quinta-feira, 2 de julho de 2009

Admiração

Tenho uma admiração especial por pessoas que não se deixam levar pela maré. Aquelas que consideram as unanimidades burras. Tive o prazer de tropeçar com algumas dessas pessoas pelo meu caminho e, confesso, que além do meu respeito, conquistaram minha admiração.
Não falo de contestadores irônicos, que leram um livro e acham que sabem tudo. Falo de pessoas que acreditam, que tem caráter e coragem de dizer o que pensam.
Uma destas pessoas e quem tem lugar de destaque na minha vida é Rosane, ou Batata para os íntimos. Assim que voltei da Jordânia, fui estudar num colégio estadual chamado Elisa Ferrari Valls, em Uruguguaia. Certo dia, sem mais nem menos, topo com uma garota linda de olhos verdes, corte de cabelo "mucho loco", vestindo uma camiseta do Tchê Guevara e falando de causa palestina. Levei um susto! A ficha demorou a cair. Mas aquela garota me impressionou de cara. Ela falava da causa palestina com tanta autoridade e tanta convicção, que me deixou meio tonta. Ficamos amigas e amigas somos até hoje.
Depois foi a vez do Luciano. Um rapaz bonito, charmoso, de cabelos compridos e cacheados que era apaixonado pela Hata palestina. Em princípio, pensei que fosse só o interesse pela Hata, mas depois descobri um talento, um verdadeiro artista, uma pessoa sensível e de caráter incontestável, que desenhava quadros maravilhosos e fazia trabalhos manuais super delicados, além, é claro, de ser outro admirador do Chê.
Passados alguns anos, conheci os tres mosqueteiros. Ali, Fuad e Walter, defensores dos direitos dos oprimidos, injustiçados ou enfraquecidos. Foi uma grande honra. Aprendi tanto com este trio, que tento me espelhar neles toda vez que vejo alguém precisando de ajuda.
Ainda neste caminho, conheci Geraldo. Um intelectual, inteligente, perspicaz e muito muito caloroso. Ele também é do tipo que vai de encontro à maré e só volta com o que há de melhor.
E Valéria? O que dizer de uma mulher que é capaz de encarar presidentes de repúblicas e dizer o que pensa, assim mesmo, de peito aberto? Ah, ela é encantadora! E pensar que um dia a considerei uma louca, quando me ligou dizendo que precisava falar com um Sheikh? Hilária!
Olhando para trás, são poucas as pessoas que admiro, mas estas poucas pessoas sempre fizeram uma grande diferença na minha vida. Todas estas pessoas que mencionei apareceram do nada, chegaram falando alto, dizendo o que pensam com tamanha paixão, que o resultado não poderia ser outro: Me apaixonei por todas elas!

Um comentário:

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