Folha de S. Paulo
Assunto: MundoTítulo: 1i Europa critica plano israelense de expansãoData: 22/07/2009Crédito: da redação
da redaçãoEUA acham prematuro cogitar sanções para pressionar pelo congelamento das colôniasAcordos verbais que teriam sido firmados com governo Bush e permitiriam novos assentamentos são citados por autoridades de Israel Três dias após o premiê israelense direitista, Binyamin Netanyahu, ter contrariado pedido dos EUA e autorizado a expansão em Jerusalém Oriental, Israel sofreu ontem críticas de países europeus.Em comunicado, a União Europeia (UE) pediu que Israel interrompa as ações "provocativas" em Jerusalém, mencionando que a demolição de casas palestinas e a expansão para o lado oriental da cidade iria "ameaçar as chances de paz".O governo da Suécia, que exerce a presidência rotativa do bloco, pediu que Israel parasse com os despejos de palestinos e com as demolições em Jerusalém Oriental -ações que considera ferir as leis internacionais.Segundo a ONU, milhares de palestinos habitantes da região estão ameaçados de despejo, já que há 1.500 ordens de demolição contra edificações construídas sem autorização da Prefeitura de Jerusalém.A ideia da ação israelense é construir novas casas para "judaizar" Jerusalém Oriental -o que minaria a ambição palestina de instalar no local a capital de seu Estado.Ruprecht Polenz, chefe do Comitê para Assuntos Externos do Parlamento alemão, disse que, se continuasse essa política, Israel correria um risco de "cometer suicídio enquanto Estado democrático".Assim como fizeram há alguns dias os EUA, o chanceler da França, Bernard Kouchner, anunciou ontem a convocação do embaixador de Israel em Paris para pedir o fim da colonização em Jerusalém Oriental.O porta-voz da Chancelaria russa engrossou o coro: disse que o governo de Netanyahu deveria "parar imediatamente os assentamentos" para que continue o processo de paz."Prematuro"O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que seria "prematuro" falar sobre sanções financeiras a Israel, como forma de pressionar pelo congelamento das colônias. "O que estamos tratando de fazer é criar condições propícias para a retomada das negociações. O senador [George] Mitchell está trabalhando duro por isso", disse Robert Wood, citando o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio.Segundo um funcionário da Chancelaria americana, Mitchell deixaria Washington na noite de ontem. A despeito de não ter revelado seu itinerário, ele informou que o emissário terá reuniões com autoridades israelenses e palestinas.Reação"Nosso direito de governar e desenvolver Jerusalém é inquestionável", disse o vice-chanceler israelense, Danny Ayalon, em nota oficial. "Israel atua e atuará em função de seus interesses nacionais e, em especial, em tudo o que afeta Jerusalém Oriental."O vice-premiê de Israel Dan Meridor deu a entender que o país não deve ceder aos apelos de EUA, UE e Rússia.E ressaltou que os pedidos dos EUA para congelar a expansão de colônias israelenses na Cisjordânia contrariam pactos passados entre os dois países -e podem minar a credibilidade dos aliados. "Nunca tivemos acordos com a gestão passada. Tínhamos acordos com os EUA", disse ontem Meridor.A exemplo do que haviam feito anteriormente sob pressão de obamistas para estancar a expansão das colônias, autoridades israelenses evocaram ontem pactos verbais, que teriam sido firmados com o governo Bush e permitiam a colonização de novas áreas na Cisjordânia -e tiveram a validade questionada pela atual gestão.Com agência internacionais
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