país para o suicídio coletivo".
Não se trata apenas de riscos para a sobrevivência a longo prazo, mas de questões bastante concretas e imediatas. A ação de Israel prejudicou irremediavelmente o relacionamento com a Turquia, país-chave da região, ponte indispensável entre os interesses do Ocidente e do Oriente Médio, escala obrigatória de grande parte das importações de Israel (inclusive quase todo o petróleo) e, até recentemente, seu único aliado no mundo muçulmano.
Segundo o chanceler turco Ahrnet Davutogiu, o ataque de Israel teve em seu país efeito comparável aos atentados de l1 de setembro nos Estados Unidos: cidadãos turcos foram mortos e feridos não por terroristas, mas por decisão política dos líderes de um Estado com o qual tinham relações razoavelmente amistosas (fora as reclamações israelenses contra um seriado sobre Gaza que os pintou como vilões na tevê turca). O embaixador turco em Tel-Aviv foi chamado de volta e exercícios militares conjuntos, cancelados. Mais de 10 mil pessoas saíram em passeata contra Israel em Istambul e Ancara e os ativistas deportados de Israel foram recebidos como heróis por uma multidão de 20 mil.
Além dos países muçulmanos, União Europeia, Rússia e a maioria dos países da Ásia, África e América Latina (inclusive Brasil e Japão) condenaram sem meias palavras a ação de Israel. A Nicarágua rompeu relações diplomáticas com Tel-Aviv, e Equador e África do Sul retiraram seus embaixadores. O Egito, sob pressão do mundo árabe e de seu próprio povo, reabriu a fronteira com Gaza, enfraquecendo o bloqueio. A Irlanda ameaçou com ruptura caso Israel ataque o Rachel Corrie que, a caminho para Gaza, deve levar uma sobrevivente do Holocausto: Hedy Epstein, de 85 anos, que apoia a causa palestina desde os massacres de Sabra e Chatila em 1982.
Os EUA e o Canadá tiveram que ceder a turcos e europeus na Otan, que tomou posição em relação ao que foi, sem dúvida, um ataque a cidadãos de um de seus integrantes por um país de fora da aliança militar do Ocidente: condenou a ação de Israel e exigiu a libertação imediata dos prisioneiros. Os ELA enfrentarão mais dificuldades para aprovar resoluções contra o Irã na ONU. Hillary Clinton juntou-se ao consenso da ONU por uma resolução pelo fim do bloqueio de Gaza, mas isso não será suficiente. Cada vez mais, é Israel, não o Irã, que se mostra irresponsável demais para ter armas nucleares.
E Tel-Aviv acabava de sofrer uma derrota diplomática. Os 189 integrantes do Tratado de Não-Proliferacão Nuclear (TNP) - incluindo o Ira - aprovaram uma resolução para tornar o Oriente Médio uma "zona, desnuclearizada, a ser referendada em 2012. De nada valerá sem a adesão de Israel, que repudia o TNP, mas o vexame só foi possível com a anuência dos EUA. Que provavelmente poderiam ter impedido, se quisessem, a publicação das provas da cooperação nuclear do governo de Yitzhak Rabin, incluindo o atual presidente Shimon Peres, com o apartheid dos anos 70. Podem ser as primeiras advertências de que seu apoio pode não continuar incondicional.
A sobrevivência de Israel já ficará bem mais difícil sem o apoio da Turquia. Se, Washington, além disso, concluir que apoiar Tel-Aviv lhe custa mais do que vale, o país se verá numa situação insustentável.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Falou e disse...
Mais uma vez, todo meu respeito ao governo brasileiro. Finalmente, um governo meteu a cara para questionar a isenção do Conselho de Segurança da ONU e suas declarações, sempre suaves, sobre os atos bárbaros de Israel contra os palestinos.
Correio Brasiliense
Brasil questiona barganha na ONU
Lula diz que Israel fez "o que não podia". Amorim critica "troca de favores" entre potências
Isabel Fleck
02/06/2010
O chanceler Celso Amorim em audiência no Senado: fim do bloqueio a Gaza "deve ser uma exigência"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler Celso Amorim mantiveram ontem a dura postura, expressa desde a véspera em nota do Itamaraty, sobre o ataque israelense contra a flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Enquanto Lula afirmou que Israel “não tinha direito de fazer o que fez”, o ministro deixou claro que o governo brasileiro acha “pouco” que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tenha apenas “pedido” o fim do bloqueio ao território palestino. “Acho que deve ser uma exigência (para acabar com o bloqueio) da comunidade internacional”, defendeu. Amorim também criticou os membros permanentes do conselho, que supostamente “trocam favores” ao tratar de temas como as sanções contra o Irã.
Para o chanceler brasileiro, a ação de Israel, que resultou na morte de nove ativistas, só ocorreu porque o bloqueio continua. “Existem preocupações de segurança, e elas podem ser resolvidas como em qualquer outro país do mundo, através de postos internacionais que policiem a fronteira de Gaza”, afirmou. O ataque da última segunda-feira, que ocorreu fora da faixa marítima controlada por Israel, constitui, para Amorim, “uma violação não apenas do direito humanitário como do direito internacional como um todo”.
Lula também citou o fato de a abordagem das forças israelenses ter sido feita em águas internacionais como um agravante da ação. “Israel não tinha o direito de ter feito o que fez, mas vamos esperar que haja melhores investigações”, declarou, após encontro com os membros do Comitê Mundial de Trabalhadores do Grupo Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). “Eu estou convencido de que não é o uso de armas que vai garantir a paz. Os dirigentes precisam aprender a dialogar mais”, completou.
Amorim, no entanto, evitou associar diretamente os efeitos do ataque de Israel nas conversas sobre as sanções no Conselho de Segurança — já que é notória a pressão israelense sobre os Estados Unidos para reforçar a punição a Teerã. “Isso partiria do pressuposto de que uma coisa ruim pode trazer uma consequencia boa. Isso à vezes acontece, mas eu prefiro não dar nenhum valor positivo a uma ação negativa”, desconversou. “Prefiro me ater às consequencias mais imediatas, como o que isso representa de ameaça à paz no próprio Oriente Médio.”
Aspectos estranhos
Ao ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores do Senado(1), na tarde de ontem, o ministro sugeriu que Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China têm colocado interesses individuais à frente da questão do programa nuclear do Irã. “O que diminui a credibilidade do Conselho de Segurança é o fato de ter cinco potências nucleares, que são os cinco membros com direito a veto que negociam entre si, e nós não sabemos o que se passa nessa negociação”, disse. Segundo ele, não se sabe “se há favores que estão sendo trocados, ou se outros aspectos estranhos à questão estão sendo envolvidos”. O ministro deixou clara sua insatisfação: Nós sabemos do que sai nos jornais, e o que sai é preocupante.”
1 - Salvo pelo pré-sal
Durante a audiência na Comissão de Relações Exteriores, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) revelou que por pouco não embarcou em um dos seis barcos atacados por Israel quando seguiam para Gaza. Suplicy contou que chegou a comentar com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a possibilidade de viajar, mas o colega lhe pediu que ficasse para a votação do marco regulatório do pré-sal. “Imagina se ficasse faltando só um voto?”, considerou o petista. Suplicy, contudo, se disse convicto de que não seria um alvo potencial. “Acho que eles não iriam querer atirar em mim”, brincou.
Críticas aos EUA
Um “certo silêncio” foi o que o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ouviu após confrontar a secretária de Estado Hillary Clinton com o fato de que as críticas dos Estados Unidos ao acordo têm por base pontos que nem sequer foram mencionados na carta enviada a Lula pelo presidente Barack Obama. Ao responder a perguntas de senadores, o ministro disse que, em telefonema recente, Hillary falou de suas preocupações, como a continuidade do enriquecimento de urânio e o estoque mantido por Teerã, temas que não são abordados na declaração assinada por Irã, Brasil e Turquia.
As possíveis “lacunas” do documento de Teerã têm sido usadas por Washington para questionar a eficiência do acordo. De acordo com Amorim, o governo brasileiro considerou que o que não estava mencionado na carta de Obama, “ou era secundário, ou poderia ser tratado tão logo fosse fechado um acordo” com as potências ocidentais. Para o ministro, ninguém conseguiu definir melhor o que se sucedeu ao acordo de Teerã do que um articulista americano, ao afirmar que “os EUA mudaram as traves de lugar”.
Amorim citou uma entrevista dada pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed El-Baradei ao Jornal do Brasil, para reforçar a confiança do Brasil de que “não há condição alguma de que o Irã venha a produzir bombas nucleares com a quantidade de urânio que tem”. Segundo o último relatório da AIEA, o Irã teria urânio para dois artefatos. “A informação que eu tenho é de que são necessários no mínimo 2.000kg para uma bomba rudimentar. O Irã tem agora 2.427kg”, dos quais 1.200kg seriam depositados na Turquia, lembr a Amorim. (IF)
Correio Brasiliense
Brasil questiona barganha na ONU
Lula diz que Israel fez "o que não podia". Amorim critica "troca de favores" entre potências
Isabel Fleck
02/06/2010
O chanceler Celso Amorim em audiência no Senado: fim do bloqueio a Gaza "deve ser uma exigência"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler Celso Amorim mantiveram ontem a dura postura, expressa desde a véspera em nota do Itamaraty, sobre o ataque israelense contra a flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Enquanto Lula afirmou que Israel “não tinha direito de fazer o que fez”, o ministro deixou claro que o governo brasileiro acha “pouco” que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tenha apenas “pedido” o fim do bloqueio ao território palestino. “Acho que deve ser uma exigência (para acabar com o bloqueio) da comunidade internacional”, defendeu. Amorim também criticou os membros permanentes do conselho, que supostamente “trocam favores” ao tratar de temas como as sanções contra o Irã.
Para o chanceler brasileiro, a ação de Israel, que resultou na morte de nove ativistas, só ocorreu porque o bloqueio continua. “Existem preocupações de segurança, e elas podem ser resolvidas como em qualquer outro país do mundo, através de postos internacionais que policiem a fronteira de Gaza”, afirmou. O ataque da última segunda-feira, que ocorreu fora da faixa marítima controlada por Israel, constitui, para Amorim, “uma violação não apenas do direito humanitário como do direito internacional como um todo”.
Lula também citou o fato de a abordagem das forças israelenses ter sido feita em águas internacionais como um agravante da ação. “Israel não tinha o direito de ter feito o que fez, mas vamos esperar que haja melhores investigações”, declarou, após encontro com os membros do Comitê Mundial de Trabalhadores do Grupo Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). “Eu estou convencido de que não é o uso de armas que vai garantir a paz. Os dirigentes precisam aprender a dialogar mais”, completou.
Amorim, no entanto, evitou associar diretamente os efeitos do ataque de Israel nas conversas sobre as sanções no Conselho de Segurança — já que é notória a pressão israelense sobre os Estados Unidos para reforçar a punição a Teerã. “Isso partiria do pressuposto de que uma coisa ruim pode trazer uma consequencia boa. Isso à vezes acontece, mas eu prefiro não dar nenhum valor positivo a uma ação negativa”, desconversou. “Prefiro me ater às consequencias mais imediatas, como o que isso representa de ameaça à paz no próprio Oriente Médio.”
Aspectos estranhos
Ao ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores do Senado(1), na tarde de ontem, o ministro sugeriu que Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China têm colocado interesses individuais à frente da questão do programa nuclear do Irã. “O que diminui a credibilidade do Conselho de Segurança é o fato de ter cinco potências nucleares, que são os cinco membros com direito a veto que negociam entre si, e nós não sabemos o que se passa nessa negociação”, disse. Segundo ele, não se sabe “se há favores que estão sendo trocados, ou se outros aspectos estranhos à questão estão sendo envolvidos”. O ministro deixou clara sua insatisfação: Nós sabemos do que sai nos jornais, e o que sai é preocupante.”
1 - Salvo pelo pré-sal
Durante a audiência na Comissão de Relações Exteriores, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) revelou que por pouco não embarcou em um dos seis barcos atacados por Israel quando seguiam para Gaza. Suplicy contou que chegou a comentar com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sobre a possibilidade de viajar, mas o colega lhe pediu que ficasse para a votação do marco regulatório do pré-sal. “Imagina se ficasse faltando só um voto?”, considerou o petista. Suplicy, contudo, se disse convicto de que não seria um alvo potencial. “Acho que eles não iriam querer atirar em mim”, brincou.
Críticas aos EUA
Um “certo silêncio” foi o que o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ouviu após confrontar a secretária de Estado Hillary Clinton com o fato de que as críticas dos Estados Unidos ao acordo têm por base pontos que nem sequer foram mencionados na carta enviada a Lula pelo presidente Barack Obama. Ao responder a perguntas de senadores, o ministro disse que, em telefonema recente, Hillary falou de suas preocupações, como a continuidade do enriquecimento de urânio e o estoque mantido por Teerã, temas que não são abordados na declaração assinada por Irã, Brasil e Turquia.
As possíveis “lacunas” do documento de Teerã têm sido usadas por Washington para questionar a eficiência do acordo. De acordo com Amorim, o governo brasileiro considerou que o que não estava mencionado na carta de Obama, “ou era secundário, ou poderia ser tratado tão logo fosse fechado um acordo” com as potências ocidentais. Para o ministro, ninguém conseguiu definir melhor o que se sucedeu ao acordo de Teerã do que um articulista americano, ao afirmar que “os EUA mudaram as traves de lugar”.
Amorim citou uma entrevista dada pelo ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed El-Baradei ao Jornal do Brasil, para reforçar a confiança do Brasil de que “não há condição alguma de que o Irã venha a produzir bombas nucleares com a quantidade de urânio que tem”. Segundo o último relatório da AIEA, o Irã teria urânio para dois artefatos. “A informação que eu tenho é de que são necessários no mínimo 2.000kg para uma bomba rudimentar. O Irã tem agora 2.427kg”, dos quais 1.200kg seriam depositados na Turquia, lembr a Amorim. (IF)
terça-feira, 1 de junho de 2010
Assassinato Indireto
Depois de quase dizimar a população de Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, Israel quer acabar com o que restou da população palestina em Gaza por inanição forçada. Os judeus fecharam as fronteiras, proibiram a entrada de qualque tipo de alimento, medicamento, ajudas de qualquer natureza, mesmo os médicos que queriam salvar pessoas com escassos recursos. A selvageria dos judeus parece nunca ter fim, pois agora atacam os navios que tentam levar ajuda ainda em águas internacionais, matam os voluntários e ainda qualificam a barbárie como "ato de defesa". Cadê os membros do Conselho de Segurança nesta hora? Cadê a defesa dos direitos humanos? Onde foram todos os defensores do direito internacional?
Brasileira a bordo de navio atacado diz que ouviu tiros durante confronto
Tropas Israelenses chegaram ao barco turco atirando, relata Iara Lee.
Ativista e cineasta está presa em Israel e deve ser deportada do país.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
01/06/2010
A brasileira Iara Lee, que estava na frota interceptada por forças israelenses a caminho da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, disse nesta terça-feira (1º) que estava no navio atacado, mas só ouviu os tiros durante a abordagem que terminou com pelo menos nove mortes.
Iara está presa na cadeia da cidade de Beersheva, no sul de Israel, a 80 km de Jerusalém. Ela está bem, não foi ferida e recebe ajuda da Embaixada do Brasil.
Segundo Eduardo Uziel, encarregado de negócios da embaixada, Iara está em boas condições e confirmou que está sendo bem tratada, apesar de não ter garantias de retorno de seus documentos e bagagens. De acordo com ele, não há previsão para sua libertação e posterior deportação.
Em entrevista por telefone ao correpondente da TV Globo Ari Peixoto, ela disse que os ativistas já esperavam alguma confrontação com tropas de Israel que queriam impedir a chegada da ajuda humanitária a Gaza, mas não quando ainda estavam em águas internacionais..
"Foi uma coisa surpreendente porque foi no meio da noite, na escuridão, em águas internacionais, porque a gente sabia que ia haver uma confrontação, mas não nas águas internacionais", disse ela.
"A primeira tática deles foi cortar todas as nossas comunicações por satélite, aí eles atacaram", contou.
Ela relatou que, na hora em que os israelenses começaram a invadir, eles mandaram todas as mulheres para a parte de baixo. "O máximo que eu presenciei foram os tiros", disse. "Eles entraram e começaram a atirar nas pessoas."
Ela contou que os soldados disseram que os ativistas eram terroristas.
Israel negou que suas tropas tenham começado a atirar e disse que o comboio não tinha fins meramente humanitários, mas levava armas para a região.
Iara não quis deixar o país voluntariamente e aguarda para ser deportada. Ela afirmou que planeja voltar ao Brasil e depois voltar aos EUA e continuar as mobilizações.
"A verdade é que a justiça não será atingida de maneira brusca e temos de continuar trabalhando", disse.
Deportação
Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardavam deportação nesta terça.
"Um total de 686 passageiros estavam a bordo dos barcos interceptados e, deste efetivo, 45 estão em vias de expulsão", afirmou à rádio militar Yossi Edelstein, alto funcionário do ministério do Interior.
"Uma parte dos detidos se recusou a apresentar identificação. Protestaram, se jogaram no chão, com uma atitude provocadora", disse. "Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv."
Entre os passageiros estão cidadãos da Malásia, Indonésia, Marrocos, Argélia, Paquistão, Kosovo, Iêmen e muitos turcos, destacou a mesma fonte. A maioria dos países citados não têm relações diplomáticas com Israel, com exceção da Turquia.
Edelstein, no entanto, não divulgou a nacionalidade ou identidade dos nove passageiros mortos no ataque.
A rádio militar informou que os passageiros eram originários de 38 países e que serão expulsos nas
próximas 72 horas, depois de interrogatórios na presença de um juiz.
A emissora completou que 480 passageiros estavam detidos em uma prisão do sul de Israel e que os demais seriam transferidos do porto de Ashdod, para onde foram levados os barcos da flotilha, para a penitenciária.
A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto.
Outros 45 passageiros, em sua maioria turcos, continuam hospitalizados, assim como sete soldados.
Entre os detidos está Katab Jatib, presidente da mais importante organização de árabes israelenses, que convocou um dia de greve e protestos em Israel.
Outro navio
Enquanto diplomatas de Israel trabalham para conter os danos, a Marinha do país informou estar pronta para interceptar outro navio que estaria tentando se aproximar na terça ou na quarta-feira do litoral da Faixa de Gaza, região palestina que sofre um bloqueio israelense por ser governada pelo grupo islâmico Hamas.
Brasileira a bordo de navio atacado diz que ouviu tiros durante confronto
Tropas Israelenses chegaram ao barco turco atirando, relata Iara Lee.
Ativista e cineasta está presa em Israel e deve ser deportada do país.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
01/06/2010
A brasileira Iara Lee, que estava na frota interceptada por forças israelenses a caminho da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, disse nesta terça-feira (1º) que estava no navio atacado, mas só ouviu os tiros durante a abordagem que terminou com pelo menos nove mortes.
Iara está presa na cadeia da cidade de Beersheva, no sul de Israel, a 80 km de Jerusalém. Ela está bem, não foi ferida e recebe ajuda da Embaixada do Brasil.
Segundo Eduardo Uziel, encarregado de negócios da embaixada, Iara está em boas condições e confirmou que está sendo bem tratada, apesar de não ter garantias de retorno de seus documentos e bagagens. De acordo com ele, não há previsão para sua libertação e posterior deportação.
Em entrevista por telefone ao correpondente da TV Globo Ari Peixoto, ela disse que os ativistas já esperavam alguma confrontação com tropas de Israel que queriam impedir a chegada da ajuda humanitária a Gaza, mas não quando ainda estavam em águas internacionais..
"Foi uma coisa surpreendente porque foi no meio da noite, na escuridão, em águas internacionais, porque a gente sabia que ia haver uma confrontação, mas não nas águas internacionais", disse ela.
"A primeira tática deles foi cortar todas as nossas comunicações por satélite, aí eles atacaram", contou.
Ela relatou que, na hora em que os israelenses começaram a invadir, eles mandaram todas as mulheres para a parte de baixo. "O máximo que eu presenciei foram os tiros", disse. "Eles entraram e começaram a atirar nas pessoas."
Ela contou que os soldados disseram que os ativistas eram terroristas.
Israel negou que suas tropas tenham começado a atirar e disse que o comboio não tinha fins meramente humanitários, mas levava armas para a região.
Iara não quis deixar o país voluntariamente e aguarda para ser deportada. Ela afirmou que planeja voltar ao Brasil e depois voltar aos EUA e continuar as mobilizações.
"A verdade é que a justiça não será atingida de maneira brusca e temos de continuar trabalhando", disse.
Deportação
Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardavam deportação nesta terça.
"Um total de 686 passageiros estavam a bordo dos barcos interceptados e, deste efetivo, 45 estão em vias de expulsão", afirmou à rádio militar Yossi Edelstein, alto funcionário do ministério do Interior.
"Uma parte dos detidos se recusou a apresentar identificação. Protestaram, se jogaram no chão, com uma atitude provocadora", disse. "Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv."
Entre os passageiros estão cidadãos da Malásia, Indonésia, Marrocos, Argélia, Paquistão, Kosovo, Iêmen e muitos turcos, destacou a mesma fonte. A maioria dos países citados não têm relações diplomáticas com Israel, com exceção da Turquia.
Edelstein, no entanto, não divulgou a nacionalidade ou identidade dos nove passageiros mortos no ataque.
A rádio militar informou que os passageiros eram originários de 38 países e que serão expulsos nas
próximas 72 horas, depois de interrogatórios na presença de um juiz.
A emissora completou que 480 passageiros estavam detidos em uma prisão do sul de Israel e que os demais seriam transferidos do porto de Ashdod, para onde foram levados os barcos da flotilha, para a penitenciária.
A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto.
Outros 45 passageiros, em sua maioria turcos, continuam hospitalizados, assim como sete soldados.
Entre os detidos está Katab Jatib, presidente da mais importante organização de árabes israelenses, que convocou um dia de greve e protestos em Israel.
Outro navio
Enquanto diplomatas de Israel trabalham para conter os danos, a Marinha do país informou estar pronta para interceptar outro navio que estaria tentando se aproximar na terça ou na quarta-feira do litoral da Faixa de Gaza, região palestina que sofre um bloqueio israelense por ser governada pelo grupo islâmico Hamas.
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