quinta-feira, 24 de junho de 2010

Burka


Existe uma diferença flagrante entre islamismo e extremismo. A burka nunca esteve prevista no Islã. É uma atitude extremada na forma de se seguir a religião islâmica. Até pouco tempo atrás, era usada apenas na Arábia Saudita e no Irã, onde o Islã passou a ser usado como forma de politicagem e controle social. O Alcorão Sagrado diz que a mulher deve cobrir os cabelos e o corpo de forma a não mostrar seus dotes, já que é uma criatura atraente por natureza, porém pode mostrar o rosto e as mãos em público. Não há nenhuma menção ao fato de cobrir o rosto e usar roupas em formato de barraca. A burka é uma invenção de mentes doentias e sujas, que usam o Islã como argumento para justificar todos os seus desmandos. Assim pensam extremistas como Osama bin Laden, mas não a ampla maioria dos muçulmanos.
Com o passar dos anos, algumas mulheres adotaram a burka, que cobre apenas o rosto e não aquela no estilo afegão dos Talebans, em alguns países do Golfo, tais como o Iêmen, Omã, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar e mais tarde, na era do Hisbollah, em algumas regiões do Líbano. Porém nunca foi obrigatória e sim uma tendência cultural.
Mas proibir a burka utilizando-se de mecanismos legais, como está sendo feito nos países da União Européia, é uma atitude tão extremada quanto à dos extremistas muçulmanos. É, no mínimo, uma ignomínia. Neste caso, o hábito das freiras deveria ser, também, questionado. Ou respeitamos todas as religiões e as opções pessoais na forma de segui-las, ou banimos todas as religiões e criamos uma nova ideologia para a humanidade. Talvez uma única ideologia: a de não respeitar credo algum. Quem sabe os europeus fiquem satisfeitos assim. Talvez sim, mas o mundo não é feito só de europeus.

Jornal do Brasil
Proibição da burka é polêmica

24/06/2010
Europa
O Senado espanhol aprovou ontem uma moção que pede ao governo a proibição nos espaços públicos do véu islâmico integral (burka ou niqab). Mas ontem também, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou uma resolução que se opõe à proibição do véu e sustenta que o lenço "poderia representar uma ameaça à dignidade e a liberdade". A resolução do relatório considera indispensável proteger as mulheres contra toda exclusão da vida pública.

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