O Jornal do Brasil publicou hoje uma notícia de que Israel decidiu derrubar 22 casas palestinas no bairro de Silwan, em Jerusalém oriental, para construir um parque arqueológico chamado "Os jardins do rei", em referência ao Rei Salomão.
Falou das críticas de Ehud Barak ao projeto, mas nem por um momento a notícia se referiu às famílias palestinas que serão expulsas de suas casas e que não terão para onde ir, quando tudo o que possuem for tomado pelos judeus.
Se eu fosse alguma leiga, também não pensaria nos palestinos e suas casas, até porque a notícia só se refere ao timing do anúncio do projeto, que considerou incoveniente, por se tratar de um momento sensível para Israel no cenário internacional.
Que estranho este conceito da mídia. A notícia de que 22 famílias terão suas casas derrubadas não abalou nem um pouco os jornalistas, mas sim o timing do anúncio do projeto israelense? É como se só o interesse de Israel é que contasse para os jornalistas e não a violação de um dos direitos humanos fundamentais.
Quando se trata dos palestinos é assim: são apenas números de criaturas à serem descartadas, mas se um passarinho é atingido do lado judeu, aí é motivo para a imprensa cair matando em cima dos palestinos, chamando-os de terroristas, mesmo que quem tenha atingido o passarinho seja um menino de 6 anos de idade, brincando de estilingue.
Quando é que a imprensa vai criar vergonha? Sim, porque o que falta aos jornalistas é vergonha na cara. E como ficam as 22 famílias palestinas? E que direito tem Israel sobre Jerusalém? E quem disse que alguém na face da terra tem o direito de tomar, à força, o que não lhe pertence? Isso é crime, visto de todos os ângulos. Mas timing é timing, fazer o que?
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