A indústria da imagem está destruindo a humanidade.
A indústria da corrida contra o relógio está acabando com a nossa saúde.
A indústria dos super egos está acabando com a nossa essência.
A indústria do sucesso está acabando com o nosso sossego.
Que mal há em ser um ser humano normal? Sim, normal. Daqueles que cumpre expediente, mas depois quer ir para casa descansar. Que mal há em comer uns docinhos e ganhar uns quilinhos na barriga?
A cultura atual prega que você deve ser um exemplo na escola, na faculdade, no trabalho, no físico, no intelecto e ainda ser simpático e sociável. Ah, e que você deve conseguir o seu primeiro milhão antes dos 30 anos.
Quem não atinge todas estas metas é um verdadeiro fracassado. Então, neste contexto, eu sou uma fracassada. Não me formei, não consegui o emprego ideal, não consegui manter o meu peso e nem me tornei uma fisiculturista e tenho horrorosos acessos de mau humor.
O que esta indústria esqueceu de pregar, são as coisas mais essenciais que caracterizam o ser humano: A luta pela sobrevivência, a necessidade de amar e ser amado, a necessidade de viver em família e entre amigos, o prazer de ter um lar, de sorrir, de assistir um filme curtindo preguiça no sofá da sala, estar com aquelas pessoas que escolhemos para fazerem parte das nossas vidas, tomar refrigerantes, comer doces e sermos felizes.
Os comerciais de teve vendem seguros de vida como se a morte fosse uma ameaça e não o curso natural da nossa existência. As fábricas de carros anunciam seus produtos como se fossem gratuitos, quando na verdade são inacessíveis para muitos. As fábricas de cosméticos e moda colocam nos seus anúncios modelos que só seria possível existirem se o photoshop fosse uma obra de Deus.
Nos fazem sentir frustrados, incompetentes, decadentes.
Para o ano novo, eu vou pedir a Deus uma indústria da vida e pela vida. Uma indústria que preze a nossa essência humana e que cultue as coisas simples que nos fazem felizes. Uma indústria onde a diferença é um luxo e onde cada ser humano seja tratado como alguém muito especial, apenas pelo fato de existir.
E viva a vida!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Graças a Deus
Graças a Deus! Graças a Deus! Graças a Deus!
Era assim que minha avó começava o dia. Agradecendo! Depois pedia a Deus saúde, paz, proteção e sorte, para logo em seguida agradecer a Ele pela saúde, paz, proteção e sorte que ela recebeu até agora.
Hoje, quando acordei, agradeci a Deus por mais este dia, por continuar viva, respirando e com saúde. Adquiri este hábito desde pequena, mas o esqueci na adolescência e deixei minha religiosidade de lado na primeira fase adulta. Aos poucos, tudo o que absorvi quando criança, está voltando. Minha crença em Deus nunca foi tão forte, os ensinamentos das minhas avós e da minha mãe impregnaram-se em mim, minha necessidade de estar com o coração aberto às pessoas elevou-se à uma dimensão bem maior e minha capacidade de amar está em alta.
Isto só pode ser uma dádiva de Deus! Então, para este ano novo que se inicia, eu quero agradecer a Deus por tudo o que Ele me proporcionou até agora. Graças a Deus pela minha saúde e pela saúde dos meus, graças a Deus pela minha sorte e pela sorte dos meus. Graças a Deus pela minha paz interior e paz dos meus. Graças a Deus pela vida das minhas filhas, dos meus sobrinhos e que Deus nos dê sabedoria para proporcionar a eles o mesmo legado que nos foi deixado. O legado da raça e do sangue palestino. O legado da nossa história milenar e das nossas raízes fortes.
Obrigado Deus por me dar filhas lindas, uma família unida, amigos verdadeiros, trabalho e muita paz. Obrigado por permitir que eu cuide dos meus e que eles cuidem de mim. Obrigado pela vinda da Yasmin à nossa família. Obrigado por permitir que eu tenha amor aos meus bichinhos, especialmente o Mimo e a Lilica. Obrigado por colocar pessoas boas no meu caminho. Obrigado por me dar as lições certas para que eu sempre seja uma pessoa melhor. Obrigado por permitir que eu reencontre pessoas queridas e pessoas novas que estão fazendo a diferença na minha vida.
Obrigado por abrir minha mente para as coisas boas. Obrigado por me cercar de carinho. Mais uma vez, obrigado pela minha família e pelos meus amigos e que o calor deste sentimento nunca se apague.
Obrigado pela nossa felicidade.
Graças a Deus!
Feliz Ano Novo!
Era assim que minha avó começava o dia. Agradecendo! Depois pedia a Deus saúde, paz, proteção e sorte, para logo em seguida agradecer a Ele pela saúde, paz, proteção e sorte que ela recebeu até agora.
Hoje, quando acordei, agradeci a Deus por mais este dia, por continuar viva, respirando e com saúde. Adquiri este hábito desde pequena, mas o esqueci na adolescência e deixei minha religiosidade de lado na primeira fase adulta. Aos poucos, tudo o que absorvi quando criança, está voltando. Minha crença em Deus nunca foi tão forte, os ensinamentos das minhas avós e da minha mãe impregnaram-se em mim, minha necessidade de estar com o coração aberto às pessoas elevou-se à uma dimensão bem maior e minha capacidade de amar está em alta.
Isto só pode ser uma dádiva de Deus! Então, para este ano novo que se inicia, eu quero agradecer a Deus por tudo o que Ele me proporcionou até agora. Graças a Deus pela minha saúde e pela saúde dos meus, graças a Deus pela minha sorte e pela sorte dos meus. Graças a Deus pela minha paz interior e paz dos meus. Graças a Deus pela vida das minhas filhas, dos meus sobrinhos e que Deus nos dê sabedoria para proporcionar a eles o mesmo legado que nos foi deixado. O legado da raça e do sangue palestino. O legado da nossa história milenar e das nossas raízes fortes.
Obrigado Deus por me dar filhas lindas, uma família unida, amigos verdadeiros, trabalho e muita paz. Obrigado por permitir que eu cuide dos meus e que eles cuidem de mim. Obrigado pela vinda da Yasmin à nossa família. Obrigado por permitir que eu tenha amor aos meus bichinhos, especialmente o Mimo e a Lilica. Obrigado por colocar pessoas boas no meu caminho. Obrigado por me dar as lições certas para que eu sempre seja uma pessoa melhor. Obrigado por permitir que eu reencontre pessoas queridas e pessoas novas que estão fazendo a diferença na minha vida.
Obrigado por abrir minha mente para as coisas boas. Obrigado por me cercar de carinho. Mais uma vez, obrigado pela minha família e pelos meus amigos e que o calor deste sentimento nunca se apague.
Obrigado pela nossa felicidade.
Graças a Deus!
Feliz Ano Novo!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Entrevista com o Embaixador da Palestina
Correio Brasiliense
Reconhecimento de Lula dá aos palestinos um aliado de peso contra Israel
14/12/2010
Isabel Fleck
À mesa de seu escritório, em Brasília, o embaixador palestino, Ibrahim Al-Zeben, exibe, orgulhoso, um globo diferente. Foi o único que conseguiu encontrar, até hoje, em que o nome da Palestina aparece registrado, bem ao lado de Israel. Para ele, no entanto, decisões como a tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a menos de um mês de deixar o Planalto —, de reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras de 1967, ajudarão a mudar o mapa-múndi. Em entrevista ao Correio, ele disse acreditar que a atitude brasileira “certamente ajudará países que estavam indecisos a entender a mensagem” de que o povo palestino tem direito a ter seu Estado.
“Os palestinos estão muito agradecidos por esse apoio, porque isso vai ser positivo também para alcançar a paz com Israel. Um reconhecimento mundial ajuda a colocar as duas partes em pé de igualdade”, afirmou Al-Zeben, na terceira entrevista da série com os embaixadores sobre o futuro das relações bilaterais no governo de Dilma Rousseff. Segundo o embaixador, a atitude do Brasil, que foi seguido pela vizinha Argentina, deixa seu povo mais fortalecido. Contudo, ele despista ao ser questionado se o próximo passo é levar um pedido de reconhecimento oficial à Organização das Nações Unidas (ONU). “Esperamos que Israel volte às negociações, paralisando os assentamentos que estão levando nosso território palestino em Jerusalém Oriental. Achamos que esse é o melhor caminho, o caminho mais curto.”
Para Al-Zeben, o esforço brasileiro que surtiria mais efeito agora seria continuar ajudando na reconstrução da infraestrutura do Estado palestino. Até mais do que usar a proximidade com Israel para interceder pelo fim das construções nos assentamentos judaicos em territórios palestinos. “O Brasil não deixou de interceder todo esse tempo, mas Israel faz pouco caso”, ressaltou. Ele disse ainda esperar, no governo Dilma, uma continuidade da relação bastante próxima vista entre Brasil e Palestina nos oito anos de gestão Lula. O presidente foi o responsável por puxar a parceria do fórum Ibas, formado com Índia e África do Sul, com o governo palestino, que resultou em diversos projetos de reconstrução em Gaza e na Cisjordânia, por meio do Fundo Ibas, e até em uma defesa conjunta da criação do Estado palestino, durante encontro em Brasília, em abril deste ano. “Cada presidente tem seu estilo, mas a amizade obviamente vai continuar com a presidente Dilma. E esperamos que a política brasileira siga acompanhando o desejo do povo palestino de ser uma nação livre”, revelou.
O presidente Lula está encerrando o mandato depois de atender ao pedido do presidente Abbas e reconhecer o Estado palestino. O que isso representa para o povo palestino?
É um motivo de muita satisfação essa decisão histórica do governo do Brasil e do presidente Lula a favor da justiça e do estado de Direito. Foi uma agradável surpresa, justamente em um momento em que o mundo inteiro relembrava o dia internacional de solidariedade à palestina (29 de novembro). Mas dos bons amigos e dos amantes da paz e da justiça sempre se espera algo bom. Os palestinos estão muito agradecidos por esse apoio, porque isso vai ser positivo também para alcançar a paz com Israel. Um reconhecimento mundial ajuda a colocar as duas partes em pé de igualdade.
Com a decisão do Brasil, o que muda nas relações bilaterais? E para o governo palestino, em um contexto geral?
Nós nos sentimos mais fortalecidos em nível internacional, porque esse passo histórico foi seguido por outras declarações favoráveis ao direito legítimo do povo palestino a ter seu Estado. Em relação ao Brasil, isso dá à missão palestina aqui o status de embaixada do Estado palestino, o que é um avanço importante para nós. Além disso, estamos falando do Brasil, que tem um peso importante na América Latina, no Ibas, no mundo.
Você esperam que o governo brasileiro utilize sua influência para pedir que outros países da região reconheçam o Estado palestino?
A decisão de cada país é soberana, mas seguramente ajudará outros países que estavam indecisos a entender essa mensagem profunda, fundamentada, certa. E, sem dúvida, existe uma simpatia cada vez maior neste continente a favor do direito do povo palestino, que tem sido postergado há 33 anos. Confiamos que a decisão soberana da América Latina será a favor do direito palestino de ter seu estado.
O Brasil demorou para tomar a decisão, uma vez que sempre defendeu um Estado palestino nas fronteiras de 1967?
As coisas sempre acontecem no momento certo. E estamos felizes que tenha acontecido agora.
Com o apoio de Brasil e Argentina — que se somam a mais de 100 países que já haviam tomado a mesma decisão —, vocês pretendem levar um pedido de reconhecimento oficial às Nações Unidas?
Nós esperamos agora que Israel volte às negociações, paralisando os assentamentos que estão levando nosso território palestino em Jerusalém Oriental. Achamos que esse é o melhor caminho, é o caminho mais curto. E acho que Israel deve entender essa mensagem da comunidade internacional e respeitar a vontade do povo palestino. Ter uma política equilibrada e com respeito absoluto ao direito internacional e ao direito palestino de criar seu Estado.
Como o senhor avalia a relação entre Brasil e Palestina nos oito anos de governo Lula?
O balanço geral é positivo. As relações bilaterais vêm melhorando e se fortalecendo. O clímax foi a visita do presidente Abbas, teve três escalas: Salvador, Porto Alegre e Recife. A visita do presidente Lula à Palestina também foi muito importante, porque conseguimos assinar seis acordos, em áreas como saúde, esportes, educação e agricultura. Estamos satisfeitos também com a dedicação do presidente Lula e do ministro Celso Amorim ao interferir mais positivamente no processo de negociação de paz entre Israel e Palestina — inclusive ultrapassando os limites da relação bilateral para encontrar eco no Ibas (formado por Índia, Brasil e África do Sul), esse grupo de atividade importante na área internacional. O presidente Lula tem sido um amigo da Palestina, do presidente Arafat e da luta palestina para recuperar primeiro o território e a identidade, e também para recuperar o processo de paz. E isso nunca foi feito às custas da relação bilateral entre Israel e Brasil. O presidente Lula e o ministro Amorim conseguiram gerenciar muito bem (as duas relações), sempre promoveram um diálogo sem, em nenhum momento, deixar de condenar as agressões ou as atividades bélicas.
O senhor espera que, no governo Dilma, essa proximidade vá continuar?
Cada presidente tem seu estilo, mas a amizade, obviamente, vai continuar com a presidente Dilma. E esperamos que a política brasileira siga acompanhando o desejo do povo palestino de ser uma nação livre.
O governo palestino espera um protagonismo do Brasil no processo de paz? Qual papel podemos desempenhar?
O Brasil sempre vai desempenhar um papel importante na área internacional, especialmente na questão palestina. Os últimos oito anos demonstram o quanto é importante a presença brasileira nesse conflito. E o país fez o que era mais importante: reconhecer o Estado palestino. Mas o Brasil pode investir na infraestrutura palestina, procurar parceiros para investimentos na Palestina. Pode utilizar seu peso na arena internacional para ir melhorando a infraestrutura de um Estado palestino.
Por ter boas relações também com Israel, o Brasil poderia interceder para que cessem as construções nos assentamentos?
Interceder, pode, mas o ponto é se Israel aceitaria. Porque o Brasil não deixou de interceder todo esse tempo — e a prova disso são as várias visitas do chanceler Amorim e as várias delegações que visitaram ambos os lados —, mas Israel faz pouco caso. Israel não ouve o Brasil. E, inclusive, nem os Estados Unidos.
Qual o peso da ajuda dada pelo Brasil à Palestina, por meio do Ibas?
Está tudo por ser feito na Palestina, e toda a ajuda do Brasil, do Ibas e da comunidade internacional é importante para nós nesse momento. É importante o trabalho feito em Gaza e na Cisjordânia, na reconstrução de escolas, hospitais e até estádios esportivos. Devido a 43 anos de ocupação, as estruturas foram abandonadas, muita coisa foi destruída pelo Exército de Israel. E outras estruturas não foram construídas precisamente pela presença dos ocupantes israelenses. O maior obstáculo para o nascimento e crescimento da Palestina é a ocupação israelense, que se manifesta pela presença militar e dos colonos, pelas atividades bélicas de repressão contra nosso povo, que impedem o crescimento normal do país.
Em quais áreas o Brasil pode ajudar mais?
Por exemplo, na questão de água. Em São Paulo, há um estudo sobre como pegar água da atmosfera, e o nosso problema é água. Não somente na Palestina, mas em toda a região, o que pode provocar uma guerra no futuro. No último ano, vieram várias delegações ao Brasil para estudar avanços no manejo do lixo tóxico. Também temos de colocar em prática os acordos em agricultura, educação. Em relação ao esporte, temos tido um intercâmbio interessante: neste ano, veio um grupo de futebol feminino para ter cursos em São Paulo, e hoje em dia temos três treinadores de futebol palestinos que estão em Santos.
Como é possível avançar com o comércio entre Brasil e Palestina?
O comércio é incipiente, porque isso é uma questão de soberania, e nós não temos essa soberania. Temos muito produtos para serem promovidos aqui no Brasil, tanto serviços quanto matéria-prima em agricultura, e temos também muitos produtos brasileiros que poderíamos consumir. Mas tudo tem que ser por meio de Israel. Para nós, o Brasil será um parceiro importante, porque todos os produtos de que precisamos existem aqui, sobretudo produtos agrícolas: soja, azeites, frutas, carnes, café. Quando se fala de café na Palestina, se fala do café brasileiro. Precisamos até de materiais e serviços de construção para reconstruir o país. Como nossa topografia é montanhosa, possivelmente vamos precisar também da engenharia civil brasileira, que é bastante avançada.
E o que pode interessar o Brasil na Palestina?
O produto mais importante palestino é o turismo religioso. Temos aqui no Brasil uma comunidade majoritariamente cristã, e a rota do cristianismo está entre Palestina, Israel, Jordânia e Egito. Além de produtos agrícolas, como azeite de oliva e seus derivados, e a pedra palestina, que é considerada o nosso “ouro branco” e é muito usada na construção.
Reconhecimento de Lula dá aos palestinos um aliado de peso contra Israel
14/12/2010
Isabel Fleck
À mesa de seu escritório, em Brasília, o embaixador palestino, Ibrahim Al-Zeben, exibe, orgulhoso, um globo diferente. Foi o único que conseguiu encontrar, até hoje, em que o nome da Palestina aparece registrado, bem ao lado de Israel. Para ele, no entanto, decisões como a tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a menos de um mês de deixar o Planalto —, de reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras de 1967, ajudarão a mudar o mapa-múndi. Em entrevista ao Correio, ele disse acreditar que a atitude brasileira “certamente ajudará países que estavam indecisos a entender a mensagem” de que o povo palestino tem direito a ter seu Estado.
“Os palestinos estão muito agradecidos por esse apoio, porque isso vai ser positivo também para alcançar a paz com Israel. Um reconhecimento mundial ajuda a colocar as duas partes em pé de igualdade”, afirmou Al-Zeben, na terceira entrevista da série com os embaixadores sobre o futuro das relações bilaterais no governo de Dilma Rousseff. Segundo o embaixador, a atitude do Brasil, que foi seguido pela vizinha Argentina, deixa seu povo mais fortalecido. Contudo, ele despista ao ser questionado se o próximo passo é levar um pedido de reconhecimento oficial à Organização das Nações Unidas (ONU). “Esperamos que Israel volte às negociações, paralisando os assentamentos que estão levando nosso território palestino em Jerusalém Oriental. Achamos que esse é o melhor caminho, o caminho mais curto.”
Para Al-Zeben, o esforço brasileiro que surtiria mais efeito agora seria continuar ajudando na reconstrução da infraestrutura do Estado palestino. Até mais do que usar a proximidade com Israel para interceder pelo fim das construções nos assentamentos judaicos em territórios palestinos. “O Brasil não deixou de interceder todo esse tempo, mas Israel faz pouco caso”, ressaltou. Ele disse ainda esperar, no governo Dilma, uma continuidade da relação bastante próxima vista entre Brasil e Palestina nos oito anos de gestão Lula. O presidente foi o responsável por puxar a parceria do fórum Ibas, formado com Índia e África do Sul, com o governo palestino, que resultou em diversos projetos de reconstrução em Gaza e na Cisjordânia, por meio do Fundo Ibas, e até em uma defesa conjunta da criação do Estado palestino, durante encontro em Brasília, em abril deste ano. “Cada presidente tem seu estilo, mas a amizade obviamente vai continuar com a presidente Dilma. E esperamos que a política brasileira siga acompanhando o desejo do povo palestino de ser uma nação livre”, revelou.
O presidente Lula está encerrando o mandato depois de atender ao pedido do presidente Abbas e reconhecer o Estado palestino. O que isso representa para o povo palestino?
É um motivo de muita satisfação essa decisão histórica do governo do Brasil e do presidente Lula a favor da justiça e do estado de Direito. Foi uma agradável surpresa, justamente em um momento em que o mundo inteiro relembrava o dia internacional de solidariedade à palestina (29 de novembro). Mas dos bons amigos e dos amantes da paz e da justiça sempre se espera algo bom. Os palestinos estão muito agradecidos por esse apoio, porque isso vai ser positivo também para alcançar a paz com Israel. Um reconhecimento mundial ajuda a colocar as duas partes em pé de igualdade.
Com a decisão do Brasil, o que muda nas relações bilaterais? E para o governo palestino, em um contexto geral?
Nós nos sentimos mais fortalecidos em nível internacional, porque esse passo histórico foi seguido por outras declarações favoráveis ao direito legítimo do povo palestino a ter seu Estado. Em relação ao Brasil, isso dá à missão palestina aqui o status de embaixada do Estado palestino, o que é um avanço importante para nós. Além disso, estamos falando do Brasil, que tem um peso importante na América Latina, no Ibas, no mundo.
Você esperam que o governo brasileiro utilize sua influência para pedir que outros países da região reconheçam o Estado palestino?
A decisão de cada país é soberana, mas seguramente ajudará outros países que estavam indecisos a entender essa mensagem profunda, fundamentada, certa. E, sem dúvida, existe uma simpatia cada vez maior neste continente a favor do direito do povo palestino, que tem sido postergado há 33 anos. Confiamos que a decisão soberana da América Latina será a favor do direito palestino de ter seu estado.
O Brasil demorou para tomar a decisão, uma vez que sempre defendeu um Estado palestino nas fronteiras de 1967?
As coisas sempre acontecem no momento certo. E estamos felizes que tenha acontecido agora.
Com o apoio de Brasil e Argentina — que se somam a mais de 100 países que já haviam tomado a mesma decisão —, vocês pretendem levar um pedido de reconhecimento oficial às Nações Unidas?
Nós esperamos agora que Israel volte às negociações, paralisando os assentamentos que estão levando nosso território palestino em Jerusalém Oriental. Achamos que esse é o melhor caminho, é o caminho mais curto. E acho que Israel deve entender essa mensagem da comunidade internacional e respeitar a vontade do povo palestino. Ter uma política equilibrada e com respeito absoluto ao direito internacional e ao direito palestino de criar seu Estado.
Como o senhor avalia a relação entre Brasil e Palestina nos oito anos de governo Lula?
O balanço geral é positivo. As relações bilaterais vêm melhorando e se fortalecendo. O clímax foi a visita do presidente Abbas, teve três escalas: Salvador, Porto Alegre e Recife. A visita do presidente Lula à Palestina também foi muito importante, porque conseguimos assinar seis acordos, em áreas como saúde, esportes, educação e agricultura. Estamos satisfeitos também com a dedicação do presidente Lula e do ministro Celso Amorim ao interferir mais positivamente no processo de negociação de paz entre Israel e Palestina — inclusive ultrapassando os limites da relação bilateral para encontrar eco no Ibas (formado por Índia, Brasil e África do Sul), esse grupo de atividade importante na área internacional. O presidente Lula tem sido um amigo da Palestina, do presidente Arafat e da luta palestina para recuperar primeiro o território e a identidade, e também para recuperar o processo de paz. E isso nunca foi feito às custas da relação bilateral entre Israel e Brasil. O presidente Lula e o ministro Amorim conseguiram gerenciar muito bem (as duas relações), sempre promoveram um diálogo sem, em nenhum momento, deixar de condenar as agressões ou as atividades bélicas.
O senhor espera que, no governo Dilma, essa proximidade vá continuar?
Cada presidente tem seu estilo, mas a amizade, obviamente, vai continuar com a presidente Dilma. E esperamos que a política brasileira siga acompanhando o desejo do povo palestino de ser uma nação livre.
O governo palestino espera um protagonismo do Brasil no processo de paz? Qual papel podemos desempenhar?
O Brasil sempre vai desempenhar um papel importante na área internacional, especialmente na questão palestina. Os últimos oito anos demonstram o quanto é importante a presença brasileira nesse conflito. E o país fez o que era mais importante: reconhecer o Estado palestino. Mas o Brasil pode investir na infraestrutura palestina, procurar parceiros para investimentos na Palestina. Pode utilizar seu peso na arena internacional para ir melhorando a infraestrutura de um Estado palestino.
Por ter boas relações também com Israel, o Brasil poderia interceder para que cessem as construções nos assentamentos?
Interceder, pode, mas o ponto é se Israel aceitaria. Porque o Brasil não deixou de interceder todo esse tempo — e a prova disso são as várias visitas do chanceler Amorim e as várias delegações que visitaram ambos os lados —, mas Israel faz pouco caso. Israel não ouve o Brasil. E, inclusive, nem os Estados Unidos.
Qual o peso da ajuda dada pelo Brasil à Palestina, por meio do Ibas?
Está tudo por ser feito na Palestina, e toda a ajuda do Brasil, do Ibas e da comunidade internacional é importante para nós nesse momento. É importante o trabalho feito em Gaza e na Cisjordânia, na reconstrução de escolas, hospitais e até estádios esportivos. Devido a 43 anos de ocupação, as estruturas foram abandonadas, muita coisa foi destruída pelo Exército de Israel. E outras estruturas não foram construídas precisamente pela presença dos ocupantes israelenses. O maior obstáculo para o nascimento e crescimento da Palestina é a ocupação israelense, que se manifesta pela presença militar e dos colonos, pelas atividades bélicas de repressão contra nosso povo, que impedem o crescimento normal do país.
Em quais áreas o Brasil pode ajudar mais?
Por exemplo, na questão de água. Em São Paulo, há um estudo sobre como pegar água da atmosfera, e o nosso problema é água. Não somente na Palestina, mas em toda a região, o que pode provocar uma guerra no futuro. No último ano, vieram várias delegações ao Brasil para estudar avanços no manejo do lixo tóxico. Também temos de colocar em prática os acordos em agricultura, educação. Em relação ao esporte, temos tido um intercâmbio interessante: neste ano, veio um grupo de futebol feminino para ter cursos em São Paulo, e hoje em dia temos três treinadores de futebol palestinos que estão em Santos.
Como é possível avançar com o comércio entre Brasil e Palestina?
O comércio é incipiente, porque isso é uma questão de soberania, e nós não temos essa soberania. Temos muito produtos para serem promovidos aqui no Brasil, tanto serviços quanto matéria-prima em agricultura, e temos também muitos produtos brasileiros que poderíamos consumir. Mas tudo tem que ser por meio de Israel. Para nós, o Brasil será um parceiro importante, porque todos os produtos de que precisamos existem aqui, sobretudo produtos agrícolas: soja, azeites, frutas, carnes, café. Quando se fala de café na Palestina, se fala do café brasileiro. Precisamos até de materiais e serviços de construção para reconstruir o país. Como nossa topografia é montanhosa, possivelmente vamos precisar também da engenharia civil brasileira, que é bastante avançada.
E o que pode interessar o Brasil na Palestina?
O produto mais importante palestino é o turismo religioso. Temos aqui no Brasil uma comunidade majoritariamente cristã, e a rota do cristianismo está entre Palestina, Israel, Jordânia e Egito. Além de produtos agrícolas, como azeite de oliva e seus derivados, e a pedra palestina, que é considerada o nosso “ouro branco” e é muito usada na construção.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Obrigado Deus!
Sítio da Controladoria Geral da União
09/12/2010
Premiação de concursos culturais da CGU atesta difusão do controle social
O trabalho de combate e prevenção à corrupção, além de benefícios à sociedade, traz também inspiração. Durante a celebração do Dia Internacional de Combate à Corrupção, na tarde desta quinta-feira (9), participantes dos concursos culturais da Controladoria-Geral da União (CGU) receberam prêmios pelas melhores obras e puderam exibir trabalhos vencedores em 2010, entre aproximadamente 150 mil concorrentes.
Desenhos, redações, monografias, filmes e gravações de áudio, todos com temas focados na prevenção e no combate aos desvios dos recursos públicos e empenhados na boa destinação do dinheiro dos contribuintes. “Queremos estimular a formação da cultura da ética e da cidadania”, justificou o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius Spinelli.
O sítio eletrônico da CGU (www.cgu.gov.br) divulga na sua página principal a relação dos estudantes, professores, universitários, pesquisadores e cidadãos em geral que tiveram suas idéias premiadas. O concurso de redações e desenhos, na sua quarta edição, alcançou superou a marca de 615 mil trabalhos concorrentes, com a mobilização de 873 mil estudantes, e, hoje, merece citação em eventos internacionais como exemplo de iniciativa para incentivar o controle social.
O garoto Leonardo de Souza, de 10 anos, é prova viva do sucesso das iniciativas de difundir entre a população a preocupação com a destinação do dinheiro público. A idéia para o desenho de um hospital com problemas nasceu da experiência de assistir, na companhia do pai, as notícias em telejornais sobre os problemas nos hospitais do Distrito Federal. “Vi que estava faltando médico”, lamenta o aluno de uma escola rural de Planaltina.
O trabalho do menino sensível à situação que afeta seus conterrâneos foi considerado o melhor de todo o país na categoria dos desenhos feitos por estudantes do ensino fundamental. “O tema corrupção é importante e serve para mostrar, numa escola rural, que os cidadãos temos deveres, mas também temos direitos”, explica a professora Liane Macedo, responsável pelo dia-a-dia de Leonardo e seus colegas de 4ª série na sala de aula. “Desde 2008 participamos dos concursos da CGU.”
O estudante tímido não conteve o sorriso quando confirmou que usaria seu prêmio, um notebook, para jogar vídeo games. Outro aparelho, igual, foi parar nas mãos de Lara Machado, 11 anos, aluna da 5ª série de escola particular no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. A autora de redação premiada em primeiro lugar transformou, em seu trabalho, o próprio dinheiro público mal usado em um personagem, fazendo a narrativa na primeira pessoa. “Foi uma sensação ruim, de frustração, por não poder ajudar as pessoas e, ao mesmo tempo, não ter culpa por isso.”
Rapidamente Lara também descobriu utilidade para o computador portátil que ganhou pela obra premiada. “O notebook era tudo o que eu queria, vou poder fazer de tudo”, disse. Na companhia da mãe e de uma irmã mais nova, usando uniforme da escola e com os cabelos compridos bem arrumados, a estudante logo decidiu que a máquina será útil no ano que vem, para a produção de nova redação. “Só espero a definição do tema.”
A entrega de prêmios aos autores dos melhores trabalhos nos concursos culturais da CGU se repetiu nos Estados, em solenidades para comemoração do Dia Internacional Contra a Corrupção. Os autores, professores e escolas receberam diplomas, troféus, computadores, máquinas fotográficas e, no caso das monografias, prêmios em dinheiro. Em 2010, o tema para os desenhos e redações foi Como será o futuro do Brasil com o dinheiro público bem aplicado. O edital para a edição de 2011 deverá ser publicado durante o primeiro trimestre.
09/12/2010
Premiação de concursos culturais da CGU atesta difusão do controle social
O trabalho de combate e prevenção à corrupção, além de benefícios à sociedade, traz também inspiração. Durante a celebração do Dia Internacional de Combate à Corrupção, na tarde desta quinta-feira (9), participantes dos concursos culturais da Controladoria-Geral da União (CGU) receberam prêmios pelas melhores obras e puderam exibir trabalhos vencedores em 2010, entre aproximadamente 150 mil concorrentes.
Desenhos, redações, monografias, filmes e gravações de áudio, todos com temas focados na prevenção e no combate aos desvios dos recursos públicos e empenhados na boa destinação do dinheiro dos contribuintes. “Queremos estimular a formação da cultura da ética e da cidadania”, justificou o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius Spinelli.
O sítio eletrônico da CGU (www.cgu.gov.br) divulga na sua página principal a relação dos estudantes, professores, universitários, pesquisadores e cidadãos em geral que tiveram suas idéias premiadas. O concurso de redações e desenhos, na sua quarta edição, alcançou superou a marca de 615 mil trabalhos concorrentes, com a mobilização de 873 mil estudantes, e, hoje, merece citação em eventos internacionais como exemplo de iniciativa para incentivar o controle social.
O garoto Leonardo de Souza, de 10 anos, é prova viva do sucesso das iniciativas de difundir entre a população a preocupação com a destinação do dinheiro público. A idéia para o desenho de um hospital com problemas nasceu da experiência de assistir, na companhia do pai, as notícias em telejornais sobre os problemas nos hospitais do Distrito Federal. “Vi que estava faltando médico”, lamenta o aluno de uma escola rural de Planaltina.
O trabalho do menino sensível à situação que afeta seus conterrâneos foi considerado o melhor de todo o país na categoria dos desenhos feitos por estudantes do ensino fundamental. “O tema corrupção é importante e serve para mostrar, numa escola rural, que os cidadãos temos deveres, mas também temos direitos”, explica a professora Liane Macedo, responsável pelo dia-a-dia de Leonardo e seus colegas de 4ª série na sala de aula. “Desde 2008 participamos dos concursos da CGU.”
O estudante tímido não conteve o sorriso quando confirmou que usaria seu prêmio, um notebook, para jogar vídeo games. Outro aparelho, igual, foi parar nas mãos de Lara Machado, 11 anos, aluna da 5ª série de escola particular no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. A autora de redação premiada em primeiro lugar transformou, em seu trabalho, o próprio dinheiro público mal usado em um personagem, fazendo a narrativa na primeira pessoa. “Foi uma sensação ruim, de frustração, por não poder ajudar as pessoas e, ao mesmo tempo, não ter culpa por isso.”
Rapidamente Lara também descobriu utilidade para o computador portátil que ganhou pela obra premiada. “O notebook era tudo o que eu queria, vou poder fazer de tudo”, disse. Na companhia da mãe e de uma irmã mais nova, usando uniforme da escola e com os cabelos compridos bem arrumados, a estudante logo decidiu que a máquina será útil no ano que vem, para a produção de nova redação. “Só espero a definição do tema.”
A entrega de prêmios aos autores dos melhores trabalhos nos concursos culturais da CGU se repetiu nos Estados, em solenidades para comemoração do Dia Internacional Contra a Corrupção. Os autores, professores e escolas receberam diplomas, troféus, computadores, máquinas fotográficas e, no caso das monografias, prêmios em dinheiro. Em 2010, o tema para os desenhos e redações foi Como será o futuro do Brasil com o dinheiro público bem aplicado. O edital para a edição de 2011 deverá ser publicado durante o primeiro trimestre.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Reação ao Brasil, Argentina e Uruguai
A declaração, abaixo relacionada, do vice-chanceler israelense, é só mais uma prova de que os israelenses nunca levaram o processo de paz à sério. Eles consideram os palestinos uns iludidos, panacas e ingênuos, que acham que um dia vão ter um país só deles. Enquanto isso, eles fingem que negociam, fingem que se importam e tiram uma com a cara de todo mundo. Quando eu digo que esta raça é a mais traiçoeira de todas, as pessoas me acusam de anti-semita, mas se não fossem criaturas de péssima índole, não teriam sido perseguidos e expulsos da Europa, que não quer vê-los lá nem pintados de ouro. Aliás, ninguém quer!
Reuters:
"Tal declaração hoje apenas prejudica o processo de paz, porque simplesmente encoraja os palestinos a continuar resistindo, na esperança de que algum milagre caia do céu ou que a comunidade internacional imponha algum tipo de acordo a Israel", disse o vice-chanceler Danny Ayalon.
"E o importante é que os americanos tampouco aceitam isso", disse Ayalon à rádio do Exército de Israel.
Reuters:
"Tal declaração hoje apenas prejudica o processo de paz, porque simplesmente encoraja os palestinos a continuar resistindo, na esperança de que algum milagre caia do céu ou que a comunidade internacional imponha algum tipo de acordo a Israel", disse o vice-chanceler Danny Ayalon.
"E o importante é que os americanos tampouco aceitam isso", disse Ayalon à rádio do Exército de Israel.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Al Hamdo Lelah
Estou super sensibilizada. Minha filha mais velha, Lara, foi a primeira colocada num concurso nacional de redação promovido pela Controladoria Geral da União. O Tema foi "Dinheiro Público". Ela tem apenas 11 anos, mas já tem uma noção clara do que é certo e o que é errado. Foi baseado neste conceito de valores essenciais que ela desenvolveu a redação. Fiquei super orgulhosa por saber que a educação que dei à ela surtiu um bom efeito.
Não é pelo prêmio, nem pelo reconhecimento, mas pela forma como ela e a irmã enxergam o mundo. Uma forma honesta, pura e simplista, onde o certo e o errado estão bem definidos. Não foi assim tão difícil, bastou dar o exemplo. Nunca faltei a um compromisso com minhas filhas, nunca voltei atrás numa promessa que fiz a elas, nunca fiz sermões e nem me coloquei na posição de heroína, mas procurei ser o mais humana possível, mostrando a elas que tenho defeitos e qualidades e que temos que saber compreender os nossos pontos fracos, para então nos fortalecer como seres humanos.
Acho que fiz um bom trabalho, até agora, e espero poder continuar fazendo para que eu possa deixar aqui, nesta dimensão, duas pessoinhas que querem bem ao próximo, que se preocupam com o planeta e que tem uma boa noção do que acontece à sua volta.
Hoje, na comemoração do Ano Novo muçulmano (1432 Hégira), quero agradecer a Deus por esta dádiva de ter duas filhas deslumbrantemente fantásticas e absolutamente humanas, em todos os sentidos.
Al Hamdo Lelah (Graças à Deus)!
Não é pelo prêmio, nem pelo reconhecimento, mas pela forma como ela e a irmã enxergam o mundo. Uma forma honesta, pura e simplista, onde o certo e o errado estão bem definidos. Não foi assim tão difícil, bastou dar o exemplo. Nunca faltei a um compromisso com minhas filhas, nunca voltei atrás numa promessa que fiz a elas, nunca fiz sermões e nem me coloquei na posição de heroína, mas procurei ser o mais humana possível, mostrando a elas que tenho defeitos e qualidades e que temos que saber compreender os nossos pontos fracos, para então nos fortalecer como seres humanos.
Acho que fiz um bom trabalho, até agora, e espero poder continuar fazendo para que eu possa deixar aqui, nesta dimensão, duas pessoinhas que querem bem ao próximo, que se preocupam com o planeta e que tem uma boa noção do que acontece à sua volta.
Hoje, na comemoração do Ano Novo muçulmano (1432 Hégira), quero agradecer a Deus por esta dádiva de ter duas filhas deslumbrantemente fantásticas e absolutamente humanas, em todos os sentidos.
Al Hamdo Lelah (Graças à Deus)!
Obrigado!
É claro! Nosso povo é educado e fiel aos amigos! Sabemos reconhecer quem reconhece nossos direitos. Os palestinos de todas as religiões (muçulmanos, cristãos e judeus) e de todas as partes do mundo estão orgulhosos da iniciativa brasileira, imediatamente adotada por outros países do continente, como a Argentina e o Uruguai. Obrigado pelo apoio!
Palestinos saúdam reconhecimento e dizem que Brasil é pioneiro
Agência Estado
07/12/2010
Guila Flint - BBC
Brasil e Argentina são primeiros países ocidentais a reconhecer Estado palestino.
Governo de Abbas saúda Brasil e Argentina por reconhecer Estado
O porta-voz do gabinete palestino, Ghassan Hatib, declarou nesta segunda-feira que os palestinos ficaram extremamente satisfeitos com a decisão da Argentina de seguir o exemplo do Brasil e reconhecer o Estado palestino com as fronteiras existentes em 1967.
"O Brasil é, sem dúvida, o pioneiro nesse processo, dando um exemplo que já foi seguido pela Argentina e que esperamos também seja seguido por outros países da América Latina", disse o porta-voz palestino à BBC Brasil.
Na sexta feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta a seu colega da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarando que o Brasil reconhece o Estado Palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, deflagrada em 1967, que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.
O Brasil e a Argentina foram os primeiros países ocidentais a reconhecer o Estado Palestino, que já havia sido reconhecido por cerca de cem países da Ásia e da África.
O ministério das Relações Exteriores de Israel manifestou "pesar e decepção" com a decisão do presidente brasileiro e afirmou que o reconhecimento "prejudica o processo de paz".
O Estado judeu considera ainda que o reconhecimento "constitui uma violação do acordo interino firmado em 1995, que estabelecia que o status da Cisjordânia e da Faixa de Gaza será determinado em uma negociação entre as partes".
Pressão
Hatib afirmou que o presidente Abbas ficou "muito grato e otimista" após a declaração de Lula e "já previa que outros países iriam seguir o exemplo do Brasil".
Para Ghassan Hatib, o reconhecimento tem uma importância diplomática "muito grande".
"Se vários países da América Latina reconhecerem nosso Estado, haverá um impacto sobre toda a comunidade internacional, que poderá levar ao reconhecimento de um Estado Palestino independente, no próximo verão, pelo Conselho de Segurança da ONU", disse.
O porta-voz também mencionou "efeitos concretos" do reconhecimento, como a transformação das representações diplomáticas palestinas em embaixadas e uma maior facilidade para a assinatura de acordos bilaterais envolvendo os palestinos.
Para o porta-voz, o reconhecimento crescente do Estado palestino poderá contribuir para o avanço do processo de paz, pois, segundo ele, "constituirá uma pressão sobre Israel para voltar à mesa de negociações".
"Estamos dispostos a retomar as negociações a qualquer momento, mas Israel optou por ampliar os assentamentos em vez de negociar", acrescentou.
Já a diretora do departamento de América Latina do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Dorit Shavit, disse à BBC Brasil que o reconhecimento do Estado Palestino "prejudica o processo de paz, pois diminui a motivação dos palestinos para retomar as negociações".
"Se eles (os palestinos) podem conseguir um Estado sem negociar, para que negociar?", questionou a diplomata israelense. BBC Brasil
Palestinos saúdam reconhecimento e dizem que Brasil é pioneiro
Agência Estado
07/12/2010
Guila Flint - BBC
Brasil e Argentina são primeiros países ocidentais a reconhecer Estado palestino.
Governo de Abbas saúda Brasil e Argentina por reconhecer Estado
O porta-voz do gabinete palestino, Ghassan Hatib, declarou nesta segunda-feira que os palestinos ficaram extremamente satisfeitos com a decisão da Argentina de seguir o exemplo do Brasil e reconhecer o Estado palestino com as fronteiras existentes em 1967.
"O Brasil é, sem dúvida, o pioneiro nesse processo, dando um exemplo que já foi seguido pela Argentina e que esperamos também seja seguido por outros países da América Latina", disse o porta-voz palestino à BBC Brasil.
Na sexta feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta a seu colega da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarando que o Brasil reconhece o Estado Palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, deflagrada em 1967, que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.
O Brasil e a Argentina foram os primeiros países ocidentais a reconhecer o Estado Palestino, que já havia sido reconhecido por cerca de cem países da Ásia e da África.
O ministério das Relações Exteriores de Israel manifestou "pesar e decepção" com a decisão do presidente brasileiro e afirmou que o reconhecimento "prejudica o processo de paz".
O Estado judeu considera ainda que o reconhecimento "constitui uma violação do acordo interino firmado em 1995, que estabelecia que o status da Cisjordânia e da Faixa de Gaza será determinado em uma negociação entre as partes".
Pressão
Hatib afirmou que o presidente Abbas ficou "muito grato e otimista" após a declaração de Lula e "já previa que outros países iriam seguir o exemplo do Brasil".
Para Ghassan Hatib, o reconhecimento tem uma importância diplomática "muito grande".
"Se vários países da América Latina reconhecerem nosso Estado, haverá um impacto sobre toda a comunidade internacional, que poderá levar ao reconhecimento de um Estado Palestino independente, no próximo verão, pelo Conselho de Segurança da ONU", disse.
O porta-voz também mencionou "efeitos concretos" do reconhecimento, como a transformação das representações diplomáticas palestinas em embaixadas e uma maior facilidade para a assinatura de acordos bilaterais envolvendo os palestinos.
Para o porta-voz, o reconhecimento crescente do Estado palestino poderá contribuir para o avanço do processo de paz, pois, segundo ele, "constituirá uma pressão sobre Israel para voltar à mesa de negociações".
"Estamos dispostos a retomar as negociações a qualquer momento, mas Israel optou por ampliar os assentamentos em vez de negociar", acrescentou.
Já a diretora do departamento de América Latina do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Dorit Shavit, disse à BBC Brasil que o reconhecimento do Estado Palestino "prejudica o processo de paz, pois diminui a motivação dos palestinos para retomar as negociações".
"Se eles (os palestinos) podem conseguir um Estado sem negociar, para que negociar?", questionou a diplomata israelense. BBC Brasil
Gracias Argentina
Agência Brasil
Governo da Argentina reconhece a existência do Estado palestino07/12/2010
Luiz Antônio Alves
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, anunciou agora há pouco que a presidenta Cristina Kirchner reconheceu a Palestina como um Estado livre e independente, dentro das fronteiras existentes em 1967 e de acordo com o que seja determinado a partir da continuidade das negociações. Uma carta foi enviada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, formalizando o reconhecimento. Na sexta-feira passada (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta a Mahmoud Abbas com o mesmo teor.
De acordo com o chanceler Timernan, a Argentina vem sustentando o direito de o povo palestino constituir um Estado independente, assim como o direito de Israel de viver em paz com seus vizinhos, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas. “Com este objetivo, a Argentina sempre apoiou as iniciativas da comunidade internacional dirigidas a obter uma solução justa, pacífica e definitiva do conflito israelense-palestino."
O chanceler afirmou que o governo argentino compartilha com o Brasil e com o Uruguai a certeza de que chegou o momento de reconhecer a independência palestina, "considerando necessário transmitir, com esta decisão, o profundo interesse de nosso país para que se consiga avançar definitivamente no processo de negociação que leve ao estabelecimento da paz no Oriente Médio".
Timerman lembrou que a Autoridade Palestina abriu uma missão diplomática em Buenos Aires, em 1996 e, em 2008, a Argentina instalou uma representação diplomática em Ramallah. Em novembro de 2009, o presidente Mahmoud Abbas visitou o país e foi recebido por Cristina Kirchner.
"A Argentina sempre se pronunciou a favor do respeito aos direitos humanos, contra o terrorismo e ao uso desproporcional da força, assim como declarou sua firme oposição à política das autoridades de Israel de manter assentamentos nos territórios ocupados. É importante ressaltar que o reconhecimento do governo argentino soma-se a mais de 100 outros Estados, e reflete o crescente consenso da comunidade internacional sobre o status da Palestina."
Timernan também disse que o Mercosul - formado pela Argentina, pelo Brasil, pelo Paraguai e pelo Uruguai - mantém relações de amizade e de cooperação com Israel, "que se refletiram no acordo de livre comércio firmado com aquele Estado”. O acordo com Israel foi o primeiro que se realizou com um país fora do bloco regional. A relação bilateral entre a Argentina e Israel tem se fortalecido com os diversos intercâmbios políticos e de cooperação econômica, comercial, cultural e científica. Segundo o chanceler, a Argentina ratifica sua posição sobre o direito de Israel de ser "reconhecido por todos e de viver em paz e segurança dentro de suas fronteiras".
Governo da Argentina reconhece a existência do Estado palestino07/12/2010
Luiz Antônio Alves
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, anunciou agora há pouco que a presidenta Cristina Kirchner reconheceu a Palestina como um Estado livre e independente, dentro das fronteiras existentes em 1967 e de acordo com o que seja determinado a partir da continuidade das negociações. Uma carta foi enviada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, formalizando o reconhecimento. Na sexta-feira passada (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta a Mahmoud Abbas com o mesmo teor.
De acordo com o chanceler Timernan, a Argentina vem sustentando o direito de o povo palestino constituir um Estado independente, assim como o direito de Israel de viver em paz com seus vizinhos, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas. “Com este objetivo, a Argentina sempre apoiou as iniciativas da comunidade internacional dirigidas a obter uma solução justa, pacífica e definitiva do conflito israelense-palestino."
O chanceler afirmou que o governo argentino compartilha com o Brasil e com o Uruguai a certeza de que chegou o momento de reconhecer a independência palestina, "considerando necessário transmitir, com esta decisão, o profundo interesse de nosso país para que se consiga avançar definitivamente no processo de negociação que leve ao estabelecimento da paz no Oriente Médio".
Timerman lembrou que a Autoridade Palestina abriu uma missão diplomática em Buenos Aires, em 1996 e, em 2008, a Argentina instalou uma representação diplomática em Ramallah. Em novembro de 2009, o presidente Mahmoud Abbas visitou o país e foi recebido por Cristina Kirchner.
"A Argentina sempre se pronunciou a favor do respeito aos direitos humanos, contra o terrorismo e ao uso desproporcional da força, assim como declarou sua firme oposição à política das autoridades de Israel de manter assentamentos nos territórios ocupados. É importante ressaltar que o reconhecimento do governo argentino soma-se a mais de 100 outros Estados, e reflete o crescente consenso da comunidade internacional sobre o status da Palestina."
Timernan também disse que o Mercosul - formado pela Argentina, pelo Brasil, pelo Paraguai e pelo Uruguai - mantém relações de amizade e de cooperação com Israel, "que se refletiram no acordo de livre comércio firmado com aquele Estado”. O acordo com Israel foi o primeiro que se realizou com um país fora do bloco regional. A relação bilateral entre a Argentina e Israel tem se fortalecido com os diversos intercâmbios políticos e de cooperação econômica, comercial, cultural e científica. Segundo o chanceler, a Argentina ratifica sua posição sobre o direito de Israel de ser "reconhecido por todos e de viver em paz e segurança dentro de suas fronteiras".
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Obrigado Senhor Presidente
Hoje foi um dia de grandes e fortes emoções. Um dos melhores dias da minha vida. O Governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva reconheceu o ESTADO DA PALESTINA.
Por mais que nós, palestinos no Brasil, tentemos expressar nossa gratidão, será impossível expressar o que estamos sentindo de fato, neste momento. É um misto de orgulho, por também pertencer ao Brasil, um misto de emoção e gratidão, pelo reconhecimento da nossa amada Palestina como Estado, a certeza de ter acertado ao apoiar o PT e o Presidente Lula desde sempre e a satisfação de saber que toda esta confiança não foi em vão.
Obrigado Senhor Presidente! Obrigado Brasil!
Nota à Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil
Nota nº 707
Reconhecimento do Estado Palestino nas Fronteiras de 1967
03/12/2010 -
Por meio de carta enviada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em 1º de dezembro, o Governo brasileiro reconheceu o Estado palestino nas fronteiras existentes em 1967.
O reconhecimento ocorre em resposta a gestões palestinas e a carta enviada pelo Presidente Abbas ao Presidente Lula, no último dia 24 de novembro, com solicitação nesse sentido.
A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina, cujas negociações diretas estão neste momento interrompidas, e está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967.
A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito.
O Brasil reafirma sua tradicional posição de favorecer um Estado palestino democrático, geograficamente coeso e economicamente viável, que viva em paz com o Estado de Israel. Apenas uma Palestina democrática, livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios israelenses por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.
O Governo brasileiro considera que o apoio de países extrarregionais à solução de dois Estados é fundamental para legitimar a via negociadora como único meio para se chegar ao fim da ocupação. Tal apoio ocorre tanto por meio de respaldo político a uma solução pacífica e justa, que resulte numa paz duradoura, quanto por meio de iniciativas conducentes à construção e ao fortalecimento de instituições estatais palestinas.
Mais de cem países reconhecem o Estado palestino. Entre esses, todos os árabes, a grande maioria dos africanos, asiáticos e leste-europeus. Países que mantêm relações fluidas com Israel – como Rússia, China, África do Sul e Índia, entre outros – reconhecem o Estado palestino. Todos os parceiros do Brasil no IBAS e no BRICS já reconheceram a Palestina.
A maior parte dos reconhecimentos se seguiu à Declaração de Independência adotada pelo Conselho Nacional Palestino em novembro de 1988, em Argel.
Em seguida à Declaração de Argel, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou Resolução, com o voto favorável do Brasil, por meio da qual tomou conhecimento da proclamação do Estado palestino.
O Brasil reconhece, desde 1975, a OLP como legítima representante do povo palestino, dotada de personalidade de direito internacional público. Em 1993, o Brasil autorizou a abertura de Delegação Especial Palestina, com “status” diplomático semelhante às representações das Organizações Internacionais. Em 1998, o tratamento concedido à Delegação foi equiparado ao de uma Embaixada, para todos os efeitos.
Nos últimos anos, o Brasil vem intensificando seu relacionamento com a Palestina. Em 2004, foi aberto Escritório de Representação em Ramalá. O Presidente Mahmoud Abbas veio ao Brasil em duas ocasiões (maio de 2005, para participar da I Cúpula ASPA, e novembro de 2009). O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nos Territórios Palestinos Ocupados em março de 2010, acompanhado de expressiva delegação empresarial.
O Brasil tem também prestado apoio material à edificação do Estado palestino. Desde 2006, tem participado de Conferências internacionais em prol da resolução do conflito no Oriente Médio, como os encontros em Annapolis (novembro de 2007), Paris (dezembro de 2007) e Sharm El-Sheikh (março de 2009). Nas duas últimas, o Brasil fez doações de cerca de US$ 20 milhões à Autoridade Nacional Palestina, aplicados em projetos em segurança alimentar, saúde, educação e desenvolvimento rural.
O Brasil tem contribuído, ainda, para projetos em benefício do povo palestino coordenados por fundos e agências internacionais como o PNUD, o Banco Mundial e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). Juntas, essas contribuições se aproximam de US$ 2 milhões.
Por meio do Fundo IBAS, mantido com Índia e África do Sul, o Brasil realizou doação de US$ 3 milhões, que estão sendo investidos na construção de um centro poliesportivo em Ramalá e na recuperação de um hospital em Gaza.
O Brasil tem-se engajado também na diversificação e aprofundamento dos projetos de cooperação técnica com a Autoridade Nacional Palestina. Há iniciativas nas áreas de saúde, infraestrutura urbana, agricultura, educação, esportes e eleições.
Paralelamente, nunca foram tão robustas as relações bilaterais com Israel. Os laços entre os dois países têm-se fortalecido ao longo dos anos, em paralelo e sem prejuízo das iniciativas de aproximação com o mundo árabe e muçulmano.
A corrente de comércio e o fluxo de investimentos bilaterais com Israel vêm atingindo recordes históricos. O Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e Israel, em vigor desde abril, foi o primeiro do bloco regional com um país de fora da região.
O Presidente Lula realizou, em março, a primeira visita de um Chefe de Estado brasileiro ao Estado de Israel, retribuindo a visita do Presidente israelense Shimon Peres ao Brasil, em novembro de 2009, a primeira de um Chefe de Estado desse país em mais de quarenta anos.
Também têm-se intensificado os esforços de cooperação na área de ciência e tecnologia, defesa, segurança pública e cooperação técnica, de que é exemplo o acordo para cooperação conjunta em terceiros países, o que possibilita a atuação em casos de catástrofe humanitária, como no Haiti.
Por mais que nós, palestinos no Brasil, tentemos expressar nossa gratidão, será impossível expressar o que estamos sentindo de fato, neste momento. É um misto de orgulho, por também pertencer ao Brasil, um misto de emoção e gratidão, pelo reconhecimento da nossa amada Palestina como Estado, a certeza de ter acertado ao apoiar o PT e o Presidente Lula desde sempre e a satisfação de saber que toda esta confiança não foi em vão.
Obrigado Senhor Presidente! Obrigado Brasil!
Nota à Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil
Nota nº 707
Reconhecimento do Estado Palestino nas Fronteiras de 1967
03/12/2010 -
Por meio de carta enviada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em 1º de dezembro, o Governo brasileiro reconheceu o Estado palestino nas fronteiras existentes em 1967.
O reconhecimento ocorre em resposta a gestões palestinas e a carta enviada pelo Presidente Abbas ao Presidente Lula, no último dia 24 de novembro, com solicitação nesse sentido.
A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina, cujas negociações diretas estão neste momento interrompidas, e está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967.
A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito.
O Brasil reafirma sua tradicional posição de favorecer um Estado palestino democrático, geograficamente coeso e economicamente viável, que viva em paz com o Estado de Israel. Apenas uma Palestina democrática, livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios israelenses por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.
O Governo brasileiro considera que o apoio de países extrarregionais à solução de dois Estados é fundamental para legitimar a via negociadora como único meio para se chegar ao fim da ocupação. Tal apoio ocorre tanto por meio de respaldo político a uma solução pacífica e justa, que resulte numa paz duradoura, quanto por meio de iniciativas conducentes à construção e ao fortalecimento de instituições estatais palestinas.
Mais de cem países reconhecem o Estado palestino. Entre esses, todos os árabes, a grande maioria dos africanos, asiáticos e leste-europeus. Países que mantêm relações fluidas com Israel – como Rússia, China, África do Sul e Índia, entre outros – reconhecem o Estado palestino. Todos os parceiros do Brasil no IBAS e no BRICS já reconheceram a Palestina.
A maior parte dos reconhecimentos se seguiu à Declaração de Independência adotada pelo Conselho Nacional Palestino em novembro de 1988, em Argel.
Em seguida à Declaração de Argel, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou Resolução, com o voto favorável do Brasil, por meio da qual tomou conhecimento da proclamação do Estado palestino.
O Brasil reconhece, desde 1975, a OLP como legítima representante do povo palestino, dotada de personalidade de direito internacional público. Em 1993, o Brasil autorizou a abertura de Delegação Especial Palestina, com “status” diplomático semelhante às representações das Organizações Internacionais. Em 1998, o tratamento concedido à Delegação foi equiparado ao de uma Embaixada, para todos os efeitos.
Nos últimos anos, o Brasil vem intensificando seu relacionamento com a Palestina. Em 2004, foi aberto Escritório de Representação em Ramalá. O Presidente Mahmoud Abbas veio ao Brasil em duas ocasiões (maio de 2005, para participar da I Cúpula ASPA, e novembro de 2009). O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nos Territórios Palestinos Ocupados em março de 2010, acompanhado de expressiva delegação empresarial.
O Brasil tem também prestado apoio material à edificação do Estado palestino. Desde 2006, tem participado de Conferências internacionais em prol da resolução do conflito no Oriente Médio, como os encontros em Annapolis (novembro de 2007), Paris (dezembro de 2007) e Sharm El-Sheikh (março de 2009). Nas duas últimas, o Brasil fez doações de cerca de US$ 20 milhões à Autoridade Nacional Palestina, aplicados em projetos em segurança alimentar, saúde, educação e desenvolvimento rural.
O Brasil tem contribuído, ainda, para projetos em benefício do povo palestino coordenados por fundos e agências internacionais como o PNUD, o Banco Mundial e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). Juntas, essas contribuições se aproximam de US$ 2 milhões.
Por meio do Fundo IBAS, mantido com Índia e África do Sul, o Brasil realizou doação de US$ 3 milhões, que estão sendo investidos na construção de um centro poliesportivo em Ramalá e na recuperação de um hospital em Gaza.
O Brasil tem-se engajado também na diversificação e aprofundamento dos projetos de cooperação técnica com a Autoridade Nacional Palestina. Há iniciativas nas áreas de saúde, infraestrutura urbana, agricultura, educação, esportes e eleições.
Paralelamente, nunca foram tão robustas as relações bilaterais com Israel. Os laços entre os dois países têm-se fortalecido ao longo dos anos, em paralelo e sem prejuízo das iniciativas de aproximação com o mundo árabe e muçulmano.
A corrente de comércio e o fluxo de investimentos bilaterais com Israel vêm atingindo recordes históricos. O Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e Israel, em vigor desde abril, foi o primeiro do bloco regional com um país de fora da região.
O Presidente Lula realizou, em março, a primeira visita de um Chefe de Estado brasileiro ao Estado de Israel, retribuindo a visita do Presidente israelense Shimon Peres ao Brasil, em novembro de 2009, a primeira de um Chefe de Estado desse país em mais de quarenta anos.
Também têm-se intensificado os esforços de cooperação na área de ciência e tecnologia, defesa, segurança pública e cooperação técnica, de que é exemplo o acordo para cooperação conjunta em terceiros países, o que possibilita a atuação em casos de catástrofe humanitária, como no Haiti.
Pós Doutorado em CINISMO
Só para começar, este Vice- Primeiro Ministro que deu a entrevista abaixo, pertence a um país inventado pelas Nações Unidas, que sequer existia no Mapa Mundi antes da Grande Mentira do Século.
Com certeza, deve ter dado aulas ao embaixador de Israel (o país inventado) em Brasília, pois superou - e muito - o excelntíssimo senhor cínico.
Quer dizer que se os israelenses de retirarem da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, desmontarem seus malditos assentamentos e devolverem Jerusalém Oriental, não vai restar nada? E os 78% das terras palestinas tomadas em 1948? Os palestinos, vítimas da invasão e ocupação israelense, estão reivindicando 22% de suas terras originais, conforme os limites de 1967, e mesmo assim eles estão achando muito?
Só para piorar a situação do Dr. Cínico, ele ainda vem ao Brasil ensinar os brasileiros como direcionar a política externa no país. Ora, se toca!! Quem é esse cara para vir dizer ao Brasil, uma verdadeira potência mundial, o que fazer e como fazer?! Tenha a santa paciência.
Ainda, para piorar, o cara diz que os Estados Unidos da América é o único mediador equilibrado no mundo. Ah, Claro! Não são estes mesmos americanos que estão dando à Israel 30 bilhões de dólares em ajuda militar para o período entre 2008 e 2018, ou seja, 3 bilhões de dólares ao ano, para que Israel continue sendo uma ameaça aos palestinos e a todos os países da região. Onde está o equilíbrio nisso? Ou só é equilibrado quem fica do lado dos judeus? Quem fica contra é anti-semita, não é?
Vice-premiê israelense critica proximidade do Brasil com Irã e palestinos
Correio Brasileiense
Isabel Fleck
Publicação: 03/12/2010
Às vésperas da posse de Dilma Rousseff, o vice-primeiro-ministro israelense, Silvan Shalom, veio trazer uma mensagem ao novo governo: é preciso olhar com mais cuidado para o Irã. O número dois do gabinete israelense sugeriu que o Brasil deve, inclusive, preocupar-se com os desdobramentos do programa nuclear de Teerã na própria América do Sul. "Amanhã, o Irã pode dar uma bomba atômica de presente ao presidente Hugo Chávez (da Venezuela). E então, o que vai acontecer?", questiona. Para Shalom, países como o Brasil, que acreditam no caráter pacífico do programa iraniano, são "ingênuos". Ele acredita que o país pode ter um papel no processo de paz entre israelenses e palestinos, mas só se adotar uma postura menos parcial daqui para frente. "O Brasil tem de entender que, se quiser se tornar um ator importante na comunidade internacional, deve ser mais balanceado."
O senhor veio ao Brasil em um período de transição. Trouxe alguma mensagem para a presidente Dilma Rousseff?
Nós queremos melhorar nossas relações. Acreditamos que o último ano foi muito produtivo, com as viagens do presidente Lula a Israel e do presidente Shimon Peres ao Brasil. É claro que gostaríamos que o Brasil compartilhasse conosco a preocupação com o Irã, de que ele representa uma ameaça não só para Israel, mas para todo o mundo. Com a bomba nuclear, eles podem atingir todo mundo. Eles têm desenvolvido mísseis com alcance muito maior, que poderão atingir todas as capitais da Europa: Londres, Paris, Madri, Roma, Berlim. Amanhã, o Irã pode dar uma bomba atômica de presente ao presidente Hugo Chávez (da Venezuela).
O Brasil deveria se preocupar com isso?
Eu não sei. A América Latina não tem bombas atômicas até hoje. Amanhã, já não sabemos. O Irã é uma tirania, eles podem fazer o que quiserem. E se decidirem dar uma bomba ao Chávez?
O senhor considera que o Brasil é ingênuo por acreditar e defender um programa nuclear pacífico para Teerã?
Talvez. Acho que aqueles que acreditam realmente que os iranianos estão tentando desenvolver apenas energia nuclear são ingênuos. Porque todos sabemos que os iranianos estão tentando se tornar uma superpotência. E eles trabalham em duas frentes: construir uma bomba atômica e tentar minar os regimes dos países moderados da região, controlar esses países e as suas reservas de petróleo.
Nos documentos divulgados pelo site WikiLeaks nesta semana, revelou-se que Israel teria condições de atacar o Irã mesmo sem apoio dos EUA. Em quais circunstâncias isso poderia ser considerado?
Estamos dando à comunidade internacional a oportunidade de impor ao Irã sanções mais duras. Acho que nem todos os israelenses pensam como eu, que acredito no poder das sanções. Elas funcionaram com África do Sul, Líbia e Coreia do Norte, podem funcionar com o Irã. Se as sanções forem duras o suficiente, os iranianos poderão, talvez, se convencer de que é melhor não continuar esse processo. Mas Israel precisa estar preparado para qualquer cenário, e não pode conviver com a ideia de que o Irã vai virar uma potência nuclear.
Mas Teerã argumenta que Israel já tem a bomba, e que esse é um fator de desequilíbrio na região.
Israel enfrenta uma situação única. Israel é o único país no mundo cuja existência é questionada. Israel é o único país que outros membros das Nações Unidas estão pedindo para destruir. Por isso, mantemos a nossa política ambígua e não comentamos os rumores sobre Israel e seu poderio (nuclear). Mas também não é a mesma coisa. Israel é uma democracia, e não apenas um homem que pode tomar a decisão destruir todo o mundo.
Diversos países, inclusive os EUA, vêm insistindo para que Israel retome o congelamento das colônias em territórios palestinos. Qual a sua posição?
Eu sempre fui contra o congelamento, porque considero que é um obstáculo desnecessário para o processo de paz, e que não foi pedido antes pelos palestinos. O próprio Abu Mazen (Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina) negociou por dois anos e meio com o primeiro-ministro Ehud Olmert, que não congelou os assentamentos por um dia sequer. (O ex-premiê Ariel) Sharon, por exemplo, permitiu que os colonos construíssem até o último dia (na Faixa de Gaza).
Mas isso não tornou a desocupação mais difícil?
O fato é que isso não parou Sharon. Temos que nos focar nas questões reais. E se eles querem uma desculpa para não retomar as negociações, nós vamos entender. Nós decidimos congelar os assentamentos por 10 meses, e só no último mês eles foram a Washington para conversar com Israel. Isso pode ser feito de outra maneira. É preciso ver as outras questões para um acordo, não só os assentamentos. É preciso ver a questão dos refugiados, de Jerusalém Ocidental, dos lugares sagrados, da segurança, da Faixa de Gaza.
O senhor acredita que o Brasil pode ajudar no processo de paz?
O Brasil pode desempenhar um papel importante, mas precisa ter uma postura balanceada. É o mesmo que eu digo aos europeus: você não pode aceitar todas as demandas dos palestinos e se oferecer como mediador entre nós e eles.
O Brasil não teve essa postura durante o governo Lula?
O Brasil tem de entender que, se quiser se tornar um ator importante na comunidade internacional, deve ser mais balanceado. Hoje, os únicos mediadores são os EUA, porque são mais balanceados.
Mas Washington é um tradicional aliado de Israel...
Eles não recusam apenas 1% das demandas palestinas. Se você considerar que uma solução deve ter por base um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como parte do Estado palestino, que deve retirar todos os colonos, todos os assentamentos, então o que resta? É claro que há demandas palestinas, mas precisamos negociar.
O senhor espera uma aproximação maior com Israel no governo Dilma?
Primeiro, esse é um governo que já estava no poder. É a mesma coalizão, são os mesmos partidos, então não acredito que vá haver grandes mudanças na política. Mas, é claro, temos de continuar trabalhando, e é por isso que estou aqui.
Além da questão política, o que mais pode avançar?
Eu vim ao Brasil com alguns objetivos: estreitar a relação entre os dois países, encontrar maneiras de as empresas israelenses trabalharem aqui. Tive um encontro com o ministro Miguel Jorge para tratar de como as empresas israelenses podem participar da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos, porque as empresas israelenses estiveram muito envolvidas nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, especialmente nas áreas de segurança, comunicações e infraestrutura.
Com certeza, deve ter dado aulas ao embaixador de Israel (o país inventado) em Brasília, pois superou - e muito - o excelntíssimo senhor cínico.
Quer dizer que se os israelenses de retirarem da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, desmontarem seus malditos assentamentos e devolverem Jerusalém Oriental, não vai restar nada? E os 78% das terras palestinas tomadas em 1948? Os palestinos, vítimas da invasão e ocupação israelense, estão reivindicando 22% de suas terras originais, conforme os limites de 1967, e mesmo assim eles estão achando muito?
Só para piorar a situação do Dr. Cínico, ele ainda vem ao Brasil ensinar os brasileiros como direcionar a política externa no país. Ora, se toca!! Quem é esse cara para vir dizer ao Brasil, uma verdadeira potência mundial, o que fazer e como fazer?! Tenha a santa paciência.
Ainda, para piorar, o cara diz que os Estados Unidos da América é o único mediador equilibrado no mundo. Ah, Claro! Não são estes mesmos americanos que estão dando à Israel 30 bilhões de dólares em ajuda militar para o período entre 2008 e 2018, ou seja, 3 bilhões de dólares ao ano, para que Israel continue sendo uma ameaça aos palestinos e a todos os países da região. Onde está o equilíbrio nisso? Ou só é equilibrado quem fica do lado dos judeus? Quem fica contra é anti-semita, não é?
Vice-premiê israelense critica proximidade do Brasil com Irã e palestinos
Correio Brasileiense
Isabel Fleck
Publicação: 03/12/2010
Às vésperas da posse de Dilma Rousseff, o vice-primeiro-ministro israelense, Silvan Shalom, veio trazer uma mensagem ao novo governo: é preciso olhar com mais cuidado para o Irã. O número dois do gabinete israelense sugeriu que o Brasil deve, inclusive, preocupar-se com os desdobramentos do programa nuclear de Teerã na própria América do Sul. "Amanhã, o Irã pode dar uma bomba atômica de presente ao presidente Hugo Chávez (da Venezuela). E então, o que vai acontecer?", questiona. Para Shalom, países como o Brasil, que acreditam no caráter pacífico do programa iraniano, são "ingênuos". Ele acredita que o país pode ter um papel no processo de paz entre israelenses e palestinos, mas só se adotar uma postura menos parcial daqui para frente. "O Brasil tem de entender que, se quiser se tornar um ator importante na comunidade internacional, deve ser mais balanceado."
O senhor veio ao Brasil em um período de transição. Trouxe alguma mensagem para a presidente Dilma Rousseff?
Nós queremos melhorar nossas relações. Acreditamos que o último ano foi muito produtivo, com as viagens do presidente Lula a Israel e do presidente Shimon Peres ao Brasil. É claro que gostaríamos que o Brasil compartilhasse conosco a preocupação com o Irã, de que ele representa uma ameaça não só para Israel, mas para todo o mundo. Com a bomba nuclear, eles podem atingir todo mundo. Eles têm desenvolvido mísseis com alcance muito maior, que poderão atingir todas as capitais da Europa: Londres, Paris, Madri, Roma, Berlim. Amanhã, o Irã pode dar uma bomba atômica de presente ao presidente Hugo Chávez (da Venezuela).
O Brasil deveria se preocupar com isso?
Eu não sei. A América Latina não tem bombas atômicas até hoje. Amanhã, já não sabemos. O Irã é uma tirania, eles podem fazer o que quiserem. E se decidirem dar uma bomba ao Chávez?
O senhor considera que o Brasil é ingênuo por acreditar e defender um programa nuclear pacífico para Teerã?
Talvez. Acho que aqueles que acreditam realmente que os iranianos estão tentando desenvolver apenas energia nuclear são ingênuos. Porque todos sabemos que os iranianos estão tentando se tornar uma superpotência. E eles trabalham em duas frentes: construir uma bomba atômica e tentar minar os regimes dos países moderados da região, controlar esses países e as suas reservas de petróleo.
Nos documentos divulgados pelo site WikiLeaks nesta semana, revelou-se que Israel teria condições de atacar o Irã mesmo sem apoio dos EUA. Em quais circunstâncias isso poderia ser considerado?
Estamos dando à comunidade internacional a oportunidade de impor ao Irã sanções mais duras. Acho que nem todos os israelenses pensam como eu, que acredito no poder das sanções. Elas funcionaram com África do Sul, Líbia e Coreia do Norte, podem funcionar com o Irã. Se as sanções forem duras o suficiente, os iranianos poderão, talvez, se convencer de que é melhor não continuar esse processo. Mas Israel precisa estar preparado para qualquer cenário, e não pode conviver com a ideia de que o Irã vai virar uma potência nuclear.
Mas Teerã argumenta que Israel já tem a bomba, e que esse é um fator de desequilíbrio na região.
Israel enfrenta uma situação única. Israel é o único país no mundo cuja existência é questionada. Israel é o único país que outros membros das Nações Unidas estão pedindo para destruir. Por isso, mantemos a nossa política ambígua e não comentamos os rumores sobre Israel e seu poderio (nuclear). Mas também não é a mesma coisa. Israel é uma democracia, e não apenas um homem que pode tomar a decisão destruir todo o mundo.
Diversos países, inclusive os EUA, vêm insistindo para que Israel retome o congelamento das colônias em territórios palestinos. Qual a sua posição?
Eu sempre fui contra o congelamento, porque considero que é um obstáculo desnecessário para o processo de paz, e que não foi pedido antes pelos palestinos. O próprio Abu Mazen (Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina) negociou por dois anos e meio com o primeiro-ministro Ehud Olmert, que não congelou os assentamentos por um dia sequer. (O ex-premiê Ariel) Sharon, por exemplo, permitiu que os colonos construíssem até o último dia (na Faixa de Gaza).
Mas isso não tornou a desocupação mais difícil?
O fato é que isso não parou Sharon. Temos que nos focar nas questões reais. E se eles querem uma desculpa para não retomar as negociações, nós vamos entender. Nós decidimos congelar os assentamentos por 10 meses, e só no último mês eles foram a Washington para conversar com Israel. Isso pode ser feito de outra maneira. É preciso ver as outras questões para um acordo, não só os assentamentos. É preciso ver a questão dos refugiados, de Jerusalém Ocidental, dos lugares sagrados, da segurança, da Faixa de Gaza.
O senhor acredita que o Brasil pode ajudar no processo de paz?
O Brasil pode desempenhar um papel importante, mas precisa ter uma postura balanceada. É o mesmo que eu digo aos europeus: você não pode aceitar todas as demandas dos palestinos e se oferecer como mediador entre nós e eles.
O Brasil não teve essa postura durante o governo Lula?
O Brasil tem de entender que, se quiser se tornar um ator importante na comunidade internacional, deve ser mais balanceado. Hoje, os únicos mediadores são os EUA, porque são mais balanceados.
Mas Washington é um tradicional aliado de Israel...
Eles não recusam apenas 1% das demandas palestinas. Se você considerar que uma solução deve ter por base um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como parte do Estado palestino, que deve retirar todos os colonos, todos os assentamentos, então o que resta? É claro que há demandas palestinas, mas precisamos negociar.
O senhor espera uma aproximação maior com Israel no governo Dilma?
Primeiro, esse é um governo que já estava no poder. É a mesma coalizão, são os mesmos partidos, então não acredito que vá haver grandes mudanças na política. Mas, é claro, temos de continuar trabalhando, e é por isso que estou aqui.
Além da questão política, o que mais pode avançar?
Eu vim ao Brasil com alguns objetivos: estreitar a relação entre os dois países, encontrar maneiras de as empresas israelenses trabalharem aqui. Tive um encontro com o ministro Miguel Jorge para tratar de como as empresas israelenses podem participar da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos, porque as empresas israelenses estiveram muito envolvidas nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, especialmente nas áreas de segurança, comunicações e infraestrutura.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Vivas!!!
Embaixador da Palestina pede mediação brasileira no conflito com Israel
Ibrahim Al Zeben veio à UnB comemorar Dia de Solidariedade ao Povo Palestino e disse que o país é exemplo de convivência para árabes e judeus
Amazonir Fulni-ô - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A convivência pacífica entre várias etnias faz do Brasil um exemplo a ser seguido por Israel e Palestina. A comparação foi feita pelo embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Al Zeben, durante conferência na UnB. “O Brasil também poderia ser um bom mediador no conflito entre judeus e árabes, uma vez que é amigo de ambos e a sua presença internacional é importante na luta pelo princípio da procura da paz”, acrescentou.
A conferência do embaixador aconteceu em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, na tarde desta terça-feira, 1 de dezembro. Experiências, sugestões e opiniões sobre a temática foram discutidas, como por exemplo a criação de um grupo de estudo permanente na própria UnB. Para Ibrahim, o evento não é só uma atividade política, mas sim acadêmica. “Quem sabe daqui saiam boas ideias para ajudar a solucionar o problema”.
O estudante de História Ayub Naser é filho de árabes que estão no Brasil desde a década de 60. Ele pretende usar seu conhecimento na luta pelo reconhecimento do estado palestino. Aiub visita a Palestina a cada dois anos. Segundo ele, sua entrada no país é muito complicada porque depende obrigatoriamente da autorização de Israel, que controla todo o espaço aéreo e terrestre. “Espero que a Universidade possa criar um espaço de estudos do Oriente Médio para abordar essas questões e que nos debates possam surgir soluções para esse problema”, disse.
A doutoranda em antropologia Sonia Cristina Hamid, filha de palestinos que migraram para o Brasil na década de 50, acredita que esse encontro já abre um diálogo na Universidade, cujo papel é informar e aprofundar os estudos. Ela diz que é preciso ver os problemas dos discursos de ambos os lados. “Quem sabe com aprofundamento dos estudos e difusão de mais informações não conseguiremos desmistificar essa visão que existe do Oriente Médio sobre o terrorismo e a submissão feminina, por exemplo”, concluiu.
A mobilização em torno do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, comemorada em 29 de novembro, conta ainda com a projeção do filme Nós e Outros: um retrato de Edward Said, no Anfiteatro 9, ao meio dia desta qquinta-feira, 2 de dezembro.
Ibrahim Al Zeben veio à UnB comemorar Dia de Solidariedade ao Povo Palestino e disse que o país é exemplo de convivência para árabes e judeus
Amazonir Fulni-ô - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A convivência pacífica entre várias etnias faz do Brasil um exemplo a ser seguido por Israel e Palestina. A comparação foi feita pelo embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Al Zeben, durante conferência na UnB. “O Brasil também poderia ser um bom mediador no conflito entre judeus e árabes, uma vez que é amigo de ambos e a sua presença internacional é importante na luta pelo princípio da procura da paz”, acrescentou.
A conferência do embaixador aconteceu em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, na tarde desta terça-feira, 1 de dezembro. Experiências, sugestões e opiniões sobre a temática foram discutidas, como por exemplo a criação de um grupo de estudo permanente na própria UnB. Para Ibrahim, o evento não é só uma atividade política, mas sim acadêmica. “Quem sabe daqui saiam boas ideias para ajudar a solucionar o problema”.
O estudante de História Ayub Naser é filho de árabes que estão no Brasil desde a década de 60. Ele pretende usar seu conhecimento na luta pelo reconhecimento do estado palestino. Aiub visita a Palestina a cada dois anos. Segundo ele, sua entrada no país é muito complicada porque depende obrigatoriamente da autorização de Israel, que controla todo o espaço aéreo e terrestre. “Espero que a Universidade possa criar um espaço de estudos do Oriente Médio para abordar essas questões e que nos debates possam surgir soluções para esse problema”, disse.
A doutoranda em antropologia Sonia Cristina Hamid, filha de palestinos que migraram para o Brasil na década de 50, acredita que esse encontro já abre um diálogo na Universidade, cujo papel é informar e aprofundar os estudos. Ela diz que é preciso ver os problemas dos discursos de ambos os lados. “Quem sabe com aprofundamento dos estudos e difusão de mais informações não conseguiremos desmistificar essa visão que existe do Oriente Médio sobre o terrorismo e a submissão feminina, por exemplo”, concluiu.
A mobilização em torno do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, comemorada em 29 de novembro, conta ainda com a projeção do filme Nós e Outros: um retrato de Edward Said, no Anfiteatro 9, ao meio dia desta qquinta-feira, 2 de dezembro.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Todo o meu respeito ao Senador José Nery
Agência Senado
30/11/2010
José Nery propõe que o Senado assuma como sua a causa palestina
"O Senado brasileiro deveria assumir, como sua, a causa da liberdade do povo palestino, posto que até agora o governo brasileiro pouco fez para enfrentar esta situação e denunciar a política criminosa do Estado de Israel". A sugestão foi feita pelo senador José Nery (PSOL-PA) durante a hora do expediente da sessão dessa terça-feira (30), destinada a comemorar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.
O senador recomendou ao Ministério das Relações Exteriores do próximo governo que reconheça o direito à unidade nacional da Palestina "como já fizeram os países nórdicos e a Suíça". Na avaliação de Nery, em violação sistemática às resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), os israelenses têm imposto aos palestinos a espoliação de suas melhores terras agrícolas, a repressão e operações militares maciças, a anexação de seus territórios, a demolição de casas, além da morte e prisão de vários militantes políticos.
- Nesse momento está em curso uma estratégia que visa provocar, pelo terror e a fome, a saída dos territórios palestinos e a dispersão de uma fração importante do seu povo, para conseguir então impor um 'Estado' palestino partido ao meio, sem soberania e assentado em alguns enclaves isolados, rodeados de colônias israelenses, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza - afirmou José Nery.
30/11/2010
José Nery propõe que o Senado assuma como sua a causa palestina
"O Senado brasileiro deveria assumir, como sua, a causa da liberdade do povo palestino, posto que até agora o governo brasileiro pouco fez para enfrentar esta situação e denunciar a política criminosa do Estado de Israel". A sugestão foi feita pelo senador José Nery (PSOL-PA) durante a hora do expediente da sessão dessa terça-feira (30), destinada a comemorar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.
O senador recomendou ao Ministério das Relações Exteriores do próximo governo que reconheça o direito à unidade nacional da Palestina "como já fizeram os países nórdicos e a Suíça". Na avaliação de Nery, em violação sistemática às resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), os israelenses têm imposto aos palestinos a espoliação de suas melhores terras agrícolas, a repressão e operações militares maciças, a anexação de seus territórios, a demolição de casas, além da morte e prisão de vários militantes políticos.
- Nesse momento está em curso uma estratégia que visa provocar, pelo terror e a fome, a saída dos territórios palestinos e a dispersão de uma fração importante do seu povo, para conseguir então impor um 'Estado' palestino partido ao meio, sem soberania e assentado em alguns enclaves isolados, rodeados de colônias israelenses, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza - afirmou José Nery.
Senador Eduardo Suplicy - Meu Herói
Agência Senado
30/11/2010
Suplicy defende o direito dos palestinos a seu próprio Estado
"O povo palestino, com seus laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos, tem o direito de se estabelecer em um território livre", defendeu o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) durante homenagem do Senado nesta desta terça-feira (30) ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. O senador disse que o ano de 2010 tem sido marcado por ações que estão contribuindo para a construção de uma relação harmoniosa entre os povos do Oriente Médio.
Eduardo Suplicy destacou entre as medidas favoráveis ao fim do conflito o acordo celebrado em setembro entre o presidente palestino Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para a elaboração de um estatuto permanente que sirva como marco zero para a paz na região. Primeiro signatário do requerimento que propôs a destinação da hora do expediente à homenagem, o senador observou que a Autoridade Palestina vem fazendo o necessário para completar seu programa de preparação para adquirir a condição de Estado.
- Hoje, há um amplo consenso internacional sobre a necessidade de por fim à ocupação que começou em 1967. É necessário que se tenha o estabelecimento de um Estado Palestino livre, não se esquecendo das preocupações fundamentais com a segurança de todas as partes envolvidas na questão, bem como a solução da difícil situação dos refugiados. Também deverá se assegurar, ao final das negociações, que a cidade de Jerusalém seja reconhecida como capital dos dois Estados - afirmou o senador por São Paulo.
30/11/2010
Suplicy defende o direito dos palestinos a seu próprio Estado
"O povo palestino, com seus laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos, tem o direito de se estabelecer em um território livre", defendeu o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) durante homenagem do Senado nesta desta terça-feira (30) ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. O senador disse que o ano de 2010 tem sido marcado por ações que estão contribuindo para a construção de uma relação harmoniosa entre os povos do Oriente Médio.
Eduardo Suplicy destacou entre as medidas favoráveis ao fim do conflito o acordo celebrado em setembro entre o presidente palestino Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para a elaboração de um estatuto permanente que sirva como marco zero para a paz na região. Primeiro signatário do requerimento que propôs a destinação da hora do expediente à homenagem, o senador observou que a Autoridade Palestina vem fazendo o necessário para completar seu programa de preparação para adquirir a condição de Estado.
- Hoje, há um amplo consenso internacional sobre a necessidade de por fim à ocupação que começou em 1967. É necessário que se tenha o estabelecimento de um Estado Palestino livre, não se esquecendo das preocupações fundamentais com a segurança de todas as partes envolvidas na questão, bem como a solução da difícil situação dos refugiados. Também deverá se assegurar, ao final das negociações, que a cidade de Jerusalém seja reconhecida como capital dos dois Estados - afirmou o senador por São Paulo.
Obrigado Brasil
Agência Senado
30/11/2010 -
Senado celebra Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino
Atendendo a requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o Senado realizou celebração, nesta terça-feira (30), pela passagem do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, na segunda-feira (29). No dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) propôs, pela primeira vez, a criação de dois Estados com o objetivo de estabelecer a paz entre árabes e judeus.
Falando em nome da Presidência, o senador Mão Santa (PSC-PI) solidarizou-se com a luta do povo palestino pela criação do seu próprio Estado. Ele também destacou a tradição da diplomacia brasileira de respeitar a soberania das nações e a autodeterminação dos povos. Mão Santa disse ainda que o brasileiro, por ser um povo amante da liberdade e da paz, repugna-se diante de qualquer forma de opressão e de injustiça.
- O Senado do Brasil não vira a cabeça fingindo não enxergar. Nossa solidariedade com o povo palestino é firme e ativa. Basta de derramamento de sangue, basta de injustiça, de opressão e de exploração: viva a Palestina livre e independente - afirmou.
Delegação Palestina
Uma intervenção da comunidade internacional para pôr fim ao conflito no Oriente Médio que já dura mais de 63 anos consecutivos foi o que pediu o embaixador da delegação especial da Palestina, Ibrahim Al Zeben, ao agradecer a homenagem prestada pelo Senado Federal. Ele criticou o fato de a comunidade internacional vir tratando de forma igualitária tanto o "estado ocupante", Israel, quanto "a vítima palestina".
- É hora que se cumpram os compromissos do presidente Obama, do G-4 e da União Européia de criar o Estado da Palestina até setembro de 2011, dentro da visão de dois estados para dois povos. Nós estamos prontos para assumir nosso compromisso e responsabilidades com a comunidade internacional, com o vizinho Israel e com a história - declarou Ibrahim Al Zeben.
Também estiveram presentes à sessão de homenagem os embaixadores do Kuaite, Yousef Ahmad Abdulsamad; da Liga Árabe, Bachar Yagui; do Iraque, Baker Fattah Hussen; do Egito, Ahmed Hassan Ibraim Darwish; da Arábia Saudita, Mohamad Amim Kurdi; do Marrocos, Mahamed Louafa; da Tunísia, Seifeddine Cherif; e do Irã, Majid Ghahremani; além do ministro da embaixada do Sudão, Abdelaziz Hassan Salih; o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Andrés Ramirez; e o chefe da divisão do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Cláudio César Nascimento.
Roberto Homem / Agência Senado
30/11/2010 -
Senado celebra Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino
Atendendo a requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o Senado realizou celebração, nesta terça-feira (30), pela passagem do Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, na segunda-feira (29). No dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) propôs, pela primeira vez, a criação de dois Estados com o objetivo de estabelecer a paz entre árabes e judeus.
Falando em nome da Presidência, o senador Mão Santa (PSC-PI) solidarizou-se com a luta do povo palestino pela criação do seu próprio Estado. Ele também destacou a tradição da diplomacia brasileira de respeitar a soberania das nações e a autodeterminação dos povos. Mão Santa disse ainda que o brasileiro, por ser um povo amante da liberdade e da paz, repugna-se diante de qualquer forma de opressão e de injustiça.
- O Senado do Brasil não vira a cabeça fingindo não enxergar. Nossa solidariedade com o povo palestino é firme e ativa. Basta de derramamento de sangue, basta de injustiça, de opressão e de exploração: viva a Palestina livre e independente - afirmou.
Delegação Palestina
Uma intervenção da comunidade internacional para pôr fim ao conflito no Oriente Médio que já dura mais de 63 anos consecutivos foi o que pediu o embaixador da delegação especial da Palestina, Ibrahim Al Zeben, ao agradecer a homenagem prestada pelo Senado Federal. Ele criticou o fato de a comunidade internacional vir tratando de forma igualitária tanto o "estado ocupante", Israel, quanto "a vítima palestina".
- É hora que se cumpram os compromissos do presidente Obama, do G-4 e da União Européia de criar o Estado da Palestina até setembro de 2011, dentro da visão de dois estados para dois povos. Nós estamos prontos para assumir nosso compromisso e responsabilidades com a comunidade internacional, com o vizinho Israel e com a história - declarou Ibrahim Al Zeben.
Também estiveram presentes à sessão de homenagem os embaixadores do Kuaite, Yousef Ahmad Abdulsamad; da Liga Árabe, Bachar Yagui; do Iraque, Baker Fattah Hussen; do Egito, Ahmed Hassan Ibraim Darwish; da Arábia Saudita, Mohamad Amim Kurdi; do Marrocos, Mahamed Louafa; da Tunísia, Seifeddine Cherif; e do Irã, Majid Ghahremani; além do ministro da embaixada do Sudão, Abdelaziz Hassan Salih; o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Andrés Ramirez; e o chefe da divisão do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Cláudio César Nascimento.
Roberto Homem / Agência Senado
Todos os palestinos querem a paz. E os israelenses?
Folha de São Paulo
01/12/2010 -
Hamas diz que honraria referendo sobre acordo de paz com Israel
NIDAL AL MUGHRABI
DA REUTERS, EM GAZA
O movimento islâmico palestino Hamas, cuja carta de princípios defende a eliminação de Israel, aceitaria o resultado de um referendo palestino sobre um futuro tratado de paz com o país, disse nesta quarta-feira seu líder.
Falando em uma rara coletiva de imprensa no enclave bloqueado por Israel, Ismail Haniyeh assinalou um abrandamento da posição que o Hamas mantém há muito tempo, a qual exclui a cessão de qualquer parte do território que até 1948 foi a Palestina sob mandato britânico.
"Aceitamos um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como sua capital, a libertação de prisioneiros palestinos e a resolução da questão dos refugiados", disse Haniyeh, aludindo ao ano da Guerra dos Seis Dias, em que Israel capturou Jerusalém Oriental (a parte árabe da cidade), a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
"O Hamas respeitará os resultados [de um referendo], independentemente de eles diferirem de sua ideologia e seus princípios", disse Haniyeh, desde que o dito referendo abrangesse todos os palestinos da faixa de Gaza, da Cisjordânia e da diáspora.
Redigida em 1988, a carta do Hamas considera a terra inteira da Palestina, incluindo o atual Israel, como pertencente aos muçulmanos. A ideia de um referendo sobre um futuro acordo de paz com Israel foi rejeitada por alguns líderes do Hamas quando proposta pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, vários meses atrás.
Desde então, as negociações entre Abbas e Israel vêm tropeçando por causa da recusa de Israel de suspender as construções nos assentamentos judaicos da Cisjordânia, incluindo os de Jerusalém Oriental.
NÃO HÁ AL QAEDA EM GAZA
Haniyeh disse que Israel não está disposto a dar aos palestinos um Estado plenamente soberano e que, por essa razão, ele não tem esperança de que rendam frutos as frágeis tentativas mediadas pelos EUA de reativar o processo de paz.
Ele disse que seu movimento está disposto a cooperar com países ocidentais e europeus "que queiram ajudar o povo palestino a recuperar seus direitos". Os EUA e a União Europeia qualificam o Hamas de organização terrorista e não reconhecem sua autoridade na faixa de Gaza.
"Exortamos os chanceleres europeus a rever sua posição relativa às reuniões com o governo eleito", disse Haniyeh, acrescentando que contatos sobre isso estão sendo feitos com representantes das Nações Unidas na faixa de Gaza.
Haniyeh negou a alegação de Israel de que os militares israelenses teriam matado três membros da organização Al Qaeda na Faixa de Gaza no mês passado.
Israel disse que dois dos três militantes que matou em novembro planejavam ataques contra turistas israelenses e ocidentais no território egípcio do Sinai.
Haniyeh disse que uma prioridade de seu governo é evitar uma escalada militar com Israel, por meio da persuasão de outras facções militantes a preservar um cessar-fogo "de facto".
Ele afirmou ainda que o Hamas já se distanciou repetidas vezes da Al Qaeda e não hesitou em condenar ataques reivindicados por essa organização em algumas capitais árabes e ocidentais.
01/12/2010 -
Hamas diz que honraria referendo sobre acordo de paz com Israel
NIDAL AL MUGHRABI
DA REUTERS, EM GAZA
O movimento islâmico palestino Hamas, cuja carta de princípios defende a eliminação de Israel, aceitaria o resultado de um referendo palestino sobre um futuro tratado de paz com o país, disse nesta quarta-feira seu líder.
Falando em uma rara coletiva de imprensa no enclave bloqueado por Israel, Ismail Haniyeh assinalou um abrandamento da posição que o Hamas mantém há muito tempo, a qual exclui a cessão de qualquer parte do território que até 1948 foi a Palestina sob mandato britânico.
"Aceitamos um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como sua capital, a libertação de prisioneiros palestinos e a resolução da questão dos refugiados", disse Haniyeh, aludindo ao ano da Guerra dos Seis Dias, em que Israel capturou Jerusalém Oriental (a parte árabe da cidade), a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
"O Hamas respeitará os resultados [de um referendo], independentemente de eles diferirem de sua ideologia e seus princípios", disse Haniyeh, desde que o dito referendo abrangesse todos os palestinos da faixa de Gaza, da Cisjordânia e da diáspora.
Redigida em 1988, a carta do Hamas considera a terra inteira da Palestina, incluindo o atual Israel, como pertencente aos muçulmanos. A ideia de um referendo sobre um futuro acordo de paz com Israel foi rejeitada por alguns líderes do Hamas quando proposta pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, vários meses atrás.
Desde então, as negociações entre Abbas e Israel vêm tropeçando por causa da recusa de Israel de suspender as construções nos assentamentos judaicos da Cisjordânia, incluindo os de Jerusalém Oriental.
NÃO HÁ AL QAEDA EM GAZA
Haniyeh disse que Israel não está disposto a dar aos palestinos um Estado plenamente soberano e que, por essa razão, ele não tem esperança de que rendam frutos as frágeis tentativas mediadas pelos EUA de reativar o processo de paz.
Ele disse que seu movimento está disposto a cooperar com países ocidentais e europeus "que queiram ajudar o povo palestino a recuperar seus direitos". Os EUA e a União Europeia qualificam o Hamas de organização terrorista e não reconhecem sua autoridade na faixa de Gaza.
"Exortamos os chanceleres europeus a rever sua posição relativa às reuniões com o governo eleito", disse Haniyeh, acrescentando que contatos sobre isso estão sendo feitos com representantes das Nações Unidas na faixa de Gaza.
Haniyeh negou a alegação de Israel de que os militares israelenses teriam matado três membros da organização Al Qaeda na Faixa de Gaza no mês passado.
Israel disse que dois dos três militantes que matou em novembro planejavam ataques contra turistas israelenses e ocidentais no território egípcio do Sinai.
Haniyeh disse que uma prioridade de seu governo é evitar uma escalada militar com Israel, por meio da persuasão de outras facções militantes a preservar um cessar-fogo "de facto".
Ele afirmou ainda que o Hamas já se distanciou repetidas vezes da Al Qaeda e não hesitou em condenar ataques reivindicados por essa organização em algumas capitais árabes e ocidentais.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Macaco gosta de banana?
Vejam só que coisa interessante! O parlamento israelense aprovou uma nova lei sobre um referendo popular que decidirá se os israelenses querem ou não que o governo de Netanyahu devolva as Colinas de Golã à Síria e Jerusalém Oriental à Palestina. Não seria mais fácil se eles votassem uma lei questionando se macaco gosta de banana?
Eles invadem, ocupam, tomam terras e lares alheios, dão aos seus queridinhos parasitas israelenses de presentinho e depois querem perguntar aos mesmos se estes querem devolver. Ora, mas é claro que eles vão dizer que não. Depois de tomar o gostinho pela mamata de receber tudo de graça e de mão beijada, quem é que vai querer devolver alguma coisa.
O que Israel está fazendo é zombaria com a cara dos palestinos, dos sírios, da comunidade internacional e da lei internacional. Como disse Saeb Erekat, principal negociador da Autoridade Palestina:"Encerrar a ocupação de nossa terra não é e não pode depender de qualquer tipo de referendo", avaliou ele. "Pela lei internacional, há uma clara e absoluta obrigação de Israel de se retirar não apenas de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golan, mas de todos os territórios que ocupou desde 1967".
Resumindo: Invadir e ocupar terras alheias é crime e deve ser punido como tal. Mas além de criminosa, Israel ainda tira sarro da cara do mundo e brinca com as vidas dos palestinos, como se tudo não passasse de uma grande piada para divertir seus parasitas.
Eles invadem, ocupam, tomam terras e lares alheios, dão aos seus queridinhos parasitas israelenses de presentinho e depois querem perguntar aos mesmos se estes querem devolver. Ora, mas é claro que eles vão dizer que não. Depois de tomar o gostinho pela mamata de receber tudo de graça e de mão beijada, quem é que vai querer devolver alguma coisa.
O que Israel está fazendo é zombaria com a cara dos palestinos, dos sírios, da comunidade internacional e da lei internacional. Como disse Saeb Erekat, principal negociador da Autoridade Palestina:"Encerrar a ocupação de nossa terra não é e não pode depender de qualquer tipo de referendo", avaliou ele. "Pela lei internacional, há uma clara e absoluta obrigação de Israel de se retirar não apenas de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golan, mas de todos os territórios que ocupou desde 1967".
Resumindo: Invadir e ocupar terras alheias é crime e deve ser punido como tal. Mas além de criminosa, Israel ainda tira sarro da cara do mundo e brinca com as vidas dos palestinos, como se tudo não passasse de uma grande piada para divertir seus parasitas.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
E daí????
EUA exigirão de Israel inclusão de Jerusalém Oriental em nova moratória
Fonte de Washington revela posição americana; Netanyahu tenta apoio em seu governo para o acordo
18 de novembro de 2010
estadão.com.br
JERUSALÉM - Os EUA exigirão que Israel paralise a construção de novas casas em assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, revela nesta quinta-feira, 18, o jornal israelense Haaretz. A exigência é parte de um acordo proposto pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que prevê incentivos para Israel em troca da interrupção as obras, segundo uma fonte de Washington.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tenta ganhar apoio em seu governo para aderir ao acordo. Partidos conservadores se opõem ao pacto e defendem as colônias em Jerusalém Oriental. O partido ultraortodoxo, porém, será a força política que decidirá sobre o futuro do acordo.
A fonte americana disse ainda que o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em abril, que seu país espera que "ambos os lados evitem atos que minem a confiança" das negociações, inclusive em Jerusalém Oriental". Na mensagem, Obama disse que responderia "com ações e ajustes na política" relacionada a qualquer um dos lados.
"Nossa posição permanecerá a mesma se as negociações resultarem em mais uma moratória de 90 dias e os israelenses sabem disso", disse a fonte, referindo-se ao endurecimento da postura americana caso mais colônias sejam construídas em Jerusalém Oriental.
A parte oriental de Jerusalém é um dos pontos mais sensíveis das negociações entre Israel e a ANP. Os palestinos reclamam a área como capital de seu futuro Estado, enquanto os israelenses não querem abrir mão da cidade sagrada.
A moratória de dez meses decretada por Israel - que durou de dezembro de 2009 a setembro de 2010 - não incluía Jerusalém. O congelamento expirou no dia 26 de setembro e levou o diálogo de paz direto retomado com os palestinos à estagnação.
Os ministros de Netanyahu atrasam propositalmente a votação de um acordo com os EUA justamente para pressionar por uma posição mais clara de Washington em relação aos assentamentos em Jerusalém.
Fonte de Washington revela posição americana; Netanyahu tenta apoio em seu governo para o acordo
18 de novembro de 2010
estadão.com.br
JERUSALÉM - Os EUA exigirão que Israel paralise a construção de novas casas em assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, revela nesta quinta-feira, 18, o jornal israelense Haaretz. A exigência é parte de um acordo proposto pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que prevê incentivos para Israel em troca da interrupção as obras, segundo uma fonte de Washington.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tenta ganhar apoio em seu governo para aderir ao acordo. Partidos conservadores se opõem ao pacto e defendem as colônias em Jerusalém Oriental. O partido ultraortodoxo, porém, será a força política que decidirá sobre o futuro do acordo.
A fonte americana disse ainda que o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em abril, que seu país espera que "ambos os lados evitem atos que minem a confiança" das negociações, inclusive em Jerusalém Oriental". Na mensagem, Obama disse que responderia "com ações e ajustes na política" relacionada a qualquer um dos lados.
"Nossa posição permanecerá a mesma se as negociações resultarem em mais uma moratória de 90 dias e os israelenses sabem disso", disse a fonte, referindo-se ao endurecimento da postura americana caso mais colônias sejam construídas em Jerusalém Oriental.
A parte oriental de Jerusalém é um dos pontos mais sensíveis das negociações entre Israel e a ANP. Os palestinos reclamam a área como capital de seu futuro Estado, enquanto os israelenses não querem abrir mão da cidade sagrada.
A moratória de dez meses decretada por Israel - que durou de dezembro de 2009 a setembro de 2010 - não incluía Jerusalém. O congelamento expirou no dia 26 de setembro e levou o diálogo de paz direto retomado com os palestinos à estagnação.
Os ministros de Netanyahu atrasam propositalmente a votação de um acordo com os EUA justamente para pressionar por uma posição mais clara de Washington em relação aos assentamentos em Jerusalém.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Que terras???
Se os israelenses não param de construir ilegalmente nas terras palestinas, nós vamos negociar o que? Não é a terra que estamos negociando? Então de que valem as negociações se os judeus estão tomando o que restou das terras palestinas?
Obrigado Isabel pela matéria esclarecedora.
Colonos judeus iniciam construção de 550 casas na Cisjordânia
Correio Brasiliense
Isabel Fleck
Publicação: 22/10/2010
Enquanto o governo de Benjamin Netanyahu resiste às pressões externas para retomar a moratória na colonização judaica, as construções nos territórios palestinos ocupados evoluem em ritmo acelerado. Um levantamento divulgado ontem pela Associated Press mostra que, nas três semanas desde o fim do congelamento, quase 550 residências começaram a ser erguidas, muitas em áreas que fariam parte do Estado palestino, no âmbito de qualquer acordo de paz viável. Com base nesses números, a velocidade das construções hoje seria quatro vezes maior que nos últimos dois anos. Diante dos dados, a Autoridade Palestina (AP) pediu que os Estados Unidos reajam e ameaçou, mais uma vez, deixar as negociações diretas com Israel.
Operário palestino trabalha na expansão do assentamento judaico de Kiriat Arba, perto de Hebron: para representante das colônias, apenas "um jogo de números"
“Esse desafio flagrante aos palestinos, aos árabes e à administração americana exige uma réplica árabe e internacional, em particular americana”, afirmou o porta-voz da AP, Nabil Abu Rudeina. Outro assessor do governo palestino, Ghassan Khatib, disse que os números são “mais uma indicação de que Israel não está sendo sério a respeito do processo de paz, que deveria tratar do fim da ocupação”. De acordo com dados do governo israelense, 1.900 casas começaram a ser construídas em 2009 e 2.100 em 2008. As 544 obras iniciadas nas três últimas semanas equivalem a 4,7 vezes a média de 115 casas em período semelhante nos dois anos anteriores. O movimento israelense Paz Agora vai mais longe e aponta que 600 novas residências começaram a ser erguidas desde o último dia 26.
A Associated Press credita os números listados em cada assentamento aos líderes de cada colônia, citando-os nominalmente. A porta-voz do Conselho Yesha, que representa os colonos na Cisjordânia, Aliza Herbst, contestou a informação. “Prefiro não entrar nesse jogo de números, porque eles são enganosos”, disse. Segundo ela, cerca de dois terços das construções pós-congelamento estão em estado “preliminar” e podem ser suspensas, se a moratória for renovada. Segundo o levantamento, o maior canteiro de obras está na região de Binyamin, que concentra um terço dos mais de 120 assentamentos judaicos: lá, serão 200 novas residências.
Alarmante
O enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Robert Serry, classificou de “alarmante” a rápida expansão dos assentamentos. Ele ainda destacou que as construções são “ilegais segundo a lei internacional” e só servem para “minar a confiança” no processo de paz. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou o impacto das novas casas. “Isso não tem efeito real sobre o mapa de um possível acordo de paz”, defendeu.
O governo americano, que tenta evitar o tema por conta das eleições legislativas de novembro, não se pronunciou. Na noite anterior, a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmara que não há uma “fórmula mágica” para resolver o conflito e admitiu que as negociações não têm sido fáceis. “Eu posso dizer a vocês que estamos trabalhando todos os dias, algumas vezes todas as horas, para criar as condições para que as negociações continuem e tenham sucesso”, disse. Hillary anunciou que o enviado especial George Mitchell voltará “em breve” para a região para novas conversas com os dois lados.
No último dia 8, os palestinos, com apoio da Liga Árabe, deram prazo de um mês para que os EUA convençam Israel a congelar novamente as construções na Cisjordânia. O período, contudo, equivale justamente às semanas que antecedem as eleições para o Congresso americano. O peso do eleitorado judaico, que votou em grande maioria (75%) em Barack Obama na última eleição, tem refreado o governo em sua pressão sobre Israel.
Quase uma fábula
No assentamento de Kiriat Arba, próximo a Hebron, um colono judeu toca violão enquanto assiste a um empregado palestino colhendo azeitonas. Diferentemente da fábula da cigarra e da formiga, no entanto, as oliveiras pertencem ao músico. Desde a ocupação israelense, após a guerra de 1967, a relação entre os colonos e os palestinos foi sempre marcada pela ambiguidade: rejeitados como ocupantes ou mesmo usurpadores da terra, os israelenses são os empregadores de quem os árabes precisam para a subsistência imediata.
Obrigado Isabel pela matéria esclarecedora.
Colonos judeus iniciam construção de 550 casas na Cisjordânia
Correio Brasiliense
Isabel Fleck
Publicação: 22/10/2010
Enquanto o governo de Benjamin Netanyahu resiste às pressões externas para retomar a moratória na colonização judaica, as construções nos territórios palestinos ocupados evoluem em ritmo acelerado. Um levantamento divulgado ontem pela Associated Press mostra que, nas três semanas desde o fim do congelamento, quase 550 residências começaram a ser erguidas, muitas em áreas que fariam parte do Estado palestino, no âmbito de qualquer acordo de paz viável. Com base nesses números, a velocidade das construções hoje seria quatro vezes maior que nos últimos dois anos. Diante dos dados, a Autoridade Palestina (AP) pediu que os Estados Unidos reajam e ameaçou, mais uma vez, deixar as negociações diretas com Israel.
Operário palestino trabalha na expansão do assentamento judaico de Kiriat Arba, perto de Hebron: para representante das colônias, apenas "um jogo de números"
“Esse desafio flagrante aos palestinos, aos árabes e à administração americana exige uma réplica árabe e internacional, em particular americana”, afirmou o porta-voz da AP, Nabil Abu Rudeina. Outro assessor do governo palestino, Ghassan Khatib, disse que os números são “mais uma indicação de que Israel não está sendo sério a respeito do processo de paz, que deveria tratar do fim da ocupação”. De acordo com dados do governo israelense, 1.900 casas começaram a ser construídas em 2009 e 2.100 em 2008. As 544 obras iniciadas nas três últimas semanas equivalem a 4,7 vezes a média de 115 casas em período semelhante nos dois anos anteriores. O movimento israelense Paz Agora vai mais longe e aponta que 600 novas residências começaram a ser erguidas desde o último dia 26.
A Associated Press credita os números listados em cada assentamento aos líderes de cada colônia, citando-os nominalmente. A porta-voz do Conselho Yesha, que representa os colonos na Cisjordânia, Aliza Herbst, contestou a informação. “Prefiro não entrar nesse jogo de números, porque eles são enganosos”, disse. Segundo ela, cerca de dois terços das construções pós-congelamento estão em estado “preliminar” e podem ser suspensas, se a moratória for renovada. Segundo o levantamento, o maior canteiro de obras está na região de Binyamin, que concentra um terço dos mais de 120 assentamentos judaicos: lá, serão 200 novas residências.
Alarmante
O enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Robert Serry, classificou de “alarmante” a rápida expansão dos assentamentos. Ele ainda destacou que as construções são “ilegais segundo a lei internacional” e só servem para “minar a confiança” no processo de paz. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou o impacto das novas casas. “Isso não tem efeito real sobre o mapa de um possível acordo de paz”, defendeu.
O governo americano, que tenta evitar o tema por conta das eleições legislativas de novembro, não se pronunciou. Na noite anterior, a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmara que não há uma “fórmula mágica” para resolver o conflito e admitiu que as negociações não têm sido fáceis. “Eu posso dizer a vocês que estamos trabalhando todos os dias, algumas vezes todas as horas, para criar as condições para que as negociações continuem e tenham sucesso”, disse. Hillary anunciou que o enviado especial George Mitchell voltará “em breve” para a região para novas conversas com os dois lados.
No último dia 8, os palestinos, com apoio da Liga Árabe, deram prazo de um mês para que os EUA convençam Israel a congelar novamente as construções na Cisjordânia. O período, contudo, equivale justamente às semanas que antecedem as eleições para o Congresso americano. O peso do eleitorado judaico, que votou em grande maioria (75%) em Barack Obama na última eleição, tem refreado o governo em sua pressão sobre Israel.
Quase uma fábula
No assentamento de Kiriat Arba, próximo a Hebron, um colono judeu toca violão enquanto assiste a um empregado palestino colhendo azeitonas. Diferentemente da fábula da cigarra e da formiga, no entanto, as oliveiras pertencem ao músico. Desde a ocupação israelense, após a guerra de 1967, a relação entre os colonos e os palestinos foi sempre marcada pela ambiguidade: rejeitados como ocupantes ou mesmo usurpadores da terra, os israelenses são os empregadores de quem os árabes precisam para a subsistência imediata.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Taysir Khaled
Este embaixador de Israel não se cansa de ser cínico. Como são os próprios judeus que pregam o "olho por olho, dente por dente", então que tal os palestinos pararem de reconhecer Israel e dizerem que não estão entendendo por que os israelenses estão se retirando das negociações? Pimenta no olho dos outros é refresco, né excelentíssimo senhor cínico?
Palestinos ameaçam recorrer à ONU caso Israel siga ampliando suas colônias
Isabel Fleck
Publicação: 21/10/2010
De passagem pelo Brasil, um integrante do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) afirmou que, se os Estados Unidos não conseguirem convencer Israel a parar com as construções nos assentamentos até 8 de novembro, os palestinos pedirão às Nações Unidas que reconheçam o Estado palestino, com Jerusalém como capital. Segundo o chefe do Departamento de Refugiados, Tayseer Khaled, que disputou em 2005 a presidência da Autoridade Palestina (AP) com Mahmud Abbas, o completo congelamento das atividades nas colônias judaicas não é uma condição, mas uma “exigência” para continuar o processo de paz. Ele ainda disse que o reconhecimento de Israel como Estado judaico, como quer o governo de Benjamin Netanyahu, ameaçaria a minoria árabe que vive no país.
O ex-presidente americano Jimmy Carter (E) é o novo trunfo de Washington pata tentar resgatar diálogo entre israelenses e palestinos
No último dia 8, o lado palestino e a Liga Árabe deram prazo de um mês para que Washington consiga um compromisso de Israel para cessar as construções nos assentamentos. Se o governo americano não tiver sucesso, Khaled diz que os palestinos não apenas abandonarão o diálogo direto, mas também pedirão ao Conselho de Segurança da ONU que reconheça seu Estado “nos limites de 14 de junho de 1967, tendo Jerusalém como capital”. “Se os Estados Unidos recorrerem ao direito de veto, nós recorreremos à Assembleia Geral. E pediremos para sermos reconhecidos como membros integrais, com todos os direitos, nas Nações Unidas”, disse ao Correio.
Para o embaixador de Israel em Brasília, Giora Becher, a opção de recorrer às Nações Unidas “não trará nenhum resultado positivo”. “A ideia de que alguém no mundo possa forçar Israel a aceitar uma solução que não se dê por meio de negociações é absurda”, disse o representante. “Nossa posição é que a única maneira de chegar à paz no Oriente Médio é por meio de negociações diretas entre Israel e os palestinos. Não temos outro caminho”, completou.
Os palestinos, no entanto, não consideram possível manter as conversas enquanto os colonos judeus continuarem construindo nos territórios ocupados. “Nós insistimos que a colonização seja paralisada imediatamente, antes de darmos qualquer outro passo. Se essa atividade continuar, o que poderá ser negociado? A terra vai se perder”, pontuou Khaled. Ele argumentou que os assentamentos são “ilegais” e devem ser tratados como tal pela comunidade internacional. “A Carta de Roma (do Tribunal Penal Internacional da ONU) prevê que, se um país ocupante transferir seus cidadãos para a área ocupada, estará cometendo um crime de guerra e deverá ser condenado por isso”, afirmou.
Na última semana, o governo de Netanyanu anunciou a intenção de construir mais casas em duas áreas ocupadas por judeus em uma parte da Cisjordânia que foi anexada por Israel a Jerusalém Oriental. A posição israelense de não retomar a moratória — que vigorou por 10 meses — sobre as construções já foi criticada por diversos países, inclusive os Estados Unidos, aliados de Israel. Na última terça-feira, entretanto, o novo embaixador israelense da ONU, Meron Reuben, deu indicações que seu governo pode ceder. “Não estou dizendo que não possa haver outra continuação ou outro prolongamento da moratória. O governo está examinando as possibilidades e as diferentes formas de ver para onde levar o processo de paz”, disse o diplomata israelense à agência Reuters.
Estado judaico
Sobre a proposta feita por Netanyahu na última semana — de que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu, em troca da moratória nos assentamentos —, Khaled classificou-a como “manipulação política, pois o reconhecimento mútuo já ocorreu”. Segundo o dirigente da OLP, “em 1993 foi assinado um acordo de reconhecimento do Estado de Israel e do Estado palestino, e nós estamos comprometidos com isso. Quando há um reconhecimento entre dois países, ele só é feito uma vez. O nome do país é Israel, e nós reconhecemos isso”, justificou. Para ele, a intenção do governo de Netanyahu pode ser considerada até “racista”, por ameaçar os cerca de 20% de cidadãos árabes israelenses e “eliminar o direito dos refugiados (palestinos) ao retorno”.
O embaixador israelense rebate a afirmação de Khaled: “Israel é um Estado democrático, e por isso a minoria árabe tem todos os direitos de cidadania, de votar”. Segundo Becher, contudo, Israel “tem todo o direito de dizer que é um Estado de judeus”. “A decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1947, foi de criar dois países independentes, um árabe e um país judeu. Está escrito lá, não é algo que inventamos agora”, afirma o diplomata, destacando que “há 22 países árabes no mundo”.
Palestinos ameaçam recorrer à ONU caso Israel siga ampliando suas colônias
Isabel Fleck
Publicação: 21/10/2010
De passagem pelo Brasil, um integrante do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) afirmou que, se os Estados Unidos não conseguirem convencer Israel a parar com as construções nos assentamentos até 8 de novembro, os palestinos pedirão às Nações Unidas que reconheçam o Estado palestino, com Jerusalém como capital. Segundo o chefe do Departamento de Refugiados, Tayseer Khaled, que disputou em 2005 a presidência da Autoridade Palestina (AP) com Mahmud Abbas, o completo congelamento das atividades nas colônias judaicas não é uma condição, mas uma “exigência” para continuar o processo de paz. Ele ainda disse que o reconhecimento de Israel como Estado judaico, como quer o governo de Benjamin Netanyahu, ameaçaria a minoria árabe que vive no país.
O ex-presidente americano Jimmy Carter (E) é o novo trunfo de Washington pata tentar resgatar diálogo entre israelenses e palestinos
No último dia 8, o lado palestino e a Liga Árabe deram prazo de um mês para que Washington consiga um compromisso de Israel para cessar as construções nos assentamentos. Se o governo americano não tiver sucesso, Khaled diz que os palestinos não apenas abandonarão o diálogo direto, mas também pedirão ao Conselho de Segurança da ONU que reconheça seu Estado “nos limites de 14 de junho de 1967, tendo Jerusalém como capital”. “Se os Estados Unidos recorrerem ao direito de veto, nós recorreremos à Assembleia Geral. E pediremos para sermos reconhecidos como membros integrais, com todos os direitos, nas Nações Unidas”, disse ao Correio.
Para o embaixador de Israel em Brasília, Giora Becher, a opção de recorrer às Nações Unidas “não trará nenhum resultado positivo”. “A ideia de que alguém no mundo possa forçar Israel a aceitar uma solução que não se dê por meio de negociações é absurda”, disse o representante. “Nossa posição é que a única maneira de chegar à paz no Oriente Médio é por meio de negociações diretas entre Israel e os palestinos. Não temos outro caminho”, completou.
Os palestinos, no entanto, não consideram possível manter as conversas enquanto os colonos judeus continuarem construindo nos territórios ocupados. “Nós insistimos que a colonização seja paralisada imediatamente, antes de darmos qualquer outro passo. Se essa atividade continuar, o que poderá ser negociado? A terra vai se perder”, pontuou Khaled. Ele argumentou que os assentamentos são “ilegais” e devem ser tratados como tal pela comunidade internacional. “A Carta de Roma (do Tribunal Penal Internacional da ONU) prevê que, se um país ocupante transferir seus cidadãos para a área ocupada, estará cometendo um crime de guerra e deverá ser condenado por isso”, afirmou.
Na última semana, o governo de Netanyanu anunciou a intenção de construir mais casas em duas áreas ocupadas por judeus em uma parte da Cisjordânia que foi anexada por Israel a Jerusalém Oriental. A posição israelense de não retomar a moratória — que vigorou por 10 meses — sobre as construções já foi criticada por diversos países, inclusive os Estados Unidos, aliados de Israel. Na última terça-feira, entretanto, o novo embaixador israelense da ONU, Meron Reuben, deu indicações que seu governo pode ceder. “Não estou dizendo que não possa haver outra continuação ou outro prolongamento da moratória. O governo está examinando as possibilidades e as diferentes formas de ver para onde levar o processo de paz”, disse o diplomata israelense à agência Reuters.
Estado judaico
Sobre a proposta feita por Netanyahu na última semana — de que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu, em troca da moratória nos assentamentos —, Khaled classificou-a como “manipulação política, pois o reconhecimento mútuo já ocorreu”. Segundo o dirigente da OLP, “em 1993 foi assinado um acordo de reconhecimento do Estado de Israel e do Estado palestino, e nós estamos comprometidos com isso. Quando há um reconhecimento entre dois países, ele só é feito uma vez. O nome do país é Israel, e nós reconhecemos isso”, justificou. Para ele, a intenção do governo de Netanyahu pode ser considerada até “racista”, por ameaçar os cerca de 20% de cidadãos árabes israelenses e “eliminar o direito dos refugiados (palestinos) ao retorno”.
O embaixador israelense rebate a afirmação de Khaled: “Israel é um Estado democrático, e por isso a minoria árabe tem todos os direitos de cidadania, de votar”. Segundo Becher, contudo, Israel “tem todo o direito de dizer que é um Estado de judeus”. “A decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1947, foi de criar dois países independentes, um árabe e um país judeu. Está escrito lá, não é algo que inventamos agora”, afirma o diplomata, destacando que “há 22 países árabes no mundo”.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Occupation 101 - A Voz da Maioria Silenciada
Procurem no youtube pelo título acima ou baixem o filme atraves do link abaixo e assistam ao documentário mais realista que já ví sobre os efeitos da ocupação na vida dos palestinos e as atrocidades cometidas diariamente pelos israelenses, que a imprensa nunca publica.
http://www.praxis.ufsc.br:8080/xmlui/handle/praxis/326
http://www.praxis.ufsc.br:8080/xmlui/handle/praxis/326
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Socorro
Como? 238 casas em Jerusalém Oriental? Que espécie de disposição é esta que os israelenses estão alegando ter para um acordo de paz, se não param um só minuto de sabotar o processo de paz? Me desculpem, mas não consigo escrever mais nada sobre isso, porque meu estômago está se revirando de nojo destes crápulas, inescrupulosos e mais um monte de adjetivos que não cabe mencionar aqui.
Gente, por favor, ajudem a divulgar esta insanidade! Temos que nos unir para dar um basta a tanta injustiça! Por favor, me ajudem!
Folha de São Paulo
Israel autoriza construção de novas residências em Jerusalém Oriental
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira a construção de 238 novas residências em Jerusalém Oriental, medida que pode comprometer de vez as negociações de paz com os palestinos iniciadas no início de setembro após quase dois anos congeladas.
As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.
Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.
As negociações encontram-se atualmente em um impasse, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) exigindo a extensão da moratória e ameaçando deixar as conversas em caso contrário.
Já o governo do premiê Binyamin Netanyahu se vê pressionado, de um lado, pelos EUA, que defendem novo congelamento, e, por outro, por setores ultradireitistas contrários a concessões que integram seu gabinete.
Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA, que mediam as atuais negociações com os palestinos.
Em março, o anúncio de novas construções em Jerusalém Oriental durante visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país provocaram séria crise entre os aliados, levando Israel a se desculpar com o governo dos EUA.
PALESTINOS
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou o governo Netanyahu de buscar "liquidar toda possibilidade de reinício das negociações" e cobrou intervenção dos EUA.
"Condenamos firmemente essa decisão e exortamos os EUA a considerar o governo israelense responsável pelo fracasso das negociações e do processo de paz", afirmou.
"Esse anúncio é uma indicação muito clara da escolha de Netanyahu pelos assentamentos, não pela paz."
Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.
No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.
Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", os palestinos exigem a porção oriental da cidade como capital de um eventual Estado palestino e o recuo israelense aos territórios pré-1967.
Gente, por favor, ajudem a divulgar esta insanidade! Temos que nos unir para dar um basta a tanta injustiça! Por favor, me ajudem!
Folha de São Paulo
Israel autoriza construção de novas residências em Jerusalém Oriental
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira a construção de 238 novas residências em Jerusalém Oriental, medida que pode comprometer de vez as negociações de paz com os palestinos iniciadas no início de setembro após quase dois anos congeladas.
As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.
Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.
As negociações encontram-se atualmente em um impasse, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) exigindo a extensão da moratória e ameaçando deixar as conversas em caso contrário.
Já o governo do premiê Binyamin Netanyahu se vê pressionado, de um lado, pelos EUA, que defendem novo congelamento, e, por outro, por setores ultradireitistas contrários a concessões que integram seu gabinete.
Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA, que mediam as atuais negociações com os palestinos.
Em março, o anúncio de novas construções em Jerusalém Oriental durante visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país provocaram séria crise entre os aliados, levando Israel a se desculpar com o governo dos EUA.
PALESTINOS
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou o governo Netanyahu de buscar "liquidar toda possibilidade de reinício das negociações" e cobrou intervenção dos EUA.
"Condenamos firmemente essa decisão e exortamos os EUA a considerar o governo israelense responsável pelo fracasso das negociações e do processo de paz", afirmou.
"Esse anúncio é uma indicação muito clara da escolha de Netanyahu pelos assentamentos, não pela paz."
Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.
No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.
Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", os palestinos exigem a porção oriental da cidade como capital de um eventual Estado palestino e o recuo israelense aos territórios pré-1967.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Cinico
O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou de seu típico cinismo judeu para provocar os palestinos neste final de semana. Perguntou à eles por que estão dando as costas para as negociações de paz diretas, sob mediação dos Estados Unidos da America? Como se ele não tivesse provocado a situação e nem tivesse absolutamente nada a ver com a reação palestina.
Segundo as leis da física, toda a ação provoca uma reação. Se os palestinos saíram da mesa de negociações, é porque houve uma ação por parte dos israelenses. E houve. Eles descongelaram a construção de assentamentos israelenses ilegais nas terras palestinas. Ou seja, continuam invadindo as terras e construindo casas para os israelenses nas terras onde deve ser estabelecido o Estado Palestino.
E ainda perguntam por que os palestinos saíram da mesa de negociações? Ué, então que parem de sabotar as negociações, oras! Mas sabotar as negociações é o esporte preferido do governo israelense desde sempre. Primeiro, eles se dizem dispostos a negociar, os palestinos acreditam, sentam-se à mesa e quando acham que a coisa vai andar, os israelenses enfiam alfinetes em suas inflamadas feridas. Dói demais. Dói ver sua terra, sua vida, seus sonhos e todas as suas ambições indo por água abaixo, por conta de vermes que não tinham intenção nenhuma em conversar. Eles apenas estavam justificando os esforços do governo americano, para garantir as remessas de dinheiro que recebem mensalmente. Enquanto isso, o povo palestino tem sua vida roubada, a cada minuto, por vermes que nunca pertenceram à aquele lugar.
Quanto aos assentamentos, leiam, por favor, os posts anteriores para entender a situação.
Segundo as leis da física, toda a ação provoca uma reação. Se os palestinos saíram da mesa de negociações, é porque houve uma ação por parte dos israelenses. E houve. Eles descongelaram a construção de assentamentos israelenses ilegais nas terras palestinas. Ou seja, continuam invadindo as terras e construindo casas para os israelenses nas terras onde deve ser estabelecido o Estado Palestino.
E ainda perguntam por que os palestinos saíram da mesa de negociações? Ué, então que parem de sabotar as negociações, oras! Mas sabotar as negociações é o esporte preferido do governo israelense desde sempre. Primeiro, eles se dizem dispostos a negociar, os palestinos acreditam, sentam-se à mesa e quando acham que a coisa vai andar, os israelenses enfiam alfinetes em suas inflamadas feridas. Dói demais. Dói ver sua terra, sua vida, seus sonhos e todas as suas ambições indo por água abaixo, por conta de vermes que não tinham intenção nenhuma em conversar. Eles apenas estavam justificando os esforços do governo americano, para garantir as remessas de dinheiro que recebem mensalmente. Enquanto isso, o povo palestino tem sua vida roubada, a cada minuto, por vermes que nunca pertenceram à aquele lugar.
Quanto aos assentamentos, leiam, por favor, os posts anteriores para entender a situação.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Rachel Corrie
Rachel Corrie era uma militante pacifista, que num impulso para salvar famílias palestinas, parou diante das escavadeiras israelenses para impedi-las de derrubarem casas na cidade de Rafah, onde posteriormente seriam construídos assentamentos ilegais para parasitas judeus.
Diante da resistência da mocinha em não sair do lugar, os soldados israelenses passaram por cima dela, com seu poderoso tanque de guerra, indo e voltando ate terem certeza de te-la esmagado e para que servisse de exemplo para quem se atrevesse a parar a invasão israelense em Rafah.
A família de Rachel abriu um processo contra o governo israelense, na tentativa de fazer justiça a memória de sua filha, assassinada no auge da juventude. Ontem, foi realizada a primeira audiência, mas para preservar seus queridos soldadinhos assassinos, o exercito israelense pediu que o depoimento dos mesmos fosse feito por detrás de uma cortina. Ou seja, os assassinos estavam sendo protegidos.
Sabe qual foi o resultado da audiência? Nenhum! Os soldados alegaram que Rachel estava dentro de uma área estritamente militar. Desde quando residências palestinas são área estritamente militar de judeus? O juiz, de extrema direita, considerou apenas as alegações dos soldados e não deu ouvido a defesa.
Resultado: Nenhum crime judeu contra palestinos, ou quem quer que seja, será punido, porque sempre vai prevalecer a palavra do judeu num julgamento.
Em todo caso, o juiz decidiu por adiar o julgamento ate uma data posterior, não definida ainda. Mais um macete para que a morte de Rachel caia no esquecimento.
Diante da resistência da mocinha em não sair do lugar, os soldados israelenses passaram por cima dela, com seu poderoso tanque de guerra, indo e voltando ate terem certeza de te-la esmagado e para que servisse de exemplo para quem se atrevesse a parar a invasão israelense em Rafah.
A família de Rachel abriu um processo contra o governo israelense, na tentativa de fazer justiça a memória de sua filha, assassinada no auge da juventude. Ontem, foi realizada a primeira audiência, mas para preservar seus queridos soldadinhos assassinos, o exercito israelense pediu que o depoimento dos mesmos fosse feito por detrás de uma cortina. Ou seja, os assassinos estavam sendo protegidos.
Sabe qual foi o resultado da audiência? Nenhum! Os soldados alegaram que Rachel estava dentro de uma área estritamente militar. Desde quando residências palestinas são área estritamente militar de judeus? O juiz, de extrema direita, considerou apenas as alegações dos soldados e não deu ouvido a defesa.
Resultado: Nenhum crime judeu contra palestinos, ou quem quer que seja, será punido, porque sempre vai prevalecer a palavra do judeu num julgamento.
Em todo caso, o juiz decidiu por adiar o julgamento ate uma data posterior, não definida ainda. Mais um macete para que a morte de Rachel caia no esquecimento.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Desrespeito
É impressionante como não faltam exemplos de arbitrariedade, tirania, crueldade e outros adjetivos feios, quando se trata de Israel. Os colonos israelenses, que ocupam ilegalmente as terras palestinas dentro de assentamentos construídos pelo governo israelense, não passam de uma corja de bandidos que roubam e queimam as plantações dos palestinos, destroem casas, roubam pertences pessoais, agridem fisica e verbalmente qualquer palestino que atravessa o seu caminho e como se não bastasse tudo isso, agora desrespeitam a religião muçulmana. Vejam só a matéria abaixo, publicada pelo O Estado de São Paulo, que prova tudo isso que estou escrevendo.
Os colonos judeus atearam fogo numa mesquita que fica num vilarejo, nos arredores de Ramallah, queimaram o alcorão sagrado e picharam ofensas ao Profeta Maomé. Sabe-se muito bem que estes colonos não passam de um bando de parasitas, que foram trazidos por Israel de vários lugares do mundo, só para fazer numero e aumentar as estatísticas sobre a população. Enquanto eles mamam nas tetas do governo, ainda se dão ao luxo de agredir, gratuitamente, os palestinos dentro de suas próprias terras. Quanto à investigação das autoridades israelenses, quer apostar quanto que vai dar em pizza?
O Estado de S. Paulo
Supostos colonos incendeiam mesquita
05/10/2010
Internacional
AP, AFP e EFE
RAMALLAH - Uma mesquita na aldeia de Beit Fayar, na Cisjordânia, foi incendiada e depredada ontem por supostos colonos judeus, que também teriam queimado exemplares do Alcorão.
De acordo com testemunhas, seis homens armados - dos quais um usava uma máscara e outro uma quipá - chegaram ao local de madrugada e fizeram pichações com mensagens pejorativas e insultos ao Profeta Maomé. Depois, o grupo - que teria passado cerca de 20 minutos no local - ateou fogo na mesquita.
Dezenas de moradores se reuniram ao redor do lugar, enquanto policiais e soldados israelenses tentavam manter a ordem. "Somente alguém que não teme a Deus faria isso", disse Ayman Taqatqa, um morador da aldeia. "Não permitiremos que as pessoas ofendam nossa religião. Nós a defenderemos com nossas vidas."
Taqatqa e outros moradores disseram ter visto um automóvel que estacionou perto da mesquita antes do amanhecer, com um grupo de homens.
Ele afirmou ter visto um pequeno fogo e chamou os vizinhos, mas eles decidiram esperar a saída do grupo para apagar as chamas, temendo que os homens estivessem armados.
Investigações. A tenente-coronel Avital Leibovitch, porta-voz do Exército de Israel, afirmou que a ocorrência foi "muito grave" e disse que uma investigação para esclarecer os fatos já foi aberta. "Temos uma equipe liderada pela polícia que conta com a cooperação palestina com o objetivo de localizar os responsáveis por estes incidentes."
O principal representante da Autoridade Palestina nas negociações de paz com Israel disse que o incêndio mostra o papel central que têm os assentamentos judaicos na Cisjordânia no conflito entre israelenses e palestinos. As suspeitas pelo incêndio recaem sobre uma minoria de judeus extremistas que já destruiu no passado propriedades de palestinos, em represália pelo congelamento das construções.
Os colonos judeus atearam fogo numa mesquita que fica num vilarejo, nos arredores de Ramallah, queimaram o alcorão sagrado e picharam ofensas ao Profeta Maomé. Sabe-se muito bem que estes colonos não passam de um bando de parasitas, que foram trazidos por Israel de vários lugares do mundo, só para fazer numero e aumentar as estatísticas sobre a população. Enquanto eles mamam nas tetas do governo, ainda se dão ao luxo de agredir, gratuitamente, os palestinos dentro de suas próprias terras. Quanto à investigação das autoridades israelenses, quer apostar quanto que vai dar em pizza?
O Estado de S. Paulo
Supostos colonos incendeiam mesquita
05/10/2010
Internacional
AP, AFP e EFE
RAMALLAH - Uma mesquita na aldeia de Beit Fayar, na Cisjordânia, foi incendiada e depredada ontem por supostos colonos judeus, que também teriam queimado exemplares do Alcorão.
De acordo com testemunhas, seis homens armados - dos quais um usava uma máscara e outro uma quipá - chegaram ao local de madrugada e fizeram pichações com mensagens pejorativas e insultos ao Profeta Maomé. Depois, o grupo - que teria passado cerca de 20 minutos no local - ateou fogo na mesquita.
Dezenas de moradores se reuniram ao redor do lugar, enquanto policiais e soldados israelenses tentavam manter a ordem. "Somente alguém que não teme a Deus faria isso", disse Ayman Taqatqa, um morador da aldeia. "Não permitiremos que as pessoas ofendam nossa religião. Nós a defenderemos com nossas vidas."
Taqatqa e outros moradores disseram ter visto um automóvel que estacionou perto da mesquita antes do amanhecer, com um grupo de homens.
Ele afirmou ter visto um pequeno fogo e chamou os vizinhos, mas eles decidiram esperar a saída do grupo para apagar as chamas, temendo que os homens estivessem armados.
Investigações. A tenente-coronel Avital Leibovitch, porta-voz do Exército de Israel, afirmou que a ocorrência foi "muito grave" e disse que uma investigação para esclarecer os fatos já foi aberta. "Temos uma equipe liderada pela polícia que conta com a cooperação palestina com o objetivo de localizar os responsáveis por estes incidentes."
O principal representante da Autoridade Palestina nas negociações de paz com Israel disse que o incêndio mostra o papel central que têm os assentamentos judaicos na Cisjordânia no conflito entre israelenses e palestinos. As suspeitas pelo incêndio recaem sobre uma minoria de judeus extremistas que já destruiu no passado propriedades de palestinos, em represália pelo congelamento das construções.
Promessas Generosas
Olha só que interessante! Os Estados Unidos da América e, mais especificamente, o governo de Barack Obama, estão interessados na continuidade das negociações diretas entre judeus e palestinos. Para tanto, fazem um milhão de propostas generosas, dentre as quais a transferência de um sistema de mísseis de longo alcance, ligação direta, via satélite com o sistema de monitoramento americano, para um eventual ataque iraniano, um sistema de troca inteligente de informações, para o caso de contrabando de armamentos na Cisjordânia e Faixa de Gaza, a promessa de vetar toda e qualquer resolução do Conselho de Seguranca da ONU contraria a Israel e, por fim e não menos importante, a promessa de não pedir a Israel, nunca mais, nunquinha mesmo, que congele a construção de assentamentos (ilegais) nas terras palestinas ocupadas.
Quanta generosidade! Mas perai, não está faltando nada? O que eles prometeram aos palestinos? Nada? Nadinha mesmo? Por que? Ou será que os americanos tratam os palestinos como sub-raça, tal qual os judeus? Será?
O mais impressionante, é o Estado de São Paulo dizer, conforme a matéria abaixo, que alguns dos colonos judeus, que vivem nestas colônias ilegais, estão lá por ideologia. Ah é? Quer dizer agora que a ideologia justifica a invasão e posse ilegal de terra alheia?
Se é assim, o Roriz deveria estar bem na fita aqui no Distrito Federal, assim como outros invasores de terras alheias pelo mundo afora.
O Estado de S. Paulo
Israel discute novo gelo nos assentamentos
05/10/2010
Densise Chrispim Marin, correspondente, Washington
Pedido dos EUA faz 'Bibi' levar a seu gabinete plano de moratória de 2 meses na Cisjordânia
Sob pressão da Casa Branca, o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, tentará conquistar o apoio dos seus sete mais poderosos ministros a um congelamento - desta vez, por apenas dois meses - dos assentamentos na Cisjordânia. A medida é crucial para a continuidade do diálogo entre Israel e a Autoridade Palestina, lançada há apenas 32 dias pelo governo de Barack Obama.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que a renovação do congelamento das construções israelenses é condição para a continuidade do diálogo. Como pressão, o governo da Arábia Saudita alertou que o próprio processo de paz acabará "congelado" se Israel não aceitar o recuo na Cisjordânia.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, se conseguir a aprovação de seus sete ministros mais poderosos, Netanyahu deverá submeter ainda hoje o plano à votação de seu gabinete de segurança. Seu maior desafio será convencer o chanceler, Avigdor Lieberman, e outros três membros de seu gabinete.
Netanyahu esperaria aprovar a extensão do congelamento, que vigorou por 10 meses até o último dia 26, antes do encontro da Liga Árabe que tratará do futuro das negociações de paz. A reunião foi agendada para o próximo dia 8 na Líbia.
Oferta generosa. Ontem, Netanyahu não chegou a admitir a existência de um novo compromisso dos EUA. Tampouco negou ter recebido uma carta de Obama. O governo americano insistia na inexistência da missiva.
De acordo com o jornal árabe publicado na Grã-Bretanha Asharq Al-Awsat, a correspondência detalha um pacote de incentivos para que Israel, em troca, proíba novas construções em território palestino até o fim do ano. Entre eles, as promessas de veto a qualquer resolução contra Israel no Conselho de Segurança em 2011 e de não pedir novos congelamentos no futuro.
Na carta de Obama, constaria uma espécie de garantia americana de combater o contrabando de armas para territórios palestinos, o aval a uma lenta transição na ocupação do Vale do Rio Jordão e um pacto contra o Irã. Os EUA aumentariam sua ajuda financeira, hoje em US$ 3 bilhões ao ano, para a segurança do país.
O esforço de manter viva a negociação de paz é uma das prioridades do presidente Obama. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com Netanyahu."Reconhecemos que é difícil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip J. Crowley. "Nós sabemos que haverá outros na medida em que avançarmos. Mas vamos manter um diálogo intenso nos próximos dias", afirmou.
Ontem, o Departamento de Estado enviou ao Oriente Médio seu subsecretário para Assuntos Políticos, William Burns, para um roteiro que inclui uma conversa com o rei da Jordânia, Abdullah 2.º. Desde o final da semana, o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, trabalha nos bastidores pela manutenção da negociação de paz.
PARA ENTENDER
A colonização da Cisjordânia foi inicialmente incentivada por militares israelenses pouco após o território ser ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Eles acreditavam que a povoação judaica, sobretudo do Vale do Rio Jordão, reduziria possíveis ameaças ao território israelense.
Pouco a pouco, porém, religiosos viram nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel.
Hoje, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos estão no território palestino por "ideologia".
Quanta generosidade! Mas perai, não está faltando nada? O que eles prometeram aos palestinos? Nada? Nadinha mesmo? Por que? Ou será que os americanos tratam os palestinos como sub-raça, tal qual os judeus? Será?
O mais impressionante, é o Estado de São Paulo dizer, conforme a matéria abaixo, que alguns dos colonos judeus, que vivem nestas colônias ilegais, estão lá por ideologia. Ah é? Quer dizer agora que a ideologia justifica a invasão e posse ilegal de terra alheia?
Se é assim, o Roriz deveria estar bem na fita aqui no Distrito Federal, assim como outros invasores de terras alheias pelo mundo afora.
O Estado de S. Paulo
Israel discute novo gelo nos assentamentos
05/10/2010
Densise Chrispim Marin, correspondente, Washington
Pedido dos EUA faz 'Bibi' levar a seu gabinete plano de moratória de 2 meses na Cisjordânia
Sob pressão da Casa Branca, o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, tentará conquistar o apoio dos seus sete mais poderosos ministros a um congelamento - desta vez, por apenas dois meses - dos assentamentos na Cisjordânia. A medida é crucial para a continuidade do diálogo entre Israel e a Autoridade Palestina, lançada há apenas 32 dias pelo governo de Barack Obama.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou no último domingo que a renovação do congelamento das construções israelenses é condição para a continuidade do diálogo. Como pressão, o governo da Arábia Saudita alertou que o próprio processo de paz acabará "congelado" se Israel não aceitar o recuo na Cisjordânia.
De acordo com o jornal israelense Haaretz, se conseguir a aprovação de seus sete ministros mais poderosos, Netanyahu deverá submeter ainda hoje o plano à votação de seu gabinete de segurança. Seu maior desafio será convencer o chanceler, Avigdor Lieberman, e outros três membros de seu gabinete.
Netanyahu esperaria aprovar a extensão do congelamento, que vigorou por 10 meses até o último dia 26, antes do encontro da Liga Árabe que tratará do futuro das negociações de paz. A reunião foi agendada para o próximo dia 8 na Líbia.
Oferta generosa. Ontem, Netanyahu não chegou a admitir a existência de um novo compromisso dos EUA. Tampouco negou ter recebido uma carta de Obama. O governo americano insistia na inexistência da missiva.
De acordo com o jornal árabe publicado na Grã-Bretanha Asharq Al-Awsat, a correspondência detalha um pacote de incentivos para que Israel, em troca, proíba novas construções em território palestino até o fim do ano. Entre eles, as promessas de veto a qualquer resolução contra Israel no Conselho de Segurança em 2011 e de não pedir novos congelamentos no futuro.
Na carta de Obama, constaria uma espécie de garantia americana de combater o contrabando de armas para territórios palestinos, o aval a uma lenta transição na ocupação do Vale do Rio Jordão e um pacto contra o Irã. Os EUA aumentariam sua ajuda financeira, hoje em US$ 3 bilhões ao ano, para a segurança do país.
O esforço de manter viva a negociação de paz é uma das prioridades do presidente Obama. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com Netanyahu."Reconhecemos que é difícil", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Phillip J. Crowley. "Nós sabemos que haverá outros na medida em que avançarmos. Mas vamos manter um diálogo intenso nos próximos dias", afirmou.
Ontem, o Departamento de Estado enviou ao Oriente Médio seu subsecretário para Assuntos Políticos, William Burns, para um roteiro que inclui uma conversa com o rei da Jordânia, Abdullah 2.º. Desde o final da semana, o enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, trabalha nos bastidores pela manutenção da negociação de paz.
PARA ENTENDER
A colonização da Cisjordânia foi inicialmente incentivada por militares israelenses pouco após o território ser ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Eles acreditavam que a povoação judaica, sobretudo do Vale do Rio Jordão, reduziria possíveis ameaças ao território israelense.
Pouco a pouco, porém, religiosos viram nos assentamentos um instrumento para assegurar o controle judaico sobre a "Judeia e Samaria", realizando o sonho da Grande Israel.
Hoje, de acordo com a organização Paz Agora, de Israel, apenas um terço dos colonos estão no território palestino por "ideologia".
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Sabotagem
Sobre a postagem abaixo, escrita pelo competentíssimo Dr. Emir Sader, publicada em seu excelente blog “Carta Maior”, acrescento mais um motivo para que o Brasil se recuse a fazer parte deste acordo que Israel esta forçando com o Mercosul: Existem inúmeras denuncias de fontes oficiais palestinas de que, para comercializar seus produtos, Israel vem adulterando os rótulos destes , onde se encontra escrito “Made In Palestine” (feito na Palestina), onde deveria constar “Made in Israel” (feito em Israel), para que seus produtos sejam aceitos e comercializados normalmente por parte dos países que repudiam as ações criminosas e genocidas deste que se diz um estado, quando na verdade nunca passou de uma mentira forjada, logo depois da 2ª. Guerra Mundial.
Israel é o único país do mundo criado por uma resolução da ONU, tomada sob pressão de países que queriam se ver livres dos judeus que fugiram do holocausto. E quem paga o preço, diariamente, durante os últimos 62 anos são os palestinos.
Israel é o único país do mundo criado por uma resolução da ONU, tomada sob pressão de países que queriam se ver livres dos judeus que fugiram do holocausto. E quem paga o preço, diariamente, durante os últimos 62 anos são os palestinos.
Acordo Israel - Mercosul
Blog do Dr.Emir Sader
Carta Maior
12/07/2009
O Brasil não deve assinar o TLC com Israel
O TLC significa uma preferência comercial no intercâmbio entre países, seja pela importância econômica que esse intercâmbio têm para as partes envolvidas, seja por uma decisão política de prioridade de parceria entre eles. Esse privilégio se dá entre os países do Mercosul, entre os países do Brics, do Mercosul com a União Européia, entre outros exemplos.
O Brasil nunca teria assinado um TLC ou qualquer acordo preferencial com um país como a África do Sul, na época do apartheid. Era um regime racista, discriminatório, que não obedecia às determinações da ONU para acabar com a política de apartheid, que significava que havia cidadãos de duas classes, que o país tinha verdadeiras cercas que impediam a circulação dos negros em várias partes do país, que não podiam viajar livremente dentro e fora do país.
Israel conseguiu o direito de ter um Estado e nega esse mesmo direito aos palestinos, direito reconhecido pela ONU, que reiteradamente decide que Israel deve terminar com a ocupação dos territórios palestinos.
Israel é uma potência de ocupação. Esquarteja o território palestino, com mais de 400 quilômetros de muros, que separam palestinos de palestinos. Instala assentamentos com colonos judeus no meio de cidades e ao longo de todo o território palestino, expropriando e derrubando casas de palestinos, protegidos militarmente, de onde saem regularmente grupos extremistas para provocar aos palestinos, queimar suas plantações – inclusive as centenárias oliveiras.
Israel promove uma verdadeira política de apartheid, muito pior que as ocupações coloniais clássicas. Inviabiliza a sobrevivência cotidiana dos palestinos, para obrigá-los a se submeter a ser superexplorados como trabalhadores de segunda categoria em Israel. Ou para que emigrem. Os assentamento e os muros vão espremendo os palestinos, deixando-lhes pouco espaço para suas casas e suas terras, Israel tenta estrangulá-los.
O próprio presidente Lula chamou o massacre de Gaza pelo seu nome: genocídio. Um dos exércitos mais poderosos e violentos do mundo invadiu território palestino e diante da maior concentração de população do mundo, atacou, destruiu, assassinou a uma população indefesa. Destruiu milhares de casas, a hospitais, escolas, universidades, locais da ONU, não poupou nada. E seis meses depois nada foi reconstruído em Gaza. Apesar de uma conferência que mobilizou recursos, nada pôde entrar, nem pelo corredor controlado e bloqueado criminosamente por Israel, nem tampouco, absurdamente, pelo corredor controlado pelo Egito. Remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, onde morrer diariamente crianças, jovens, idosos, vítimas de doenças, de epidemias e de outras causas, vítimas do cerco a que Gaza é submetida.
Não há nenhum sentido que o Brasil privilegie o comércio com Israel, um país responsável pelas piores violações dos direitos humanos no mundo contemporâneo, que não obedece decisões básicas da ONU há décadas, que atua como potência de ocupação, cometendo diariamente violências sistemáticas contra o povo palestino e seu direito inalienável de possuir um Estado soberano, da mesma forma que Israel goza há mais de meio século.
Não basta afirmar que não serão contemplados artigos produzidos nos ilegais assentamentos de colonos israelense nos territórios palestinos. Como vamos negociar privilegiadamente com Israel, sabendo que os recursos que obtenham podem perfeitamente ser utilizados para pagar salários a seus militares que oprimem diariamente aos palestinos? Que podem usar esses recursos para construir mais muros, mais assentamentos – todos ilegais e opressivos – contra os territórios palestinos, sabotando qualquer possibilidade de negociação real para que existam dois Estados, com os mesmos direitos?
O Brasil não deve assinar o Tratado de Livre Comércio com Israel, aprovado pelo Mercosul, mas que deve ser referendado por cada um dos quatro países que o compõem. Não apenas não deve assinar, declarando que só o fará a partir do momento em que Israel retire suas tropas de ocupação dos territórios palestinos, que obedeça as decisões da ONU sobre o direito a um Estado palestino, soberano, com fronteiras contínuas, com o retorno dos exilados, com a retirada dos assentamentos e a destruição dos muros. Antes disso, nenhuma relação privilegiada com Israel. Ao contrário, boicotar os produtos israelenses, os intercâmbios culturais com esse país, como foi feito com a África do Sul. Até que termine a ocupação genocida da Palestina e a paz seja restabelecida na região, com a justa reivindicação do Estado palestino.
Carta Maior
12/07/2009
O Brasil não deve assinar o TLC com Israel
O TLC significa uma preferência comercial no intercâmbio entre países, seja pela importância econômica que esse intercâmbio têm para as partes envolvidas, seja por uma decisão política de prioridade de parceria entre eles. Esse privilégio se dá entre os países do Mercosul, entre os países do Brics, do Mercosul com a União Européia, entre outros exemplos.
O Brasil nunca teria assinado um TLC ou qualquer acordo preferencial com um país como a África do Sul, na época do apartheid. Era um regime racista, discriminatório, que não obedecia às determinações da ONU para acabar com a política de apartheid, que significava que havia cidadãos de duas classes, que o país tinha verdadeiras cercas que impediam a circulação dos negros em várias partes do país, que não podiam viajar livremente dentro e fora do país.
Israel conseguiu o direito de ter um Estado e nega esse mesmo direito aos palestinos, direito reconhecido pela ONU, que reiteradamente decide que Israel deve terminar com a ocupação dos territórios palestinos.
Israel é uma potência de ocupação. Esquarteja o território palestino, com mais de 400 quilômetros de muros, que separam palestinos de palestinos. Instala assentamentos com colonos judeus no meio de cidades e ao longo de todo o território palestino, expropriando e derrubando casas de palestinos, protegidos militarmente, de onde saem regularmente grupos extremistas para provocar aos palestinos, queimar suas plantações – inclusive as centenárias oliveiras.
Israel promove uma verdadeira política de apartheid, muito pior que as ocupações coloniais clássicas. Inviabiliza a sobrevivência cotidiana dos palestinos, para obrigá-los a se submeter a ser superexplorados como trabalhadores de segunda categoria em Israel. Ou para que emigrem. Os assentamento e os muros vão espremendo os palestinos, deixando-lhes pouco espaço para suas casas e suas terras, Israel tenta estrangulá-los.
O próprio presidente Lula chamou o massacre de Gaza pelo seu nome: genocídio. Um dos exércitos mais poderosos e violentos do mundo invadiu território palestino e diante da maior concentração de população do mundo, atacou, destruiu, assassinou a uma população indefesa. Destruiu milhares de casas, a hospitais, escolas, universidades, locais da ONU, não poupou nada. E seis meses depois nada foi reconstruído em Gaza. Apesar de uma conferência que mobilizou recursos, nada pôde entrar, nem pelo corredor controlado e bloqueado criminosamente por Israel, nem tampouco, absurdamente, pelo corredor controlado pelo Egito. Remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, onde morrer diariamente crianças, jovens, idosos, vítimas de doenças, de epidemias e de outras causas, vítimas do cerco a que Gaza é submetida.
Não há nenhum sentido que o Brasil privilegie o comércio com Israel, um país responsável pelas piores violações dos direitos humanos no mundo contemporâneo, que não obedece decisões básicas da ONU há décadas, que atua como potência de ocupação, cometendo diariamente violências sistemáticas contra o povo palestino e seu direito inalienável de possuir um Estado soberano, da mesma forma que Israel goza há mais de meio século.
Não basta afirmar que não serão contemplados artigos produzidos nos ilegais assentamentos de colonos israelense nos territórios palestinos. Como vamos negociar privilegiadamente com Israel, sabendo que os recursos que obtenham podem perfeitamente ser utilizados para pagar salários a seus militares que oprimem diariamente aos palestinos? Que podem usar esses recursos para construir mais muros, mais assentamentos – todos ilegais e opressivos – contra os territórios palestinos, sabotando qualquer possibilidade de negociação real para que existam dois Estados, com os mesmos direitos?
O Brasil não deve assinar o Tratado de Livre Comércio com Israel, aprovado pelo Mercosul, mas que deve ser referendado por cada um dos quatro países que o compõem. Não apenas não deve assinar, declarando que só o fará a partir do momento em que Israel retire suas tropas de ocupação dos territórios palestinos, que obedeça as decisões da ONU sobre o direito a um Estado palestino, soberano, com fronteiras contínuas, com o retorno dos exilados, com a retirada dos assentamentos e a destruição dos muros. Antes disso, nenhuma relação privilegiada com Israel. Ao contrário, boicotar os produtos israelenses, os intercâmbios culturais com esse país, como foi feito com a África do Sul. Até que termine a ocupação genocida da Palestina e a paz seja restabelecida na região, com a justa reivindicação do Estado palestino.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Troglodita II
O embaixador de Israel em Brasília concedeu uma entrevista ontem ao Correio Brasiliense minimizando os efeitos da existência dos assentamentos judaicos em territórios palestinos. Disse que uma casa a mais, uma casa a menos não vai fazer diferença e que o crescimento dos assentamentos é algo natural porque se os assentados precisarem construir uma escola, eles tem que fazê-lo.
Bom, partindo da teoria deste embaixador, já que vale para os judeus, deve valer também para os palestinos. Já que ele acha natural invadir a terra alheia, construir assentamentos ilegais e tomar posse do que não lhe pertence, ele deve também aceitar que os palestinos invadam a casa dele, tomem posse de tudo o que lhe pertence e a expansão desta posse deve ser considerada algo natural.
Eu gostaria de saber onde ficam os imóveis deste embaixador, para fazer valer a teoria dele. O que vale para um, tem que valer para todos, já que esta teoria foi defendida por uma autoridade Israelense. Se os israelenses tem o direito de invadir as terras palestinas e tomar posse delas, violando todas as leis internacionais, estão automaticamente dando o mesmo direito aos palestinos. Caso contrario, o jogo fica desequilibrado.
Eu não entendo como um cara desses pode ser nomeado embaixador. Alem de abusado, cínico e hipócrita, ainda consegue ser um perfeito troglodita.
Bom, partindo da teoria deste embaixador, já que vale para os judeus, deve valer também para os palestinos. Já que ele acha natural invadir a terra alheia, construir assentamentos ilegais e tomar posse do que não lhe pertence, ele deve também aceitar que os palestinos invadam a casa dele, tomem posse de tudo o que lhe pertence e a expansão desta posse deve ser considerada algo natural.
Eu gostaria de saber onde ficam os imóveis deste embaixador, para fazer valer a teoria dele. O que vale para um, tem que valer para todos, já que esta teoria foi defendida por uma autoridade Israelense. Se os israelenses tem o direito de invadir as terras palestinas e tomar posse delas, violando todas as leis internacionais, estão automaticamente dando o mesmo direito aos palestinos. Caso contrario, o jogo fica desequilibrado.
Eu não entendo como um cara desses pode ser nomeado embaixador. Alem de abusado, cínico e hipócrita, ainda consegue ser um perfeito troglodita.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O Golpe Manjado
Os presidentes da Autoridade Palestina e de Israel, sob mediação de Barack Obama, iniciaram negociações diretas desde meados de setembro, para tratar de questões essenciais que vem travando o processo de paz desde 1993 em Oslo. Parecia uma iniciativa e tanto. Parecia que, desta vez, os israelenses baixaram a bola e resolveram negociar, mas qual nada.
Uma pulguinha atrás da minha orelha insistia em me alertar sobre isso, mas eu a desautorizei devido ao meu otimismo excessivo. Bem que a pulguinha tinha razão. Os judeus sempre agem do mesmo modo: Quando alguém aparece com uma solução para o conflito, eles se mostram bem receptivos, bonzinhos e bem intencionados, mas sabem exatamente onde é o ponto fraco do adversário e enfiam o dedo bem naquela ferida.
O presidente de Israel "Bibi" sabia muito bem que para acabar com as negociações diretas, bastava descongelar a construção dos assentamentos nos territórios palestinos. Esperou o momento certo, quando Obama deu a luta por vencida, e anunciou o descongelamento. Golpe certeiro no coração dos palestinos e do bem intencionado (ou estrategista) Obama.
Agora, como sempre, ele vai se fingir de morto, dizer que não tinha outra saída, devido as pressões internas, e vai assistir de camarote os palestinos esperneando e jurando vingança. Daí, alguém vai ter a brilhante idéia de cometer mais um ato suicida, em protesto contra a sabotagem de Israel e a imprensa mundial vai cair matando, chamando os palestinos de terroristas.
Ah, você já viu este filme antes? Pois é, eu também!
Uma pulguinha atrás da minha orelha insistia em me alertar sobre isso, mas eu a desautorizei devido ao meu otimismo excessivo. Bem que a pulguinha tinha razão. Os judeus sempre agem do mesmo modo: Quando alguém aparece com uma solução para o conflito, eles se mostram bem receptivos, bonzinhos e bem intencionados, mas sabem exatamente onde é o ponto fraco do adversário e enfiam o dedo bem naquela ferida.
O presidente de Israel "Bibi" sabia muito bem que para acabar com as negociações diretas, bastava descongelar a construção dos assentamentos nos territórios palestinos. Esperou o momento certo, quando Obama deu a luta por vencida, e anunciou o descongelamento. Golpe certeiro no coração dos palestinos e do bem intencionado (ou estrategista) Obama.
Agora, como sempre, ele vai se fingir de morto, dizer que não tinha outra saída, devido as pressões internas, e vai assistir de camarote os palestinos esperneando e jurando vingança. Daí, alguém vai ter a brilhante idéia de cometer mais um ato suicida, em protesto contra a sabotagem de Israel e a imprensa mundial vai cair matando, chamando os palestinos de terroristas.
Ah, você já viu este filme antes? Pois é, eu também!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Uvas e Azeitonas
Estamos agora pertinho da epoca da colheita das azeitonas e uvas na Palestina. Abri a pagina da agencia de noticias Wafa para saber das novidades e o que li estava mais para um filme de terror do que para uma noticia simples sobre agricultura.
As plantacoes de uvas, proximas a Hebron foram atacadas por colonos judeus, que roubaram os frutos e destruiram a plantacao. As azeitonas, quase prontas para a colheita, na zona rural de Nablus, foram roubadas....por colonos judeus, claro.
Os agricultores apelaram para todas as autoridades, ongs e ate anjos da guarda, mas ninguem interferiu neste crime que se repete todo ano, algumas vezes com enfrentamentos sangrentos e mortes de agricultores palestinos.
A imprensa internacional nunca fez um unico comentario sobre os roubos cometidos por colonos judeus em territorios palestinos.
Quem se importa com os palestinos? Como dizem os judeus...que se danem....
As plantacoes de uvas, proximas a Hebron foram atacadas por colonos judeus, que roubaram os frutos e destruiram a plantacao. As azeitonas, quase prontas para a colheita, na zona rural de Nablus, foram roubadas....por colonos judeus, claro.
Os agricultores apelaram para todas as autoridades, ongs e ate anjos da guarda, mas ninguem interferiu neste crime que se repete todo ano, algumas vezes com enfrentamentos sangrentos e mortes de agricultores palestinos.
A imprensa internacional nunca fez um unico comentario sobre os roubos cometidos por colonos judeus em territorios palestinos.
Quem se importa com os palestinos? Como dizem os judeus...que se danem....
terça-feira, 3 de agosto de 2010
A volta por cima
Minha queridíssima amiga Suzana Dalet me contou um conto muito interessante. É sobre um sábio e seu discípulo que, em uma de suas andanças, encontraram uma família muito pobre, morando num lugarejo afastado da cidade e que só possuia uma mísera vaca leiteira. O discípulo virou-se para o sábio e perguntou o que poderiam fazer por aquela família. O sábio então ordenou que o discípulo jogasse a vaca num precipício. O discípulo, atordoado, questionou a ordem do sábio, já que a vaca era a única fonte de alimento e o único bem da miserável família. O sábio repetiu a ordem dada ao discípulo e seguiu seu caminho. Mesmo com o coração partido, o discípulo cumpriu a ordem de seu mestre e o seguiu.
Cinco anos mais tarde, ao passar pelo mesmo lugarejo, o sábio e seu discípulo encontraram uma ampla plantação, uma bela casa e uma família próspera. O sábio se aproximou e perguntou como o lugar havia mudado tanto. Então, o dono do lugar lhe contou que ele e sua família tinham apenas uma vaca, da qual tiravam seu leite e seu sustento, mas um dia a vaca sumiu e eles tiveram que encontrar outro meio de sustento, daí passaram a cultivar a terra e vender os frutos e Deus os abençoou em seu esforço para seguir uma nova vida, até que chegaram onde estavam. O sábio olhou para o discípulo e disse que em certos momentos, o melhor é chegar ao limite para optar pela mudança.
Bela lição, minha amiga!
Até porque a vaca já tinha ido pro brejo à muito tempo!
Cinco anos mais tarde, ao passar pelo mesmo lugarejo, o sábio e seu discípulo encontraram uma ampla plantação, uma bela casa e uma família próspera. O sábio se aproximou e perguntou como o lugar havia mudado tanto. Então, o dono do lugar lhe contou que ele e sua família tinham apenas uma vaca, da qual tiravam seu leite e seu sustento, mas um dia a vaca sumiu e eles tiveram que encontrar outro meio de sustento, daí passaram a cultivar a terra e vender os frutos e Deus os abençoou em seu esforço para seguir uma nova vida, até que chegaram onde estavam. O sábio olhou para o discípulo e disse que em certos momentos, o melhor é chegar ao limite para optar pela mudança.
Bela lição, minha amiga!
Até porque a vaca já tinha ido pro brejo à muito tempo!
terça-feira, 29 de junho de 2010
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