E como sempre, a dubiedade impera nas propostas e ofertas israelenses. Nem o jornalista do O Estado de São Paulo conseguiu explicar o que, afinal, Israel está propondo. Quem seriam os presos palestinos que deveriam ir para o exílio? E por que? Eles não são palestinos? Não deveriam ficar na Palestina? E este soldado israelense, que nem é de lá? Ele não é francês? Que direitos um francês tem na Palestina? Ele vale tanto assim? Por que?
O Estado de S. Paulo
Israel faz exigência no caso Shalit
Data: 23/12/2009
Governo quer que palestinos presos por atentados vão para o exílio
O grupo radical Hamas receberá hoje a proposta oficial de Israel sobre a libertação de cerca de mil palestinos detidos em prisões israelenses em troca do soldado Guilad Shalit, capturado em junho de 2006 perto da Faixa de Gaza por um comando palestino.
O mediador alemão Ernest Arlau adiou a visita que faria ontem à Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde junho de 2007, a pedido do governo de Israel, que queria fazer alguns ajustes finais em sua proposta. Fontes do Hamas disseram que o enviado lhes explicou por telefone as linhas gerais da proposta israelense, mas não teve acesso à oferta final.
O ministro israelense de Defesa, Ehud Barak, disse ontem que Israel quer ver Shalit livre mas não está disposto a obter a libertação dele a "qualquer preço". Barak é um dos ministros do "gabinete de segurança" israelense que se opõe à libertação dos presos palestinos. Ainda ontem, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu encontrou-se com parentes de vítimas de ataques palestinos que se opõem à troca, alegando que os palestinos condenados por assassinatos podem cometer novos atentados depois de soltos. Netanyahu disse que estava considerando as advertências. "Vejo dois princípios vitais: a vontade de libertar prisioneiros e a vontade de proteger os israelenses de futuros ataques."
Sob a proposta, seriam libertados cerca de mil dos 11 mil palestinos detidos em prisões israelenses. Uma fonte ligada às negociações disse que Israel quer impedir que palestinos condenados por matar israelenses voltem à Cisjordânia, onde há dezenas de assentamentos judaicos. Israel quer que eles sejam enviados para a Faixa de Gaza, que está bloqueada desde 2007, ou a países estrangeiros.
O Hamas aceita que alguns palestinos soltos sejam enviados para o exílio, mas quer ter o poder de escolher os destinos deles, disse a fonte. Não estava claro se Israel retirou sua oposição à libertação de 20 importantes militantes exigida pelo Hamas. Israel diz que eles são responsáveis por dezenas de mortes.
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