Depois de quase dizimar a população de Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, Israel quer acabar com o que restou da população palestina em Gaza por inanição forçada. Os judeus fecharam as fronteiras, proibiram a entrada de qualque tipo de alimento, medicamento, ajudas de qualquer natureza, mesmo os médicos que queriam salvar pessoas com escassos recursos. A selvageria dos judeus parece nunca ter fim, pois agora atacam os navios que tentam levar ajuda ainda em águas internacionais, matam os voluntários e ainda qualificam a barbárie como "ato de defesa". Cadê os membros do Conselho de Segurança nesta hora? Cadê a defesa dos direitos humanos? Onde foram todos os defensores do direito internacional?
Brasileira a bordo de navio atacado diz que ouviu tiros durante confronto
Tropas Israelenses chegaram ao barco turco atirando, relata Iara Lee.
Ativista e cineasta está presa em Israel e deve ser deportada do país.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
01/06/2010
A brasileira Iara Lee, que estava na frota interceptada por forças israelenses a caminho da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, disse nesta terça-feira (1º) que estava no navio atacado, mas só ouviu os tiros durante a abordagem que terminou com pelo menos nove mortes.
Iara está presa na cadeia da cidade de Beersheva, no sul de Israel, a 80 km de Jerusalém. Ela está bem, não foi ferida e recebe ajuda da Embaixada do Brasil.
Segundo Eduardo Uziel, encarregado de negócios da embaixada, Iara está em boas condições e confirmou que está sendo bem tratada, apesar de não ter garantias de retorno de seus documentos e bagagens. De acordo com ele, não há previsão para sua libertação e posterior deportação.
Em entrevista por telefone ao correpondente da TV Globo Ari Peixoto, ela disse que os ativistas já esperavam alguma confrontação com tropas de Israel que queriam impedir a chegada da ajuda humanitária a Gaza, mas não quando ainda estavam em águas internacionais..
"Foi uma coisa surpreendente porque foi no meio da noite, na escuridão, em águas internacionais, porque a gente sabia que ia haver uma confrontação, mas não nas águas internacionais", disse ela.
"A primeira tática deles foi cortar todas as nossas comunicações por satélite, aí eles atacaram", contou.
Ela relatou que, na hora em que os israelenses começaram a invadir, eles mandaram todas as mulheres para a parte de baixo. "O máximo que eu presenciei foram os tiros", disse. "Eles entraram e começaram a atirar nas pessoas."
Ela contou que os soldados disseram que os ativistas eram terroristas.
Israel negou que suas tropas tenham começado a atirar e disse que o comboio não tinha fins meramente humanitários, mas levava armas para a região.
Iara não quis deixar o país voluntariamente e aguarda para ser deportada. Ela afirmou que planeja voltar ao Brasil e depois voltar aos EUA e continuar as mobilizações.
"A verdade é que a justiça não será atingida de maneira brusca e temos de continuar trabalhando", disse.
Deportação
Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardavam deportação nesta terça.
"Um total de 686 passageiros estavam a bordo dos barcos interceptados e, deste efetivo, 45 estão em vias de expulsão", afirmou à rádio militar Yossi Edelstein, alto funcionário do ministério do Interior.
"Uma parte dos detidos se recusou a apresentar identificação. Protestaram, se jogaram no chão, com uma atitude provocadora", disse. "Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv."
Entre os passageiros estão cidadãos da Malásia, Indonésia, Marrocos, Argélia, Paquistão, Kosovo, Iêmen e muitos turcos, destacou a mesma fonte. A maioria dos países citados não têm relações diplomáticas com Israel, com exceção da Turquia.
Edelstein, no entanto, não divulgou a nacionalidade ou identidade dos nove passageiros mortos no ataque.
A rádio militar informou que os passageiros eram originários de 38 países e que serão expulsos nas
próximas 72 horas, depois de interrogatórios na presença de um juiz.
A emissora completou que 480 passageiros estavam detidos em uma prisão do sul de Israel e que os demais seriam transferidos do porto de Ashdod, para onde foram levados os barcos da flotilha, para a penitenciária.
A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto.
Outros 45 passageiros, em sua maioria turcos, continuam hospitalizados, assim como sete soldados.
Entre os detidos está Katab Jatib, presidente da mais importante organização de árabes israelenses, que convocou um dia de greve e protestos em Israel.
Outro navio
Enquanto diplomatas de Israel trabalham para conter os danos, a Marinha do país informou estar pronta para interceptar outro navio que estaria tentando se aproximar na terça ou na quarta-feira do litoral da Faixa de Gaza, região palestina que sofre um bloqueio israelense por ser governada pelo grupo islâmico Hamas.
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