Outro dia estava conversando com um amigo muito querido sobre o papel dos árabes na construção da identidade brasileira atual. Modéstia à parte, até que a nossa contribuição foi bem relevante.
Lá vem vocês pensando em quibe e esfiha! Acertei? Não é nada disso! :-)
Eu estou falando de introdução de conceitos e valores numa sociedade relativamente nova e multietnica. Os árabes trouxeram para o Brasil o conceito de comércio intercontinental e comércio de varejo, as primeiras técnicas utilizadas na indústria têxtil, os conceitos de medicina popular, o conhecimento sobre o uso de especiarias na culinária, alguns importantes valores sociais, como união familiar e edificação do ser humano, a importância da religião para a organização social e outros incontáveis conceitos e valores, até então desconhecidos ou negligenciados pela sociedade ocidental.
De um modo geral e se comparada à contribuição de portugueses, espanhóis, italianos e alemães, a contribuição dos árabes parece ínfima, mas se levarmos em consideração a relevância dos valores e conceitos acima mencionados, vemos que não foi tão pequena assim.
Tanto é que o maior centro industrial e comercial do século passado e que foi e continua sendo referencial para o Brasil todo, que é o centro de São Paulo, foi construído pelos árabes e muitos prédios e ruas prestam homenagens aos personagens mais célebres desta história.
Não estou querendo me vangloriar, nem sobrepor o papel dos árabes na história do Brasil. Só quero dizer que participamos sim da história do Brasil e que temos nosso lugar na construção da identidade social do povo brasileiro. Ainda que pequena, nossa contribuição passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros. Quem é que não segue o conceito de comércio adotado pelos nossos antepassados. Qual é o comerciante que não vende fiado para poder manter o ritmo de vendas. Só que o nome mudou de "caderninho" para carnê ou crédito.
Quem é a cozinheira que faz comida sem tempero? Antigamente, o tempero era chamado de especiaria. Quem é que fica gripado e não toma aquele cházinho que a tia recomendou? Pois é, isso é medicina popular. E o conceito de união familiar? Mesmo considerado um assunto ultrapassado entre os jovens e contraditório com o ritmo da vida moderna, quem é que não corre para os braços dos seus quando a coisa aperta? Pode ser antiquado, mas família é base e sem ela nossas conquistas não tem valor.
Quanto ao conceito de religião como meio de organização social, posso não ser cristã, mas procuro desejar ao meu próximo o que desejo para mim mesma e dar a outra face até que provem o contrário. Senão nos transformariamos numa sociedade selvagem, porque depois destes mandamentos sutís, vem outros como não roubar, não matar e não cobiçar.
É, tenho motivos de sobra para me orgulhar de ser árabe! Ainda mais uma árabe que vive no Brasil!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Bom Dia Caetano!
Vamos Comer Caetano
Adriana Calcanhotto
Composiçمo: Adriana Calcanhoto
Vamos comer Caetano
Vamos desfrutá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos começá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos devorá-lo
Degluti-lo, mastigá-lo
Vamos lamber a língua
Nós queremos bacalhau
A gente quer sardinha
O homem do pau-brasil
O homem da Paulinha
Pelado por bacantes
Num espetáculo
Banquete-ê-mo-nos
Ordem e orgia
Na super bacanal
Carne e carnaval
Pelo óbvio
Pelo incesto
Vamos comer Caetano
Pela frente
Pelo verso
Vamos comê-lo cru
Vamos comer Caetano
Vamos começá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos revelarmo-nus
Adriana Calcanhotto
Composiçمo: Adriana Calcanhoto
Vamos comer Caetano
Vamos desfrutá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos começá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos devorá-lo
Degluti-lo, mastigá-lo
Vamos lamber a língua
Nós queremos bacalhau
A gente quer sardinha
O homem do pau-brasil
O homem da Paulinha
Pelado por bacantes
Num espetáculo
Banquete-ê-mo-nos
Ordem e orgia
Na super bacanal
Carne e carnaval
Pelo óbvio
Pelo incesto
Vamos comer Caetano
Pela frente
Pelo verso
Vamos comê-lo cru
Vamos comer Caetano
Vamos começá-lo
Vamos comer Caetano
Vamos revelarmo-nus
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Esse Primeiro Mundo!!
Sempre foi assim. Se a coisa não vem de países de primeiro mundo, então não presta. Quer dizer que o nosso biocombustível não serve? Só porque foi feito no Brasil e não na Inglaterra, França ou Estados Unidos da América? Pois eu estou com o poeta e acredito que o Brasil é o país do futuro sim! O Brasil tem sol direto, terras à perder de vista, tecnologia e boa vontade! Eu acredito no combustível verde e menos poluente que os combustíveis fósseis. Sou fã incondicional do Dr. José Walter Bautista Vidal e acho que este planeta tem salvação sim, mas vai depender da autoconfiança do governo e dos próprios brasileiros em defender o biocombustível e as nossas tecnologias no cenário internacional.
Folha de S. Paulo
Assunto: OpiniãoTítulo: 1t
O etanol e o sorriso da minhoca brasileira
Data: 30/07/2009
Rogério Cezar Cerqueira Leite
TENDÊNCIAS/DEBATES
Na última Conferência Europeia de Biomassa, os vários representantes da União Europeia mostraram suas garras. Insistiram em alertar o público sobre a ameaça que os biocombustíveis (especificamente o etanol brasileiro) representam para a produção de alimentos. Interessantemente, a comunidade científica presente não se mostrava interessada nessa perspectiva, pois, entre centenas de palestras, nenhuma versava sobre o assunto. Traduzindo em miúdos, a preocupação dos próceres da UE é que a expansão da área plantada de cana-de-açúcar no Brasil invada culturas de alimentos. Como consequência, o alimento que deixasse de ser produzido aqui teria de sê-lo alhures (que Cony me perdoe, Folha, 23/7).
Ora, essa preocupação não é certamente por causa dos mais de 1 bilhão de miseráveis que estão fora da Europa, já que a fome não é consequência da falta de alimentos, mas da falta de recursos financeiros e capital social. Também é fato o quase inteiro abandono em que se encontram países africanos e outros que só recebem ajuda de qualquer espécie em momentos de crise e cuja miséria é, em grande parte, fruto de séculos da exploração que sofreram dos ditos impérios europeus. A África poderia ser um formidável produtor e exportador de alimentos. E, sob esse aspecto, a redução da oferta de alimentos devido à produção de biocombustíveis no Brasil, se por acaso viesse a ocorrer, seria antes um benefício para a humanidade.Por outro lado, se o Brasil viesse a reduzir sua exportação de soja ou de carne bovina em benefício da produção de biocombustíveis, haveria um enorme ganho para o brasileiro, não só porque, com a adição de valor à matéria-prima vegetal, criar-se-iam empregos mais bem remunerados, mas também porque geraria riqueza comparável, se não superior, à esperada com essa exploração, a desoras, do pré-sal (dessa vez Cony me mata).
Ou seja, a União Europeia prefere sacrificar o bem estar do brasileiro a reduzir o alimento para engorda de leitões que enchem suas rotundas panças no Natal (pois é para isso que serve a soja) ou a barata carne brasileira para encher as barrigas de seus cães poodles e gatos siameses. Se eu não tivesse a certeza de que os governos europeus e seus cientistas assalariados têm as melhores das intenções, eu desconfiaria de que defendem mesquinhos interesses comerciais, esquecendo-se inteiramente de que o etanol de cana-de-açúcar é o que até hoje existe de melhor para combater o aquecimento global. Simultaneamente, a campanha contra o etanol brasileiro vem usando um outro sofisma chamado mudança de uso do solo. Se é derrubada uma parcela da floresta amazônica para plantar cana-de-açúcar, o dióxido de carbono emitido, para ser compensado pelo etanol produzido para substituir o petróleo, precisaria de 500 anos.
A derrubada de toda a floresta amazônica corresponde, quanto ao conteúdo de carbono, a aproximadamente todo o petróleo já queimado pela humanidade somado ao que ainda virá a ser usado das reservas conhecidas e a serem descobertas na Terra.Eis por que desmatar é crime contra a natureza e contra a humanidade e deve ser punido implacavelmente. Esse efeito, a emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa (GEE), ocorre em qualquer que seja a mudança de uso do solo, inclusive para o cerrado. Mas esta denominação, cerrado, é extremamente imprecisa. Há cerrados com vegetação abundante e solos ricos em vida, e há cerrados que são pouco mais que um deserto. A União Europeia adotou arbitrariamente um parâmetro, 17 anos, para compensar, com a substituição da gasolina por etanol, os GEE emitidos durante a mudança de solo.
Ora, até o presente, menos que 2% da expansão da cana se fez no cerrado, e isso corresponde a menos que 0,1% do restante do cerrado atual. A expansão futura se fará muito provavelmente em pastagens e plantações abandonadas, como já vem ocorrendo, onde haverá ganhos imediatos em carbono contido até mesmo no que diz respeito à fauna e à flora do solo. Quem já pôs a mão na enxada sabe que a minhoca esperneia não de aflição, mas de felicidade, por receber um solo mais permeável e rico em nutrientes, quando plantamos algo no solo desgastado pelo pasto ou no cerrado desnudo e seco. Deixemos de lado as críticas insólitas de ecoidiotas, cientistas assalariados e lobistas pagos pelas companhias de petróleo e pelos exportadores de alimentos e façamos sorrir a minhoca brasileira com suculentas plantações de cana-de-açúcar que contribuirão para salvar o meio ambiente para nossos filhos e netos.
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE , 78, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.
Folha de S. Paulo
Assunto: OpiniãoTítulo: 1t
O etanol e o sorriso da minhoca brasileira
Data: 30/07/2009
Rogério Cezar Cerqueira Leite
TENDÊNCIAS/DEBATES
Na última Conferência Europeia de Biomassa, os vários representantes da União Europeia mostraram suas garras. Insistiram em alertar o público sobre a ameaça que os biocombustíveis (especificamente o etanol brasileiro) representam para a produção de alimentos. Interessantemente, a comunidade científica presente não se mostrava interessada nessa perspectiva, pois, entre centenas de palestras, nenhuma versava sobre o assunto. Traduzindo em miúdos, a preocupação dos próceres da UE é que a expansão da área plantada de cana-de-açúcar no Brasil invada culturas de alimentos. Como consequência, o alimento que deixasse de ser produzido aqui teria de sê-lo alhures (que Cony me perdoe, Folha, 23/7).
Ora, essa preocupação não é certamente por causa dos mais de 1 bilhão de miseráveis que estão fora da Europa, já que a fome não é consequência da falta de alimentos, mas da falta de recursos financeiros e capital social. Também é fato o quase inteiro abandono em que se encontram países africanos e outros que só recebem ajuda de qualquer espécie em momentos de crise e cuja miséria é, em grande parte, fruto de séculos da exploração que sofreram dos ditos impérios europeus. A África poderia ser um formidável produtor e exportador de alimentos. E, sob esse aspecto, a redução da oferta de alimentos devido à produção de biocombustíveis no Brasil, se por acaso viesse a ocorrer, seria antes um benefício para a humanidade.Por outro lado, se o Brasil viesse a reduzir sua exportação de soja ou de carne bovina em benefício da produção de biocombustíveis, haveria um enorme ganho para o brasileiro, não só porque, com a adição de valor à matéria-prima vegetal, criar-se-iam empregos mais bem remunerados, mas também porque geraria riqueza comparável, se não superior, à esperada com essa exploração, a desoras, do pré-sal (dessa vez Cony me mata).
Ou seja, a União Europeia prefere sacrificar o bem estar do brasileiro a reduzir o alimento para engorda de leitões que enchem suas rotundas panças no Natal (pois é para isso que serve a soja) ou a barata carne brasileira para encher as barrigas de seus cães poodles e gatos siameses. Se eu não tivesse a certeza de que os governos europeus e seus cientistas assalariados têm as melhores das intenções, eu desconfiaria de que defendem mesquinhos interesses comerciais, esquecendo-se inteiramente de que o etanol de cana-de-açúcar é o que até hoje existe de melhor para combater o aquecimento global. Simultaneamente, a campanha contra o etanol brasileiro vem usando um outro sofisma chamado mudança de uso do solo. Se é derrubada uma parcela da floresta amazônica para plantar cana-de-açúcar, o dióxido de carbono emitido, para ser compensado pelo etanol produzido para substituir o petróleo, precisaria de 500 anos.
A derrubada de toda a floresta amazônica corresponde, quanto ao conteúdo de carbono, a aproximadamente todo o petróleo já queimado pela humanidade somado ao que ainda virá a ser usado das reservas conhecidas e a serem descobertas na Terra.Eis por que desmatar é crime contra a natureza e contra a humanidade e deve ser punido implacavelmente. Esse efeito, a emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa (GEE), ocorre em qualquer que seja a mudança de uso do solo, inclusive para o cerrado. Mas esta denominação, cerrado, é extremamente imprecisa. Há cerrados com vegetação abundante e solos ricos em vida, e há cerrados que são pouco mais que um deserto. A União Europeia adotou arbitrariamente um parâmetro, 17 anos, para compensar, com a substituição da gasolina por etanol, os GEE emitidos durante a mudança de solo.
Ora, até o presente, menos que 2% da expansão da cana se fez no cerrado, e isso corresponde a menos que 0,1% do restante do cerrado atual. A expansão futura se fará muito provavelmente em pastagens e plantações abandonadas, como já vem ocorrendo, onde haverá ganhos imediatos em carbono contido até mesmo no que diz respeito à fauna e à flora do solo. Quem já pôs a mão na enxada sabe que a minhoca esperneia não de aflição, mas de felicidade, por receber um solo mais permeável e rico em nutrientes, quando plantamos algo no solo desgastado pelo pasto ou no cerrado desnudo e seco. Deixemos de lado as críticas insólitas de ecoidiotas, cientistas assalariados e lobistas pagos pelas companhias de petróleo e pelos exportadores de alimentos e façamos sorrir a minhoca brasileira com suculentas plantações de cana-de-açúcar que contribuirão para salvar o meio ambiente para nossos filhos e netos.
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE , 78, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Outra Pergunta
A sensação que tive quando ví Avigdor Lieberman, Ministro das Relações Exteriores de Israel, entrando no Palácio do Itamaraty em Brasília é a mesma que se tem quando a gente vê um elefante ameaçando entrar numa loja de cristais.
Minha pergunta é: Como é que os judeus permitem que um troglodita como aquele os represente no mundo todo? E os judeus ortodoxos que são contra o sionismo e contra a invasão dos judeus do mundo todo nas terras palestinas?
E por falar no troglodita, o cara é um russo que trabalhou como leão de chácara numa boate de quinta, antes de se inscrever no programa de assentamento de judeus para superpopular a Palestina, que eles insistem em chamar de Israel. Ou seja, o cara é um judeu russo que ajudou a invadir a Palestina e agora se acha o dono do pedaço. Que direito um russo tem sobre a Palestina? De onde saiu aquilo? Os verdadeiros judeus palestinos devem estar morrendo de vergonha!
Minha pergunta é: Como é que os judeus permitem que um troglodita como aquele os represente no mundo todo? E os judeus ortodoxos que são contra o sionismo e contra a invasão dos judeus do mundo todo nas terras palestinas?
E por falar no troglodita, o cara é um russo que trabalhou como leão de chácara numa boate de quinta, antes de se inscrever no programa de assentamento de judeus para superpopular a Palestina, que eles insistem em chamar de Israel. Ou seja, o cara é um judeu russo que ajudou a invadir a Palestina e agora se acha o dono do pedaço. Que direito um russo tem sobre a Palestina? De onde saiu aquilo? Os verdadeiros judeus palestinos devem estar morrendo de vergonha!
Comida
Sempre que falo sobre costumes palestinos, acabo debandando para o lado da comida. Parece que os palestinos só pensam em comida, né?
Não posso dizer que "só" pensam em comida, mas que ela ocupa boa parte do tempo dos palestinos, isto é inegável. Mas não é por gula. O sentido da comida para os palestinos é bem outro. Tem à ver com o sentido da família, da união, da confraternização, do calor humano, de momentos deliciosos ao lado das pessoas que amamos.
Tanto na minha família, quanto em todas as famílias que conheço, o ritual é o mesmo desde sempre. Os integrantes da família começam a planejar a refeição principal do dia desde cedo. Logo no café da manhã, cada um começa à dizer o que está com vontade de comer. Aí começam as discussões, disputas e brigas, obvio, sobre o prato principal.
Eu tenho um tio que era o mimado da família e ele sempre impunha as vontades dele aos outros. Até que ele tinha bom gosto, mas às vezes insistia em comer mlukhieh duas vezes por semana. Uma vez até que vai e é uma delícia, mas mlukhieh é como uma feijoada, não dá pra ficar repetindo. Enjoa!
Nas casas palestinas, alguns pratos são meio obrigatórios, tipo a makloube, que é uma galinhada feita com beringela ou couve flor ou batata, depende da estação. Depois da makloube e da mlukhieh, vem o kafta, o dawali (charutinhos de folha de uva), o malfuf (charutos de repolho), a abobrinha e a beringela recheadas, a mjadara (arroz com lentilhas) e os ensopados de feijão branco, vagem, batata, quiabo, grão de bico e outras verduras da estação. Como a carne é escassa, usam-se pedaços pequenos só para dar aquele gostinho. Duas vezes por ano, fazemos o maftul, que é uma espécie de cuzcuz que vem acompanhado de ensopado de grão de bico e frango cozido. Uma delícia, mas dá um trabalhão danado. Também comemos karshat uma vez por ano, depois do Eid Al Adha (dia do sacrifício), quando abatemos carneiros para distribuir a carne aos pobres. O que se usa para fazer o karshat são as tripas do carneiro, mas não fiquem com nojo, porque elas ficam tres dias de molho no limão e no tempero, depois de muito muito bem lavadas. É bom! Minha mãe recheava com arroz, carne moída, ervas e colocava um temperinho tão gostoso! Show de bola!
Se a família for mais abastada, ela abate um carneiro só para fazer o mansaf. Este prato é feito com pedaços grandes de carne de carneiro cozidos no jamid (leite de cabra petrificado) e depois misturado com arroz e pinhole frita. Perfeito para acabar com a dieta. No dia em que se faz mansaf, os palestinos convidam os parentes, os vizinhos e quem estiver passando pela rua (brincadeirinha)! Mas não tem graça nenhuma, se tiver pouca gente para comer.
E os doces? Estes são um verdadeiro ritual. O mais fácil deles leva cerca de 4 horas para ficar pronto. O que eu mais gosto é o maamul, mas este leva dois dias de trabalho e precisa de muitas mãos. Só para a massa ficar semi-pronta, precisa descansar 12 horas. Depois é misturada novamente, prepara-se um recheio de tâmaras e outro de castanhas. As fôrmas são de madeira e para desinformar o maamul, tem que bater bem forte na mesa. Haja braço! Mas o resultado é um docinho dos deuses! Minha boca está ficando cheia d´água!
Enfim, é isso que eu quero dizer: para se fazer uma comida palestina, precisamos mobilizar a família toda. Cada um participa de alguma forma e o resultado é uma família unida em torno de uma mesa farta, bonita, colorida e apetitosa.
Vai ver que os israelenses já perceberam isso e por este motivo privam os palestinos até do alimento, como forma de dispersa-los. Mas não adianta, porque nós temos raízes e elas estão bem fincadas na Palestina. Mesmo tentando nos vencer pelo cansaço, pela fome e pela privação, eles não conseguem vencer nossos corações e nossas almas. Estas são livres, fortes e bem nutridos pelo nosso sangue guerreiro!
Não posso dizer que "só" pensam em comida, mas que ela ocupa boa parte do tempo dos palestinos, isto é inegável. Mas não é por gula. O sentido da comida para os palestinos é bem outro. Tem à ver com o sentido da família, da união, da confraternização, do calor humano, de momentos deliciosos ao lado das pessoas que amamos.
Tanto na minha família, quanto em todas as famílias que conheço, o ritual é o mesmo desde sempre. Os integrantes da família começam a planejar a refeição principal do dia desde cedo. Logo no café da manhã, cada um começa à dizer o que está com vontade de comer. Aí começam as discussões, disputas e brigas, obvio, sobre o prato principal.
Eu tenho um tio que era o mimado da família e ele sempre impunha as vontades dele aos outros. Até que ele tinha bom gosto, mas às vezes insistia em comer mlukhieh duas vezes por semana. Uma vez até que vai e é uma delícia, mas mlukhieh é como uma feijoada, não dá pra ficar repetindo. Enjoa!
Nas casas palestinas, alguns pratos são meio obrigatórios, tipo a makloube, que é uma galinhada feita com beringela ou couve flor ou batata, depende da estação. Depois da makloube e da mlukhieh, vem o kafta, o dawali (charutinhos de folha de uva), o malfuf (charutos de repolho), a abobrinha e a beringela recheadas, a mjadara (arroz com lentilhas) e os ensopados de feijão branco, vagem, batata, quiabo, grão de bico e outras verduras da estação. Como a carne é escassa, usam-se pedaços pequenos só para dar aquele gostinho. Duas vezes por ano, fazemos o maftul, que é uma espécie de cuzcuz que vem acompanhado de ensopado de grão de bico e frango cozido. Uma delícia, mas dá um trabalhão danado. Também comemos karshat uma vez por ano, depois do Eid Al Adha (dia do sacrifício), quando abatemos carneiros para distribuir a carne aos pobres. O que se usa para fazer o karshat são as tripas do carneiro, mas não fiquem com nojo, porque elas ficam tres dias de molho no limão e no tempero, depois de muito muito bem lavadas. É bom! Minha mãe recheava com arroz, carne moída, ervas e colocava um temperinho tão gostoso! Show de bola!
Se a família for mais abastada, ela abate um carneiro só para fazer o mansaf. Este prato é feito com pedaços grandes de carne de carneiro cozidos no jamid (leite de cabra petrificado) e depois misturado com arroz e pinhole frita. Perfeito para acabar com a dieta. No dia em que se faz mansaf, os palestinos convidam os parentes, os vizinhos e quem estiver passando pela rua (brincadeirinha)! Mas não tem graça nenhuma, se tiver pouca gente para comer.
E os doces? Estes são um verdadeiro ritual. O mais fácil deles leva cerca de 4 horas para ficar pronto. O que eu mais gosto é o maamul, mas este leva dois dias de trabalho e precisa de muitas mãos. Só para a massa ficar semi-pronta, precisa descansar 12 horas. Depois é misturada novamente, prepara-se um recheio de tâmaras e outro de castanhas. As fôrmas são de madeira e para desinformar o maamul, tem que bater bem forte na mesa. Haja braço! Mas o resultado é um docinho dos deuses! Minha boca está ficando cheia d´água!
Enfim, é isso que eu quero dizer: para se fazer uma comida palestina, precisamos mobilizar a família toda. Cada um participa de alguma forma e o resultado é uma família unida em torno de uma mesa farta, bonita, colorida e apetitosa.
Vai ver que os israelenses já perceberam isso e por este motivo privam os palestinos até do alimento, como forma de dispersa-los. Mas não adianta, porque nós temos raízes e elas estão bem fincadas na Palestina. Mesmo tentando nos vencer pelo cansaço, pela fome e pela privação, eles não conseguem vencer nossos corações e nossas almas. Estas são livres, fortes e bem nutridos pelo nosso sangue guerreiro!
Boa!
Recomendo a leitura da coluna de Lya Luft, publicada na revista Veja desta semana, edição 2123 de 29 de julho de 2009, sob o título: "Crime e Castigo", onde a escritora fala sobre educação, sociedade, leis e instituições caducas. Vale à pena conferir.
Ganância
Santa ignorância! Acabei de ouvir uma bobagem sem tamanho de um árabe sobre Hamas e OLP. Ele apóia o Hamas só porque faz oposição à OLP.
Já não basta que os israelenses tomaram quase todas as nossas terras e deixaram dois pedaços mixurucas para os palestinos chamarem de terras ocupadas, agora para piorar a situação, dividiram o poder na Faixa de Gaza e Cisjordânia. A primeira está sob o poder do Hamas e a segunda sob o poder da Autoridade Palestina, ou em outras palavras, da OLP (Organização para a Libertação Palestina).
Agora só falta a Frente Popular para a Libertação da Palestina de George Habash e a Irmandade Muçulmana exigirem suas fatias do poder. E o povo palestino que se dane!
Deus, por favor, proteja meu pobre povo. Já não bastam tantas atrocidades por parte de Israel, agora esta divisão de poder? Ninguém merece!
Já não basta que os israelenses tomaram quase todas as nossas terras e deixaram dois pedaços mixurucas para os palestinos chamarem de terras ocupadas, agora para piorar a situação, dividiram o poder na Faixa de Gaza e Cisjordânia. A primeira está sob o poder do Hamas e a segunda sob o poder da Autoridade Palestina, ou em outras palavras, da OLP (Organização para a Libertação Palestina).
Agora só falta a Frente Popular para a Libertação da Palestina de George Habash e a Irmandade Muçulmana exigirem suas fatias do poder. E o povo palestino que se dane!
Deus, por favor, proteja meu pobre povo. Já não bastam tantas atrocidades por parte de Israel, agora esta divisão de poder? Ninguém merece!
Um novo Talibã?
Ainda não consegui avaliar o tamanho do exagero desta notícia, mas se for verdade, temo pelo povo palestino por mais este sofrimento.
O Estado de S. Paulo
Assunto: InternacionalTítulo: 2c Hamas tenta impor rigor islâmico ao povo de GazaData: 29/07/2009Crédito: Diaa Hadid, AP, Cidade de Gaza
Diaa Hadid, AP, Cidade de Gaza
Novas regras restringem o cotidiano dos moradoresA polícia deu ordens para que os vendedores de uma loja ocultassem os manequins exibidos na vitrine com pouca roupa. Um juiz determinou que as advogadas usassem o véu islâmico nas salas de audiência. Na praia, patrulhas dispersaram grupos de pessoas e ordenaram que os homens colocassem camisa. Tudo isto faz parte de uma nova campanha do Hamas para os moradores de Gaza seguirem um estilo de vida rigorosamente muçulmano.As novas medidas mostram que o Hamas, depois de consolidar seu domínio sobre Gaza, sente-se agora com força para estender sua ideologia para a vida particular do cidadão. O grupo diz que a adesão à "campanha de virtude" é voluntária e apenas responde a uma preferência dos cidadãos pelos hábitos conservadores. As regras, porém, são vagas e há notícias de que supostos infratores foram espancados e professores foram intimados a pressionar as meninas a usar o véu islâmico. A campanha é um retrato da diferença entre Cisjordânia e Gaza - duas partes do território palestino. Enquanto o Hamas impõe suas normas de conduta, Gaza continua pobre por causa do embargo internacional. Já a Cisjordânia desfruta de uma retomada econômica em razão da ajuda externa."Eles querem islamizar Gaza", disse Khalil Abu Shamala, ativista de direitos humanos. A "campanha da virtude" é difundida pelo Ministério de Assuntos Religiosos, que elaborou uma lista do que "pode" e do que "não pode" ser feito. A campanha também promove a separação de sexos em festas de casamento e pede que os adolescentes evitem música pop com letras muito sugestivas. Para Hamdi Shakour, outro ativista de direitos humanos, a culpa é do bloqueio imposto por Israel e Egito depois que o Hamas expulsou o Fatah de Gaza. Shakour diz que o isolamento trouxe o "extremismo e ideias sombrias". A polícia fiscaliza o cumprimento das restrições. Segundo os lojistas, os policiais arrancam as etiquetas dos pacotes de meias e sutiãs que trazem fotos de mulheres com roupas íntimas. Alguns comerciantes foram obrigados a remover as cabeças dos manequins para não violar a proibição islâmica de copiar a forma humana.
O Estado de S. Paulo
Assunto: InternacionalTítulo: 2c Hamas tenta impor rigor islâmico ao povo de GazaData: 29/07/2009Crédito: Diaa Hadid, AP, Cidade de Gaza
Diaa Hadid, AP, Cidade de Gaza
Novas regras restringem o cotidiano dos moradoresA polícia deu ordens para que os vendedores de uma loja ocultassem os manequins exibidos na vitrine com pouca roupa. Um juiz determinou que as advogadas usassem o véu islâmico nas salas de audiência. Na praia, patrulhas dispersaram grupos de pessoas e ordenaram que os homens colocassem camisa. Tudo isto faz parte de uma nova campanha do Hamas para os moradores de Gaza seguirem um estilo de vida rigorosamente muçulmano.As novas medidas mostram que o Hamas, depois de consolidar seu domínio sobre Gaza, sente-se agora com força para estender sua ideologia para a vida particular do cidadão. O grupo diz que a adesão à "campanha de virtude" é voluntária e apenas responde a uma preferência dos cidadãos pelos hábitos conservadores. As regras, porém, são vagas e há notícias de que supostos infratores foram espancados e professores foram intimados a pressionar as meninas a usar o véu islâmico. A campanha é um retrato da diferença entre Cisjordânia e Gaza - duas partes do território palestino. Enquanto o Hamas impõe suas normas de conduta, Gaza continua pobre por causa do embargo internacional. Já a Cisjordânia desfruta de uma retomada econômica em razão da ajuda externa."Eles querem islamizar Gaza", disse Khalil Abu Shamala, ativista de direitos humanos. A "campanha da virtude" é difundida pelo Ministério de Assuntos Religiosos, que elaborou uma lista do que "pode" e do que "não pode" ser feito. A campanha também promove a separação de sexos em festas de casamento e pede que os adolescentes evitem música pop com letras muito sugestivas. Para Hamdi Shakour, outro ativista de direitos humanos, a culpa é do bloqueio imposto por Israel e Egito depois que o Hamas expulsou o Fatah de Gaza. Shakour diz que o isolamento trouxe o "extremismo e ideias sombrias". A polícia fiscaliza o cumprimento das restrições. Segundo os lojistas, os policiais arrancam as etiquetas dos pacotes de meias e sutiãs que trazem fotos de mulheres com roupas íntimas. Alguns comerciantes foram obrigados a remover as cabeças dos manequins para não violar a proibição islâmica de copiar a forma humana.
Papo pra boi dormir
Reuters, AFP e Associated Press, Jerusalém
George Mitchell cobra fim de construções em assentamentos.
O premiê israelense, Binyamin Bibi Netanyahu, e o enviado do governo americano para o Oriente Médio, George Mitchell, anunciaram ontem, após reunião em Jerusalém, terem obtido progresso rumo a um acordo sobre a construção de assentamentos judaicos em terras ocupadas por Israel na Cisjordânia. Os dois, entretanto, não revelaram o teor do suposto progresso.
George Mitchell cobra fim de construções em assentamentos.
O premiê israelense, Binyamin Bibi Netanyahu, e o enviado do governo americano para o Oriente Médio, George Mitchell, anunciaram ontem, após reunião em Jerusalém, terem obtido progresso rumo a um acordo sobre a construção de assentamentos judaicos em terras ocupadas por Israel na Cisjordânia. Os dois, entretanto, não revelaram o teor do suposto progresso.
Eu não disse? Querem se meter em tudo!
Folha de S. Paulo
Assunto: Ilustrada/ColunaTítulo: 1a lado a Lado/colunaData: 29/07/2009Crédito: Monica Bergamo
Monica Bergamo As autoridades de Israel e representantes de judeus brasileiros estão "preocupados" com o anúncio de que Corinthians e Flamengo vão jogar na Palestina, em setembro, num evento apoiado pelo governo brasileiro. "Conversamos com o presidente Lula. Esta manifestação, embora positiva, está sendo conduzida de forma errônea. O jogo será em Ramallah (Cisjordânia), sem a garantia de que israelenses poderão ver a partida em segurança", afirma Claudio Lottenberg, da Confederação Israelita do Brasil.PODE DEIXAR Lula prometeu falar com o Itamaraty, que está ajudando a organizar a partida.VERSÕESLuis Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, diz que está em estudo a possibilidade de realização de um jogo também em Israel, "mais para a frente". Afirma que há negociações para que os jogadores viajem à Palestina em avião da companhia israelense El Al, desembarcando em Tel Aviv e visitando o Museu do Holocausto na véspera da partida. "Não será um jogo de apoio aos palestinos, e sim à paz", diz ele. Já Pedro Trengrouse, assessor do Flamengo, diz que o jogo será "um presente do governo brasileiro ao povo da Palestina e uma manifestação de apoio à criação do Estado deles".
Assunto: Ilustrada/ColunaTítulo: 1a lado a Lado/colunaData: 29/07/2009Crédito: Monica Bergamo
Monica Bergamo As autoridades de Israel e representantes de judeus brasileiros estão "preocupados" com o anúncio de que Corinthians e Flamengo vão jogar na Palestina, em setembro, num evento apoiado pelo governo brasileiro. "Conversamos com o presidente Lula. Esta manifestação, embora positiva, está sendo conduzida de forma errônea. O jogo será em Ramallah (Cisjordânia), sem a garantia de que israelenses poderão ver a partida em segurança", afirma Claudio Lottenberg, da Confederação Israelita do Brasil.PODE DEIXAR Lula prometeu falar com o Itamaraty, que está ajudando a organizar a partida.VERSÕESLuis Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, diz que está em estudo a possibilidade de realização de um jogo também em Israel, "mais para a frente". Afirma que há negociações para que os jogadores viajem à Palestina em avião da companhia israelense El Al, desembarcando em Tel Aviv e visitando o Museu do Holocausto na véspera da partida. "Não será um jogo de apoio aos palestinos, e sim à paz", diz ele. Já Pedro Trengrouse, assessor do Flamengo, diz que o jogo será "um presente do governo brasileiro ao povo da Palestina e uma manifestação de apoio à criação do Estado deles".
Perguntas
Por que Israel pode ter armas nucleares e os outros países do Oriente Médio não, à exemplo do Irã?
Por que Israel pode ter armas biológicas e químicas e os outros países da vizinhança não?
Por que Israel pode ter armas de destruição em massa e os árabes não?
Por que Israel pode matar sem ser chamada de terrorista e os outros países não?
Alguém pode me responder?
Por que Israel pode ter armas biológicas e químicas e os outros países da vizinhança não?
Por que Israel pode ter armas de destruição em massa e os árabes não?
Por que Israel pode matar sem ser chamada de terrorista e os outros países não?
Alguém pode me responder?
terça-feira, 28 de julho de 2009
INTUIÇÃO
Acabei de ouvir uma música do Vinícius Cantuária, "Só Você", mais conhecida pelas pessoas na voz do Fábio Junior (ecaaaa!!!), que diz assim: "Demorei muito pra te encontrar, agora eu quero só você, seu jeito todo especial de ser, eu fico louco com você".
Pôxa, eu ouvi estas palavras algumas vezes. Me foram ditas por pessoas pra lá de especiais. Também já as disse, no auge das minhas paixões e loucuras, mas agora vejo que eu as disse naquele estado febril de paixão e não na serenidade do amor.
Se já amei de verdade? Claro que sim! Claro que foi amor verdadeiro! Pelo menos da minha parte foi! Oras, como vou saber se do outro lado também foi? Eu nunca vou saber! Mas algumas vezes pude sentir. Nestas poucas vezes não existiram palavras, nem olhares, nem gestos. Apenas estávamos lá e sentimos. Foram poucas vezes, é verdade, mas ficou aquele gostinho de "estou amando, que lindo".
Que pena que o tempo passa e só ficam as memórias. Por mim, eternizaria aqueles instantes. Mas se eternizasse, não viveria o momento seguinte. Como Deus é sábio! A gente quer parar o tempo no momento conveniente ao nosso universo. Como somos pequenos!
Mas voltando à paixão e ao amor, sabe quando você sente que ele está para chegar de novo? É assim que estou me sentindo hoje. Algo me diz que o "love is in the air" e o pior é que eu nem sei porque. Não recebi nenhum torpedo, mensagem, e-mail, comentário, like ou dislike no meu Facebook ou Twitter, não recebi flores com aquele cartãozinho minúsculo escrito nele: "Quero te ver", nem telefonema, muito menos uma insinuação. Nadinha! Mesmo assim, sem nenhum sinal eminente, minha intuição está querendo me dizer algo. E essa minha intuição é coisa de bruxa, quando dá estes sinais, pode esperar que vem chumbo grosso por aí, ou fogo e pulso acelerado! Será que vai ser no caixa do supermercado? Ou na padaria? Só vou nestes dois lugares hoje!
Ah, já sei, no sinal de trânsito! Não, pouco provável! Não dá tempo! Que saco, não dá para prever, mas pelo menos dá tempo de passar um batom antes de sair. Não vou vacilar, né?!!
Pôxa, eu ouvi estas palavras algumas vezes. Me foram ditas por pessoas pra lá de especiais. Também já as disse, no auge das minhas paixões e loucuras, mas agora vejo que eu as disse naquele estado febril de paixão e não na serenidade do amor.
Se já amei de verdade? Claro que sim! Claro que foi amor verdadeiro! Pelo menos da minha parte foi! Oras, como vou saber se do outro lado também foi? Eu nunca vou saber! Mas algumas vezes pude sentir. Nestas poucas vezes não existiram palavras, nem olhares, nem gestos. Apenas estávamos lá e sentimos. Foram poucas vezes, é verdade, mas ficou aquele gostinho de "estou amando, que lindo".
Que pena que o tempo passa e só ficam as memórias. Por mim, eternizaria aqueles instantes. Mas se eternizasse, não viveria o momento seguinte. Como Deus é sábio! A gente quer parar o tempo no momento conveniente ao nosso universo. Como somos pequenos!
Mas voltando à paixão e ao amor, sabe quando você sente que ele está para chegar de novo? É assim que estou me sentindo hoje. Algo me diz que o "love is in the air" e o pior é que eu nem sei porque. Não recebi nenhum torpedo, mensagem, e-mail, comentário, like ou dislike no meu Facebook ou Twitter, não recebi flores com aquele cartãozinho minúsculo escrito nele: "Quero te ver", nem telefonema, muito menos uma insinuação. Nadinha! Mesmo assim, sem nenhum sinal eminente, minha intuição está querendo me dizer algo. E essa minha intuição é coisa de bruxa, quando dá estes sinais, pode esperar que vem chumbo grosso por aí, ou fogo e pulso acelerado! Será que vai ser no caixa do supermercado? Ou na padaria? Só vou nestes dois lugares hoje!
Ah, já sei, no sinal de trânsito! Não, pouco provável! Não dá tempo! Que saco, não dá para prever, mas pelo menos dá tempo de passar um batom antes de sair. Não vou vacilar, né?!!
Eles se metem em tudo!
O Globo
Coluna Ancelmo Góes
28/07/2009
Dupla Ro-Ro II
Alguns amigos judeus de Ronaldo passaram o dia ontem no telefone com o craque, num revezamento de pedidos para não atuar nesse filme iraniano em que viverá ele mesmo. Alegam que fortaleceria o governo do Irã inimigo de Israel.
Coluna Ancelmo Góes
28/07/2009
Dupla Ro-Ro II
Alguns amigos judeus de Ronaldo passaram o dia ontem no telefone com o craque, num revezamento de pedidos para não atuar nesse filme iraniano em que viverá ele mesmo. Alegam que fortaleceria o governo do Irã inimigo de Israel.
Que Novidade!
Folha de S. Paulo
Assunto: Mundo/entrevistaTítulo: 1f Restrições de Israel travam reconstrução de Gaza, afirma ONU /entrevistaData: 28/07/2009Crédito: Raphael Gomide, da Sucursal do Rio
Raphael Gomide, da Sucursal do RioSeis meses após o fim da ofensiva militar israelense na faixa de Gaza, que deixou mais de 1.400 mortos, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) não consegue usar os US$ 151 milhões recebidos para a reconstrução, pois Israel não permite a entrada de dinheiro no território palestino. Quem faz a afirmação, em entrevista à Folha, é a comissária-geral da UNRWA, Karen Koning AbuZayd, no Rio para o Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio. Americana, ela vive em Gaza desde 2000. FOLHA - Que mudanças ocorreram depois do conflito? KAREN KONING ABUZAYD - Não tem havido muita mudança. Todos estão esperando material para reconstruir suas casas. Temos muitas doações, e fazemos o máximo para os países árabes nos darem dinheiro para além do projeto principal de reconstrução: para a criação de empregos, alimentação nas escolas. Tentamos contornar o problema, que é não termos dinheiro em espécie. Os israelenses pararam a atividade bancária. Então, mesmo que se tenha dinheiro, não se pode gastá-lo. FOLHA - A sra. considera que o conflito possa ter sido bom para o governo israelense de algum modo? ABUZAYD - Certamente não a longo prazo. Não acho que tenha sido uma guerra que eles quisessem e da qual sintam orgulho. Estão muito preocupados com esses relatórios da ONU sobre os nove prédios [da UNRWA atingidos no conflito], especialmente o depósito com toda a comida e os remédios. É muito dinheiro, e os israelenses disseram que vão pagar. FOLHA - Quanto vocês já receberam para a reconstrução e o que está sendo feito? ABUZAYD - Não estamos fazendo nada. Os recursos estão lá, US$ 151 milhões. Estamos fazendo programas de criação de empregos ou coisas que não requeiram material. Poderíamos pôr mais gente, se pudéssemos trazer cimento, mas só entram remédios e comida. FOLHA - Como é o relacionamento da UNRWA com o Hamas? ABUZAYD - Não podemos tratar com eles, somos parte da ONU. Nosso chefe de segurança se encontra com eles. E desde que eles assumiram, estamos muito mais seguros. Sabem que ajudamos o lugar a funcionar. FOLHA - Como a nova posição dos EUA em relação a Israel pode ajudar na solução da situação? ABUZAYD - Usei a palavra "equilíbrio", porque, se os americanos não forem equilibrados, não há chance. Isso dá a chance de os dois grupos se encontrarem quando acabar a resistência dos israelenses a fazer o que os americanos estão dizendo. FOLHA - Quem convenceu mais a opinião pública internacional durante o conflito? ABUZAYD - As histórias que vieram de dentro de Gaza mostraram o que estava acontecendo. Foi como Davi e Golias, essas pessoas não tinham como se defender.
Assunto: Mundo/entrevistaTítulo: 1f Restrições de Israel travam reconstrução de Gaza, afirma ONU /entrevistaData: 28/07/2009Crédito: Raphael Gomide, da Sucursal do Rio
Raphael Gomide, da Sucursal do RioSeis meses após o fim da ofensiva militar israelense na faixa de Gaza, que deixou mais de 1.400 mortos, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) não consegue usar os US$ 151 milhões recebidos para a reconstrução, pois Israel não permite a entrada de dinheiro no território palestino. Quem faz a afirmação, em entrevista à Folha, é a comissária-geral da UNRWA, Karen Koning AbuZayd, no Rio para o Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio. Americana, ela vive em Gaza desde 2000. FOLHA - Que mudanças ocorreram depois do conflito? KAREN KONING ABUZAYD - Não tem havido muita mudança. Todos estão esperando material para reconstruir suas casas. Temos muitas doações, e fazemos o máximo para os países árabes nos darem dinheiro para além do projeto principal de reconstrução: para a criação de empregos, alimentação nas escolas. Tentamos contornar o problema, que é não termos dinheiro em espécie. Os israelenses pararam a atividade bancária. Então, mesmo que se tenha dinheiro, não se pode gastá-lo. FOLHA - A sra. considera que o conflito possa ter sido bom para o governo israelense de algum modo? ABUZAYD - Certamente não a longo prazo. Não acho que tenha sido uma guerra que eles quisessem e da qual sintam orgulho. Estão muito preocupados com esses relatórios da ONU sobre os nove prédios [da UNRWA atingidos no conflito], especialmente o depósito com toda a comida e os remédios. É muito dinheiro, e os israelenses disseram que vão pagar. FOLHA - Quanto vocês já receberam para a reconstrução e o que está sendo feito? ABUZAYD - Não estamos fazendo nada. Os recursos estão lá, US$ 151 milhões. Estamos fazendo programas de criação de empregos ou coisas que não requeiram material. Poderíamos pôr mais gente, se pudéssemos trazer cimento, mas só entram remédios e comida. FOLHA - Como é o relacionamento da UNRWA com o Hamas? ABUZAYD - Não podemos tratar com eles, somos parte da ONU. Nosso chefe de segurança se encontra com eles. E desde que eles assumiram, estamos muito mais seguros. Sabem que ajudamos o lugar a funcionar. FOLHA - Como a nova posição dos EUA em relação a Israel pode ajudar na solução da situação? ABUZAYD - Usei a palavra "equilíbrio", porque, se os americanos não forem equilibrados, não há chance. Isso dá a chance de os dois grupos se encontrarem quando acabar a resistência dos israelenses a fazer o que os americanos estão dizendo. FOLHA - Quem convenceu mais a opinião pública internacional durante o conflito? ABUZAYD - As histórias que vieram de dentro de Gaza mostraram o que estava acontecendo. Foi como Davi e Golias, essas pessoas não tinham como se defender.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Influência dos Árabes no Brasil
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Assunto: ServiçosTítulo: 1d Influência árabe em debate no BrasilData: 27/07/2009Crédito: Geovana Pagel
Geovana Pagel Religião, arquitetura e economia foram abordadas no dossiê Árabes no Brasil, publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, que fará um debate sobre o tema na próxima terça-feira, no Rio.São Paulo - Dos números decimais aos instrumentos musicais que descendem do alaúde, a influência árabe é analisada na religião, arquitetura e economia pelo dossiê Árabes no Brasil, da Revista de História da Biblioteca Nacional, já nas bancas. Além disso, por meio do projeto Biblioteca Fazendo História, a publicação promove o debate Árabes no Brasil, na próxima terça-feira, às 16 horas, no Auditório Machado de Assis da Fundaçāo Biblioteca Nacional.O evento terá como palestrantes o antropólogo Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto, que é coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Oriente Médio (Neom) na Universidade Federal Fluminense, e o historiador Maurício Parada, que é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O historiador irá contextualizar a chegada dos imigrantes árabes ao país, sobretudo nos anos 30 e 40. De acordo com o artigo do historiador, a influência da cultura árabe chegou primeiro ao Brasil com os colonizadores portugueses, que por oito séculos foram dominados pelos mouros, impregnando costumes e até a língua na Península Ibérica. Além disso, Parada abordará os problemas ligados ao mundo árabe da época e os atuais.Já o antropólogo, que colaborou com a revista com o artigo Toda Forma de Fé, vai explicar os reflexos na espiritualidade dos brasileiros pela convivência com a diversidade religiosa dos imigrantes árabes que desembarcaram no país, principalmente no fim do século 19 e começo do século 20. “Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, existe um pluralismo religioso muito grande entre os imigrantes árabes”, afirma Pinto.O pesquisador apresenta dados da imigração entre 1908 e 1941, os quais revelam que 65% dos sírios-libaneses que chegaram pelo Porto dos Santos eram maronitas, melquitas e católicos romanos, 20% eram cristãos ortodoxos e 15% muçulmanos. “A diversidade religiosa é imensa. Havia ainda os imigrantes judeus de fala e cultura árabes e os ateus”, destaca. “O resultado desse contato com a pluralidade é sentido ainda hoje, com o crescimento do número de brasileiros não árabes convertidos ao islamismo, o uso do português nos sermões e a crescente oferta de cursos de idiomas árabes”, afirma Pinto, que realizou sua pesquisa de doutorado sobre o Islã na Síria contemporânea, desde 2003 estuda a comunidade muçulmana no Brasil e está trabalhando no projeto de um livro sobre a imigração árabe no Rio de Janeiro. “Já está em fase de redação e é bem provável que seja publicado até o final do ano”, diz.O debate, que terá mediação do pesquisador Marcello Scarrone, é gratuito e aberto ao público em geral. A capacidade do auditório é de 150 lugares.A revistaA Revista de História da Biblioteca Nacional oferece informação qualificada em artigos e matérias produzidos pelos mais importantes historiadores brasileiros. Única em seu segmento editorial especializada em História do Brasil, a revista é distribuída mensalmente nas bancas de todo o país e pode ser assinada. O conteúdo integral de todas as edições também pode ser acessado no endereço http://www.revistadehistoria.com.br.
Assunto: ServiçosTítulo: 1d Influência árabe em debate no BrasilData: 27/07/2009Crédito: Geovana Pagel
Geovana Pagel Religião, arquitetura e economia foram abordadas no dossiê Árabes no Brasil, publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, que fará um debate sobre o tema na próxima terça-feira, no Rio.São Paulo - Dos números decimais aos instrumentos musicais que descendem do alaúde, a influência árabe é analisada na religião, arquitetura e economia pelo dossiê Árabes no Brasil, da Revista de História da Biblioteca Nacional, já nas bancas. Além disso, por meio do projeto Biblioteca Fazendo História, a publicação promove o debate Árabes no Brasil, na próxima terça-feira, às 16 horas, no Auditório Machado de Assis da Fundaçāo Biblioteca Nacional.O evento terá como palestrantes o antropólogo Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto, que é coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Oriente Médio (Neom) na Universidade Federal Fluminense, e o historiador Maurício Parada, que é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O historiador irá contextualizar a chegada dos imigrantes árabes ao país, sobretudo nos anos 30 e 40. De acordo com o artigo do historiador, a influência da cultura árabe chegou primeiro ao Brasil com os colonizadores portugueses, que por oito séculos foram dominados pelos mouros, impregnando costumes e até a língua na Península Ibérica. Além disso, Parada abordará os problemas ligados ao mundo árabe da época e os atuais.Já o antropólogo, que colaborou com a revista com o artigo Toda Forma de Fé, vai explicar os reflexos na espiritualidade dos brasileiros pela convivência com a diversidade religiosa dos imigrantes árabes que desembarcaram no país, principalmente no fim do século 19 e começo do século 20. “Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, existe um pluralismo religioso muito grande entre os imigrantes árabes”, afirma Pinto.O pesquisador apresenta dados da imigração entre 1908 e 1941, os quais revelam que 65% dos sírios-libaneses que chegaram pelo Porto dos Santos eram maronitas, melquitas e católicos romanos, 20% eram cristãos ortodoxos e 15% muçulmanos. “A diversidade religiosa é imensa. Havia ainda os imigrantes judeus de fala e cultura árabes e os ateus”, destaca. “O resultado desse contato com a pluralidade é sentido ainda hoje, com o crescimento do número de brasileiros não árabes convertidos ao islamismo, o uso do português nos sermões e a crescente oferta de cursos de idiomas árabes”, afirma Pinto, que realizou sua pesquisa de doutorado sobre o Islã na Síria contemporânea, desde 2003 estuda a comunidade muçulmana no Brasil e está trabalhando no projeto de um livro sobre a imigração árabe no Rio de Janeiro. “Já está em fase de redação e é bem provável que seja publicado até o final do ano”, diz.O debate, que terá mediação do pesquisador Marcello Scarrone, é gratuito e aberto ao público em geral. A capacidade do auditório é de 150 lugares.A revistaA Revista de História da Biblioteca Nacional oferece informação qualificada em artigos e matérias produzidos pelos mais importantes historiadores brasileiros. Única em seu segmento editorial especializada em História do Brasil, a revista é distribuída mensalmente nas bancas de todo o país e pode ser assinada. O conteúdo integral de todas as edições também pode ser acessado no endereço http://www.revistadehistoria.com.br.
Só Mais Uma Discussão
O Globo
Assunto: O Mundo - Entrevista: Karen Koning AbuZaydTítulo: 1a 'Palestinos em Gaza estão cansados'Data: 27/07/2009Crédito: Renata Malkes
Comissária da ONU vem ao Rio para seminário sobre paz no Oriente MédioJERUSALÉM. De olho numa cadeira no Conselho de Segurança da ONU e em busca de um papel mais ativo na mediação de conflitos, o Brasil foi eleito sede do Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio, que começa amanhã no Palácio do Itamaraty, no Rio, numa parceria entre a ONU e o ministério.Comissária-geral da Agência de Ajuda ao Refugiados Palestinos das Nações Unidas (UNRWA), Karen Koning AbuZayd acredita que a recuperação do território palestino destruído após a ofensiva israelense de dezembro de 2008 ainda está distante. Ela, que vem ao Brasil para o encontro, diz que o plano de reconstrução de US$ 370 milhões esbarra no embargo de Israel, que não permite o envio de materiais ao território.Renata Malkes, especial para O GLOBO O GLOBO: Quais os maiores desafios da reconstrução de Gaza seis meses após o cessar-fogo? KAREN KONING ABUZAYD: Um problema enorme é a questão do lixo e do esgoto, pois não temos estações de tratamento suficientes, o que é uma ameaça à saúde. O desafio maior é permitir que pessoas tenham uma vida o mais próximo possível do normal. Devido ao bloqueio israelense, não se pode fazer muito. Basicamente, há remédios e alimentos entrando nos comboios de ajuda humanitária, mas não podemos levar dinheiro ou empregá-lo em materiais de construção para reerguer o que foi destruído.Há grandes doações, mas só conseguimos fazer pequenos reparos em escolas, clínicas, hospitais. Temos tentado ajudar famílias a ganhar seu sustento, já que o índice de desemprego é altíssimo. Implantamos um programa de emprego rotativo, onde contratamos as pessoas por períodos de três meses.Empregamos entre 10 e 11 mil pessoas por mês, mas o número de palestinos em busca de uma vaga chega a 130 mil.O GLOBO: Pesquisas mostram que o embargo tem um efeito psicológico devastador sobre os moradores de Gaza. Como esse bloqueio afeta o dia a dia das pessoas? ABUZAYD: Além de saber que estão isolados e que não há liberdade de movimento, muita gente sequer vive num ambiente normal. Muitos moram sem infraestrutura adequada, em prédios semidestruídos. Como todo ser humano, os palestinos querem acesso a coisas simples do dia a dia, e não só alimentos e remédios. Por exemplo, imagine se você não pudesse comprar condicionador para os cabelos.Pela lista do Exército de Israel, xampus são permitidos em Gaza, mas condicionadores, não. Tentamos resolver o problema enviando xampus dois em um, mas o Exército bloqueou a carga. Tudo tem que ser negociado. As pessoas estão cansadas, não há dinheiro circulando, o comércio é prejudicado.Muitos produtos chegam pelos túneis, mas só quem lida com o contrabando ou ganha um salário do Hamas tem poder de compra.O GLOBO: Após o cessar-fogo, houve relatos de que homens do Hamas estariam atrapalhando e até saqueando bases de operação das Nações Unidas. Como é o relacionamento com o grupo? ABUZAYD: Distante. Não lidamos com eles porque não é nosso papel. Mas eles têm mantido uma distância respeitosa, pois o Hamas compreendeu que precisa de nós, já que somos os responsáveis pela sobrevivência de 70% da população. Eles também permitem a entrada de visitantes, doadores e têm servido como uma boa fonte de segurança.Funcionários e voluntários não têm mais medo de sequestros e chantagens como no passado.Neste quesito, é preciso dar crédito ao Hamas.O GLOBO: E a relação com a Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia? ABUZAYD: É preciso muita diplomacia.A ANP tem que entender muito bem tudo o que é feito em Gaza, todos os projetos e manobras. É um tema sensível, pois há quem pense que estamos ajudando o Hamas, mas vemos o trabalho de outra maneira.Nossa tarefa lá é oferecer serviços à população numa alternativa às autoridades de Gaza, ou seja, ao Hamas.O GLOBO: O novo governo dos EUA tem se mostrado mais austero em relação a Israel. Que impacto isso tem na região? ABUZAYD: Há mudanças claras de discurso e de atitude que esperamos que leve a uma política mais balanceada. As próximas semanas serão interessantes, já que teremos uma série de visitas de oficiais do alto escalão americano na Faixa de Gaza, como o ministro da Defesa, o chefe do Conselho de Segurança Nacional e até mesmo o enviado ao Oriente Médio, George Mitchell.É a primeira vez que os americanos vão a Gaza, que se sentem seguros para visitar, ver o que acontece dos dois lados da fronteira.É a hora de pressionar Israel e também os palestinos.Quero lembrar que enquanto estiverem divididos entre Gaza e Cisjordânia, não poderão ir em frente. Eles somente avançarão juntos, como um povo só.O GLOBO: Que contribuição um país como o Brasil pode oferecer? ABUZAYD: O Brasil tem pelo menos 60 mil palestinos em seu território e vem ajudando muito, não só com doações, mas oferecendo abrigo, como o dado aos refugiados palestinos do Iraque que viviam num campo na fronteira com a Jordânia. O papel do Brasil vem crescendo muito, principalmente por sua capacidade de dialogar e de ouvir todos os lados do conflito.Novos mediadores potenciais são bem-vindos e podem ser decisivos para revitalizar o processo de paz e injetar disposição, novas ideias e propostas.
Assunto: O Mundo - Entrevista: Karen Koning AbuZaydTítulo: 1a 'Palestinos em Gaza estão cansados'Data: 27/07/2009Crédito: Renata Malkes
Comissária da ONU vem ao Rio para seminário sobre paz no Oriente MédioJERUSALÉM. De olho numa cadeira no Conselho de Segurança da ONU e em busca de um papel mais ativo na mediação de conflitos, o Brasil foi eleito sede do Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio, que começa amanhã no Palácio do Itamaraty, no Rio, numa parceria entre a ONU e o ministério.Comissária-geral da Agência de Ajuda ao Refugiados Palestinos das Nações Unidas (UNRWA), Karen Koning AbuZayd acredita que a recuperação do território palestino destruído após a ofensiva israelense de dezembro de 2008 ainda está distante. Ela, que vem ao Brasil para o encontro, diz que o plano de reconstrução de US$ 370 milhões esbarra no embargo de Israel, que não permite o envio de materiais ao território.Renata Malkes, especial para O GLOBO O GLOBO: Quais os maiores desafios da reconstrução de Gaza seis meses após o cessar-fogo? KAREN KONING ABUZAYD: Um problema enorme é a questão do lixo e do esgoto, pois não temos estações de tratamento suficientes, o que é uma ameaça à saúde. O desafio maior é permitir que pessoas tenham uma vida o mais próximo possível do normal. Devido ao bloqueio israelense, não se pode fazer muito. Basicamente, há remédios e alimentos entrando nos comboios de ajuda humanitária, mas não podemos levar dinheiro ou empregá-lo em materiais de construção para reerguer o que foi destruído.Há grandes doações, mas só conseguimos fazer pequenos reparos em escolas, clínicas, hospitais. Temos tentado ajudar famílias a ganhar seu sustento, já que o índice de desemprego é altíssimo. Implantamos um programa de emprego rotativo, onde contratamos as pessoas por períodos de três meses.Empregamos entre 10 e 11 mil pessoas por mês, mas o número de palestinos em busca de uma vaga chega a 130 mil.O GLOBO: Pesquisas mostram que o embargo tem um efeito psicológico devastador sobre os moradores de Gaza. Como esse bloqueio afeta o dia a dia das pessoas? ABUZAYD: Além de saber que estão isolados e que não há liberdade de movimento, muita gente sequer vive num ambiente normal. Muitos moram sem infraestrutura adequada, em prédios semidestruídos. Como todo ser humano, os palestinos querem acesso a coisas simples do dia a dia, e não só alimentos e remédios. Por exemplo, imagine se você não pudesse comprar condicionador para os cabelos.Pela lista do Exército de Israel, xampus são permitidos em Gaza, mas condicionadores, não. Tentamos resolver o problema enviando xampus dois em um, mas o Exército bloqueou a carga. Tudo tem que ser negociado. As pessoas estão cansadas, não há dinheiro circulando, o comércio é prejudicado.Muitos produtos chegam pelos túneis, mas só quem lida com o contrabando ou ganha um salário do Hamas tem poder de compra.O GLOBO: Após o cessar-fogo, houve relatos de que homens do Hamas estariam atrapalhando e até saqueando bases de operação das Nações Unidas. Como é o relacionamento com o grupo? ABUZAYD: Distante. Não lidamos com eles porque não é nosso papel. Mas eles têm mantido uma distância respeitosa, pois o Hamas compreendeu que precisa de nós, já que somos os responsáveis pela sobrevivência de 70% da população. Eles também permitem a entrada de visitantes, doadores e têm servido como uma boa fonte de segurança.Funcionários e voluntários não têm mais medo de sequestros e chantagens como no passado.Neste quesito, é preciso dar crédito ao Hamas.O GLOBO: E a relação com a Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia? ABUZAYD: É preciso muita diplomacia.A ANP tem que entender muito bem tudo o que é feito em Gaza, todos os projetos e manobras. É um tema sensível, pois há quem pense que estamos ajudando o Hamas, mas vemos o trabalho de outra maneira.Nossa tarefa lá é oferecer serviços à população numa alternativa às autoridades de Gaza, ou seja, ao Hamas.O GLOBO: O novo governo dos EUA tem se mostrado mais austero em relação a Israel. Que impacto isso tem na região? ABUZAYD: Há mudanças claras de discurso e de atitude que esperamos que leve a uma política mais balanceada. As próximas semanas serão interessantes, já que teremos uma série de visitas de oficiais do alto escalão americano na Faixa de Gaza, como o ministro da Defesa, o chefe do Conselho de Segurança Nacional e até mesmo o enviado ao Oriente Médio, George Mitchell.É a primeira vez que os americanos vão a Gaza, que se sentem seguros para visitar, ver o que acontece dos dois lados da fronteira.É a hora de pressionar Israel e também os palestinos.Quero lembrar que enquanto estiverem divididos entre Gaza e Cisjordânia, não poderão ir em frente. Eles somente avançarão juntos, como um povo só.O GLOBO: Que contribuição um país como o Brasil pode oferecer? ABUZAYD: O Brasil tem pelo menos 60 mil palestinos em seu território e vem ajudando muito, não só com doações, mas oferecendo abrigo, como o dado aos refugiados palestinos do Iraque que viviam num campo na fronteira com a Jordânia. O papel do Brasil vem crescendo muito, principalmente por sua capacidade de dialogar e de ouvir todos os lados do conflito.Novos mediadores potenciais são bem-vindos e podem ser decisivos para revitalizar o processo de paz e injetar disposição, novas ideias e propostas.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
SUCA
Já fiz algumas homenagens à alguns amigos muito especiais, já mencionei a Sueli algumas vezes, mas nunca fiz a devida homenagem à esta pessoa maravilhosa.
Sueli é uma daquelas pessoas que você ama ou odeia com a mesma intensidade. Não existe meio termo quando se trata desta criatura. Impressionante! Ela consegue dividir as pessoas em dois polos, na maior cara de pau!
Quando fomos apresentadas pela primeira vez, ela foi super rabugenta. Perguntou ao nosso amigo em comum: "Quem é esta brega?". Com toda razão, eu estava horrivel neste dia. Uma vendedora muito esperta tinha me convencido a comprar um conjunto azul-brejo e eu resolvi usa-lo para ir à uma reuniãozinha de amigos. Um mico fenomenal e é claro que a Sueli não deixaria passar em branco, apesar de nunca ter me visto antes.
Depois de me chamar de brega, ela me analizou por longos dois minutos e concluiu que não estava interessada na minha pessoa. Insuportável! Que guria chata! Pelo menos, foi o que eu pensei na hora. Mas não estava nem aí, afinal de contas, eu estava acompanhada do cara mais gostosão da festa e concluí que só poderia ser inveja. Não era! Foi bem pior, porque Sueli me achou uma completa idiota que só sabia sorrir e concordar com os outros. Eu estava tentando ser agradável porque eu era a ET da história.
É claro que dobrei a fera em meia hora de conversa, mas ganhar a confiança dela levou mais algum tempo. Ô mulher difícil!
O que me intrigou na Sueli foi o fato de ser a primeira pessoa que falou com todas as palavras que não foi com a minha cara e é lógico que ela falou isso assim, na lata! Logo eu? Eu que sou tão simpática e educada com as pessoas, levar um fora assim? Ah não, ela não vai fazer isso comigo!
É claro que ganhei a batalha, mas ganhar a amizade da Sueli foi uma verdadeira guerra de nervos. A turma combinava de se encontrar no "Franguinho" do Guará, todos demonstravam um enorme carinho por mim e Sueli estava lá, irredutível! Falou mal de mim à bessa! Marly e Mana são testemunhas, pode perguntar! E Geraldo então...ah como ele ouviu Sueli falar mal de mim! Léo, Julio, Edson e Macaé até que tentaram me defender, em vão é claro! Sueli sempre tinha argumentos mais fortes. Até que, aos poucos, fomos nos aproximando, nos identificando nas frustrações com namorados, sentimentos, amigos em comum, vida em comum, muitas ressacas e melancias na Feira do Guará no sábado de manhã.
E quando voltei ao Guará, depois de muitos anos morando na Asa Norte?! Foi muito legal! Sueli se apaixonou pela Pitiuska e virou a mãe torta da minha filhinha! Cuidou dela e da minha casa em todas as vezes que precisei viajar para Uruguaiana para cuidar da minha mãe. Adotou o Sufian, meu netinho e filhote da Pitiuska, ficamos tão próximas que foi muito difícil nos separar depois, mesmo com todo o ciúme da tia Dalva! E as pentelhações do Léo!
E quando resolvi me casar? Sueli ficou morrendo de ciúmes e disse ao meu noivo que eu era fogo de palha e que logo logo eu iria enjoar dele! Ê Sueli danada! Tudo isso para não perder a minha companhia. Eu entendi, mas eu ex-marido ficou com a pulga atrás da orelha até o último dia do nosso casamento! Fazer o quê? É a Sueli!
Não sei se você que está lendo este texto consegue entender o espírito da coisa, mas a verdade é que minha amizade com Sueli se tornou tão profunda, que hoje em dia não precisamos mais falar para saber o que cada uma de nós está pensando. Isso sim é amizade!
Te amo Suca!
Sueli é uma daquelas pessoas que você ama ou odeia com a mesma intensidade. Não existe meio termo quando se trata desta criatura. Impressionante! Ela consegue dividir as pessoas em dois polos, na maior cara de pau!
Quando fomos apresentadas pela primeira vez, ela foi super rabugenta. Perguntou ao nosso amigo em comum: "Quem é esta brega?". Com toda razão, eu estava horrivel neste dia. Uma vendedora muito esperta tinha me convencido a comprar um conjunto azul-brejo e eu resolvi usa-lo para ir à uma reuniãozinha de amigos. Um mico fenomenal e é claro que a Sueli não deixaria passar em branco, apesar de nunca ter me visto antes.
Depois de me chamar de brega, ela me analizou por longos dois minutos e concluiu que não estava interessada na minha pessoa. Insuportável! Que guria chata! Pelo menos, foi o que eu pensei na hora. Mas não estava nem aí, afinal de contas, eu estava acompanhada do cara mais gostosão da festa e concluí que só poderia ser inveja. Não era! Foi bem pior, porque Sueli me achou uma completa idiota que só sabia sorrir e concordar com os outros. Eu estava tentando ser agradável porque eu era a ET da história.
É claro que dobrei a fera em meia hora de conversa, mas ganhar a confiança dela levou mais algum tempo. Ô mulher difícil!
O que me intrigou na Sueli foi o fato de ser a primeira pessoa que falou com todas as palavras que não foi com a minha cara e é lógico que ela falou isso assim, na lata! Logo eu? Eu que sou tão simpática e educada com as pessoas, levar um fora assim? Ah não, ela não vai fazer isso comigo!
É claro que ganhei a batalha, mas ganhar a amizade da Sueli foi uma verdadeira guerra de nervos. A turma combinava de se encontrar no "Franguinho" do Guará, todos demonstravam um enorme carinho por mim e Sueli estava lá, irredutível! Falou mal de mim à bessa! Marly e Mana são testemunhas, pode perguntar! E Geraldo então...ah como ele ouviu Sueli falar mal de mim! Léo, Julio, Edson e Macaé até que tentaram me defender, em vão é claro! Sueli sempre tinha argumentos mais fortes. Até que, aos poucos, fomos nos aproximando, nos identificando nas frustrações com namorados, sentimentos, amigos em comum, vida em comum, muitas ressacas e melancias na Feira do Guará no sábado de manhã.
E quando voltei ao Guará, depois de muitos anos morando na Asa Norte?! Foi muito legal! Sueli se apaixonou pela Pitiuska e virou a mãe torta da minha filhinha! Cuidou dela e da minha casa em todas as vezes que precisei viajar para Uruguaiana para cuidar da minha mãe. Adotou o Sufian, meu netinho e filhote da Pitiuska, ficamos tão próximas que foi muito difícil nos separar depois, mesmo com todo o ciúme da tia Dalva! E as pentelhações do Léo!
E quando resolvi me casar? Sueli ficou morrendo de ciúmes e disse ao meu noivo que eu era fogo de palha e que logo logo eu iria enjoar dele! Ê Sueli danada! Tudo isso para não perder a minha companhia. Eu entendi, mas eu ex-marido ficou com a pulga atrás da orelha até o último dia do nosso casamento! Fazer o quê? É a Sueli!
Não sei se você que está lendo este texto consegue entender o espírito da coisa, mas a verdade é que minha amizade com Sueli se tornou tão profunda, que hoje em dia não precisamos mais falar para saber o que cada uma de nós está pensando. Isso sim é amizade!
Te amo Suca!
FALAFEL
Ingredientes:
1 pacote de grão de bico
250g de favas
2 cebolas grandes
1/2 maço de salsa
1 maço de coentro
1/2 maço de cebolinha
1 colher (chá) de tempero sírio
1 colher (café) de pimenta do reino
2 colheres (sopa) de sal
1/2 colher (café) de bicarbonato de sódio
1 colher (sopa) de farinha de trigo
Modo de Preparar:
Coloque o grão de bico e as favas de molho por 12 horas, trocando a água pelo menos duas vezes. Corte todas as folhagens e a cebola grosseiramente. Retire o grão de bico e as favas da água, misture com as folhagens cortadas, a cebola e os temperos e moa tudo na máquina de moer carne por duas vezes. Assim que obtiver uma massa homogênea, acrescente o bicarbonato e a farinha de trigo, misturando bem a massa. Deixe descansar por cinco mitutos. Faça bolinhos redondos, porém achatados, em formato de disco e frite em óleo bem quente. Deixe escorrer o excesso de óleo em papel toalha e sirva quente.
Dica:
O Falafel vai bem com Homos (patê de grão de bico), salada e pão árabe. Uma verdadeira refeição saudável e deliciosa.
1 pacote de grão de bico
250g de favas
2 cebolas grandes
1/2 maço de salsa
1 maço de coentro
1/2 maço de cebolinha
1 colher (chá) de tempero sírio
1 colher (café) de pimenta do reino
2 colheres (sopa) de sal
1/2 colher (café) de bicarbonato de sódio
1 colher (sopa) de farinha de trigo
Modo de Preparar:
Coloque o grão de bico e as favas de molho por 12 horas, trocando a água pelo menos duas vezes. Corte todas as folhagens e a cebola grosseiramente. Retire o grão de bico e as favas da água, misture com as folhagens cortadas, a cebola e os temperos e moa tudo na máquina de moer carne por duas vezes. Assim que obtiver uma massa homogênea, acrescente o bicarbonato e a farinha de trigo, misturando bem a massa. Deixe descansar por cinco mitutos. Faça bolinhos redondos, porém achatados, em formato de disco e frite em óleo bem quente. Deixe escorrer o excesso de óleo em papel toalha e sirva quente.
Dica:
O Falafel vai bem com Homos (patê de grão de bico), salada e pão árabe. Uma verdadeira refeição saudável e deliciosa.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Amores Virtuais
Me identifiquei com o estado emocional de uma amiga, enquanto ela descrevia os temores que sentia. Ela me contava que seu amor, até então virtual (entenda-se relacionamento via internet), resolveu vir ao Brasil e se casar com ela. Então, o relacionamento dos dois passará para o plano real. Ai...só de pensar nos medos, nas expectativas, na ansiedade, nas dores psicossomáticas, fico toda arrepiada.
Ela me contava com os olhos cheios de lágrimas que estava aflita, porque não sabia se ele iria gostar do Brasil, de Brasília, da casa dela, dos filhos, do ambiente, mesmo tendo mantido um relacionamento virtual com ele por dois anos. Até então, eles eram muito íntimos. Sabiam tudo da vida um do outro. Os gostos, as vontades, a cor preferida, o vinho predileto, a flor mais bonita. É tudo muito lindo no plano virtual, tudo muito perfeito. Perfeito até demais. Mas quando se passa do plano virtual para o plano real, vêm à tona todos os nossos medos. Será que ele/ela vai reparar nos meus "pneuzinhos"? Será que vai notar que tenho rugas nos cantos dos olhos? Será que vai perceber que eu tinjo os cabelos? Será que vai se incomodar por eu ser baixinha(o)? Afe! E aquela mentira que contei sobre aquela noite em que eu fui à festa? E as outras mentirinhas bobas que inventei? Será que devo contar a verdade ou deixar para lá? Acho que preciso comprar roupas novas! Preciso também comprar roupas de cama, as minhas andam tão poídas! E aquela goteira? Preciso consertar urgentemente! Meu Deus! A vida real é tão complicada! Todas estas coisas ficavam escondidas, porque o ângulo da webcam não as alcançava! Minha querida e maquiadora webcam, o que vai ser de mim sem você?
O que minha amiga ainda não conseguiu entender é que o amado dela também é de carne e osso. É ser humano, cheio de qualidades e defeitos. Ela não parou para pensar, nem por um segundo, que talvez ela não goste dele pessoalmente. Talvez os dois não se combinem no beijo, no toque, na cama. Talvez ele também tenha maquiado a verdade. Talvez ele também tenha os deprimentes pneuzinhos.
Amores de internet são assim. A gente pensa que conhece a pessoa intimamente, quando na verdade, a gente só conhece o que esta pessoa quis ser ou mostrar ser. O plano real é mais cru, mais bruto, mais palpável, tem cheiro, tem cor, tem sangue nas veias, tem calor nas mãos.
Uma pesquisa da universidade de Michigan constatou que 63% dos adultos maiores de 40 anos encontram seus pares via sites de relacionamentos. Sensacional! É o mundo globalizado! O que a pesquisa não apontou é quantos destes encontros foram bem sucedidos. Eu duvido que passem de 3% porque os outros 60% devem encerrar a conta naquele site, inscrever-se em outro e começar tudo de novo! Ah, esqueci de um detalhe: vão bloquear o par anterior no messenger ou no skype, porque se tornou uma presença incoveniente.
É exatamente assim que funciona! Infelizmente, nos tornamos tão descartáveis quanto uma garrafinha pet. O valor de um ser humano resume-se à quantidade de informações e fotos interessantes que constam em seu perfil na internet. Se são mentiras ou verdades, isto é outro departamento e nem interessa tanto assim, se a figura do outro lado da webcam for um gostosão ou uma gostosona! Triste! Muito triste! Afinal de contas, somos seres humanos de verdade, com ou sem pneuzinhos, rugas e cabelos tinjidos. Mas será que alguém se importa? Sei lá! Só sei que é divertido! E tem mais: vai que eu consigo entrar para o rol dos 3% bem sucedidos! Não custa nada tentar né?!
Ela me contava com os olhos cheios de lágrimas que estava aflita, porque não sabia se ele iria gostar do Brasil, de Brasília, da casa dela, dos filhos, do ambiente, mesmo tendo mantido um relacionamento virtual com ele por dois anos. Até então, eles eram muito íntimos. Sabiam tudo da vida um do outro. Os gostos, as vontades, a cor preferida, o vinho predileto, a flor mais bonita. É tudo muito lindo no plano virtual, tudo muito perfeito. Perfeito até demais. Mas quando se passa do plano virtual para o plano real, vêm à tona todos os nossos medos. Será que ele/ela vai reparar nos meus "pneuzinhos"? Será que vai notar que tenho rugas nos cantos dos olhos? Será que vai perceber que eu tinjo os cabelos? Será que vai se incomodar por eu ser baixinha(o)? Afe! E aquela mentira que contei sobre aquela noite em que eu fui à festa? E as outras mentirinhas bobas que inventei? Será que devo contar a verdade ou deixar para lá? Acho que preciso comprar roupas novas! Preciso também comprar roupas de cama, as minhas andam tão poídas! E aquela goteira? Preciso consertar urgentemente! Meu Deus! A vida real é tão complicada! Todas estas coisas ficavam escondidas, porque o ângulo da webcam não as alcançava! Minha querida e maquiadora webcam, o que vai ser de mim sem você?
O que minha amiga ainda não conseguiu entender é que o amado dela também é de carne e osso. É ser humano, cheio de qualidades e defeitos. Ela não parou para pensar, nem por um segundo, que talvez ela não goste dele pessoalmente. Talvez os dois não se combinem no beijo, no toque, na cama. Talvez ele também tenha maquiado a verdade. Talvez ele também tenha os deprimentes pneuzinhos.
Amores de internet são assim. A gente pensa que conhece a pessoa intimamente, quando na verdade, a gente só conhece o que esta pessoa quis ser ou mostrar ser. O plano real é mais cru, mais bruto, mais palpável, tem cheiro, tem cor, tem sangue nas veias, tem calor nas mãos.
Uma pesquisa da universidade de Michigan constatou que 63% dos adultos maiores de 40 anos encontram seus pares via sites de relacionamentos. Sensacional! É o mundo globalizado! O que a pesquisa não apontou é quantos destes encontros foram bem sucedidos. Eu duvido que passem de 3% porque os outros 60% devem encerrar a conta naquele site, inscrever-se em outro e começar tudo de novo! Ah, esqueci de um detalhe: vão bloquear o par anterior no messenger ou no skype, porque se tornou uma presença incoveniente.
É exatamente assim que funciona! Infelizmente, nos tornamos tão descartáveis quanto uma garrafinha pet. O valor de um ser humano resume-se à quantidade de informações e fotos interessantes que constam em seu perfil na internet. Se são mentiras ou verdades, isto é outro departamento e nem interessa tanto assim, se a figura do outro lado da webcam for um gostosão ou uma gostosona! Triste! Muito triste! Afinal de contas, somos seres humanos de verdade, com ou sem pneuzinhos, rugas e cabelos tinjidos. Mas será que alguém se importa? Sei lá! Só sei que é divertido! E tem mais: vai que eu consigo entrar para o rol dos 3% bem sucedidos! Não custa nada tentar né?!
Fora Lieberman!
Os brasileiros são demais! Amo o Brasil e os brasileiros e não troco este país por nada no mundo!
Olha aí a cara do chanceler israelense que meteu o rabo entre as pernas, depois de se reunir com o Lula e com o Celso Amorim! Hilário! O cara vem ao Brasil dizer aos brasileiros que não devem receber fulano ou beltrano porque ele tem poderio nuclear, que o Brasil não deve apoiar os palestinos, que isso que aquilo, como se ele fosse o dono da razão. O imbecil ainda acha que as pessoas continuam acreditando nas lorotas que os sionistas contam.
Como eu já disse, saiu daqui com o rabo entre as pernas! O Brasil deu à ele a resposta que ele merecia ouvir. Querem saber qual foi? No que se refere ao Irã, o Brasil respondeu que o Irã é um excelente parceiro comercial e é mesmo! Respondeu ainda que acredita que o Irã use seu poderio nuclear para fins pacíficos. E usa mesmo! Já não chega aquela mentira que inventaram de que o Iraque tinha armas nucleares? Dizimaram um país inteiro e um povo inteiro para depois dizerem que se enganaram. Que lindo! Matam milhares de pessoas e destroem um dos maiores patrimônios históricos da humanidade, que é a minha, a sua, a nossa boa e velha Babilônia para depois dizerem que se enganaram!
Quanto aos palestinos, o velho, carrancudo, feio, obsoleto e sionista Lieberman (sionista é xingamento sim - equivale à nazista!) quebrou a cara! O Brasil deixou bem claro que é contra os assentamentos judeus em território palestino e reafirmou sua posição de apoio incondicional à criação do Estado Palestino! Ah que lindo!
Vai Lieberman, vai te catar!!! Vai vender suas idéias obsoletas em outra freguesia! O Brasil é o país do futuro! Iuhuuuuuuuu!!!! O Brasil é o país do futuro! Yes, we can!
Olha aí a cara do chanceler israelense que meteu o rabo entre as pernas, depois de se reunir com o Lula e com o Celso Amorim! Hilário! O cara vem ao Brasil dizer aos brasileiros que não devem receber fulano ou beltrano porque ele tem poderio nuclear, que o Brasil não deve apoiar os palestinos, que isso que aquilo, como se ele fosse o dono da razão. O imbecil ainda acha que as pessoas continuam acreditando nas lorotas que os sionistas contam.
Como eu já disse, saiu daqui com o rabo entre as pernas! O Brasil deu à ele a resposta que ele merecia ouvir. Querem saber qual foi? No que se refere ao Irã, o Brasil respondeu que o Irã é um excelente parceiro comercial e é mesmo! Respondeu ainda que acredita que o Irã use seu poderio nuclear para fins pacíficos. E usa mesmo! Já não chega aquela mentira que inventaram de que o Iraque tinha armas nucleares? Dizimaram um país inteiro e um povo inteiro para depois dizerem que se enganaram. Que lindo! Matam milhares de pessoas e destroem um dos maiores patrimônios históricos da humanidade, que é a minha, a sua, a nossa boa e velha Babilônia para depois dizerem que se enganaram!
Quanto aos palestinos, o velho, carrancudo, feio, obsoleto e sionista Lieberman (sionista é xingamento sim - equivale à nazista!) quebrou a cara! O Brasil deixou bem claro que é contra os assentamentos judeus em território palestino e reafirmou sua posição de apoio incondicional à criação do Estado Palestino! Ah que lindo!
Vai Lieberman, vai te catar!!! Vai vender suas idéias obsoletas em outra freguesia! O Brasil é o país do futuro! Iuhuuuuuuuu!!!! O Brasil é o país do futuro! Yes, we can!
E mais uma mentira!
O Estado de S. Paulo
Assunto: InternacionalTítulo: 1y Chancelaria usa foto de Hitler Data: 23/07/2009Crédito: AP
APA chancelaria israelense distribuiu a todas as suas embaixadas uma foto de 1941 que mostra um encontro, em Berlim, entre Adolf Hitler e o ex-mufti de Jerusalém (líder religioso palestino) Haj Amin al-Husseini. Com a iniciativa, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, tenta confrontar as críticas internacionais à construção de assentamentos judaicos em terras que pertencem a parentes de Husseini.Segundo uma fonte anônima do governo israelense, a intenção é criar "embaraço" aos governos ocidentais que se opõem à construção de assentamentos em Jerusalém Oriental. Alguns diplomatas israelenses se opuseram à iniciativa sob o argumento de que a estratégia pode despertar resistência ainda maior entre Estados que já condenam a construção de assentamentos em terras ocupadas.
Assunto: InternacionalTítulo: 1y Chancelaria usa foto de Hitler Data: 23/07/2009Crédito: AP
APA chancelaria israelense distribuiu a todas as suas embaixadas uma foto de 1941 que mostra um encontro, em Berlim, entre Adolf Hitler e o ex-mufti de Jerusalém (líder religioso palestino) Haj Amin al-Husseini. Com a iniciativa, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, tenta confrontar as críticas internacionais à construção de assentamentos judaicos em terras que pertencem a parentes de Husseini.Segundo uma fonte anônima do governo israelense, a intenção é criar "embaraço" aos governos ocidentais que se opõem à construção de assentamentos em Jerusalém Oriental. Alguns diplomatas israelenses se opuseram à iniciativa sob o argumento de que a estratégia pode despertar resistência ainda maior entre Estados que já condenam a construção de assentamentos em terras ocupadas.
Mais uma distorção histórica!
O Estado de S. Paulo
Assunto: InternacionalTítulo: 1s Israel proíbe o termo 'catástrofe' em livros usados em escolas árabes no paísData: 23/07/2009Crédito: AP
APO governo israelense decidiu retirar de livros didáticos o termo árabe "nakba", que descreve a criação do Estado judaico, em 1948, como uma "catástrofe", informou ontem o Ministério da Educação de Israel.Há dois anos, quando estava na oposição, o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que o uso da palavra "nakba" em escolas árabe-israelenses era o equivalente a divulgar propaganda anti-Israel. No livro em questão, direcionado para crianças de 8 e 9 anos, um texto descreve assim o conflito em 1948: "Os árabes qualificaram a guerra de ?nakba? - uma guerra de catástrofes, perdas e humilhação - e os judeus a chamaram de Guerra da Independência.""Após analisar a questão com especialistas em educação, ficou decidido que o termo 'nakba' deveria ser removido dos livros. É inconcebível que em Israel falemos da criação do Estado como uma catástrofe", disse, Yisrael Twito, porta-voz do Ministério da Educação. O termo - que não é usado nos livros de colégios judaicos - foi introduzido nas escolas árabes em 2007, quando o responsável pelo Ministério da Educação era Yuli Tamir, do Partido Trabalhista, de centro-esquerda.A palavra "nakba" é usada por palestinos para descrever a fundação de Israel, em uma guerra na qual 700 mil palestinos tiveram de fugir ou foram expulsos de suas casas. Jafar Farrah, diretor de um grupo de advocacia árabe-israelense chamado Mossawa, afirmou que a decisão vai apenas complicar ainda mais o conflito. Para ele, é uma tentativa de distorcer a verdade e inflamar o confronto com os árabes que vivem em Israel, comunidade que já é um quinto da população do país, que tem cerca de 7 milhões de habitantes.
Assunto: InternacionalTítulo: 1s Israel proíbe o termo 'catástrofe' em livros usados em escolas árabes no paísData: 23/07/2009Crédito: AP
APO governo israelense decidiu retirar de livros didáticos o termo árabe "nakba", que descreve a criação do Estado judaico, em 1948, como uma "catástrofe", informou ontem o Ministério da Educação de Israel.Há dois anos, quando estava na oposição, o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que o uso da palavra "nakba" em escolas árabe-israelenses era o equivalente a divulgar propaganda anti-Israel. No livro em questão, direcionado para crianças de 8 e 9 anos, um texto descreve assim o conflito em 1948: "Os árabes qualificaram a guerra de ?nakba? - uma guerra de catástrofes, perdas e humilhação - e os judeus a chamaram de Guerra da Independência.""Após analisar a questão com especialistas em educação, ficou decidido que o termo 'nakba' deveria ser removido dos livros. É inconcebível que em Israel falemos da criação do Estado como uma catástrofe", disse, Yisrael Twito, porta-voz do Ministério da Educação. O termo - que não é usado nos livros de colégios judaicos - foi introduzido nas escolas árabes em 2007, quando o responsável pelo Ministério da Educação era Yuli Tamir, do Partido Trabalhista, de centro-esquerda.A palavra "nakba" é usada por palestinos para descrever a fundação de Israel, em uma guerra na qual 700 mil palestinos tiveram de fugir ou foram expulsos de suas casas. Jafar Farrah, diretor de um grupo de advocacia árabe-israelense chamado Mossawa, afirmou que a decisão vai apenas complicar ainda mais o conflito. Para ele, é uma tentativa de distorcer a verdade e inflamar o confronto com os árabes que vivem em Israel, comunidade que já é um quinto da população do país, que tem cerca de 7 milhões de habitantes.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Valente
O Estado de S. Paulo
Assunto: InternacionalTítulo: 1q Dirigente do PT diz que Lieberman é 'racista' Data: 22/07/2009Crédito: João Paulo Charleaux, com AP e AFP
João Paulo Charleaux, com AP e AFP Acusação de secretário do partido de Lula provoca mal-estar no primeiro dia de visita do chanceler israelense ao País; Planalto não comenta casoBRASÍLIA - O primeiro dia de visita oficial ao Brasil do chanceler israelense, Avigdor Lieberman, foi marcado pela acusação de "racista e fascista" feita contra ele pelo secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), Valter Pomar, numa entrevista publicada pelo jornal israelense Haaretz.A crítica de Pomar - colega de partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -ganhou repercussão internacional e provocou desconforto na primeira visita de um chanceler israelense à América Latina em dez anos."Foi apenas a opinião dele e não tem nada a ver com o governo. Na verdade, foi uma opinião bastante rude", disse uma fonte anônima do Palácio Planalto à agência de notícias Associated Press. Na entrevista, Pomar disse ainda que "a esquerda brasileira está organizando protestos contra Lieberman e a política que ele representa"."Eu reafirmo o que disse. O Lieberman se autodenomina um ultradireitista. Ele se refere aos palestinos como uma sub-raça e prega a eliminação física dos palestinos", disse Pomar ao Estado por telefone, ainda no aeroporto, quando voltava de viagem à Nicarágua. "Mas acho que o governo brasileiro deveria recebê-lo, assim como recebeu o (ex-presidente americano) George W. Bush e assim como receberá (o presidente iraniano Mahmoud) Ahmadinejad. Partido é partido e governo é governo", disse.A visita de Lieberman começou ontem por São Paulo. Hoje ele se reúne com o presidente Lula em Brasília e nos próximos dias visitará Argentina, Peru e Colômbia, numa ofensiva diplomática para rivalizar com a influência iraniana na região.O Brasil deve receber em breve a primeira visita oficial de Ahmadinejad depois das eleições de 12 de junho. O governo brasileiro foi um dos poucos a reconhecer a reeleição de Ahmadinejad numa votação amplamente contestada pela comunidade internacional. O embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, qualificou de "valente" a posição de Lula. Ahmadinejad nega a existência do Holocausto e defende a extinção do Estado de Israel.Além do Brasil, o governo iraniano tem boas relações com a Venezuela e a Bolívia. Segundo um documento do Ministério de Relações Exteriores israelense distribuído à imprensa, Caracas e La Paz fornecem urânio para o programa nuclear de Teerã. O texto diz também que o Irã "está estabelecendo células do Hezbollah (grupo xiita libanês) no norte da Venezuela e na ilha venezuelana de Margarita".A maior parte do itinerário de Lieberman foi mantida em segredo por razões de segurança.
Assunto: InternacionalTítulo: 1q Dirigente do PT diz que Lieberman é 'racista' Data: 22/07/2009Crédito: João Paulo Charleaux, com AP e AFP
João Paulo Charleaux, com AP e AFP Acusação de secretário do partido de Lula provoca mal-estar no primeiro dia de visita do chanceler israelense ao País; Planalto não comenta casoBRASÍLIA - O primeiro dia de visita oficial ao Brasil do chanceler israelense, Avigdor Lieberman, foi marcado pela acusação de "racista e fascista" feita contra ele pelo secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), Valter Pomar, numa entrevista publicada pelo jornal israelense Haaretz.A crítica de Pomar - colega de partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -ganhou repercussão internacional e provocou desconforto na primeira visita de um chanceler israelense à América Latina em dez anos."Foi apenas a opinião dele e não tem nada a ver com o governo. Na verdade, foi uma opinião bastante rude", disse uma fonte anônima do Palácio Planalto à agência de notícias Associated Press. Na entrevista, Pomar disse ainda que "a esquerda brasileira está organizando protestos contra Lieberman e a política que ele representa"."Eu reafirmo o que disse. O Lieberman se autodenomina um ultradireitista. Ele se refere aos palestinos como uma sub-raça e prega a eliminação física dos palestinos", disse Pomar ao Estado por telefone, ainda no aeroporto, quando voltava de viagem à Nicarágua. "Mas acho que o governo brasileiro deveria recebê-lo, assim como recebeu o (ex-presidente americano) George W. Bush e assim como receberá (o presidente iraniano Mahmoud) Ahmadinejad. Partido é partido e governo é governo", disse.A visita de Lieberman começou ontem por São Paulo. Hoje ele se reúne com o presidente Lula em Brasília e nos próximos dias visitará Argentina, Peru e Colômbia, numa ofensiva diplomática para rivalizar com a influência iraniana na região.O Brasil deve receber em breve a primeira visita oficial de Ahmadinejad depois das eleições de 12 de junho. O governo brasileiro foi um dos poucos a reconhecer a reeleição de Ahmadinejad numa votação amplamente contestada pela comunidade internacional. O embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, qualificou de "valente" a posição de Lula. Ahmadinejad nega a existência do Holocausto e defende a extinção do Estado de Israel.Além do Brasil, o governo iraniano tem boas relações com a Venezuela e a Bolívia. Segundo um documento do Ministério de Relações Exteriores israelense distribuído à imprensa, Caracas e La Paz fornecem urânio para o programa nuclear de Teerã. O texto diz também que o Irã "está estabelecendo células do Hezbollah (grupo xiita libanês) no norte da Venezuela e na ilha venezuelana de Margarita".A maior parte do itinerário de Lieberman foi mantida em segredo por razões de segurança.
Mais Um Plano Expansionista de Israel
Folha de S. Paulo
Assunto: MundoTítulo: 1i Europa critica plano israelense de expansãoData: 22/07/2009Crédito: da redação
da redaçãoEUA acham prematuro cogitar sanções para pressionar pelo congelamento das colôniasAcordos verbais que teriam sido firmados com governo Bush e permitiriam novos assentamentos são citados por autoridades de Israel Três dias após o premiê israelense direitista, Binyamin Netanyahu, ter contrariado pedido dos EUA e autorizado a expansão em Jerusalém Oriental, Israel sofreu ontem críticas de países europeus.Em comunicado, a União Europeia (UE) pediu que Israel interrompa as ações "provocativas" em Jerusalém, mencionando que a demolição de casas palestinas e a expansão para o lado oriental da cidade iria "ameaçar as chances de paz".O governo da Suécia, que exerce a presidência rotativa do bloco, pediu que Israel parasse com os despejos de palestinos e com as demolições em Jerusalém Oriental -ações que considera ferir as leis internacionais.Segundo a ONU, milhares de palestinos habitantes da região estão ameaçados de despejo, já que há 1.500 ordens de demolição contra edificações construídas sem autorização da Prefeitura de Jerusalém.A ideia da ação israelense é construir novas casas para "judaizar" Jerusalém Oriental -o que minaria a ambição palestina de instalar no local a capital de seu Estado.Ruprecht Polenz, chefe do Comitê para Assuntos Externos do Parlamento alemão, disse que, se continuasse essa política, Israel correria um risco de "cometer suicídio enquanto Estado democrático".Assim como fizeram há alguns dias os EUA, o chanceler da França, Bernard Kouchner, anunciou ontem a convocação do embaixador de Israel em Paris para pedir o fim da colonização em Jerusalém Oriental.O porta-voz da Chancelaria russa engrossou o coro: disse que o governo de Netanyahu deveria "parar imediatamente os assentamentos" para que continue o processo de paz."Prematuro"O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que seria "prematuro" falar sobre sanções financeiras a Israel, como forma de pressionar pelo congelamento das colônias. "O que estamos tratando de fazer é criar condições propícias para a retomada das negociações. O senador [George] Mitchell está trabalhando duro por isso", disse Robert Wood, citando o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio.Segundo um funcionário da Chancelaria americana, Mitchell deixaria Washington na noite de ontem. A despeito de não ter revelado seu itinerário, ele informou que o emissário terá reuniões com autoridades israelenses e palestinas.Reação"Nosso direito de governar e desenvolver Jerusalém é inquestionável", disse o vice-chanceler israelense, Danny Ayalon, em nota oficial. "Israel atua e atuará em função de seus interesses nacionais e, em especial, em tudo o que afeta Jerusalém Oriental."O vice-premiê de Israel Dan Meridor deu a entender que o país não deve ceder aos apelos de EUA, UE e Rússia.E ressaltou que os pedidos dos EUA para congelar a expansão de colônias israelenses na Cisjordânia contrariam pactos passados entre os dois países -e podem minar a credibilidade dos aliados. "Nunca tivemos acordos com a gestão passada. Tínhamos acordos com os EUA", disse ontem Meridor.A exemplo do que haviam feito anteriormente sob pressão de obamistas para estancar a expansão das colônias, autoridades israelenses evocaram ontem pactos verbais, que teriam sido firmados com o governo Bush e permitiam a colonização de novas áreas na Cisjordânia -e tiveram a validade questionada pela atual gestão.Com agência internacionais
Assunto: MundoTítulo: 1i Europa critica plano israelense de expansãoData: 22/07/2009Crédito: da redação
da redaçãoEUA acham prematuro cogitar sanções para pressionar pelo congelamento das colôniasAcordos verbais que teriam sido firmados com governo Bush e permitiriam novos assentamentos são citados por autoridades de Israel Três dias após o premiê israelense direitista, Binyamin Netanyahu, ter contrariado pedido dos EUA e autorizado a expansão em Jerusalém Oriental, Israel sofreu ontem críticas de países europeus.Em comunicado, a União Europeia (UE) pediu que Israel interrompa as ações "provocativas" em Jerusalém, mencionando que a demolição de casas palestinas e a expansão para o lado oriental da cidade iria "ameaçar as chances de paz".O governo da Suécia, que exerce a presidência rotativa do bloco, pediu que Israel parasse com os despejos de palestinos e com as demolições em Jerusalém Oriental -ações que considera ferir as leis internacionais.Segundo a ONU, milhares de palestinos habitantes da região estão ameaçados de despejo, já que há 1.500 ordens de demolição contra edificações construídas sem autorização da Prefeitura de Jerusalém.A ideia da ação israelense é construir novas casas para "judaizar" Jerusalém Oriental -o que minaria a ambição palestina de instalar no local a capital de seu Estado.Ruprecht Polenz, chefe do Comitê para Assuntos Externos do Parlamento alemão, disse que, se continuasse essa política, Israel correria um risco de "cometer suicídio enquanto Estado democrático".Assim como fizeram há alguns dias os EUA, o chanceler da França, Bernard Kouchner, anunciou ontem a convocação do embaixador de Israel em Paris para pedir o fim da colonização em Jerusalém Oriental.O porta-voz da Chancelaria russa engrossou o coro: disse que o governo de Netanyahu deveria "parar imediatamente os assentamentos" para que continue o processo de paz."Prematuro"O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que seria "prematuro" falar sobre sanções financeiras a Israel, como forma de pressionar pelo congelamento das colônias. "O que estamos tratando de fazer é criar condições propícias para a retomada das negociações. O senador [George] Mitchell está trabalhando duro por isso", disse Robert Wood, citando o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio.Segundo um funcionário da Chancelaria americana, Mitchell deixaria Washington na noite de ontem. A despeito de não ter revelado seu itinerário, ele informou que o emissário terá reuniões com autoridades israelenses e palestinas.Reação"Nosso direito de governar e desenvolver Jerusalém é inquestionável", disse o vice-chanceler israelense, Danny Ayalon, em nota oficial. "Israel atua e atuará em função de seus interesses nacionais e, em especial, em tudo o que afeta Jerusalém Oriental."O vice-premiê de Israel Dan Meridor deu a entender que o país não deve ceder aos apelos de EUA, UE e Rússia.E ressaltou que os pedidos dos EUA para congelar a expansão de colônias israelenses na Cisjordânia contrariam pactos passados entre os dois países -e podem minar a credibilidade dos aliados. "Nunca tivemos acordos com a gestão passada. Tínhamos acordos com os EUA", disse ontem Meridor.A exemplo do que haviam feito anteriormente sob pressão de obamistas para estancar a expansão das colônias, autoridades israelenses evocaram ontem pactos verbais, que teriam sido firmados com o governo Bush e permitiam a colonização de novas áreas na Cisjordânia -e tiveram a validade questionada pela atual gestão.Com agência internacionais
sexta-feira, 17 de julho de 2009
SHAWERMA
Ingredientes:
1 kg de filé mignon cortado em tiras bem fininhas.
1 xícara de azeite
1/2 xícara de suco de limão
1 colher (chá) de tempero sírio
1 colher (café) de canela
4 folhas de louro
1 colher (café) de pimenta do reino
1 colher (café) de nóz moscada moída
1 colher (café) de cravo em pó
sal à gosto
Modo de Preparar:
Misturar todos os temperos num recipiente e marinar a carne durante 12 horas, mantendo-a na geladeira.
Colocar a carne com o molho numa assadeira e levar ao forno médio por meia hora. Retirar do forno, tirar o excesso de molho e levar novamente ao forno para assar por mais 20 minutos ou até secar todo o molho.
Acompanhamentos:
Molho de Tahine:
Ingredientes:
1/2 xícara de tahine (molho de gergelim)
1/2 xícara de suco de limão
1 dente de alho socado
3 colheres (sopa) de yogurte natural
1 colher (café) de sal
Modo de preparar:
Misturar a tahine e o suco de limão até formar uma massa bem consistente. Acrescentar o alho e o yogurte natural e misturar bem. Por último acrescentar o sal e misturar novamente até obter um molho homogêneo.
Salada:
Ingredientes:
1 tomate cortado em rodelas finas
1 cebola cortada em tiras bem fininhas
1 pepino cortado em rodelas finas
1/2 maço de salsa picado
1/2 maço de cebolinha picada
Modo de Preparar:
Misturar todos os ingredientes.
Pão Árabe.
1 kg de filé mignon cortado em tiras bem fininhas.
1 xícara de azeite
1/2 xícara de suco de limão
1 colher (chá) de tempero sírio
1 colher (café) de canela
4 folhas de louro
1 colher (café) de pimenta do reino
1 colher (café) de nóz moscada moída
1 colher (café) de cravo em pó
sal à gosto
Modo de Preparar:
Misturar todos os temperos num recipiente e marinar a carne durante 12 horas, mantendo-a na geladeira.
Colocar a carne com o molho numa assadeira e levar ao forno médio por meia hora. Retirar do forno, tirar o excesso de molho e levar novamente ao forno para assar por mais 20 minutos ou até secar todo o molho.
Acompanhamentos:
Molho de Tahine:
Ingredientes:
1/2 xícara de tahine (molho de gergelim)
1/2 xícara de suco de limão
1 dente de alho socado
3 colheres (sopa) de yogurte natural
1 colher (café) de sal
Modo de preparar:
Misturar a tahine e o suco de limão até formar uma massa bem consistente. Acrescentar o alho e o yogurte natural e misturar bem. Por último acrescentar o sal e misturar novamente até obter um molho homogêneo.
Salada:
Ingredientes:
1 tomate cortado em rodelas finas
1 cebola cortada em tiras bem fininhas
1 pepino cortado em rodelas finas
1/2 maço de salsa picado
1/2 maço de cebolinha picada
Modo de Preparar:
Misturar todos os ingredientes.
Pão Árabe.
Obsoletos!
Procurei nos principais jornais do Brasil qualquer referência à notícia de que os soldados israelenses receberam ordem para atirar primeiro e depois ver em quem atiraram durante os bombardeios à Gaza, no início do ano. Nadinha. A notícia já foi abafada. Afinal de contas, os israelenses tem que continuar sendo os coitadinhos da história, não os algozes.
Já pensou o que vai ser da reputação das vítimas dos holocausto, dos injustiçados da história, se ficarem publicando notícias sobre o terrorismo israelense praticado contra o povo palestino? Ainda mais quando se trata de terrorismo gratuito? Bem assim mesmo: Atire!!! É só um palestino!!! Bem do jeito que o Hitler fez com eles durante a segunda guerra: Mate!!! É só um judeu!
Só continuo não entendendo o motivo da escolha dos palestinos para praticar esta vingança! Nem arianos nós somos! Nem alemães! Então por que? Petróleo?? Está acabando, seus idiotas!!! Vocês deveriam prever que energia fóssil é recurso esgotável! Nem isso vocês souberam avaliar!
Só sabem ser maquiavélicos manipulando a imprensa e mudando o nome dos atos que vocês praticam! Então, vou dar mais um alerta: Desde o dia que a internet passou a ser um espaço democrático, a máscara de vocês começou a desbotar e não vai demorar muito para derreter de vez. Será que até este aviso eu vou ter que dar? Ah, já que é assim, então vou aproveitar a minha inspiração e dar mais um avisinho: Mentira tem perna curta! A de vocês já dura 61 anos. Deve ter sido a mentira mais longa da história! Senhores judeus sionistas, este recorde vocês conseguiram bater! Viu!! Pelo menos isso! Deve ter sido a única contribuição para este século!
Já pensou o que vai ser da reputação das vítimas dos holocausto, dos injustiçados da história, se ficarem publicando notícias sobre o terrorismo israelense praticado contra o povo palestino? Ainda mais quando se trata de terrorismo gratuito? Bem assim mesmo: Atire!!! É só um palestino!!! Bem do jeito que o Hitler fez com eles durante a segunda guerra: Mate!!! É só um judeu!
Só continuo não entendendo o motivo da escolha dos palestinos para praticar esta vingança! Nem arianos nós somos! Nem alemães! Então por que? Petróleo?? Está acabando, seus idiotas!!! Vocês deveriam prever que energia fóssil é recurso esgotável! Nem isso vocês souberam avaliar!
Só sabem ser maquiavélicos manipulando a imprensa e mudando o nome dos atos que vocês praticam! Então, vou dar mais um alerta: Desde o dia que a internet passou a ser um espaço democrático, a máscara de vocês começou a desbotar e não vai demorar muito para derreter de vez. Será que até este aviso eu vou ter que dar? Ah, já que é assim, então vou aproveitar a minha inspiração e dar mais um avisinho: Mentira tem perna curta! A de vocês já dura 61 anos. Deve ter sido a mentira mais longa da história! Senhores judeus sionistas, este recorde vocês conseguiram bater! Viu!! Pelo menos isso! Deve ter sido a única contribuição para este século!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Atire primeiro!!!!
Reuters - 15/07/2009 18:31
Ordem em Gaza era "atirar primeiro", dizem soldados
Por Douglas Hamilton
JERUSALÉM (Reuters) - Alguns dos soldados israelenses envolvidos na invasão da Faixa de Gaza em janeiro dizem que eles eram orientados pelos comandantes a atirar primeiro e preocupar-se depois em poupar civis. Por isso, afirmam, as forças entraram em Gaza com o dedo no gatilho.
Em depoimentos incluídos num relatório de 112 páginas e em um vídeo divulgados nesta quarta-feira pelo grupo ativista Rompendo o Silêncio, 30 soldados dizem que o objetivo do Exército israelense era de minimizar suas baixas para garantir que a opinião pública do país apoiasse a operação. Os depoimentos reforçam as acusações da Anistia Internacional, Human Rights Watch e órgãos da ONU de que as forças de Israel infligiram morte e destruição em uma escala injustificável.
Mas as declarações provocaram uma dura reação dos militares --que já haviam rejeitado as acusações de crimes de guerra feitas pelas entidades internacionais-- em um comunicado de três páginas que refuta as alegações como uma mistura difamatória e caluniosa de rumores e boatos.
Nos depoimentos em vídeo e texto, quase todos sem indicação de nome e com as imagens borradas, soldados dizem que a ordem em Gaza era minimizar suas baixas para manter o apoio popular.
"Melhor atingir um inocente do que hesitar em atingir um inimigo", é uma descrição típica de um dos soldados que não teve seu nome revelado sobre como entendeu as instruções repetidas antes da invasão e durante os 22 dias de guerra, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro.
"Se você não tiver certeza, mate. O poder de fogo era insano. Entrávamos e as explosões eram simplesmente malucas", afirma outro militar. "No momento em que chegávamos à nossa linha inicial, simplesmente começávamos a atirar em locais suspeitos."
"Na guerra urbana, todos são seus inimigos. Não há inocentes."
CALÚNIA E DIFAMAÇÃO
O Exército de Israel disse em comunicado "lamentar o fato de que uma outra organização de defesa dos direitos humanos esteja apresentando a Israel e ao mundo um relatório baseado em testemunhos genéricos e anônimos", ao mesmo tempo que não teve a "mínima decência" de enviar com antecedência uma cópia para permitir que os militares investigassem as denúncias.
"Isto foi feito como difamação e calúnia contra o IDF (sigla em inglês para Forças Israelenses de Defesa) e seus comandantes", diz o comunicado.
O texto reconhece que houve "incidentes isolados nos quais foram causados danos não-intencionais a não-combatentes, como resultado de erros operacionais que são inevitáveis em um combate complexo".
Durante a operação, o objetivo declarado de Israel era forçar o grupo islâmico Hamas e parar de disparar foguetes contra cidades no sul israelense.
Um grupo palestino de defesa dos direitos humanos afirma que 1.417 pessoas foram mortas em 22 dias de invasão, entre elas 926 civis. O Exército israelense diz que o número de mortos foi de 1.166 e estima 295 mortes civis.
Israel diz que dez de seus soldados e três civis do país também morreram.
Ruas inteiras em partes da Faixa de Gaza foram destruídas para minimizar os riscos de baixas israelenses por meio de armas pequenas e armadilhas com bombas. A ONU afirma que, seis meses após o conflito, Gaza começa agora a retirar 600 mil toneladas de escombros.
Ordem em Gaza era "atirar primeiro", dizem soldados
Por Douglas Hamilton
JERUSALÉM (Reuters) - Alguns dos soldados israelenses envolvidos na invasão da Faixa de Gaza em janeiro dizem que eles eram orientados pelos comandantes a atirar primeiro e preocupar-se depois em poupar civis. Por isso, afirmam, as forças entraram em Gaza com o dedo no gatilho.
Em depoimentos incluídos num relatório de 112 páginas e em um vídeo divulgados nesta quarta-feira pelo grupo ativista Rompendo o Silêncio, 30 soldados dizem que o objetivo do Exército israelense era de minimizar suas baixas para garantir que a opinião pública do país apoiasse a operação. Os depoimentos reforçam as acusações da Anistia Internacional, Human Rights Watch e órgãos da ONU de que as forças de Israel infligiram morte e destruição em uma escala injustificável.
Mas as declarações provocaram uma dura reação dos militares --que já haviam rejeitado as acusações de crimes de guerra feitas pelas entidades internacionais-- em um comunicado de três páginas que refuta as alegações como uma mistura difamatória e caluniosa de rumores e boatos.
Nos depoimentos em vídeo e texto, quase todos sem indicação de nome e com as imagens borradas, soldados dizem que a ordem em Gaza era minimizar suas baixas para manter o apoio popular.
"Melhor atingir um inocente do que hesitar em atingir um inimigo", é uma descrição típica de um dos soldados que não teve seu nome revelado sobre como entendeu as instruções repetidas antes da invasão e durante os 22 dias de guerra, entre 27 de dezembro e 18 de janeiro.
"Se você não tiver certeza, mate. O poder de fogo era insano. Entrávamos e as explosões eram simplesmente malucas", afirma outro militar. "No momento em que chegávamos à nossa linha inicial, simplesmente começávamos a atirar em locais suspeitos."
"Na guerra urbana, todos são seus inimigos. Não há inocentes."
CALÚNIA E DIFAMAÇÃO
O Exército de Israel disse em comunicado "lamentar o fato de que uma outra organização de defesa dos direitos humanos esteja apresentando a Israel e ao mundo um relatório baseado em testemunhos genéricos e anônimos", ao mesmo tempo que não teve a "mínima decência" de enviar com antecedência uma cópia para permitir que os militares investigassem as denúncias.
"Isto foi feito como difamação e calúnia contra o IDF (sigla em inglês para Forças Israelenses de Defesa) e seus comandantes", diz o comunicado.
O texto reconhece que houve "incidentes isolados nos quais foram causados danos não-intencionais a não-combatentes, como resultado de erros operacionais que são inevitáveis em um combate complexo".
Durante a operação, o objetivo declarado de Israel era forçar o grupo islâmico Hamas e parar de disparar foguetes contra cidades no sul israelense.
Um grupo palestino de defesa dos direitos humanos afirma que 1.417 pessoas foram mortas em 22 dias de invasão, entre elas 926 civis. O Exército israelense diz que o número de mortos foi de 1.166 e estima 295 mortes civis.
Israel diz que dez de seus soldados e três civis do país também morreram.
Ruas inteiras em partes da Faixa de Gaza foram destruídas para minimizar os riscos de baixas israelenses por meio de armas pequenas e armadilhas com bombas. A ONU afirma que, seis meses após o conflito, Gaza começa agora a retirar 600 mil toneladas de escombros.
Por que nós?
Passei uma semana de cama com uma crise de asma. Entre febres altas, falta de ar e dores no peito, tentei por várias vezes escrever algo neste meu humilde espaço cibernético, porém não me foi possível, pois a falta de energia me impedia.
É estranho, pois o que é um ato involuntário para a maioria dos humanos, para mim exige um esforço bastante dolorido. Fiquei então pensando em como se sentem os feridos de guerra. Aqueles que perderam membros, que tem ferimentos graves, que não tem acesso aos tratamentos, que passam o resto de suas vidas tendo que cortar partes do corpo por conta de gangrenas. E aqueles que viram seus lares ruírem, com toda a sua família dentro? Como será a dor da impotência?
Por várias vezes fiquei imaginando aquelas pessoas em Gaza, desesperadas tentando fugir dos bombardeios, com os filhos no colo, correndo apenas com a roupa do corpo. E quando aquelas pessoas chegavam na fronteira com o Egito, eram proibidas de sair de Gaza ou de entrar no Egito. Será que existe algo mais claustrofóbico? De um lado o exército israelense, com armas de última geração mirando toda a sua família e de outro os soldados egípcios armados até os dentes e te proibindo de fugir da guerra.
Seria mais decente para os israelenses se eles assumissem esse lado nazista e colocassem logo todos os palestinos de Gaza numa câmara de gás e matassem todos de uma só vez. Seria menos dolorido, pelo menos para as vítimas.
Talvez esta falta de ar que venho sentindo seja uma somatização tardia dos horrores que ví durante o ataque israelense à Gaza. Ver aquelas famílias desesperadas, tentando fugir dos bombardeios foi desesperador.
Será que Israel não se cansa de querer se vingar do holocausto, fazendo os palestinos pagarem em dobro por tudo o que eles passaram? E qual a culpa dos palestinos? Por que eles não vão se vingar dos alemães nazistas que queriam purificar a raça? O que nós palestinos temos à ver com isso? Por que nós?
Ai, estou com falta de ar de novo!
É estranho, pois o que é um ato involuntário para a maioria dos humanos, para mim exige um esforço bastante dolorido. Fiquei então pensando em como se sentem os feridos de guerra. Aqueles que perderam membros, que tem ferimentos graves, que não tem acesso aos tratamentos, que passam o resto de suas vidas tendo que cortar partes do corpo por conta de gangrenas. E aqueles que viram seus lares ruírem, com toda a sua família dentro? Como será a dor da impotência?
Por várias vezes fiquei imaginando aquelas pessoas em Gaza, desesperadas tentando fugir dos bombardeios, com os filhos no colo, correndo apenas com a roupa do corpo. E quando aquelas pessoas chegavam na fronteira com o Egito, eram proibidas de sair de Gaza ou de entrar no Egito. Será que existe algo mais claustrofóbico? De um lado o exército israelense, com armas de última geração mirando toda a sua família e de outro os soldados egípcios armados até os dentes e te proibindo de fugir da guerra.
Seria mais decente para os israelenses se eles assumissem esse lado nazista e colocassem logo todos os palestinos de Gaza numa câmara de gás e matassem todos de uma só vez. Seria menos dolorido, pelo menos para as vítimas.
Talvez esta falta de ar que venho sentindo seja uma somatização tardia dos horrores que ví durante o ataque israelense à Gaza. Ver aquelas famílias desesperadas, tentando fugir dos bombardeios foi desesperador.
Será que Israel não se cansa de querer se vingar do holocausto, fazendo os palestinos pagarem em dobro por tudo o que eles passaram? E qual a culpa dos palestinos? Por que eles não vão se vingar dos alemães nazistas que queriam purificar a raça? O que nós palestinos temos à ver com isso? Por que nós?
Ai, estou com falta de ar de novo!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Judeus contra Israel
Recebi dezenas de fotos do protesto dos judeus ortodoxos em Nova Iorque contra Israel, no qual eles renegam Israel como sua legítima representante, tentam esclarecer a diferença entre judeu e sionista e defendem o retorno do povo palestino à Palestina. Escolhi esta foto para mostrar o que foi dito no protesto.
Escolhas
Estou triste. Realmente triste. Às vezes fico assim, me sentindo meio idiota pelas escolhas que fiz vida afora. Eu sei que não podemos mudar o passado, nem planejar o futuro e que o próximo segundo das nossas vidas à Deus pertence, mas será que eu não poderia ter feito outras escolhas?
Por exemplo: eu me arrependo de ter me casado. Mas se não tivesse me casado, não teria minhas filhas maravilhosas. Também me arrependo de não ter ficado mais tempo na Jordânia. Mas se tivesse ficado mais tempo, talvez não teria vindo à Brasília. Me arrependo de ter começado à fumar e não vejo nenhum motivo pra deixar de me arrepender, até porque ganhei uma bela de uma asma por conta do cigarro. Me arrependo de não ter sido mais firme nas minhas convicções, principalmente quando me apaixonava e deixava de lado as coisas que eu realmente prezava. Me arrependo de não ter cuidado mais da Pitiuska. Talvez ela ainda estivesse viva se continuasse a trata-la como minha filhinha e não como minha cachorrinha.
Hoje estou assim, frágil, triste, arrependida e deprimida por não poder mudar nada do que já foi. E estou sem forças para vislumbrar qualquer coisa nova. Ainda mais depois de ter lido a notícia publicada no Estado de São Paulo dizendo que Israel vai retirar das placas de sinalização das ruas toda e qualquer referência árabe aos nomes dos lugares, substituindo-os por nomes hebraicos. Quer dizer que até isso eles vão fazer em mais uma tentativa de apagar o nome dos palestinos.
Que mais falta acontecer?
Por exemplo: eu me arrependo de ter me casado. Mas se não tivesse me casado, não teria minhas filhas maravilhosas. Também me arrependo de não ter ficado mais tempo na Jordânia. Mas se tivesse ficado mais tempo, talvez não teria vindo à Brasília. Me arrependo de ter começado à fumar e não vejo nenhum motivo pra deixar de me arrepender, até porque ganhei uma bela de uma asma por conta do cigarro. Me arrependo de não ter sido mais firme nas minhas convicções, principalmente quando me apaixonava e deixava de lado as coisas que eu realmente prezava. Me arrependo de não ter cuidado mais da Pitiuska. Talvez ela ainda estivesse viva se continuasse a trata-la como minha filhinha e não como minha cachorrinha.
Hoje estou assim, frágil, triste, arrependida e deprimida por não poder mudar nada do que já foi. E estou sem forças para vislumbrar qualquer coisa nova. Ainda mais depois de ter lido a notícia publicada no Estado de São Paulo dizendo que Israel vai retirar das placas de sinalização das ruas toda e qualquer referência árabe aos nomes dos lugares, substituindo-os por nomes hebraicos. Quer dizer que até isso eles vão fazer em mais uma tentativa de apagar o nome dos palestinos.
Que mais falta acontecer?
segunda-feira, 13 de julho de 2009
O Maior Roubo da História
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Bordado Palestino
Não sei de onde se originou o ponto cruz, mas creio que foi na Ucrânia. Até onde pesquisei, todos os caminhos me levaram para aquela ex-república soviética. De fato, as ucranianas são mestres na arte do bordado em ponto cruz. Fazem desenhos maravilhosos, usam cores deslumbrantes, fazem misturas que dão resultados que saltam aos olhos. Bonito de se ver!
Também creio que as palestinas copiaram a arte do bordado, mas como tudo o que é árabe é exagerado, elas não deixaram por menos e, ao invés de bordar batas, lenços e guardanapos com florzinhas, dedicaram-se a bordar vestidos longos, cobertos de ponto cruz de um extremo ao outro. O resultado? Uma arte que passou a ser copiada no mundo todo. Verdade!
Nem precisei ir tão longe para constatar. Outro dia, estava passeando numa feira de artesanato na famosa torre de televisão de Brasília e qual não foi minha surpresa ao ver uma bata bordada com motivos e estilo palestinos. Não pude me segurar e perguntei à vendedora quem a bordou. Ela me contou que copiou de um site de roupas árabes. É, quando se trata de pesquisar bordados, invariavelmente acabamos parando num site palestino. Maravilha!
Ao apreciar a tal bata, minha memória vagou até chegar à Jordânia, e ví minha avó Ghalieh sentada na varanda de casa, com um tecido branco no colo e uma meada na mão, me chamando para ajuda-la a enfiar a linha na agulha. Ví também minha tia Fawzieh brigando comigo para não errar os pontos, já que o vestido da minha avó teria que estar pronto para o casamento de fulano. Ficávamos ali, tardes à fio, bordando o vestido da minha avó, tomando chá, comendo pão torradinho com zaatar e contando histórias. Minha avó cantarolava as músicas palestinas de casamento e me pedia para decorar a letra, para ajuda-la a cantar para a noiva. No dia do casamento, minha avó estava sempre radiante com seu vestido novo. Cantava, dançava, batia palmas, ria, conversava alegremente com os parentes e tudo isso com o imenso orgulho de ter bordado mais um Thoub, um vestido palestino. Ah Vovó!
Do outro lado do mundo, no Brasil, estavam D. Âmina, minha mãe, e D. Miriam, minha avó, que entre um cliente e outro da nossa loja, pegavam seus paninhos e ficavam lá, bordando e conversando. Sempre sobrava para mim fazer o contorno de crochê dos vestidos. Naquela época, era uma tortura! Hoje vejo que perdi preciosos momentos, onde eu poderia ter curtido mais aquelas duas fofas bordadeiras.
Bordado Palestino é isso! Não é só bordar, é se relacionar, é conviver, é confraternizar.
Também creio que as palestinas copiaram a arte do bordado, mas como tudo o que é árabe é exagerado, elas não deixaram por menos e, ao invés de bordar batas, lenços e guardanapos com florzinhas, dedicaram-se a bordar vestidos longos, cobertos de ponto cruz de um extremo ao outro. O resultado? Uma arte que passou a ser copiada no mundo todo. Verdade!
Nem precisei ir tão longe para constatar. Outro dia, estava passeando numa feira de artesanato na famosa torre de televisão de Brasília e qual não foi minha surpresa ao ver uma bata bordada com motivos e estilo palestinos. Não pude me segurar e perguntei à vendedora quem a bordou. Ela me contou que copiou de um site de roupas árabes. É, quando se trata de pesquisar bordados, invariavelmente acabamos parando num site palestino. Maravilha!
Ao apreciar a tal bata, minha memória vagou até chegar à Jordânia, e ví minha avó Ghalieh sentada na varanda de casa, com um tecido branco no colo e uma meada na mão, me chamando para ajuda-la a enfiar a linha na agulha. Ví também minha tia Fawzieh brigando comigo para não errar os pontos, já que o vestido da minha avó teria que estar pronto para o casamento de fulano. Ficávamos ali, tardes à fio, bordando o vestido da minha avó, tomando chá, comendo pão torradinho com zaatar e contando histórias. Minha avó cantarolava as músicas palestinas de casamento e me pedia para decorar a letra, para ajuda-la a cantar para a noiva. No dia do casamento, minha avó estava sempre radiante com seu vestido novo. Cantava, dançava, batia palmas, ria, conversava alegremente com os parentes e tudo isso com o imenso orgulho de ter bordado mais um Thoub, um vestido palestino. Ah Vovó!
Do outro lado do mundo, no Brasil, estavam D. Âmina, minha mãe, e D. Miriam, minha avó, que entre um cliente e outro da nossa loja, pegavam seus paninhos e ficavam lá, bordando e conversando. Sempre sobrava para mim fazer o contorno de crochê dos vestidos. Naquela época, era uma tortura! Hoje vejo que perdi preciosos momentos, onde eu poderia ter curtido mais aquelas duas fofas bordadeiras.
Bordado Palestino é isso! Não é só bordar, é se relacionar, é conviver, é confraternizar.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Ídolo
Não sei idolatrar ninguém, até porque me ensinaram desde cedo que idolatria só se deve à Deus. Mas confesso que cheguei bem perto, quando ouvi Billie Jean pela primeira vez. Eu não me cansava de ouvir aquela música, tanto que minhas tias por parte de pai quebraram minha primeira fita cassete do Michael Jackson, uma semana depois de tê-la ganhado de presente do meu tio Ribhi. Chorei muito.
Como meu tio era engenheiro de som da Rádio da Jordânia, a única na época, e tinha lá seus privilégios, ele pediu à locutora do programa inglês para que tocasse Billie Jean pelo menos duas vezes ao dia e em horários em que eu estivesse com o rádio ligado. Delírio total!
Eu tinha o cabelo comprido e cortei ao estilo Michael Jackson. Todos riram de mim. Eu colei na parede do meu quarto todas as fotos dele que eu pude comprar com meu escasso dinheirinho. Eu esperava todos os dias, contando os segundos, para ouvir o programa inglês da rádio jordaniana para conhecer uma nova música do meu cantor predileto. Quando não tocava nenhuma, eu ligava para a rádio e reclamava.
Eu tinha 14 anos na época. Passei toda a minha infância ouvindo música árabe, Elvis e Beatles, mas aquele cantor era a minha primeira escolha. O primeiro ídolo a gente nunca esquece!
Como meu tio era engenheiro de som da Rádio da Jordânia, a única na época, e tinha lá seus privilégios, ele pediu à locutora do programa inglês para que tocasse Billie Jean pelo menos duas vezes ao dia e em horários em que eu estivesse com o rádio ligado. Delírio total!
Eu tinha o cabelo comprido e cortei ao estilo Michael Jackson. Todos riram de mim. Eu colei na parede do meu quarto todas as fotos dele que eu pude comprar com meu escasso dinheirinho. Eu esperava todos os dias, contando os segundos, para ouvir o programa inglês da rádio jordaniana para conhecer uma nova música do meu cantor predileto. Quando não tocava nenhuma, eu ligava para a rádio e reclamava.
Eu tinha 14 anos na época. Passei toda a minha infância ouvindo música árabe, Elvis e Beatles, mas aquele cantor era a minha primeira escolha. O primeiro ídolo a gente nunca esquece!
Admiração
Tenho uma admiração especial por pessoas que não se deixam levar pela maré. Aquelas que consideram as unanimidades burras. Tive o prazer de tropeçar com algumas dessas pessoas pelo meu caminho e, confesso, que além do meu respeito, conquistaram minha admiração.
Não falo de contestadores irônicos, que leram um livro e acham que sabem tudo. Falo de pessoas que acreditam, que tem caráter e coragem de dizer o que pensam.
Uma destas pessoas e quem tem lugar de destaque na minha vida é Rosane, ou Batata para os íntimos. Assim que voltei da Jordânia, fui estudar num colégio estadual chamado Elisa Ferrari Valls, em Uruguguaia. Certo dia, sem mais nem menos, topo com uma garota linda de olhos verdes, corte de cabelo "mucho loco", vestindo uma camiseta do Tchê Guevara e falando de causa palestina. Levei um susto! A ficha demorou a cair. Mas aquela garota me impressionou de cara. Ela falava da causa palestina com tanta autoridade e tanta convicção, que me deixou meio tonta. Ficamos amigas e amigas somos até hoje.
Depois foi a vez do Luciano. Um rapaz bonito, charmoso, de cabelos compridos e cacheados que era apaixonado pela Hata palestina. Em princípio, pensei que fosse só o interesse pela Hata, mas depois descobri um talento, um verdadeiro artista, uma pessoa sensível e de caráter incontestável, que desenhava quadros maravilhosos e fazia trabalhos manuais super delicados, além, é claro, de ser outro admirador do Chê.
Passados alguns anos, conheci os tres mosqueteiros. Ali, Fuad e Walter, defensores dos direitos dos oprimidos, injustiçados ou enfraquecidos. Foi uma grande honra. Aprendi tanto com este trio, que tento me espelhar neles toda vez que vejo alguém precisando de ajuda.
Ainda neste caminho, conheci Geraldo. Um intelectual, inteligente, perspicaz e muito muito caloroso. Ele também é do tipo que vai de encontro à maré e só volta com o que há de melhor.
E Valéria? O que dizer de uma mulher que é capaz de encarar presidentes de repúblicas e dizer o que pensa, assim mesmo, de peito aberto? Ah, ela é encantadora! E pensar que um dia a considerei uma louca, quando me ligou dizendo que precisava falar com um Sheikh? Hilária!
Olhando para trás, são poucas as pessoas que admiro, mas estas poucas pessoas sempre fizeram uma grande diferença na minha vida. Todas estas pessoas que mencionei apareceram do nada, chegaram falando alto, dizendo o que pensam com tamanha paixão, que o resultado não poderia ser outro: Me apaixonei por todas elas!
Não falo de contestadores irônicos, que leram um livro e acham que sabem tudo. Falo de pessoas que acreditam, que tem caráter e coragem de dizer o que pensam.
Uma destas pessoas e quem tem lugar de destaque na minha vida é Rosane, ou Batata para os íntimos. Assim que voltei da Jordânia, fui estudar num colégio estadual chamado Elisa Ferrari Valls, em Uruguguaia. Certo dia, sem mais nem menos, topo com uma garota linda de olhos verdes, corte de cabelo "mucho loco", vestindo uma camiseta do Tchê Guevara e falando de causa palestina. Levei um susto! A ficha demorou a cair. Mas aquela garota me impressionou de cara. Ela falava da causa palestina com tanta autoridade e tanta convicção, que me deixou meio tonta. Ficamos amigas e amigas somos até hoje.
Depois foi a vez do Luciano. Um rapaz bonito, charmoso, de cabelos compridos e cacheados que era apaixonado pela Hata palestina. Em princípio, pensei que fosse só o interesse pela Hata, mas depois descobri um talento, um verdadeiro artista, uma pessoa sensível e de caráter incontestável, que desenhava quadros maravilhosos e fazia trabalhos manuais super delicados, além, é claro, de ser outro admirador do Chê.
Passados alguns anos, conheci os tres mosqueteiros. Ali, Fuad e Walter, defensores dos direitos dos oprimidos, injustiçados ou enfraquecidos. Foi uma grande honra. Aprendi tanto com este trio, que tento me espelhar neles toda vez que vejo alguém precisando de ajuda.
Ainda neste caminho, conheci Geraldo. Um intelectual, inteligente, perspicaz e muito muito caloroso. Ele também é do tipo que vai de encontro à maré e só volta com o que há de melhor.
E Valéria? O que dizer de uma mulher que é capaz de encarar presidentes de repúblicas e dizer o que pensa, assim mesmo, de peito aberto? Ah, ela é encantadora! E pensar que um dia a considerei uma louca, quando me ligou dizendo que precisava falar com um Sheikh? Hilária!
Olhando para trás, são poucas as pessoas que admiro, mas estas poucas pessoas sempre fizeram uma grande diferença na minha vida. Todas estas pessoas que mencionei apareceram do nada, chegaram falando alto, dizendo o que pensam com tamanha paixão, que o resultado não poderia ser outro: Me apaixonei por todas elas!
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