Vejam só que ironia! Outro dia, perguntei quanto vale a vida de um palestino, já que Israel pretendia trocar quase mil presos palestinos por um único preso israelense. Agora o número aumentou para 11 mil presos palestinos por um único preso israelense. Mas esse preso judeu vale tanto assim? Vale a vida de 11 mil palestinos? Mais irônico ainda, foi o noticiário do jornal nacional sobre a placa roubada do portão do campo de concentração de Auschwitz na Polônia. Parecia que o mundo ia desabar, porque roubaram uma placa que funciona como uma memória para o holocausto judeu. O bafafá está durando até o noticiário de hoje nos jornais. Será que é tão importante assim algo que ocorreu na segunda guerra mundial, enquanto que, bem debaixo do nosso nariz ocorre outro holocausto contra os palestinos todos os dias, sendo que, agora, os nazistas são os próprios judeus? Pôxa! Questionem o fato, pelo menos! Senhores jornalistas e apresentadores de noticiários, finjam que se importam com o assassinato diário dos palestinos. Sejam hipócritas! É, nem isso acontece! Parece que a vida dos palestinos não vale nada. Ninguém se importa. Até porque os judeus não deixam a informação chegar até você, mero ser humano, para que você possa ter elementos para formar sua própria opinião. Eles já mastigam tudo para você e te entregam a opinião deles prontinha para que você não precise pensar sobre o assunto. Mas e aí? Você vai deixar por isso mesmo?
O Estado de S. Paulo
Netanyahu estuda troca por Shalit
Data: 22/12/2009
Reuters, EFE e AFP
Ministros debatem se soltam presos palestinos pela libertação de soldado
Os sete ministros do "gabinete de segurança" israelense reuniram-se ontem pela quinta vez em 24 horas para analisar uma possível troca de presos palestinos pelo soldado Guilad Shalit, que há três anos está em poder do grupo radical Hamas.
A mãe do soldado, Aviva Shalit, disse em Jerusalém que o premiê Binyamin "Bibi" Netanyahu lhe prometera que em "poucas horas" seria alcançado um acordo sobre seu filho, talvez hoje. Os pais de Shalit intensificaram uma campanha para pressionar por uma troca.
Shalit, de 23 anos, foi capturado em 25 de junho de 2006 na fronteira com a Faixa de Gaza por um grupo de militantes palestinos ligado ao Hamas.
Os ministros se reuniram duas vezes no domingo e mais três ontem sem conseguir chegar a um acordo. Segundo a rádio pública de Israel, três ministro, entre eles o de Defesa Ehud Barak, concordam que Israel liberte, em troca de Shalit, centenas de presos palestinos, como exige o Hamas. Outros três ministros, entre eles o chanceler Avigdor Lieberman, manifestaram-se contra. Netanyahu, cuja palavra tem um peso determinante, inicialmente se mostrou contra a libertação de alguns presos que foram condenados por organizar atentados suicidas, temendo novos ataques sangrentos. Para o direitista Netanyahu, que sempre se opôs a negociações com militantes, a libertação dos presos representa um particular dilema. Além de estar sendo pressionado pelos pais de Shalit, o premiê também sofre pressões dos parentes dos israelenses mortos por palestinos para que não aceite suas libertações. Segundo uma fonte do governo, as negociações com o Hamas estão sendo mediadas por um alemão, cujo nome não foi revelado.
O encontro do "gabinete de segurança" coincidiu com uma manifestação nas imediações do gabinete de Netanyahu.
Os manifestantes colocaram numerosas reproduções em tamanho real do soldado, que seria solto em troca da libertação de cerca de mil dos 11 mil palestinos que Israel mantém presos. "Entendo qual é o dilema, mas Guilad está cativo há 1.275 dias. Os que estão decidindo têm de perceber que seu voto pode levar a dois resultados: a pena de morte para Guilad ou sua liberdade", disse a mãe do soldado durante a manifestação.
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